O Sedutor do Sertão

O Sedutor do Sertão Ariano Suassuna




Resenhas - O Sedutor Do Sertão


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Michela Wakami 26/06/2021

Muito bom
Sou fã do Suassuna, vejo muitas entrevistas dele, as quais me fazem dar altas gargalhadas, por isso eu o acho maravilhoso.
Sempre tive vontade de ler os seus livros, e és que surgiu a oportunidade, e comecei por essa obra divertidíssima, não poderia ser diferente.
Um romance cheio de aventuras, aonde acompanhamos o nosso protagonista, fazendo muitas trapaças, para conquistar a mulher amada e muito dinheiro.
Será que ele vai conseguir?
Tem que ler para descobrir.

Super recomendo.
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Nivia.Oliveira 11/06/2021

Quando comei a ler esse livro fiquei imaginando Suassuna lendo Os Sertões de Euclydes da Cunha, parando na parte sobre o tráfico de cachaça que ocorreu em Canudos na Bahia e bingo! Começou a escrever as aventuras de Malaquias Pavão pela Paraíba e logo terminou... Dizem que ele gastou três semanas! Coisa de gênio!
O riso é garantido... Mal ou bem fiquei imaginando o nosso protagonista com a cara de Chicó e seu amigo Miguel, o João Grilo do filme Auto da Compadecida estrelado pela Globo.
Assim de uma forma simples e divertida ele fala de jeitinho brasileiro, problemas da seca, corrupção, resistência do povo sertanejo, querelas entre grupos políticos e amor... sobretudo pela cachaça! 😎


site: https://www.instagram.com/niviadeoliver/?hl=pt-br
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camaziabento 13/05/2021

Divertido e didático
Ariano Suassuna escreveu esse romance para ser adaptado em roteiro de cinema. Essa informação é revelada logo no prefácio, então é quase impossível lê-lo sem imaginar Malaquias Pavão e Miguel Biôco interpretados por algum ator, acabamos nos tornando produtores de elenco.
A história se passa na Paraíba, durante a Revolta da Princesa, na década de 30, cenário familiar para o autor, que, quando criança, viu e ouviu seu pai participando ativamente das discussões políticas daquela época (o pai de Suassuna chegou a ser Governador do Estado).
Em meio a conflitos mortais entre o Estado e os cangaceiros, o protagonista fez questão de não tomar partido ? como ele mesmo diz "eu tô do lado do povo e das mulheres" ? e iniciou uma jornada para conquistar o coração de Silviana, "a dos braços brancos", morena dos olhos verdes casada com Sinfrônio Perigo.
Entre tiroteios de bases políticas radicais, o autor consegue nos fazer rir e mostrar como as pessoas, mesmo em momentos de políticas extremistas, conseguem ter resiliência e viver suas vidas sertenejas.
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Dezwith (Capítulo 18) 22/04/2021

Um deleite para quem vem do sertão - como eu.
3 homens, 2 mulheres, 1 cavalo, 1 égua e alguns burros em um cenário de guerra no sertão do Semiárido nordestino. São estes ingredientes suficientes para Ariano Suassuna nos emocionar (ri, chorei e ri de novo mais e mais) e nos transportar (para o cenário da Paraíba de José Pereira e de João Pessoa pré-revolução de 30).

Esta história - simples, fácil de ler, com pouquíssimos personagens - conseguiu me tocar em um lugar muito sensível. Me fez lembrar de onde eu vim. Li com a voz dos meus antepassados, com o sotaque arrastado que até hoje ecoa no meu próprio sotaque. Ri como não ria há muito tempo lendo um livro.

O povo escrito nesta obra é o meu povo. A voz narrada nesta obra é a minha voz. A inteligência que pulsa do texto de Suassuna é a inteligência da minha cultura.
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VicBanger 27/03/2021

Uma delícia!
Primeiramente, creio ser de suma importância destacar que O Sedutor do Sertão não foi escrito em forma de roteiro - informação esta presente na própria apresentação à obra, escrita por Carlos Newton Júnior. Trata-se, sim, de um romance pensado para a posterior transformação em roteiro de cinema, mas que foi concebido como um romance mesmo. Enfim, achei válido iniciar a minha resenha falando sobre isso, visto que aparentemente algumas pessoas por aqui estão confusas quanto à produção de O Sedutor do Sertão.

Segundamente, devo dizer que este é um livro delicioso. Deixei-me envolver pela leitura de um modo que há muito não me deixava envolver. Percebo que Ariano Suassuna geralmente é lembrado pela sua contribuição ao teatro, faceta que eu já conhecia; mas sempre ouvi comentários sobre a genialidade do homem dentro do campo da prosa literária (A Pedra do Reino que o diga), e aqui estou, conhecendo agora este lado do autor paraibano.

Ah, e apesar de haver uma predominância da prosa, O Sedutor do Sertão mostra muito gosto pelos versos, que preenchem várias páginas com a tradição do cordel (quase sempre em versos de sete sílabas). E essa mistura de formas executada pelo Suassuna mostra uma sensibilidade absurda dum artista que parece o tempo inteiro estar flutuando entre o romance, o poema e o audiovisual (por mais que não seja um roteiro de cinema, dá pra notar que o autor realmente estava encaminhando o seu texto para isso - com falas curtas e diretas e versos que poderiam muito bem ter sido cantados em uma trilha sonora); o que poderia virar uma bagunça nas mãos de uns, nas dele virou um exemplo de domínio criativo.

Curioso que a minha primeira experiência pelo lado romancista do Suassuna tenha se dado por meio de O Sedutor do Sertão, visto que muitos fazem questão de destacar a importância de A Pedra do Reino. O Sedutor pode até ser uma obra menor do autor paraibano, mas é uma expressão de grandeza literária. Acompanhar a peregrinação dos personagens é fascinante, pois assim podemos ver que eles apenas tentam fazer uma coisa em meio a um cenário político caótico: viver. A malandragem do Malaquias, a amizade e submissão do Miguel, o tom ameaçador de Sinfrônio, a delicadeza enigmática de Silviana, o jeito fechado de Maria Cascalha (com os seus muxoxos)... Todos os personagens são fascinantes!

Apesar de Malaquias Pavão ser tido como um verdadeiro sedutor - segundo ele próprio, "não um galo de briga, mas de reprodução" -, percebe-se que os sentimentos dele em relação à Silviana são genuínos. Temos um protagonista cheio de vícios, mas dotado de muito carisma e de bons sentimentos. Mesmo com os seus defeitos, torna-se uma tarefa complicada não gostar do Malaquias - que está quase sempre com o seu valioso cavalo "Rei de Ouro".

Um texto leve, mas profundo. Bastante engraçado, mas faz uso do riso justamente para lidar com certas mazelas sociais. Um grande exemplar de prosa literária - e o meu primeiro contato com esse universo do autor. Ah, e além do mais, é uma declaração de amor ao Nordeste. Bravo!
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Christiane.Sérgio 18/03/2021

Escrito, inicialmente, para ser roteiro de um filme que foi cancelado, Ariano o dedocou à memória de Euclydes da Cunha.

Engraçado e com algum ar de drama, O Sedutor do Sertão nos trás o anti-herói Malaquias Pavão e seu fiel escudeiro Miguel Biôco numa aventura pelo sertão Paraibano em meia a uma luta armada e para sair bem dos dois lados, já que o mesmo se diz do lado das mulheres e do que for mais benéfico para o momento em que estiver em risco.

Não há como não se lembrar de outro grande personagem do Auto da Compadecida - João Grilo. O mesmo jeito malandro, mas Malaquias difere na sedução. O danado tem lábia! ???
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Izamara Ferreira 14/03/2021

Inédito do Ariano Suassuna
?Vamos, ?Coronel?! Vamos, que as jumentas e as raparigas de Alagoa Grande esta?o esperando por no?s!?
É difícil não gostar de Malaquias e de suas artes. Livro fácil e gostoso de ler!
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Katia Rodrigues 12/03/2021

O anti-herói sertanejo
Originalmente idealizado como roteiro de cinema em 1966, O sedutor do sertão traz em seu enredo ação, humor, romance e reviravoltas, mesclando ficção e fatos históricos. A trama se desenrola durante um período de luta armada na Paraíba, por volta dos anos 30.

Estão presentes no texto todos os elementos que amamos na obra de Suassuna: as paisagens do sertão, o humor, o herói astuto, representado na figura do malandro sertanejo Malaquias. Protagonista extremamente cativante, como só Suassuna sabe criar.

Ig: @ingrisias
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Marcelo.Alencar 08/03/2021

Hilário e divertido...
Como são as obras de Ariano. Não só, mas também com a riqueza moral que uma mensagem literária deve passar. Ariano falando do dia-a-dia nordestino.
Prepare-se para rir!
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SamuellVilarr 05/03/2021

O Sedutor do Sertão, Ariano Suassuna.
Romance de Ariano Suassuna que produziu com a intenção de uma possível adaptação cinematográfica, por alguns motivos não houve a adaptação. Malaquias Pavão, Sinfrônio, Maria Cascalha e Silviana acompanham no sertão da Paraíba, uma aventura com um objetivo que no caminho é cheio de desavenças cômicas e inesperadas. Acompanhamos os objetivos e as armadas de Malaquias Pavão. Enganando o povo e fazendo de besta os que aparecem no seu caminho. Vende poção, cachaça e água. Conhecemos pelos diálogos cômicos e estruturados de Ariano a composição cultural típica do Sertão das raízes da literatura fantástica regional, os bem formados personagens criados pelo escritor. A História é um divertimento da linguagem e da inteligência narrativa do escritor. Acompanhamos nisso o começo o meio e o fim da história, poderia dizer mais sobre. Mas o encantamento e a produção literária e linguística de Ariano é surpreendente e me agrada prufundamente e o mesmo poderia dizer ao me divertir.
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Maitê 03/02/2021

Uma delícia de ler esse roteiro em formato de livro, de romance. Conta uma história muito nordestina, de muita familiaridade, inclusive ao contextualizar conflitos históricos. Enfim, Ariano sendo Ariano, engraçadíssimo e politico.
Marcelo.Alencar 03/03/2021minha estante
Comecei hoje...




IvaldoRocha 22/01/2021

Não há como resistir a qualquer coisa que venha de Suassuna, ainda mais quando se trata de algo inédito.
Um jeito de teatro circense, um toque de Don Quixote e como ele mesmo diz, uma homenagem a Euclydes da Cunha, a quem o romance foi dedicado.
Suassuna é um daqueles escritores que são um caso à parte, não bastasse seu carisma e sua sensibilidade em apresentar o Brasil a seus brasileiros.
A história se passa entre o sertão da Paraíba e de Pernambuco onde realmente existiu “O Território Livre de Princesa”, ou seja, um estado independe que se formou em razão da briga entre a oligarquia local, contra a cobrança de impostos. Oligarquia esta acostumada a exercer seu poder através de seus jagunços. O território emancipado da Paraíba, passa a responder diretamente ao Governo central do Rio de Janeiro. O governador da Paraíba envia tropas contra os rebelados e diz que em 48 horas tudo estará resolvido, só que...
Nunca ouvi falar disso nas minhas aulas de história.
No meio de toda essa balburdia surge Malaquias Pavão, um daqueles personagens de Ariano, cheios de espertezas e escorregadio como ele só, vendedor e trapaceiro, atua em feiras e onde pudesse conseguir algum lucro, sempre ajudado por Miguel Biôco, seu Sancho Pança. Tinha duas grandes paixões, uma era seu cavalo Melado.
Seu rival Sinfrônio Perigo, cavalariano, homem “especialista” na compra e venda de cavalos, outro trapaceiro e marido de Dona Silviana, a mulher mais linda da região e a segunda paixão de Malaquias.
Entre as brigas políticas da região, as crendices religiosas, o mestre Suassuna faz a sua arte e brinca de contar estórias, uma dentro de outra e assim vamos.
Uma leitura saborosa e divertida, mas temos que levar em consideração, que se trata de um romance inédito e que originalmente foi escrito como roteiro encomendado à Suassuna para um filme que acabou não sendo realizado. Este romance roteiro foi escrito em uma semana.
Isso acaba se refletindo na estória, não que o romance não seja bom, mas você não pode nem de perto compará-lo a Pedra do Reino e outras coisas de Ariano que levaram anos para serem preparadas e preparadas….
Mas acredite, são horas agradáveis de leitura com toda a certeza, vale muito a pena.
Marcelo.Alencar 03/03/2021minha estante
Hahaha... que resenha legal. Comecei a ler hoje!




Vitor Peixoto 09/01/2021

Uma deliciosa aventura sertaneja
Não há como deixar de valorizar o Nordeste brasileiro após a leitura de uma obra de Ariano Suassuna.

Fui pego desprevenido ao entrar na Livraria Jaqueira, aqui em Recife, e me deparar com este lançamento. Não sabia da existência de um romance inédito de Ariano, publicado recentemente em conjunto a uma reedição completa de sua obra pela editora Nova Fronteira. Livros caprichados, com ilustrações de seu filho, Manuel Dantas, e atualizações de texto que estavam em anotações feitas por Ariano em vida, mas não publicadas.

O Sedutor do Sertão, por sua vez, traz um charme maior. Romance que dialoga diretamente com sua grande obra, A Pedra do Reino, narrado por alguém que descreve as cenas de longe, como quem constrói a cena para os leitores (ou talvez com o objetivo de esclarecer suas ideias para o futuro filme que seria baseado na obra, mas que acabou não saindo do papel). Vê-se um personagem principal, Malaquias Pavão, um herói (ou anti-herói) do Brejo e do Sertão, e seu ajudante, Miguel, percorrendo os trajetos da Paraíba, através de áreas como Alagoa Grande, Taperoá, Pedra do Tendó (momento em que o narrador direciona sua fala para um ligeiro "diálogo" com os leitores, se referindo ao local como o mais bonito do mundo), incrustado num tema recorrente para Ariano em suas obras, e também em sua vida pessoal, especificamente sua infância: A Guerra de Princesa, revolta dos sertanejos contra o Governo do Presidente da Paraíba, João Pessoa, dentro do contexto da Revolução de 30, iniciada no Brasil à época.

O texto desliza por uma leitura rápida, divertida, e transporta o leitor para a realidade de intenso debate político no sertão nordestino, exibindo a astúcia de um personagem que sabe muito bem se livrar de tais percalços, sem deixar de exibir, para seus próximos (e aos leitores oniscientes), suas predileções.

O humor das peças de Ariano também está presente. Impossível não se lembrar da astúcia de João Grilo em O Auto da Compadecida ao aguardamos o próximo plano de Malaquias para a venda de sua cachaça sem selo em feiras diversas nas pequenas cidades da Paraíba, apesar do Sedutor do Sertão trazer um personagem principal que, errático para sobreviver na região dos anos 30, é bem visto pela população, alto e forte, se destacando entre os demais por sua atenção a religião, educação as mulheres, popularidade nas famosas zonas de cada região, que ele conhece pelo nome, e seu famoso e belo cavalo, o melhor e mais cobiçado do estado.

Escrito em menos de um mês, pensando nesse filme que tinha planos de ser lançado, O Sedutor do Sertão ficou engavetado por mais de meio século nas gavetas de Ariano. Ganha, enfim, uma edição para a alegria dos que tanto adoram suas histórias, e evidencia a inteligência e sensibilidade de um autor orgulhoso de suas origens, com bagagem cultural para trazer contexto histórico a um romance nordestino por essência, mas mundial em suas nuances.
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Carolina Corrêa 28/06/2020

Deliciosamente divertido
O romance em exato estilo Suassuna: leve, rápido, com tiradas inteligentes e engraçadas.
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