Mariana.Campos 04/05/2023
Tanto a dizer sobre um livro que diz pouco
Quando me indicaram a leitura de Piranesi, instantaneamente o coloquei como o primeiro livro na lista daqueles que gostaria de ler.
A sinopse me intrigou e a descrição dos ambientes, ao início do livro, me fizeram pensar que a história me surpreenderia absolutamente.
Mas eu estava piamente errada. Na minha opinião, a história se arrasta por páginas e páginas sem acontecimentos mirabolantes, apenas com longas descrições de um ambiente que, apesar de bem construído, não é tão bem construído assim.
Não sei se foi apenas a minha imaginação limitada, mas por vezes não conseguia compreender a estrutura da Casa, a diferença real entre Salões e Vestíbulos, e muitas vezes qual era a real relevância dos ambientes contados no livro.
Li a maior parte dele sem saber o que estava acontecendo, na verdade. Para mim, a situação de Piranesi, em uma Casa, cuidando dos Mortos, estudando e anotando o que via, parecia raso. Sem uma explicação ou um propósito.
Quando começamos a desvendar nomes reais, pessoas reais, como eles haviam chegado ali, porque aquele Mundo existia, por um momento acreditei que, mais uma vez, algo mirabolante ia acontecer. Mas as páginas foram se esvaindo e a leitura continuava plana. Até a derrota do ?vilão? eu achei que foi muito fácil e rápida.
Poderia comentar muito mais sobre Piranesi, como fato de que eu gostaria muito que o nome dele tivesse algo mais filosófico envolvido. Nem sei. Mas acho que só fiquei frustrada por esperar tanto do que ia acontecer, que quando não aconteceu, eu murchei. Inflei, inflei, inflei e murchei.
É uma leitura mega descritiva e que faz breves reflexões, mas nem de longe foi um livro que marcou minha vida ou me fez pensar sobre ela.