Kleyton0 16/12/2013Um bom livro, mas nada de espetacular. Clay Carter ainda era estudante de Direito, numa das melhores faculdades dos Estados Unidos, quando foi considerado por seus professores e colegas como excepcionalmente brilhante, devido sua inteligência e intelecto raro. Era, para muitos, dado como certo seu futuro promissor. Porém, depois de um infortúnio do destino, seu Pai teve sua carreira destruída e seu direito de advogar cassado, após a resolução de um caso infinitamente mal sucedido. Clay se formou e desde então, há cinco anos, é defensor público na capital Washington.
Desanimado com o futuro profissional e financeiro sem perspectivas de melhoras, Clay vê sua sorte mudar quando uma estranha figura, autodenominada de Max Pace, lhe entrega um dossiê com a missão de processar alguns acordos extrajudiciais com as famílias vitimadas por um remédio defeituoso. Evitando, com isso, conter a ação coletiva e um júri que poderiam condenar o Laboratório fabricante a pagar indenizações exorbitantes.
E desse modo, começa a trajetória daquele que se tornaria o mais novo Rei da Fraude da Capital Estadunidense, que em poucos meses ganharia fama na imprensa e muitos milhões de dólares.
O Autor do livro, foi um pouco cansativo, logo no início da narrativa, quando descreveu em muitas páginas a dura vida de Clay como advogado público e da sua relação com a namorada e os pais dela, demasiadamente fúteis e ambiciosos.
Depois, melhorou um pouco, pois o assunto de como é o procedimento jurídico da ação coletiva é bem interessante: relatórios secretos do governo roubados, comerciais de TV e sítios informativos na internet, escritórios luxuosos para impressionar os queixosos durante o cadastro, negociação de acordos, recebimento de honorários milionários, mulheres belíssimas cuja a companhia custam caro, tudo com muita ostentação e falsidade permeada entre os advogados dos litigantes.
Contudo, John Grisham, foi muito superficial por não desenvolver a história de nenhum personagem secundário. Foi chato na descrição redundante das curvas da namorada de Clay, do efeito hipnotizador e indiferença antipática que ela tinha pelas outras pessoas.
O último júri poderia ter sido mais emocionante. Escrever isto não é SPOILER (não leia se não quiser), o final da estória poderia ser um pouco mais otimista, pois o autor prepara o ânimo do leitor para a derrocada e falência do personagem principal no auge do desenvolvimento da trama. Parece uma fábula com a lição de moral que ambição e dinheiro não é sinônimo de plena felicidade (SPOILER terminado).
É um bom livro, de linguagem fácil e história popular.
Consumido despretensiosamente e sem grandes expectativas.