Rota 66

Rota 66 Caco Barcellos




Resenhas - Rota 66


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Jéssica Simões 02/04/2014

Caco é um exímio jornalista! E isso fica claro no livro através de sua coragem e perspicácia nas investigações e, sobretudo, na preocupação em não tangenciar informações. Um livro de tirar o fôlego! De fazer pensar, repensar e questionar. Recomendo!
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@icaronunes 04/02/2014

Denuncia contundente
Livro maravilhoso. Denuncia do começo ao fim. Coisas curiosas, tensa e violência o tempo todo.

ROTA e PM são exposto ao publica de uma forma que todos já sabem (violento e fora da lei) mas não parecem perceber quão profundo é o problema.

Mostra o racismo do sistema penal e execuções sumarias. Tudo acobertado pelo comando da policia, políticos e sociedade.
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Djonatha 09/02/2013

Jornalista Caco Barcellos descreve as injustiças que apurou em casos de assassinatos pela Polícia do Brasil
Inicialmente, o livro “Rota 66” alterna entre os casos de violência e crimes por parte dos policiais e a história de vida do jornalista e autor do livro, Caco Barcellos.

O primeiro e mais impactante caso parte justamente da equipe que dá nome ao livro, a Ronda Ostensiva Tobias de Aguiar n° 66, que perseguiu um grupo de jovens com uma patrulha forte de policiais e viaturas pelas ruas de São Paulo, pois pensavam que o carro em que os jovens estavam, um fusca azul Volks, era roubado. Ao fim da perseguição, os policiais assassinaram os jovens rendidos, inocentes e desesperados a sangue frio, com brutalidade e animalidade.

Entretanto, os policiais, já acostumados a agir desse modo com pessoas de classe baixa e de bairros periféricos, não esperavam que os adolescentes do fusca azul fossem filhos de burgueses, classe alta da sociedade.

A imprensa nacional se focou no caso Rota 66 e acabaram por revelar várias contradições por parte dos policiais nos depoimentos em que eles próprios se diziam vítimas e que os adolescentes foram responsáveis pela própria morte.

O autor descreve os acontecimentos com certa ironia, principalmente quando mostra os absurdos depoimentos dos policiais e o que eles eram capazes de fazer para alterar as cenas do crime, manipular a perícia e até de comprar falsas testemunhas, tudo obviamente com muito cinismo.

A história de Caco Barcellos cruza com a desse relato quando ele decide juntar informações a respeito de todos os casos de assassinato em que a Polícia estava envolvida, descobrindo e descrevendo vários deles, sempre evidenciando o desespero e a inocência das vítimas, pessoas pobres, e o abuso de poder aliado à falta de caráter dos assassinos, os policiais.
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Vi 02/02/2013

Rota 66 - Caco Barcellos
O melhor livro de jornalismo investigativo que já li.
Obra que faz denúncia social, escancara a atuação irregular da Rota de São Paulo.
O autor, prestigiado jornalista brasileiro, desvenda as motivações, os métodos e os propósitos da polícia militar, bem como a postura incentivadora do próprio Estado e o perfil dos assassinos e vítimas.
Foram cinco anos de pesquisa, inclusive nos arquivos do IML.
Com o lançamento, Caco Barcellos fora ameaçado de morte, mas conquistou o prêmio Jabuti de 1993.
Recomendo a todos!
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Arsenio Meira 27/08/2012

Caco Barcellos, além de ter uma baita coragem, é um dos maiores jornalistas da sua geração.
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Arca Literária 10/06/2014

Rota 66
A história da polícia que mata, foi lançado em 1992, e reúne vários anos de trabalho e pesquisa jornalística. O livro não é baseado em uma única história. E sim, em várias. O “Rota” do título vem do pelotão de elite da Polícia Militar de São Paulo, a Rota: Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar. O grupo, criado durante a Ditadura Militar, tem a função de combater o crime e de ser exemplo para a PM. Rota 66 é um livro já consagrado pelo público e pela crítica, onde o autor desmonta a intricada rede que forma o esquadrão da morte oficial montado em São Paulo.
Resultado de uma investigação meticulosa e audaciosa, a obra foi escrita por Caco Barcelos, que é correspondente internacional da Rede Globo e considerado um dos jornalistas de maior prestígio dentro da emissora, pela audiência conseguida por suas reportagens. Durante as décadas de 1970 e 1980, Caco investiga assassinatos e abusos cometidos pela polícia. Trabalhando como repórter freelancer, passou madrugadas seguindo viaturas, indo a velórios e acreditem, dias e dias no IML conferindo documentação dos criminosos que a Rota matava, sendo que ninguém mais da imprensa dava importância a esses assuntos.
O livro trata do assassinato de um grupo de jovens de classe média de São Paulo por uma ação de uma unidade da Rota. É a partir deste ponto que o fato se torna o elo entre tantos outros assassinatos sem explicação realizados pela polícia militar.
A história se resume em três partes. Na primeira Barcellos conta o caso da Rota 66 que matou três jovens de classe alta em São Paulo, na década de 80. A imprensa deu grande destaque ao caso na época. Os policiais que mataram esses garotos acharam que eles eram ladrões e que haviam roubado o fusca no qual estavam. Os policiais militares foram ao tribunal, porém julgados inocentes.
Ao longo do livro, ainda há o relato de várias pessoas mortas pelos mesmos policiais. Barcellos vai intercalando a história do caso Rota 66 com a sua história, mostrando o que ele viveu na juventude e comparando a sua vida com a de outros que passaram pelo mesmo apuro. Fugindo de polícia sem motivo. A segunda parte é dividida em sete capítulos. Em quase todos há o mesmo fim. A polícia que persegue o “bandido”, mata e depois o leva ao hospital para “prestar ajuda”, com o propósito de evitar a investigação na cena do crime. Na terceira parte, também dividida em sete capítulos, percebemos que os policiais matam qualquer um. Um exemplo é o assassinato de Pixote, morto debaixo de uma cama, encolhido no canto.
O autor do livro tinha o seu próprio banco de dados, criado com a ajuda de um amigo. Todas as mortes causadas pelos policiais nos supostos tiroteios eram catalogadas. No inicio um sistema de catalogação bem precário, constituído por observações a hospitais, e a idas ao "IML". Esse foi o resultado de um banco de dados que o jornalista conseguiu organizar durante anos de pesquisas feitas nos jornais que publicavam as notícias das mortes em tiroteios, no necrotério e entrevistas. O Jornal Notícias Populares que noticiava os supostos tiroteios e apoiava a ação dos PMs, foi uma das fontes de pesquisa do autor.
A Rota era composta por um exército de matadores, que não prendiam. Espancavam e matavam os suspeitos em supostos tiroteios, sendo que, na maioria das vezes as vítimas estavam desarmadas e sem nenhuma chance de se defender. Após executarem as vítimas, ao invés de levarem os corpos para o (IML) Instituto Médico Legal, os corpos eram levados para o hospital, os PMs tinha o intuito de fingir prestar socorro aos cadáveres. O local do crime era alterado para dificultar o trabalho da perícia. Algo revoltante são os fatos dos inquéritos serem redigidos á partir da declaração dos PMs matadores, sem levar em conta os relatos das testemunhas. A população de baixa renda era o alvo principal dos matadores da PM.
O livro já no primeiro parágrafo prende o leitor de tal maneira que o faz viajar e aprofundar-se em cada palavra lida na cruel história da polícia, dos bandidos e dos inocentes. Ao começar escrever o livro, Caco barcellos tinha o objetivo de denunciar os matadores oficiais contra os civis envolvidos em crimes na cidade, mas o balanço final da investigação, em junho de 92, acabou surpreendendo a si mesmo. O autor conseguiu traçar um perfil criterioso das vítimas e dos assassinos, assim ele descobriu que os criminosos não representavam a maioria entre as pessoas mortas pelos policiais militares de São Paulo. O jornalista identificou pelo menos, quatro mil e duzentas das 12 mil vítimas da PM entre 1970 e 1992. Os números são espantosos, podendo ser comparados aos de uma guerra. Desse total, 65% eram pessoas inocentes. Gente que nunca havia praticado um crime.
Publicado em 1992, o livro Rota 66 já foi editado 37 vezes, sendo a última em 2002. Não tem como descrever a sensação experimentada ao terminar de ler a obra. É como se faltassem páginas. Como se todo aquele revoltante esquadrão da morte ainda estivesse ativo. E, de fato está. Tenho a impressão que faltam mais pessoas como Caco Barcellos para mostrar as histórias das atuais vítimas. E saber que essas atrocidades ainda continuam a acontecer bem debaixo de nossos narizes, me deixa revoltada, e cada vez mais apaixonada pelo jornalismo investigativo.

_________

Resenha de Lidy Lira, resenhista do Arca Literária


site: www.arcaliteraria.com.br
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Victor Felipe 16/08/2012

O livro é surpreendente, com um raciocínio interessantíssimo.
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Anderson.Pissinate 06/08/2012

Se a pena de morte fosse boa a Rota já tinha transformado São Paulo em um paraíso.
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Kethlyn 17/09/2012

O livro é uma verdadeira janela que ao se abrir nos faz enxergar um mundo desconhecido afora. Inocentes mortos, famílias destruídas, assassinos ganhando "Estrelas", distintivos 'merecidos aos policiais que mais matam "bandidos" - que nem sempre são bandidos. Essa é uma pequena parte de um mundo escondido em becos. Becos, esses, que são palcos de inúmeros assassinatos. Becos figurados, algumas vezes acontece pra quem quer ver - mas ninguém quer. Rota 66 trata da história de uma polícia que mata - porém mata inocentes. Essa não é maioria, mas ainda é uma fração que nem deveria existir. Há um grande número de mortos na cidade de São Paulo, todos os dias. E muitos, pela imprudência de quem deveria estar a posto para nos defender.

"Rota 66 - A Historia da Policia que Mata é uma obra do jornalista brasileiro Caco Barcellos. O livro trata do assassinato de um grupo de jovens de classe média de São Paulo por uma suposta ação equivocada de uma unidade das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota). A partir deste ponto o fato se torna o elo entre tantos outros assassinatos que não tiveram explicação realizados pelas autoridades competentes.
Uma pequena história que desencadeia casos onde a policia atira antes de perguntar.
Em sua busca pelos casos semelhantes ao do Rota 66, o repórter narra sua investigação em lugares pouco agradáveis para maioria das pessoas. Entre pilhas de jornais e documentos em um escritório até madrugadas inteiras dentro de uma espécie de almoxarifado de um necrotério. A narrativa também ressalta anotações e um árduo trabalho de pesquisa em jornais locais, documentos e entrevistas acompanhados dos comentários do jornalista."
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Grecia.Augusta 06/03/2012

Excelente e assustador!
Fundamental para quem faz Jornalismo e quer entender como funciona uma investigação nessa área.
O livro fala sobre a polícia que mata, num Brasil que ainda respira a ditadura militar.
É excelente pois Caco Barcellos conduz seu livro unindo fragmentos das cenas vividas pelas vítimas da polícia e ao mesmo tempo assustador, porque mostra a realidade nua e crua de mortes tenebrosas e imperdoáveis cometidas por policiais.
Super indico!
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Bruno 20/05/2011

Missão Nobre
Caco Barcellos retrata a cultura brasileira, em específica a da Policía Militar, de tal maneira que o faz artífice de honra.

A sua abnegação ao trabalho investigativo é um grande aprendizado para aqueles que buscam a verdade dos fatos.

Pela ótica apresentada na literatura, é deplorável a situação das ações realizadas pela PM, e em específico a da Rota. As riquezas das informações, e a apuração dos fatos explanam uma covardia, onde a massa crítica dos atos de crueldade são pessoas inocentes, trabalhadores e cidadãos. Porém ser pobre economicamente, pardo ou negro, jovem e simples, se torna uma situação desafiadora quando este escopo de cidadão entra em choque com a Rota, estes são os mais impactados e vitimados.

Para aqueles que almejam conhecer a fundo a sociedade brasileira, este é um livro que destroça o íntimo, tendo em vista que os atos de bárbaries, se equivalem à guerras, no que se diz respeito do índice de mortalidade.

É a minoria que pratica crueldades aos desprotegidos, o que é uma vergonha para Patría. Em contrapartida, para a corporação a qual pertencem, esses matadores são alvos de elogios exacerbados e dignos de projeção no que diz ser um batalhão tradicional!

É a verdadeira dança dos patinhos!
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Yara 07/05/2011

Um banho de sangue
Acho que nunca foi tão difícil resenhar um livro. E olha que para mim é difícil resenhar qualquer livro já que eu comecei a fazer isso apenas recentemente. Eu tentei começar a resenha de varias maneira, como por exemplo, falando o que eu senti durante a leitura, ou colocando um dado marcante logo de cara. Entretanto nada disso parecia ser real e bom o bastante.
Esse é o segundo livro reportagem que eu leio, então eu já estava um pouco familiarizada com o gênero, e assim o livro se tornou meio cansativo, afinal é um pouco enjoativo a cada página você se deparar com mais uma morte, mais um fuzilamento, mais um local lavado com sangue.
O livro foi muito bem escrito, e a denuncia é percebida logo nas primeiras páginas, se eu fosse falar no geral eu poderia falar que o livro não tem falhas. Talvez o único ponto que eu não gostei na apresentação do livro é que ele não segue uma ordem cronológica, e isso me deixou um pouco perdida, já que as vezes eu estava em um trecho que se passava em 92 e numa parte próxima voltava ao ano de 72.
Bem, é um ótimo livro, sem duvidas, eu apenas não recomendaria para quem nem consegue suportar a palavra e a descrição de uma “morte violenta”.
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