Resenhas - Tantra, o culto da feminilidade

Juliana.Pegoraro 03/10/2020

Leitura indispensável a quem quer entender mais sobre a filosofia comportamental conhecida como tantra.
Indico ler sem pressa, pesquisando em fontes seguras os termos desconhecidos e conversar com outras pessoas que também tenham lido. Inclusive estou à disposição!

Susie 30/07/2020

Conta a história da filosofia tântrica desde o início. Algumas partes achei meio tedioso. No livro contém algumas práticas para adeptos ao tantra.

Haylane.Rodrigues 18/09/2011

Um convite ao autoconhecimento
Magnificamente o autor apresenta para nós, ocidentais, um retorno a filosofia matriarcal com o objetivo de integrar aqueles que buscam na antiga sabedoria sensorial e ensinar o caminho para através do sexo, se chegar ao êxtase iluminatório (samadhi).

"Platão já havia dito anteriormente que o homem e a mulher guardam em si o impulso de reconstituírem a unidade primordial, pois é nesse impulso que reside o sentido metafísico e eterno de EROS."

No tantrismo crê-se na existência cíclica da humanidade (idade do ouro, do ferro etc) e a da repressão da sexualidade (leia-se subjugação da mulher) como forma de domínio e submissão. Homem e mulher unidos e complementares formam pares fortes e equilibrados, difíceis de manipular. A prevalência ou supremacia de um gênero sobre o outro enfraquece o casal. (sexo = seccionado, separado, dividido, a palavra sexo é inapropriada, pois os gêneros masculino e feminino são complementares e não antípodas).

O Tantra é o legado de Shiva para vivermos no Kali Yuga, no tempo da degradação.
No pensamento védico a metáfora é a flor de lótus que nasce imaculada do meio do lodo a mostrar que é possível a iluminação no meio do caos.

A leitura é esclarecedora, maravilhosamente apresentada e fruto de estudos minuciosos de Van Lysebeth sobre os originais sânscritos; um livro para compreender a história e mistérios desse culto transcedente, como também para ajudar a se desenvolver no contexto tântrico libertando-se dos grilhões opressores da degeneração mundana, valendo-nos de como o sexo também pode ser uma prática meditativa e um meio de atingir estados mais elevados da mente.

Só pra constar, tantra nada tem a ver com hedonismo, pornografia ou diversão. Está além do que um sexista vulgar pode sequer imaginar. O livro não trata de divinizar o sexo, mas de ensinar a manter plena a consciência da sexualidade na jornada evolutiva espiritual. Não podemos prescindir da nossa natureza polar e orgânica. Podemos, sim transmutar a força vital e transcender os limites ilusórios da existência e da manifestação fenomênica do mundo material.



"Só o oculto da feminilidade e de seus valores pode trazer a verdadeira mudança na sociedade, tão necessária ao ser humano para enfrentar os desafios de nossa Idade do Ferro".