Tudo que você não soube

Tudo que você não soube Fernanda Young




Resenhas - Tudo Que Você Não Soube


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Rodrigo de Lorenzi 30/08/2019

Porra

Que cacetada. Que falta você já faz, Fernanda.
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Mateus 21/05/2019

Um livro difícil de ser digerido. Conflitos familiares? Quem nunca passou por isso?!

O livro nos trás um pensamento que talvez sejamos fracos demais, para entendermos o valor e a real importância de perdoar e sermos perdoados. Entender o motivo e poder do amor.
No decorrer da histórias vamos entendo os motivos que levaram a personagem principal a fazer o que fez. (Não que devemos concordar com tal ato. Mas isso vai de cada um)
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cacai 04/06/2018

“Tudo o que você não soube”, de Fernanda Young, é um livro difícil de ser lido. Quem já teve seus atritos familiares – independente das dimensões –, na adolescência ou em qualquer outra etapa da vida, se sentirá tocado, assim como os que se sensibilizam pelos dramas alheios. Com o perdão do trocadilho, a leitura é uma martelada no peito cuja dor ecoará de maneira diferente em cada um. É, acima de tudo, um livro sobre relações familiares, com uma escrita muito fluida, apesar de densa e dolorosa - inclusive não creio ser uma leitura recomendada para quem possa estar passando por momentos delicados.

"Meu fígado se revira, em busca de desopilar a química desse remédio, que é desabafar em verbo, e meu estômago arde e regurgita, porque palavras como as que sou obrigada a usar são indigestas até para frias miseráveis desgraçadas, como eu."

A narradora, da qual não sabemos o nome, está escrevendo um livro para o pai à beira da morte. Sua intenção é revelar tudo o que ele não soube em relatos permeados por um ódio e uma mágoa gigantescos.

“E eu faço questão de que você vá para o inferno sabendo como foi paga a sua passagem.”

O texto mescla acontecimentos passados e presentes. A cada parágrafo vamos conhecendo um pouco mais da verdadeira história e tentando entender o que a levou a dar os passos que deu, incluindo as atrocidades das quais foi capaz. A narrativa segue um fluxo de consciência com muita associação livre, assemelhando-se quase a uma sessão de terapia. A própria narradora reconhece que se tivesse feito análise poderia ter evitado a escrita do livro.

"Por essas e por outras que nunca fiz análise. Imagino um cara tentando decifrar meus eventuais silêncios, dizendo-me que sou como areia, que escorre entre os dedos ao fecharmos a mão. Areia é a puta que o pariu. Posso ser tudo, menos areia. Por acaso, areia se transforma? Areia melhora como pessoa? Não. E eu me transformo, eu melhoro como pessoa."

Em muitas resenhas alguns leitores revelam ter sentido muito ódio da narradora. Meus sentimentos foram dúbios, difíceis de serem classificados - alternando entre pena e repulsa. Como uma das passagens diz, todos são vítimas e algozes na mesma medida.

"Eu acho que todo mundo tem razão. Esse é o ponto que torna a discussão infundada. Não a de vocês, todas."

Se o leitor tentar colocar-se no lugar da narradora - mesmo sabendo tratar-se de uma peça ficcional o exercício é válido - poderá compreender o peso da falta de suporte para lidar com as cobranças na juventude. Do pouco que sabemos do histórico dos pais - incluindo a perda de uma filha - também podemos avançar alguns passos no entendimento de o porquê seguir determinado modelo de criação.

"Mas não eliminarei os conflitos; são inerentes à minha personalidade. Se eu te escrevesse uma receita de bolo, viria toda conflituosa em seus ingredientes. Aliás, esta é a chave da boa narrativa. Por que Shakespeare sempre será o melhor de todos os tempos? Porque sacou, antes de qualquer um, e mais do que ninguém, a fagulha primordial. Sem conflito, não há nada que interesse."

Talvez o que toque tanto no livro é a certeza de que pais sempre erram, por maiores que sejam seus esforços de acertar. Sentir raiva deles por isso pode até ser um sentimento comum a muitos filhos, mas basta umas sessões de análise e doses de maturidade (que só o passar dos anos trazem) para entender que as razões ocultas que movem comportamentos poderiam muitas vezes serem perdoadas. E ao fazer essa reflexão, não há como não lembrar de Legião Urbana: "Você me diz que seus pais não te entendem/Mas você não entende seus pais/Você culpa seus pais por tudo, isso é absurdo/São crianças como você."
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@gugugb 07/07/2017

Young tem aqui seu melhor momento! Livro coeso, duro e emocional.
Recomendo!
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branca 12/01/2017

Martelada na cabeça
Esse livro é um dos meus favoritos de todos os tempos. A narrativa é incrível, extremamente apaixonante. O li com certo receio, sou muito levada pelos títulos e o título deste livro, particularmente, não me agrada, porém, a cada página que eu lia, mais eu me apaixonava. Fernanda Young mexeu comigo neste livro. Ele me mudou em algum ponto, só ainda não sei dizer se pra pior ou pra melhor.
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Lista de Livros 12/06/2016

Lista de Livros: Tudo Que Você Não Soube, de Fernanda Young
“Tente imaginar, pai, o susto que é ser uma garota. Na rua, somos cantadas, em casa, somos reprimidas. Querem-nos belas, mas nos agridem se tentamos. Somos violentadas sob a capa do afeto. Parece discurso feminista, eu sei. Mas não há como evitar: ser menina é um problema. Mais um. Principalmente, para as meninas que nascem aqui no Brasil, uma país onde a mulher, além da obrigação de ser bonita, tem a obrigação de ser a dona da alegria. Aqui, mulher tem que fazer comida e fazer charme. Tem que ter coragem e bunda. Tem que saber sambar e saber o seu lugar. Uma barbárie. Aposto que você nunca tinha pensado sobre isso, tinha? Nenhum homem pensa. Eu penso. Sobre como nos querem festivas e subjugadas. Efusivas e caladas. Dadas e reservadas. O Brasil é macho, muito macho. É o pau-brasil, o bumba-meu-boi, o saci-pererê, o berimbau, o futebol e o ca_ralho a quatro. E as meninas brasileiras são criadas para seguirem em frente sem perceber o quanto são ridicularizadas. Aqui é pior que na China, na Índia, países onde as mulheres são oficialmente inferiorizadas. Aqui, se disfarça. Somos enganadas, levadas a crer que ser menina é isso mesmo: tomar na bunda sorrindo. Metáfora forte demais? Não, nem é metáfora.”
*
Mais do blog Lista de Livros em:

site: www.listadelivros-doney.blogspot.com.br/2016/05/tudo-que-voce-nao-soube-fernanda-young.html
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Valnikson 04/04/2015

1001 Livros Brasileiros Para Ler Antes de Morrer: Tudo Que Você Não Soube
No seu sétimo romance, 'Tudo Que Você Não Soube', Young se utiliza pela primeira vez de uma narração em primeira pessoa, criando um contato mais direto com as relações familiares conturbadas que retrata. Os acontecimentos desvelados ao longo da obra são as reflexões de uma protagonista de meia idade, mãe de dois filhos e de casamento estável, que decide escrever uma carta para seu pai que está à beira da morte. (Leia mais no link)

site: https://1001livrosbrasileirosparalerantesdemorrer.wordpress.com/2014/02/24/23-tudo-que-voce-nao-soube/
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LucaWeingartner 09/09/2013

O Livro Mais Triste Do Mundo
“Medo é algo que, hoje, apenas lembro de ter tido. Tenho temores, confesso, mas temer não é o mesmo que sentir medo. [...] Eu, eu tenho certeza que estou morrendo, chego a sentir as dores que um dia me levarão daqui, mas nadinha me amedronta. E é por causa dessa minha estranha forma de leveza que, às vezes, não creio estar realmente viva.” (pág. 46 e 47)

Sim, eu sei que o título parece presunçoso. E seria (afinal eu não li todos os livros do mundo) se essa afirmação fosse minha, mas não é. Essa afirmação é da própria autora. Não da Fernanda Young, da Adriana-Daiane-Carina-Renata-Daniela-Creuza-Fernanda-Anne-Bianca-Francine-Thereza-Reticências (que, por motivos estéticos, chamarei de “a protagonista”). E, sofro em dizer, talvez ela tenha razão.
“Tudo Que Você Não Soube”, é o sétimo romance publicado da autora Fernanda Young. E traz, em primeira pessoa, as revelações da vida de uma mulher, já madura, que escreve para o seu pai moribundo. Pai esse, que ela – a protagonista – não vê há anos, e quando descobre que o tempo dele está acabando, resolve jogar, cuspir, vomitar pra ele toda a sua vida, seus segredos e suas dores.
Não existem conflitos a serem solucionados neste livro. O livro é um relato, uma catarse. Palavras, que formam frases, que formam parágrafos, que formam capítulos, que formam um livro e trazem com ele a dor. Só a dor. Sem culpa, sem arrependimentos, sem perdão. Dor! Na sua mais pura e primitiva forma.
A autora consegue, em menos de 150 páginas, nos conectar com a protagonista de uma forma tão anormal, que chega a ser ridículo. Talvez – e eu disse talvez – seja aí que more toda a tristeza desse tal livro mais triste do mundo. Na identificação. Talvez, se identificar com tanta dor, seja mais triste do que a própria dor relatada por ela – a protagonista. Triste, não?! Pois é.
Não quero, e não irei, falar sobre a trama. Sobre o martelo, sobre o alemão, a praia, o sangue, as punições. Na verdade, não acho que irei falar sobre mais nada. Pronto, é isso. Não irei mais falar sobre nada. Já disse tudo o que tinha pra dizer, irei desligar o computador e reler o livro. Até toda essa dor, da identificação, passar.

Obrigado por me ouvir.

site: http://www.manifesto01.com/2013/03/o-livro-mais-triste-do-mundo-por-luca.html
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Larih 11/03/2013

Quando achava que nada poderia chegar perto de Aritmética, me vem 'tudo que você não soube'. Lindo, chocante, triste, forte, intenso.
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mayaramatos 23/05/2011

Tudo o que você já sabe...
Eu desisti do livro na metade. Não é que a história seja ruim, nem nada disso: tem frases de impacto,e até dá pra criar identificação com a personagem. O que acontece é que na metade ele começa a virar mais do mesmo, a história não evolui e não prende mais a atenção. Vou tentar ler em algum outro momento diferente da vida.
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Caroline 27/11/2010

Muito repetitivo, parece que não chega a lugar algum.
A personagem principal fica se lamentando o livro inteiro.
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Andre_Sch 08/11/2010

Parece ter relatos reais da própria vida da autora.
Achei cansativo e repetitivo.
A história não me envolveu.
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Juliana 16/12/2009

A inquietude não tão surpreendente
Depois do ótimo "Vergonha Dos Pés" resolvi desbravar as obras de Fernanda Young e logo parti para "Tudo Que Você Não Soube" por ter me identificado com a sipnose, porém preciso dizer que o que me surpreendeu foi esperar demais de um livro não tão surpreendente assim.

O desabafo é bom, a história tinha tudo pra decolar, mas senti falta de confissões de verdade. Não que não existido confissões, tem sim algumas, porém a maior parte do livro se trata do abstrato das sensações da protagonista. E eu esperava o sórdido, o vil, o secreto que todos temos dentro da gente. Pois bem, não foi suficiente.

O livro é um livro [sim, um livro dentro de um livro] escrito por uma mulher já adulta, que vê nessa forma de expressão a oportunidade de dizer ao pai à beira da morte tudo o que ele não soube. Desde a sua vida no reformatório depois de ter martelado a cabeça de sua mãe levando-a ao coma, até os seus dias presentes onde vive bem sem precisar saber quanto gasta e com seus filhos.

A inquietação da protagonista e seus sentimentos muitas vezes paradoxais geram milhares de trechos fantásticos que em forma de aforismos com certeza recebe a identificação de muitos leitores.

Vale a pena ler, porém é preciso estar com a mente vazia, sem esperar grandes reviravoltas ou atrações. É uma mente humana em particular e todas suas confusões.
rlprofile 05/10/2010minha estante
Vergonha Dos Pés é o típico livro mulherzinha feito para agradar quem lê. É muito legal sim mas em TQVNS é tudo mais real.


Bruna 10/07/2011minha estante
É impressão minha ou essa resenha contém spoilers?




Diego 26/10/2009

intenso e arrebatador!
Excelente livro. Nos coloca em contato com as dores mais profundas e as relações familiares mais tensas, em um caleidoscópio de emoções. Amo Fernanda Young, essa mulher é brilhante!
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