Minha Luta

Minha Luta Adolf Hitler




Resenhas - Minha Luta


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claudio.louzd 26/08/2017

Não Leia
Li após ter relido Anne Frank, para tentar entender o ódio aos judeus na segunda grande guerra. O livro ajuda muito pouco. De interessante, ver o mindset de um lunático às vésperas de trazer o caos ao planeta.
Serve de alerta ao perigo de salvadores da pátria e do excesso de fé num sistema ou seita.
Cansativo, muito sem sentido, desinteressante.
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Clarisse 23/04/2017

Mein Kampf - Volume I
Início da vida

Hitler nasceu em Braunau, Aústria. Com desejo de torná-la novamente parte da Alemanha, aos quinze anos já se considerava um "fanático nacionalista".

Muitos de sua geração viam o império austríaco como responsável pelo desmantelamento da nação alemã. Órfão aos 15 anos, com o sonho de tornar-se pintor, apesar de ter talento mais para o desenho, vai para Viena. Lá ele se depara com as dificuldades da vida, trabalha pelo pão diário e muitas vezes opta por passar fome para poder ir a ópera ou comprar livros. Muito interessado pela História alemã e pela Sociedade, ele faz uma análise da sociedade proletária da época e da sociedade nacionalista ideal.

O exemplo exposto por Hitler da formação de um cidadão é ainda muito atual: uma criança crescendo numa "casa" pequena para cinco irmãos e pais que brigam todos os dias devido as dificuldades da vida é ensinada pelos pais a odiar o Estado (que não os ajuda); ao sair da Escola além de ter adquirido poucos conhecimentos, é irresponsável e "amoral". Assim, uma criança que só viu a "sujidade" e a "vileza" humana que vida alcançará? Nesse caso, o autor defende que a "nacionalização de um povo deve começar pela criação de condições sociais sadias como fundamento de uma possibilidade de educação do indivíduo". Do conhecimento, surge o orgulho pela Pátria. Só se luta pelo que se ama, só se ama o que se respeita e só se respeita aquilo que se conhece.

Em Viena

Em Viena, Hitler passou a "entender" melhor a sociedade em que vivia. Sempre lendo jornais diversos para conhecer as doutrinas/ideias que não dominava e poder ter argumento em suas discussões em grupos. Lia desde os jornais "vermelhos" até os antisemitas. Antes de tomar um partido quanto aos judeus, Hitler, afirma ter usado da razão para não fazer uma injustiça. Assim, após meses de estudos, ele conclui que os judeus seriam os líderes da social-democracia. Os responsáveis por incitar a classe trabalhadora, anular a cultura e o nacionalismo alemão . A expansão do "marxismo-judaico" ocasionaria o fim da raça humana. Por isso, Hitler via-se como um agente de Deus na luta contra o judaísmo.

"Eu só via no judeu o lado religioso. Por isso, por uma questão de tolerância, considerava injusta a sua condenação por motivos religiosos. O tom, sobretudo da imprensa anti-semítica de Viena, parecia me indigno das tradições de cultura de um grande povo, Causava-me mal-estar a lembrança de certos fatos da Idade Média, cuja reprodução não desejava ver."
Ataque a Democracia

Outro ataque de Hitler é à Democracia Parlamentarista, extensamente ele defende como essa Instituição é falha. Colocar as decisões de uma nação na mãos de cerca de 500 homens seria uma forma de "tirar" a responsabilidade pelas decisões das costas de um só homem. Logo, sem responsáveis não há culpados. Além disso, ele afirma que esses homens não teriam competência para a tarefa que lhes foi designada, pois haver um verdadeiro estadista em uma nação é uma exceção. Em contrapartida, defende a democracia gêrmanica que centraliza em um único líder toda responsabilidade. A autoridade pública só poderia exigir respeito e proteção caso defendesse os desejos da nação.

Preocupado com o crescimento populacional da Alemanha, cujo território seria "pequeno" para plantio e suprimento de toda essa população, Hitler defende que o país deveria expandir seus domínios. Àquela época muitos países ainda mantinham suas colônias pelo mundo, mas para Hitler o ideal seria que a Alemanha buscasse mais terras no próprio (sub)continente europeu. Conquistadas pela força e diligência do povo alemão. Segundo ele, o "Estado" judeu nunca teve fronteiras, era unido pela raça e se encobria pela religião. O Estado vai além da organização econômica, representa a união de uma raça para a autopreservação.

A propaganda de guerra

De certa forma o autor também dá uma lição de marketing, ao analisar a propaganda na Primeira Guerra. De um lado a Alemanha teria errado ao ridicularizar o inimigo. De outro, este tiraram vantagem ao retratar os alemães como monstros e bárbaros. Assim, os soldados da Entente (França, Reino Unido e Rússia) estavam preparados para algo muito pior do que encontraram de fato no front. Enquanto que os soldados alemães sentiam-se enganados por receberem notícias falsas. Além do que, a propaganda alemã falhou ao tentar minimizar sua "culpa" pelo desencadeamento da Guerra, em vez de atribuí-la toda ao inimigo. Surgiu então a dúvida entre o povo: "se os inimigos tem razão de nos atacar por que continuamos em guerra?" Na Inglaterra, a propaganda era considerada uma arma de Guerra, mas na Alemanha era algo de segundo plano atribuído aos mais incompetentes

Após a Guerra, Hitler decide-se por entrar para a carreira política. Sua habilidade em oratória rende-lhe um convite para um partido pequeno. Pequeno mesmo, só tinha seis membros. Depois de refletir sobre o assunto, conclui que era de um partido pequeno que poderia surgir o reerguimento da nação. E não dos partidos corruptos com lugar no parlamento. Mesmo contando com superioridade numérica e constante suprimento de armas a Entente levou mais de quatro anos para vencer. E a causa da vitória foi a fraqueza de caráter e descrença do povo , devido a propaganda doutrinária que minava o espírito nacionalista. A crise pós-guerra não teria como causa principal a economia abalada. Mas na verdade surgido de fatores éticos e raciais.

Sífilis

Em um capítulo Hitler faz um extenso ataque a prostituição e apresenta a sífilis como um grave problema de saúde pública na Alemanha. Eu, curiosa, pesquisei, pois desconhecia essa doença como epidemia. Encontrei esse site legal, que traz alguns cartazes orientado os soldados a tomarem os coquetéis para DSTs. Noutro site, explicava que essa preocupação do Fuher, se devia a ele ter contraído Sífilis enquanto estava em Viena. Indica inclusive, que suas obsessões seriam um sintoma da doença.

No mesmo capítulo, Hitler aborda a instituição do casamento, a qual ele considera como meio para a conservação e multiplicação da raça. Ele também considera a arte contemporânea como a decadência da cultura alemã. Em parte pelo crescimento das grandes cidades que deixaram de ser centros culturais para tornarem-se "aglomerações" urbanas, com a industrialização.

A questão da "raça"

Hitler defende a pureza de sangue do povo ariano. Ele acreditava que a proteção e evolução da raça estaria relacionada ao mecanismo de seleção natural, na qual somente as espécies mais fortes sobrevivem. Para tanto os arianos deveriam reproduzirem-se entre si. Ele cita como exemplo histórico, que a América do Norte, por ter sido colonizada mais por arianos, manteve uma grandeza humana e cultural. Enquanto que a América do Sul, colonizada por latinos que se misturaram aos indígenas, seria menos civilizada. A lógica do autor parte para o seguinte: sendo os arianos a raça superior, o pacifismo dependeria de ser dada aos alemães a "posse" do mundo.

"Talvez o conceito pacifista humanitário chegue a ser de fato aceitável, quando o homem que for superior a todos, tiver previamente conquistado e subjugado o mundo, ao ponto de tornar-se o senhor exclusivo desta terra. A tal ideia torna-se impossível produzir conseqüências nocivas, desde que a sua aplicação na realidade se torna cada vez mais difícil, e por fim, impraticável. Portanto, primeiro, a luta, depois talvez o pacifismo."
As características principais de cada raça seriam intrínsecas. Isso explicaria porque, enquanto uma situação levaria certo povo a passar fome, servia a outro como estímulo para trabalhar com mais afinco. Como na fábula da cigarra e das formigas. Os arianos seriam os responsáveis pela origem da civilização humana, toda a arte, toda a ciência (mesmo as do Oriente) teriam surgido de ideias nascidas nesse povo. Essa superioridade justificaria a escravidão dos povos inferiores. Escravidão que seria uma "benevolência", pois os explorados, empregados em um trabalho útil estariam em condição melhor do que quando estavam livres.

O aspecto principal da raça ariana seria a capacidade de autossacrifício pelo coletivo. Enquanto o povo judeu só seria capaz de unir-se mediante o perigo. Passado este, voltaria ao seu estado natural de egoísmo. A inexistência de um Estado Judaico representaria a falta de cultura do povo que se apropria daquela presente nos povos que "corrompe."

Na Alemanha, os judeus seriam os responsáveis pela revolta da burguesia contra a monarquia e depois do proletariado contra a burguesia. Para isso, utilizaria da Maçonaria, entre as classes superiores e da imprensa para os operários. Pregando a igualdade e humanidade eles alcançariam o controle da nação.

O crescimento do Partido

De apenas sete membros o movimento logo chegou a centenas de adeptos, graças a capacidade de Hitler na oratória. Nos discursos ele defendia as ideias que descrevi anteriormente. Com mais de dois mil seguidores, passou a chamar atenção dos comunistas, que começaram a assistir aos comícios, alguns como críticos, outros para provocar a desordem. Apesar de não gostarem de considerar o movimento como um Partido, nomearam a associação como "Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães".
Resenha sobre o volume II, no blog.

site: https://asvantagensdeterumblog.wordpress.com/
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GeanPerius 02/03/2017

Instigador.
Deixando de lado todo o sofrimento que ele causou às pessoas e o que ele representou como sendo a antítese da lógica humana, ele, inegavelmente foi um dos maiores líderes da história. Depois de ler este livro tu tens uma outra visão de Hitler, diferente daquele estereótipo do psicopata maluco irracional. O considero, após a leitura, um monstro, mas um monstro metódico e racional, pelo menos até o início da Segunda Guerra Mundial. Vale a leitura para confirmar ou desfazer conceitos.
L. 20/04/2017minha estante
onde dá pra achar esse livro??


GeanPerius 11/05/2017minha estante
Cara leitora "L.", consegui este livro pela Estante Virtual, pois de outra maneira acho difícil conseguir. Abraços.


Julio.Coelho 18/12/2017minha estante
Gean, leia o livro Hight Hitler que você vai entender o motivo pelo qual o Hitler ficou ainda mais maluco durante a segunda guerra.




Christine 27/11/2016

Político
Sou uma leitora curiosa envolta de guerras e incidentes históricos, obviamente, desde meus 16 anos buscava por ter este volume em mãos e esmiuçar todas as idéias do considerado maior gênio do mal de todos tempos até a atualidade.
Iniciei a leitura desejando compreender as maiores idealizações, planos e conturbações que ele possuía. Aspirando a compreender seu anti-semitismo tão ferrenho, e seu extremo nacionalismo aflorado.
Erro meu.
Poucas respostas obtive e pouco se extrai do livro que seja exatamente pessoal. O homem do qual estamos falando, é um político nato. Pensamentos filosóficos nacionalistas, seus credos e crenças sempre exaltados acima de outras pessoas, uma estima própria muito validada a ponto de diminuir outras pessoas.
É possível entender muito de sua visão como o futuro fuher, e o que ele causou com este poder.
O livro se torna maçante ao longo da leitura, pelas ideías extremas do autor e suas repetidas investidas nos mesmos assuntos - algumas vezes se tornando até mesmo contraditório.
"Minha luta" não é uma biografia nem um diário, é uma biblia aos partidários Sociais Nacionalistas Alemães.
Vale a leitura.
Erick Duarte 28/11/2016minha estante
Ufa! Fico feliz de saber não fui o único a achar a leitura cansativa Rss


Josynha 11/08/2017minha estante
Eu ainda estou no início e já estou me cansando. Kkkkkkkk porém vou ler até o fim. Tenho curiosidade em conhecer a mente desse líder que fez muita gente sofrer.




Genário Dantas 23/09/2016

Mein Kampf (Minha Luta)
Mein Kampf (Minha Luta)
Analisando este livro o que se encontra é nada mais nada menos do que uma síntese e uma leitura que está dividida em duas partes. Na primeira parte do livro o autor faz um relato de sua infância sua vida difícil e seus sofrimentos depois da morte de seus pais. Neste período ele ainda estava iniciando seus pensamentos e idéias que no futuro ainda iriam ser impostas em prática. Na segunda parte do livro o que veremos é uma leitura que as vezes se torna relativamente chata e com uma grande repetição de idéias sobretudo de níveis racistas e que tornam o livro repetitivo sobretudo na questão dos judeus, pois, o autor não se cansa de mencionar que para todos os problemas da Alemanha ele tenta de qualquer forma encaixar o judeu como culpado.
Para nível de conhecimento histórico e ate saber um pouco sobre as idéias fanáticas e absurdas de Hitler vale uma leitura, mas para nível intelectual e um grau de conhecimento que venha a absorver um pouco de cultura o livro não é aconselhável porque é uma obra totalmente racista e inapropriada para a formação intelectual de um ser humano.
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Estela.Takahashi 18/07/2016

todos deveriam ler
é pesado e as vezes revoltante. Mas tudo que ele escreveu foi executado e representou a morte de cerca de 70 milhões de pessoas. Devemos ler para evitar que isso se repita. achei o livro digital em português no link abaixo:

site: Minha Luta, em português, na Amazon: https://goo.gl/f8qbfG
Hevellyn with an "H" 04/12/2016minha estante
Colega, quem matou 70 milhões, se é que é realmente esse nº foi o Stalin. O nazismo matou cerca de 06 milhões. De um tempo pra cá, é que aumentaram pra 20 milhões.




Bel 30/06/2016

-
Inicialmente comecei a leitura porque acreditava que ela explanaria os ideais de Hitler e como sua mente lidava com eles, resultando então em suas posteriores atitudes. Eu sabia que o livro havia sido escrito durante o período que ele estava preso, mas aprendi muito mais sobre minhas visões de mundo do que sobre a vida dele. O livro é dividido em algumas partes, o que facilita um pouco o entendimento e o momento da vida dele que ele estava contando.
Hitler não tinha genialidade nenhuma. Era um cidadão normal, filho de uma dona de casa e de um funcionário público que nunca aceitaram muito bem as ideias do (até então) garoto Adolf Hitler. Queria ser artista e não conseguiu sucesso ao tentar entrar na faculdade, então ele resolveu se aproximar da política, chegando a criar um partido e iniciando uma revolução armada (que resultou em sua prisão, local aonde o livro fora escrito). Eu, que tanto vejo as pessoas bradarem aos quatro ventos que Hitler era de "esquerda" por conta do nome do partido dele, após a leitura descobri que ele mesmo afirmou que deveria de alguma forma colocar "socialismo/socialista" e "trabalhadores" ao nomear o partido, pois assim conseguiria atingir a classe dos operários que não ~pensava muito~, segundo ele. Nas páginas, ele exalta o racismo, anti-semitismo intenso, sexismo e, claro, fascismo. Hitler tinha um poder de persuasão absurdo, era inteligente e muito carismático; e isso resultou na Segunda Grande Guerra. Ele simplesmente decidiu que a culpa da pobreza e violência no mundo era dos judeus e permaneceu com este ideal até o túmulo.
Tecnicamente, é um livro maçante: o autor repete mil vezes a mesma coisa e, de uma hora pra outra, se contradiz e anula a sentença presente em algumas páginas atrás. Historicamente, é um livro necessário. Se você é amante de História, recomendo a leitura e ressalto a importância de conhecermos a história para não repetí-la. Contudo, não recomendo esse livro para todos. Ele contém, sim, ideais perigosos e que podem servir de gatilho para qualquer pessoa mentalmente abalada e/ou levemente apoiadora do racismo, anti-semitismo e um intenso discurso de ódio. Concluí a leitura com medo de tudo isso acontecer novamente e divagando sobre a necessidade de conhecer, entender e compreender a história mundial; e de como um líder carismático, com o apoio da população desolada por conta de uma crise, pode disseminar seus ideais absurdos com facilidade.

site: https://www.youtube.com/user/alguminfinito

Rodrigo 30/06/2016minha estante
Quero muito ler


Rodrigo 30/06/2016minha estante
Quero muito ler


Luana1603 06/07/2016minha estante
Seria maravilhosa uma resenha sobre esse livro, Bel! ?


Ingrid 22/09/2016minha estante
Nossa. fiquei com vontade de ler, excelente resenha.
Mesmo sem ter lido, concordo com cada ponto que citou.
Livros tem poder de transformar pessoas, é por isso que alguns são proibidos em ditaduras, mas até que ponto devemos levar a liberdade de "expressão" quando livros trazem ideais tão perigosos como esse né?


Ciiin 23/09/2016minha estante
Eu adoro histórias sobre a guerra.. esse livro ja entrou para a lista.. um livro muito bom também que relata sobre o Hitler é "Colecionador de Lágrimas" super indico


Alexandre.Biscalquim 25/11/2016minha estante
Obrigado pela resenha, comprei na ultima bienal do livrobaqui em sampa, mas com essa resenja vou ler quando acabar o que estou atualmente!!!


Christine 27/11/2016minha estante
Excelente resenha, compartilho de suas opiniões. Iniciei a leitura pra compreender a mente deste homem que foi figura história, e me surpreendi assim como você, com um ser humano exepcionalmente comum. Um pouco frustrante para mim, mas valeu a leitura por sua valia histórica


comprido 09/04/2024minha estante
procuro esse livro, tem cmo me envar ?




Raffafust 25/06/2016

Me perguntei muitas vezes se deveria resenhar esse livro. Se o resenhasse encontraria quem entendesse minhas palavras, caso contrário me sentiria covarde por ter medo dos que não entendessem ou concordassem com minhas impressões. Resenhando estou de peito aberto aguardando que as críticas venham, mas ao postar a foto do meu Kindle com o livro vi muita gente pedindo pelo que faço agora.
Sempre me interessei pela Segunda Guerra, uma simples busca em meu blog mostra que assisti muitos filmes com o tema e li diversos livros com o mesmo assunto. Faz parte de mim, porque afinal minha família veio da Itália depois desse momento. Por não ser de família judia, nunca me senti no direito de dizer que sofri os males do período. Mas claro que a vinda de familiares que foram mal recebidos por meu país porque o governo italiano era aliado de Hitler, nunca me saiu da cabeça.
Então depois de tanto ler sobre o assunto, tive enfim, a minha hora de ler a Bíblia nazista : Minha Luta, escrita por ninguém menos do que um dos nomes mais famosos do mundo, Adolf Hitler.
Para entender melhor, no início ele nos conta que está preso e que escreveu o livro nesse tempo. Que tal entendermos um pouco melhor essa HIstória? Depois da 1ª Guerra Mundial, a Alemanha sofreu bastante, sua população dimuída, uma crise sem prescendentes com índices altos de desemprego, pessoas morrendo de fome e parte do território sendo perdido. Natural que mordidos com essa situação, os alemães nunca mais fossem os mesmos.
Hitler, de origem austríaca, sempre se sentiu mais alemão do que austríaco, ele próprio diz que não se identificava com o país dele e sua monarquia, desde cedo ele tinha verdadeira paixão pela Alemanha e seu povo, e se sentia parte dele. Filho de um funcionário público e de uma dona de casa, ele sempre quis ser pintor, mas seu pai nunca o apoiou, mesmo depois da morte de ambos, Hitler não teve muita sorte com sua paixão, não sendo aceito por 2 vezes na Escola de Belas Artes. O sonho de Hitler era a Alemanha, e ele aproveitou para partir para Munique onde foi se envolvendo cada vez mais com política , lembra da 1ª guerra citada acima? Hitler foi um soldado e cabo do exército, já que se alistou e quando voltou dela estava mais do que certo de que deveria levar sua mensagem para os demais alemães, fundando assim em 1923 o Partido Nazista ( que tinha o nome de Partido Socialista dos Trabalhadores Alemães). Foi exatamente porque Hitler e seus companheiros resolveram fazer uma revolução armada que foram presos,e foi nesse período de cadeia que ele aproveitou para escrever Minha Luta.
Após sua biografia escrita por ele próprio, o livro passa para uma segunda parte onde ele nos apresenta seus ideais. E quando eu lembro de tudo que ainda lutamos hoje, parece bem surreal que tantas pessoas tenham apoiado as ideias retrógradas e preconceituosas desse senhor.
Primeiro ele começa a falar do como tem horror dos males - de acordo com ele!- do marxismo e do judaísmo, cita até que quando jovem não se atentava muito para tudo de ruim que ambos traziam, como todos sabemos a cisma de Hitler com os judeus era doentia. Culpava eles de tudo de ruim que podia inventar, para eles eram uma raça impura, nada comparados à raça ariana. Chega a afirmar que eles não tomam banho, que são imigrantes dentro da Alemanha que tem se espalhado causando doenças durante todo o tempo. Claro que para qualquer um isso é tão absurdo, como mesmo ele podia garantir o que era raça pura? Ele mesmo não era um austríaco - falso alemão de carteirinha - de olhos e cabelos escuros? E quantos judeus não tem a pele, olhos e cabelos claros? Então o que de fato os diferencia?
Hitler criou um inimigo, e conseguiu com todo seus poder de persuasão transformado em progagandas políticas com técnicas que funcionaram muito bem, colocar todos contra quem ele julgava ser o inimigo, os culpados por toda a pobreza do povo alemão. É como se culpássemos os negros pela crise econômica do Brasil...parece rídiculo? Sim. E o é. Mas ele conseguiu contaminar tanta gente com suas ideias absurdas que a única habilidade que consigo encontrar nesse senhor era o poder do convencimento.
Se a ideia em ler o livro é entender as razões de Hitler, continuarão sem entender, nada do que ele fala faz muito sentido, é um discurso de ódio e de falta de humanidade para todos os lados. Ataque gratuito a tudo que ele não concordava.
Tinha um ódio gratuito pela França que mais parecia chilique de criança, porque o país era mais conhecido por sua cultura do que sua terra natal. Isso explique porque ele quis tanto demolir tantos lugares históricos do país.
Sou totalmente contra o livro ser proibido, ou a pessoas que manifestam que ele não seja mais publicado. Entendo que temos e devemos conhecer a História para nunca mais repetirmos os mesmos erros. E claro que me coloco no lugar das pessoas que acreditam que com ele o ódio será incitado e em mãos erradas novamente pode gerar mais falta de humanidade do que o mundo já tem. Mas para mim, não podemos deixar de passar filmes violentos porque algum louco de um lugar onde o porte de armas é liberado vai imitar as cenas. Temos que nos colocar no lugar das pessoas que tem dúvidas se aconteceu de verdade. fazê-las ver o como realmente tudo aquilo existiu e da onda saíram ideias tão surreais.
Alguém que se achava tão superior que pensou ter direito de matar tanta gente inocente. Mas que não teve coragem de se deixar ser pego e pagar pelo que fez, se matando no bunker.
O nacionalismo não deve ser usado para o mal, não deve ser tão rígido que faça com que o indivíduo pense que somente seus compatriotas são dignos de respeito. Impressiona e choca, e é fácil perceber o como um homem tinha tanto poder com as palavras, mas as usou da pior forma possível.

Por favor, leiam.



site: http://www.meninaquecompravalivros.com.br/2016/06/resenha-minha-luta-por-adolf-hitler.html
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Dailton 19/06/2016

Todos deveriam ler para que não se cometa novamente o mesmo erro do passado.
Além de ser um best seller mundial, Mein Kampf (Minha Luta) é provavelmente o conteúdo mais polêmico que já foi produzido desde a invenção da imprensa por Guttemberg. Mein Kampf é um livro polêmico não somente em função de seu conteúdo cru e agressivo, mas, pelo fato de que todas as ideias e planos expostos no livro foram colocadas em prática e resultaram, entre outras tragédias, no holocausto e na segunda guerra mundial, que ceifou a vida de cerca de setenta milhões de pessoas. Trata-se de um período negro da humanidade e se a humanidade não conhece a sua história, corre o risco de cometer novamente os mesmos erros. Este ebook está disponível em português, nas livrarias Amazon e livraria da Folha.

site: https://www.amazon.com.br/Minha-Luta-Kampf-Adolf-Hitler-ebook/dp/B01GEJBIHO/ref=sr_1_1?s=digital-text&ie=UTF8&qid=1466306096&sr=1-1&keywords=minha+luta
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Silvio94 31/01/2016

Depois de uma semana lendo esse manual de insanidades, preciso de uma leitura leve.
Esse livro é completamente deplorável e perigoso. Caso seja lido por pessoas muito jovens que já possui por natureza atração por ideias radicais, deve ser supervisionado por um responsável. Mesmo já conhecendo a história do nazismo, é revoltante ver tanto ódio e preconceito em todas suas 508 páginas. Só dou uma estrela para essa obra, porque o único valor que ela possui é lembrar de como esse ódio irracional e preconceitos baseados em teorias extremamente rasas podem levar a atitudes tão desumanas.
Mannu 18/05/2016minha estante
Disse bem, Sílvio!


Genario 31/07/2016minha estante
O que ta se tratando aqui não é a ideologia ou não mas sim o conteúdo histórico do livro.




Morfindel 14/09/2014

Consideração
É um livro importante pra entender o que aconteceu. Quem gosta de história deveria ler. Nele Hitler fala do Lebensraum (marcha pro leste), fala de tudo o que faria caso tomasse o poder, ele não fala nesses termos mas fala que é o que deveria ser feito. É importante pra entender a pessoa do Führer.

É engraçado ver algumas pessoas (que não devem nunca ter estudado história e não se dizem mas no fundo são de direita) dizerem que Hitler era de esquerda. Se tivessem lido esse livro leria em cada página Hitler falar mal do marxismo, dos socialistas ou dos sociais-democratas. "Ah, mas tem socialista no nome". Hitler diz no livro que queria criar um partido pois discordava de todos os partidos até então já existentes na Alemanha. Ele diz também que, em palavras livres minhas "quero criar um partido que não seja nem de esquerda, nem de centro", logo... Deixo pra vocês deduzirem o que ele quis dizer com isso. Ele também diz que era importante usar no nome do partido a palavra "trabalhadores" e "socialista" pra ter um apelo às classes dos operários e os proletários.

Chega a ser engraçado Hitler tudo de mal atribuir aos judeus. muito mal comparando seria como o Giorgio Tsoukalos tudo concluir que foi feito por aliens ou que dizer que tudo no mundo é culpa do PT. Não há provas nem evidências, no fim; "culpa dos judeus". Se fosse nos dias de hoje ganharia um meme.

Mas nem tudo são críticas. Há grandes ideias, principalmente na parte social. Vão me acusar de usar a velha Lei de Godwin, mas nem Hitler usava esse mote imbecil de "não se pode dar o peixe, tem que se ensinar a pescar." da maneira dele ele se preocupava com a pobreza em que as pessoas (infelizmente nessa parte ele tinha uma ideia diferente do que essa palavra significava) viviam.

Ele também tinha uma ideia bem avançada da importância do ensino da história. "Poucos professores compreendem que a finalidade do ensino da história não deve consistir em aprender de cor datas e acontecimentos ou obrigar o aluno a saber quando esta ou aquela batalha se realizou, quando nasceu um general ou quando um monarca, quase sempre sem significação, pôs sobre a cabeça a coroa dos seus avós. (...) Aprender história quer dizer procurar e encontrar as forças que conduzem às causas das ações que vemos como acontecimentos históricos." Logo quando vocês encontrarem um professor de história não perguntem quando fulano nasceu ou quando tal coisa se realizou, história não é isso. E infelizmente ele estudava muito a história, mas como nenhum estudante é perfeito ele não aprendeu com Napoleão que 'one does not simply invade a Rússia no inverno'.

Uma coisa que eu não consigo aceitar é o nacionalismo. Se orgulhar por algo que independe de sua vontade (onde você nasceu se deve unicamente aos seus pais) diz muito sobre sua vida. Ele escreveu: "Só se pode lutar pelo que se ama, só se pode amar o que se respeita e respeitar o que pelo menos se conhece." Ele chamava nacionalismo e patriotismo de questão social. É, né?

Alguns trechos chegam a ser irônicos vindo dele: "Se uma doutrina que encerrasse mais inveracidade ao lado de idêntica brutalidade na propaganda, fosse oposta a social-democracia, triunfaria do mesmo modo, por mais áspera que fosse a luta." Social-democracia=esquerda, logo...

Eu já tinha ouvido pessoas dizerem: "Hitler usou negros no exército", acho que elas pretendiam dizer que ele não era racista. - Sim, porque nada mostra mais que você não é racista do que matar milhões de pessoas de uma etnia específica. - E isso prova o quê? Já ouviram falar na expressão bucha de canhão? Mas deixemos Hitler falar:

"Sem tal possibilidade de empregar gente inferior, o ariano nunca teria podido dar os primeiros passos para sua civilização, do mesmo modo que, sem a ajuda de animais apropriados, pouco a pouco domados por ele, nunca teria alcançado uma técnica, graças à qual vai podendo dispensar os animais. O ditado: "o negro fez a sua obrigação, pode se retirar", possui infelizmente uma significação profunda. Durante milênios, o cavalo teve que servir e ajudar o homem em certos trabalhos nos quais agora o motor suplantou, o que dispensou perfeitamente o cavalo."

Em outro trecho ele fala sobre o aumento da população, pra ele "é dever de toda mulher ser mãe", era dever de toda família ter mais filhos quanto possível. Aí ele critica os governos alemães por não terem feito nada pra isso, e aponta a política francesa de trazer indivíduos das colônias (africanas) para popular o território francês continental:

"A política alemã de outrora era feita por metade, como tudo que fazíamos. Ela nem aumentou as terras ocupadas com a raça alemã, nem empreendeu a tentativa criminosa de fortalecer o império pela introdução de sangue negro."

É, ele não era racista mesmo.

Voltando ao ponto. "Hitler era de esquerda". Sim ele era:

"A cor vermelha de nossos cartazes foi por nós escolhida, após reflexão exata e profunda, com o fito de excitar a Esquerda, de revoltá-la e induzi-la a frequentar nossas assembleias; isso tudo nem que fosse só para nos permitir entrar em contato e falar com essa gente."

Ele adorava a esquerda em todas as suas nuances.

Hitler era um péssimo escritor. Ele se contradizia, em vários trechos ele diz uma coisa e logo mais a frente ele escreve algo ligeira ou totalmente diferente. Em muitos trechos. Coitado do editor desse livro.

Enfim, se quer conhecer alguém conheça o que ela disse ou escreveu. Suas opiniões. 99,9% das pessoas que falam de Hitler nunca leram esse livro. Hitler era racista sim, ele fala isso, pra ele dizer isso se tornava um elogio.
Layan 25/12/2014minha estante
Uma coisa sobre seu comentário: Reductio ad Hitlerum


Nath @biscoito.esperto 23/05/2015minha estante
Adorei! Se fosse hoje ganharia um meme, hahahah XD


Caio 22/01/2016minha estante
Você conseguiu sintetizar de forma magnífica tudo o que eu senti enquanto li o livro, e a síntese dos pensamentos de Hitler para aqueles que acreditam que este livro está à venda por um "retorno ao nazismo". Parabéns!


Morfindel 15/04/2016minha estante
Obrigado pelos elogios.


Capitão de Lugar Nenhum 19/04/2018minha estante
Que resenha sensacional




Karine 27/08/2014

História
Se a sociedade encontra-se dessa forma hoje, devesse ao que Hitler fez ao mundo.
Está não é só uma leitura para pessoas interessadas em segunda guerra e sim para entendermos a política de forma geral. Sim é simples dizer que Hitler era insano, porém era muito meticuloso, criou toda uma linha de pensamento voltada para a supremacia ariana, com uma oratória fabulosa conseguiu convencer uma nação humilhada e desesperada a seguirem seu ideal de sociedade e país.
Como estudante de história, li com muito interesse, para tentar compreender as origens de um período que transformou a vida da humanidade, através de uma única pessoa, o austríaco Adolf Hitler.
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Bruno 07/07/2013

Grande Líder
Sorri no inferno.
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