Priscila.Coruzzi
30/12/2022Eu queria muito ler este livro desde que vi uma amiga minha indicando e quando ví que iriamos ler no Clube de leitura das Amigas fiquei muito empolgada.
É um livro curto, que nos prende desde a primeira página e que o que não falta é emoção. Ri e chorei muito.
O livro vai nos trazer a história de Valerie, uma moça que sempre acreditou que toda sua família havia sido morta em Paris durante a segunda guerra mundial, e que aos 20 anos acaba descobrindo que seu avô materno esta vivo, e é dono de uma livraria em Paris, ele é um velho solitário e muito ranzinza e seu nome é Vicent Dupond.
Então quando ela vê uma oportunidade de ir trabalhar na livraria de seu avô ela não pensa duas vezes, larga tudo, vai para Paris em busca de descobrir tudo sobre seu passado e o porquê de seu avô não ter ficado com ela, ou almenos procurá-la após o término da guerra e saber o que aconteceu com seus pais.
O segredo da livraria de Paris atendeu todas as minhas expectativas.
Eu gosto muito de histórias que se passam durante a segunda guerra, e ir com Valerie e descobrir tudo que aconteceu com seus pais, saber todas as atrocidades da guerra, sentir junto com ela todas as emoções é fantástico.
Amei o cenário da livraria, as rabugices e comentários sarcásticos do Sr. Dupond sobre algumas obras, e é claro a querida Clotilde que abrilhantou a obra como a melhor amiga de Meirelle e fez parte da resistência francesa, e que depois de toda a tragédia foi a melhor amiga e companheira do Sr. Dupond.
A escrita é super envolvente, com capítulos alternados entre 1940 e 1960, capítulos curtos, o que tornou a leitura leve e muito fluida.
O final é maravilhosos e me arrancou muitas lágrimas e me fez pensar muito sobre algo que eu nunca havia pensado quando se fala sobre a segunda guerra, os filhos de mulheres que durante a segunda guerra tiveram envolvimento com os alemães nazistas, que muitas vezes eram obrigadas a se relacionar com eles ou mesmo violentadas e que, como consequência disso tiveram bebês e no pós guerra foram descriminadas e julgadas em seu próprio país. Além de cidadãos alemães que estavam na guerra obrigados e não compactuavam com as atrocidades nazistas.