O assassinato e outras histórias

O assassinato e outras histórias Anton Tchekhov




Resenhas - O Assassinato e Outras Histórias


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Victor.Valente 20/10/2020

Leitura em um... Bar?
Eu estava na Parada Inglesa, em um barzinho perto ao metrô.

Não era um rolê tipicamente legal, porém eu vi que havia uma estante nos fundos e encontrei esse livro. Logo tomei um susto e descobri que era do filho do dono do bar.

Ficamos amigos e ele me emprestou esse que é um dos mais interessantes e maravilhosos livros de Tchekhóv.

Vale a pena a leitura e o esforço de encontrar esse livro em sebos... Ou em bares.
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anoca 21/09/2020minha estante
tchekhov é realmente subestimado, uma pena




Kau 04/08/2020

Esplêndido
Nesse livro temos 6 histórias do autor,que foram escritas no final de sua carreira,cada história é perfeita,e retrata bem o que a população da Rússia sofria naquela época, meu conto favorito é Iônitch ,não sei por quê, mas acabei me apaixonando por essa história, todas contidas nesse livro são fantásticas!!Ler essa obra me despertou a vontade de conhecer autores de outros países, assim como também, a ler mais livros clássicos, com uma linguagem mais sofisticada(que particularmente acho linda),é um livro esplêndido e eu super recomendo que leiam.
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David Alves 25/05/2020

Impecável
Anton Tchekhov é mais uma novidade na minha vida. O autor é simples e majestoso com suas palavras. Seus personagens são tão reais que parecem nossos vizinhos. A escrita de Anton é impecável e suas mensagens nas entrelinhas são arrebatadoras.
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Kaka 30/04/2020

Livro interessante, causou certo estranhamento devido à minha falta de contato com a literatura russa, mas nada que atrapalhe a apreciação. Eu gostei.
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Rodrigo 25/03/2020

Simplicidade
Embarcar para o interior da Rússia foi uma das melhores viagens dessa quarentena.
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@vilmar_martins 12/03/2020

Tchekhov, ou, como escrever algo digno de ser lido
Como falar de Tchekhov fugindo dos clichês? Difícil, afinal não sou Tchekhov que faz com que o usual apareça como estranho, que dá cores ao embotado e direciona nosso olhar para detalhes pouco visíveis. Não sei o que dizer da obra para além de: LEIAM, AFINAL É TCHEKHOV.
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@fran_rodrigues_92 06/02/2020

Vamos falar de mujiques?!
Leitura 2020
#8

Título: O assassinato e outras histórias
Autor: Anton Tchekhov
Editora: Cosanaify
Páginas: 276
1894-1900

Traduzido e organizado por Rubens Figueiredo, este livro traz seis contos longos escritos por Anton Tchekhov (1860-1904) na última fase de sua obra. Neles, o tema é o cotidiano da amesquinhada vida russa no final do século XIX. Tchekhov revela-se um profundo conhecedor da vida rural e urbana, dos costumes de mujiques, de comerciantes, de proprietários de terra e de jovens intelectuais. Suas narrativas captam um universo amplo, contraditório, tenso, em que o leitor não pode nunca permanecer impassível. A edição traz algumas cartas de Tchekhov, escritas durante os anos mais produtivos de sua vida.

O autor é um dos maiores da literatura russa e revolucionou a maneira de composição de contos influenciando vários autores. No ano de sua morte chegou a ser a segunda maior personalidade russa atrás de Tolstói apenas. Cada conto leva a um emaranhado de situações que parecem não chegar a lugar algum até que nos surpreenda com um baque surdo que nos tira do chão com várias reflexões sobre a vida ou não-vida. Comecei o livro com um preconceito por ter lido As três irmãs e não gostar mas me surpreendeu e acredito ser essencial para qualquer leitor ao menos um conto.

"O homem sabe tanto quanto é necessário saber para poder tocar a sua vida adiante."
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Rafael G. 02/01/2020

Neste volume, de seleção e tradução de Rubens Figueiredo, estão 5 contos da fase final de Tchekhov (escritos entre 1894 e 1990). No prefácio, entrevemos a leitura do tradutor, que compreende os textos deste livro enquanto ficção da indiferença. Na Rússia do final do século XIX, "o debate de ideias só parecia fazer sentido quando tomava formas extremadas" (FIGUEIREDO, 2011), mas as narrativas de Tchekhov investiam obstinadamente na dúvida, na incerteza. Desse lugar, sua representação de camponeses, por exemplo, incomodava autores que, interessados na emancipação da classe, preferiam contornos idealizados - Tolstoi entre eles, segundo Rubens Figueiredo.

Distante temporal e geograficamente, é difícil para mim perceber em Tchekhov o conservadorismo de que o acusavam. Pelo contrário, os contos tomam partido e me parecem incidir de maneira crítica à sociedade rural russa, de mujiques vivendo na miséria enquanto servem a poucos senhores trapaceiros e exploradores. Diante de tanta pobreza, um tema recorrente é a fé (ou a falta dela), a indiferença a Deus e suas prescrições numa vida tão desamparada.

E Tchekhov é também um grande contador de histórias: você já se importa com os personagens ou está curioso para saber mais sobre o lugar no primeiro parágrafo do conto. É mais descritivo que Dostoievski em "O Eterno Marido", porém de descrições que nos imergem na cena, na geografia, na nevasca, no isbá e no barranco; todos os personagens tem um colorido específico que logo os identifica, bem como à sua relação com o ambiente. Torna-se perfeitamente compreensível a dinâmica espaço-social, mesmo com as distâncias de que já falei.

É um livro imenso, impressionante, de muito boas histórias e que merece uma reedição. No apêndice ainda encontramos cinco cartas do autor, nas quais conta de sua experiência enquanto médico distrital combatendo a cólera - o que possivelmente lhe deu muito material para escrita. Há também uma carta que funciona como breve currículo vitae, e outra em que discorre sobre o cenário intelectual e literário russo.
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Kelly Oliveira Barbosa 17/12/2019

"…cada um tem o seu lugar neste mundo"
Essa seleção são dos contos mais longos e da fase final da vida do autor russo que viveu entre 1860 e 1904; sendo além de escritor, médico e dramaturgo. A edição traz as seguintes histórias: “O Professor de Letras”, “O Assassinato”, “Os Mujiques”, “Iônitch”, “Em Serviço” e “No fundo do barranco”.

Comecei a leitura pelo segundo conto, O Assassinato, uma narrativa primorosa, certeira em levar leitor a um exame de si, à reflexão da complexa natureza humana. É um conto que choca, nele já encontramos toda a miséria e sujeira, dor e sofrimento, conflitos religiosos e de relacionamento… alguns dos temas que perpassam toda a obra do autor. Segui lendo os outros contos fora da ordem, pensando que não alcançariam seu patamar, mas estava errada. Esse é um dos poucos livros de contos que li, que gostei de todas as histórias igualmente.

Os contos, Os Mujiques e No fundo do barranco são tão descritivos da vida cotidiana desse corte da população russa de “interior” de antes da revolução que me pareceram verdadeiros documentos históricos. O que apesar disso, não são narrativas datadas, mas narrativas que conversam com muitas realidades hoje e de qualquer lugar do mundo.

A miséria é retratada em todos os contos, mas não só a miséria material, mas a miséria da alma humana como em O Professor de Letras e Iônitch, em que são apresentados personagens com alguma importância social e econômica, mas que vão se encontrar em algum momento tão miseráveis por dentro quanto os mujiques são por fora. Também a religião, retratada como hipócrita, sentimentalista, vazia e sem Deus… todos os personagens nas situações colocadas, apesar de algum contado religioso permanecem vazios, desesperançados, sem redenção. Há um eco de solidão, abandono, desamparo… em todas as histórias que me pareceu o gemido da alma do próprio autor.

Foi uma das melhores leituras do ano. Uma oportunidade de reflexão sobre vários temas impulsionados pela melancolia inevitável que faz parte da experiência de leitura desses contos. Recomendo!

site: https://cafeebonslivros.blog/2019/12/09/resenha-livro-o-assassinato-e-outras-historias-de-anton-tchekhov/
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Leticia.Meira 08/08/2019

O assassinato e outras histórias - Iônitch
O livro "O assassinato e outras histórias" é simplesmente incrível. É um livro que conta alguns clássicos da literatura, a história que mais gostei foi a "Iônitch", vou falar sobre ela.
A história é bem simples e curta, porém cada vez dá mais vontade de ler.
É um pouco difícil de entender , pois é uma linguagem antiga e bem detalhada, então você tem que voltar algumas páginas para entendera história.
Ela fala, basicamente, da sociedade, do amor e da vida antigamente.
Eu achei essa história maravilhosa, mesmo com as dificuldades de leitura.
Super recomendo.
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Hay 07/10/2018

Peculiar
Diferente de qualquer outra coisas que já tivesse lido, e infelizmente não tenho capacidade de explicar o que senti, mas não sou a mesma Haylla depois de ter lido Tchekhov, de uma maneira boa. :)
andrrson_ 02/02/2019minha estante
A leitura é difícil ?


Hay 04/02/2019minha estante
Na verdade, não. Só alguns termos que são muito específicos da vida camponesa russa, mas você se acostuma.


andrrson_ 04/02/2019minha estante
Entendi, obrigado!




Uilians 27/07/2018

O livro é excelente, mostra muito da genialidade e habilidade de um mestre da contação de histórias curtas, não foi a toa que influenciou e influencia escritores em todo mundo. Mas nessa edição, em várias páginas e passagens, o texto apresentou um ritmo e narrativa que oscilava entre o arcaico e o moderno, passando a sensação de ter sido escrito por pessoas muito diferentes. Li outros livros do Tchekov e não era assim. Talvez seja um problema de tradução ou edição que não comprometem a obra, mas que causa um certo desconforto a leitores mais atentos.
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Rub.88 23/07/2018

Cada Um Tem o Seu Lugar Nesse Mundo
Mujique era o nome dado ao camponês russo na época pré-revolução socialista. Um pouco antes disso, eles viviam em regime de servidão até acontecerem às reformas agrícolas de 1861, que lhe deram a noção de liberdade. Mas a pobreza e a ignorância ainda os aprisionavam. Povo miserável que sobrevivia o dia a dia sem esperança, comendo o que havia, adoecendo muito e enchendo a cara de vodca vagabunda. Explorados ainda pela baixa nobreza provincial, que tinha por sua vez problemas mesquinhos a atrapalharem sonhos de alcançar o grau, inventado pela literatura, de Alma Russa.
Na coletânea O Assassinato e Outras histórias do escritor e medico nascido em Taganrog, Rússia, Anton Tchekhov fala das pessoas pobres de recursos e de espirito.
Seis contos que descrevem a província profunda, longe dos meios culturais. Personagens sobrecarregados com a própria vida, e que têm dependentes além de financeiros, emocionais a puxa-los para baixo. Da maldade e da indiferença que são sentimentos comuns nesse ambiente. A descrença e religiosidade se alternam. Acomodados e condenados à prisão com trabalhos forçados são situações gêmeas.
Em O Professor de Letras descobre que apenas casar é pouco para quem almeja uma vida plena.
Parentes chatos e inoportunos criam ódio cego no conto O Assassinato.
Na estória Os Mujiques, miséria pura, abjeta e o apodrecimento em vida que a fé não mitiga.
Iônitch descobre que as mulheres são maldosas com quem as ama e que perdão é algo que coração humilhado não concede.
Em Serviço, medico cansado trabalha perdidos em pensamentos desanimadores.
E enfim, no conto No Fundo do Barranco a tragédia, um tanto novelão mexicano, que envolve casamento arranjando, avareza inescrupulosa, falsificação de dinheiro, infanticídio e resignação.
Tchekhov não complica. Ele é simples. Mentes simplórias pensam no comum e com medo de falarem besteira. Parece que em todas as estórias sempre estão almoçado. Isso porque comer é a única alegria que tem; O momento de felicidade, pois só pensam no prato. E conversam logo depois da janta, boiando na mediocridade. Claro que tem aqueles gigantes nomes russos que sempre me aborrecem.
No final dessa edição existem cartas escritas para seu editor. Nelas ele conta das agruras, como medico voluntario, que passava na luta contra um surto de cólera acontecido em 1892 perto de Moscou. Nessas missivas ele também reclama que não tem tempo para se dedicar a literatura, do dinheiro ficando escasso e da falta de resposta do seu correspondente. Em uma das cartas ele escreve algo que é resumo da obra que li dele. Aqui repito:
“Em minhas cartas para você muitas vezes sou injusto ou ingênuo, mas nunca escrevo aquilo que não sinto.”
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