mmurilo 06/05/2020
O gibí tem um bom enredo, sem precedentes. As histórias do Aranha são únicas e as melhores do universo Marvel pra mim (o que não é de se dizer muito, aliás, não acho que tenha lido mais que 1% de tudo que fora lançado), tendo o fator 𝘤𝘰𝘰𝘭 em favor delas, e isso não é diferente nessa história por Mark Millar.
Mas, ela me incomodou em incoerências de Parker/Millar. 1) Parker: Na segunda parte da HQ, depois de visitar a mansão dos Vingadores a procura deles, e sair frustrado de lá por não ter sido bem recebido, Peter pensa sobre eles: "Na verdade, perto deles, parece que eu voltei pra escola e que todo mundo vai me dar rasteira ou tirar sarro da minha cara" e, duas páginas depois, ao se encontrar com o Coruja, Peter diz: "...E, pra um 𝗯𝗮𝗶𝘅𝗶𝗻𝗵𝗼 𝗴𝗼𝗿𝗱𝘂𝗰𝗵𝗼 de olho no Império do Rei, isso vale mais do que umas garrafinhas de vinho antigo." Falta de simpatia? Você pensaria que alguém que passou por algo como ele passou, e expôs duas páginas atrás, sentiria empatia e não tiraria 𝘴𝘢𝘳𝘳𝘰 de outro alguém. 2) Millar: Na sexta parte, no prédio do Clarim Diário, Peter vê um cara, se dizendo ser o Homem-Aranha e se expondo por causa dos 5 milhões de dólares de recompensa, sendo tirado do escritório de J.J., e pergunta à sua secretária: "Isso acontece direto?" Em que ela responde: "Ah, umas dez vezes por dia, esse é o menor que já apareceu até agora. Tá mais pra Homem-Formiga que pra Homem-Aranha." Agora, não sei se Mark Millar tem fobia de pessoas baixas, se não, é patético.