Resenhas - O Conde de Monte Cristo

Guilherme Dehon 13/06/2023

O Conde de Monte Cristo
Uma obra gigantesca, surreal, de suma relevância para a literatura mundial...
De uma grandiosidade tanto na parte ficcional, quanto histórica.

A história de Edmond Dantès apesar de intensamente cruel, e ao mesmo tempo de rara beleza.

Alexandre Dumas criou uma obra imensamente complexa, com vários personagens e tramas que parecem desconexas mas que se unem em determinados momentos, e ainda assim, ele consegue amarrar cada aparente ponto solta que imaginamos se perder em meio a tantos histórias dentro da história principal...

O início da história é bem dinâmico e a leitura flui muito fácil até o prisão de Dantès e os acontecimentos que se sucedem.

Uma parte que foi um tanto massante, é o período que Albert e Franz estão na Itália para o carnaval...

Após esses eventos na Itália, passamos para Páris, onde a obra tem o foco de seus acontecimentos derradeiros...

Há momentos de menor ou maior intensidade, mas nem por isso deixando de ser cada vez mais instigante.

E já nas fases derradeiras, a obra entra em um momento tão intenso, melancólico, angustiante, esperançoso que quase não conseguia parar de ler.

É uma obra formidável, de fácil leitura, muito bem construída, amarrada, cada mínio detalhe, cada observação, que prende o leitor em todo o seu ser.

Leiam.

Diego Rodrigues 23/01/2022

"Quero ser a Providência, pois o que sei de mais belo, de maior e de mais sublime no mundo, é recompensar e punir" - Dantès, Edmond
Romancista e dramaturgo, Alexandre Dumas nasceu na comuna francesa de Villers-Cotterêts, na região de Aisne, em 1802. Filho do General Alexandre Davy de la Pailleterie, membro das forças napoleônicas, tinha ascendência negra, uma vez que sua avó paterna foi uma escrava tomada pelo marquês Alexandre, seu avô. Antes mesmo de completar vinte anos, Dumas já escrevia teatro, mas sua paixão pela dramaturgia como profissão só viria a despertar de forma definitiva mais tarde, após assistir a uma apresentação de "Hamlet", em Paris. Radicado na "cidade do amor", escreveu peças de sucesso como "Henrique III e sua Corte", "Christine" e "Antony", passando então a frequentar os círculos literários da capital francesa. Em parceria com Auguste Maquet, uma espécie de ghost-writer (parceria essa que acabaria muito mal, com troca de acusações, disputas judiciais, processos, etc.), Dumas começou a se dedicar aos romances de folhetim. Em 1840, iniciou a publicação de "Os Três Mosqueteiros", obra responsável por alavancar sua carreira internacional. Era só o início da prolífica e grandiosa carreira de um dos mais célebres romancistas do século XIX. A obra completa de Dumas soma mais de 600 títulos, já foi traduzida para inúmeras línguas e ganhou adaptações memoráveis.

Publicado originalmente em formato de folhetim, entre agosto de 1844 e janeiro de 1846, "O Conde de Monte Cristo" era inicialmente um livro de impressões de viagem que acabou se tornando um robusto romance. A obra narra a trajetória de Edmond Dantès, um jovem marinheiro e futuro capitão a serviço da Casa de Morrel e Filho, e noivo da bela Mercedes. Com um futuro promissor pela frente, a vida parecia sorrir para Dantès, mas quis o destino que uma nuvem negra cruzasse seu caminho. Vítima de um complô, Dantès é confinado nas masmorras do Castelo de If, em uma ilha isolada, sem chances de fuga. Privado não só de sua liberdade, mas também de sua identidade (agora sem nome, ele é apenas o nº 34), o prisioneiro flerta com a loucura, o medo e a morte em seu calabouço. Seu desespero, quem diria?, só viria a ser aplacado pelo abade louco, o prisioneiro da cela vizinha. Nele, Dantès encontra a chave para o conhecimento, para a liberdade e para a vingança contra aqueles que o condenaram a uma vida de sofrimento. Aventura, mistério, dramas familiares, intrigas, traições, duelos, tesouros perdidos e envenenamentos misteriosos, esses são apenas alguns dos elementos que compõem essa aprimorada narrativa, na qual Dantès toma para si o papel de Providência, punindo e recompensando como se fosse um emissário de Deus.

Apesar do clima de "capa e espada", estilo que consagrou Dumas, "O Conde de Monte Cristo" é bem mais que uma simples história de aventura. Em suas páginas, o autor destila críticas políticas e sociais, e não poupa a classe aristocrática e as autoridades francesas, seus principais alvos. O contexto histórico também é ricamente explorado, tendo Luis XVIII e Napoleão como personagens, e episódios como a disputa entre bonapartistas e monarquistas, o exílio e a volta de Napoleão de Ilha de Elba e o Governo dos Cem Dias como cenários. Falando ainda em personagens, não bastasse estes serem memoráveis, Dumas ainda os move com a maestria de um jogador de xadrez, costurando realidade e ficção, e traçando uma intrincada trama, sem deixar sequer uma ponta solta. Acompanhar a metamorfose de Dantès e suas maquinações em busca de vingança não só imprime ritmo a leitura como a torna formidável. Retrato fiel da sociedade de sua conturbada época, o romance não perde em nada para seus contemporâneos, "Os Miseráveis" (Victor Hugo) e "Guerra e Paz" (Liev Tolstói), mas possui um diferencial: a escrita de Dumas é coesa e altamente imersiva, os capítulos são curtos, repletos de ação e diálogos marcantes, sempre fechando com um ótimo gancho que nos impele a iniciar já a leitura do próximo. É impossível parar de ler! E, ao contrário de seu amigo Hugo, Dumas não faz longas digressões. Tudo isso faz do "Conde" uma leitura fácil, rápida e extremamente agradável, apesar do volume.

Quanto a edição, segue o padrão Clássicos Zahar de qualidade. A obra aqui foi dividida em dois tomos e vem muito bem acompanhada de um box primoroso. Os livros trazem mais de 170 ilustrações originais (de autoria de Gustave Staal, Jean-Adolphe Beaucé, Edmond Coppin, Dieudonné Lancelot, entre outros), notas de rodapé que fazem toda a diferença na hora da leitura (não se perde nenhum detalhe do contexto histórico e das referências que a obra faz) e a premiada tradução de André Telles e Rodrigo Lacerda, vencedora do Prêmio Jabuti. Como resultado, a editora entrega tudo que é preciso para que seja feita uma leitura rica e prazerosa deste que é um dos maiores clássicos do romance francês.

site: https://discolivro.blogspot.com/

Rebeca1267 02/04/2020

Incrível
Amei esse livro. A leitura de fato é longa, mas todo o enredo é viciante!
Não se assustem com o número de páginas; é muito bom e vale a pena! ?

Freezerburn 26/12/2023

O Conde de Monte Cristo
Essa vai ser a minha resenha mais complicada de se fazer.

Primeiramente, que leitura maravilhosa!!! A escrita é fluida e instigue a você sempre querer saber o que vai rolar a seguir. O livro tem mais ou menos 3 partes: Edmond Dantes, Conde de Monte Cristo e Consequências. Cada parte é bem definida, mostrando o início, o meio e o fim do protagonista, além de ter outros personagens super interessantes e bem construídos, eu que imaginava que iria me perder com os personagens coadjuvantes que não tem tanta importância, a verdade é que cada um tem seu papel e cada um tem seu destaque.

A escrita é maravilhosa em diversos momentos. Sendo diferente de acordo com a ocasião, mostrando a falsidade de certos personagens, o desespero de outros e até mesmo demonstrando perfeitamente a comunicação de um homem paralítico que só pode falar através dos olhos. Apesar de ser cansativo em alguns pontos, ele é incrível em quase tudo. Um detalhe que acho meio que um defeito, meio, é que o Dumas quis falar TUDO NOS MÍNIMOS DETALHES, não é atoa que o livro de 1300 páginas.

Não se preocupe se você assistiu o filme ou viu o anime, nenhum deles conseguiu pegar TUDO que o livro tem, o anime que possui 26 episódios de 22 minutos NÃO adaptou toda a obra, além de que o anime começa por volta da página 400, ele mudou muita coisa, e se o anime não conseguiu imagina o filme de 1h30min. Eu recomendo demais que todos lêem o livro pq ele merece.

O livro, ao contrário o que TODOS dizem, não é sobre Vingança, talvez um pouco, mas ele tem mensagens muito lindas sobre Perdão, Generosidade, De Que Existe Bondade no Mundo, Acreditar nos Planos de Deus, Arrependimento, Amor, Esperança e Felicidade. A história, apesar de se focar em diversos personagens, demonstra muito bem a jornada de Monte Cristo, uma jornada de arco negativo que graças ao amor e amizade fez com que ela não termine em desgraça, mas sim com um final positivo. Villefort, Morcef e Danglars podem ter destruído vidas inocentes, especialmente de Monte Cristo, mas o livro não tenta demonstrar que o Conde está correto em punir de maneira monstruosa os três, o Conde tem diversas condutas questionáveis e no fim ele se arrepende. É engraçado pois eu não imaginava que o livro teria tantas mensagens cristãs, principalmente por ser uma história de "vingança", mas lá pelo final demonstra bastante sobre isso.

E eu preciso aqui expressar meu amor aos Morel, tudo envolvendo eles eu amei, desde o Simbad salvando eles da falência até o Conde salvando Maximillen e Valentine, a história deles é a mais emocionante e que eu levarei no meu coração ????

Eu amo demais esse livro e ele se tornou um dos meus favoritos, Recomendo a todos a lerem o livro, uma verdadeira obra prima

Fred 27/08/2020

Livrão... No tamanho e na história
Esse sem dúvidas foi o livro mais completo que eu já li. Nada está ali pra encher linguiça. Todos os personagens tem uma história e Alexandre Dumas faz questão de nós contar cada uma delas. As vezes durante a leitura você questiona: "por quê ele está contando a vida desse ladrãozinho mequetrefe?" E embora esse personagens apareça uma ou duas vezes em todo livro (que como vemos é enorme), uma atitude que esse ladrãozinho teve nas primeiras páginas, é o que amarra pontas soltas e importantes e no final do livro. Cada plano de vingança é engenhosamente construída fazendo com que cada inimigo caia pelos seus próprios vícios e pecados.
Minha única crítica fica por conta de alguns diálogos que acabam sendo "pomposos" demais prolongando uma conversa que poderia muito bem acabar com 5, 6 falas.

Recomendo DEMAIS!
5/5 e favoritado.

Quase Thaís 07/04/2022

"Esperar e ter esperança"
Que livro perfeito!
Já era apaixonada pela história graças ao filme de 2002, mas o que o livro entrega é infinitamente melhor. Conseguimos enxergar e sentir as várias fases e conflitos internos de Dantès, e, graças a escrita inteligente e sagaz de Dumas nos conectamos não só com o pobre marujo preso injustamente, mas com uma série de personagens com diferentes personalidades e aspirações.
Recomendo fortemente!

@buenos_livros 18/08/2021

O Conde de Monte Cristo - Alexandre Dumas ??
?E agora ? disse o desconhecido ?, adeus bondade, humanidade, gratidão? Adeus a todos os sentimentos que regozijam o coração?! Tomei o lugar da Providência para recompensar os bons? que o Deus vingador me ceda o seu para punir os maus!?
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. O Conde de Monte Cristo (1846)
. Alexandre Dumas (Pai) ??
. Tradução: André Telles e Rodrigo Lacerda
. Romance | 1366p. (Edição Ilustrada)
. @editorazahar
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Quase todo mundo tem um livro preferido. Após 15 anos me arrisquei a reler o meu e posso afirmar que O Conde de Monte Cristo é, na minha opinião, o maior romance da História, uma novela que pautou o futuro das narrativas de vingança, filmes e novelas, com todos os elementos de um grande folhetim, ancorada em um personagem inesquecível: Edmond Dantès. Seu sofrimento, ressurgimento, disfarces e vendetta, são absolutamente brilhantes. O personagem, encarcerado injustamente por 14 anos e dado como morto em uma trama cheia de atores inescrupulosos, conheceu os mais obscuros aspectos do ser humano, renegou seus sentimentos, mas não pode fugir de quem era, da sua honra e valores, não sem antes cumprir um plano cruel e perfeito contra os seus carrascos.

Um ponto interessante é que após a primeira leitura, que foi meu primeiro clássico, assisti ao filme homônimo de 2002 diversas vezes e muitas das lembranças se misturaram. A releitura mostrou que o filme, apesar de ótimo, é apenas inspirado no livro, mantém alguns personagens, transforma e mistura outros e mantém a linha mestra da narrativa, porém o desenrolar da história é completamente diferente.

Amigos e amigas, posso afirmar: O Conde de Monte Cristo é meu livro preferido.
. ?????????

Mel V. 20/03/2022

O Conde de Monte Cristo
A muitos anos eu assisto aquela adaptação cinematográfica de 2002 dirigida por Kevin Reynolds que amo, porém sem nem ter noção de que o livro era tão diferente, tão mais rico em detalhes, tão maravilhoso.

Comprei esse livro a anos atrás, cheguei a começar, mas nunca dei continuidade, porém esse ano de 2022 me deu vontade de retomar a história do início e ir até o fim.

Pra falar a verdade foi até bom ter esperado um pouco a maturidade chegar para poder apreciar essa obra.

Não é um livro difícil de ler, Alexandre Dumas escrevia com simplicidade, e foi inicialmente publicado como folhetim de 1844 a 1846, ou seja, a cada final de capítulo o cara sempre deixava um cliff hanger para prender seus leitores a desejarem ler o próximo capítulo logo.

E foi o que aconteceu comigo, não dá vontade de parar de ler, é uma história de bondade e vingança, de amor e ódio. Diversas famílias se entrelaçam numa rede de personagens complexos e bem elaborados.

Queremos à todo custo saber oq vai acontecer, e o final... por incrível que pareça, pela quantidade de 1664 páginas, me deixou desejando mais.

Fiquei feliz mas ao mesmo tempo triste pelo final não ter sido igual ao do filme q eu estava acostumada a ver, mas compreendi.

Não tenham medo do tamanho do livro, você vai se encantar com essa história tanto quanto eu, tenho certeza.

Gfelixft 28/04/2021

O conde de monte Cristo
"Não existe felicidade nem infelicidade, existe a comparação de uma com a outra, só isso. Apenas aquele que atravessou o extremo infortúnio está apto a sentir a extrema felicidade. É preciso ter desejado morrer, Maximilien, para saber como é bom viver." (O conde de monte Cristo)

May 30/03/2021

Novelão
Eu amo novela e esse livro tem tudo pra ser um novelão hahaha muitos núcleos, tramas, fofocas, vingança. Gostei muito de conhecer a história do filme com muito mais detalhes e personagens envolvidos. Consigo compreender todas as adaptações feitas pro filme e continuo admirando os dois. Única ressalva seria para a parte 2 do livro, que se arrastou bastante, destoando do resto da obra. Vale a leitura, não à toa é um clássico.

Yanne0 25/07/2022

O Conde de Monte Cristo
O Conde de Monte Cristo é um dos livros mais conhecidos e emblemáticos de Alexandre Dumas, junto de Os Três Mosqueteiros, e foi publicado em formato de folhetim entre os anos de 1864 e 1866. Seguindo a estética do romance folhetinesco que tem, como o esperado, finais de capítulos com cliffhangers, narrativa fluida e acessível, a presença de diversas reviravoltas no decorrer do texto, e o romance clichê de dois protagonistas que se amam e que, no entanto, são separados pelos vilões, Dumas também se propõe em não focar somente em uma única trama. Além da história do Conde, temos várias subtramas que estão relacionadas com a principal. Aqui, Dumas vai narrar a história de Edmond Dantès, um imediato de um navio que acaba se envolvendo (contra sua vontade) em uma tramóia política.


Dantès é o clássico protagonista que vai enfrentar a jornada do herói. Ele tem 19 anos de idade, é tão inocente que às vezes irrita, quer ajudar todo mundo que entra no seu caminho e tem uma vida perfeita. No início do livro, está prestes a se tornar capitão de um navio, no qual já é imediato, e é noivo de uma catalã, chamada Mercedes, por quem é genuinamente apaixonado. Mas essa felicidade não dura muito tempo e Dantès acaba sendo vítima da inveja e do ciúme e é acusado de ser bonapartista.


É interessante como Dumas se utiliza de um fato real para desenvolver sua narrativa e é justamente esse o pano de fundo da França na época em que a história se passa. Napoleão Bonaparte está isolado na ilha de Elba e ameaçando reconquistar a França. Por conta disso, a Monarquia se sente fragilizada e o bonapartismo virou um crime a ser combatido. Em meio a essa divisão de ideologias, por parte dos jacobinos e monarquistas, Dantès é encarcerado por quatorze anos sem saber o porquê.


É na prisão, e durante os últimos anos desperdiçados em cumprir uma pena da qual não cometeu, que Dantès tem o seu processo de amadurecimento. O arquétipo da jornada do herói que passa pelas mãos de um professor que lhe cede às ferramentas capazes para pôr em prática os objetivos do protagonista não é uma novidade, nem mesmo nos anos em que Dumas escreveu sua obra-prima, mas aqui ele faz tudo com maestria e tem absoluto controle com o seu personagem central. O nosso tal professor está na figura do misterioso abade Faria, colega de prisão de Dantès e que é considerado, por todos, um louco. Ele ensina, na prática, tudo o que sabe ao garoto.


Dantès sai da prisão (não vou dizer como) aos trinta e três anos, na idade de Cristo. E a relação entre esses dois não é à toa. A saída de Dantès é a sua ressurreição e a sua chance de fazer justiça/vingança contra aqueles que armaram contra ele.


Porém, antes de mais nada, Dantès precisa de uma nova identidade e a procura de uma, ele assume três antes de se autodenominar Conde de Monte Cristo. E não, essas outras personalidade não são descartadas. Ele as utiliza de tempos em tempos para mover as peças de seu jogo e é fascinante como até nelas a gente consegue distinguir a personalidade de Dantès em relação aos seus alter egos. É como se cada um deles fosse uma pessoa diferente e não o nosso protagonista.


O livro pode ser cansativo ou confuso para alguns por conta da inserção de vários novos personagens ao longo da narrativa, mas, acredite, nenhum deles é apresentado gratuitamente ou sem ter um desenvolvimento bem trabalhado. Todos eles têm suas motivações bem definidas assim como as suas respectivas histórias. E, no decorrer da trama, Dumas consegue amarrar as pontas soltas e interligar cada um deles à trama principal, por isso é importante ficar atento a cada novo nome citado.


Menção importante ao texto que é rápido, inteligente e mordaz. Também é repleto de referências literárias, filosóficas e políticas da época. O narrador que nos conta a estória é onisciente e sempre tem um comentário irônico a fazer sobre os seus personagens, o que torna a leitura bastante divertida.


A tradução dessa edição da Zahar, feita pelo André Telles e Rodrigo Lacerda, é maravilhosa e as notas de rodapé engrandecem a leitura, mas, aos que não são acostumados a elas, só leiam aquilo que julgarem essencial para não saírem da estória. São muitas notas e elas podem atrapalhar o ritmo de leitura.


Eu poderia escrever linhas e linhas falando sobre esse livro e as diversas temáticas retratadas por ele, mas entre os vários assuntos que Dumas insere no seu texto, um dos que eu mais me chamou a atenção foi a construção entre os conceitos de vingança e de justiça, e a linha tênue que as separa. Dantès sente na pele que o resultado de pôr o seu plano em prática e se colocar no papel da Providência e do Anjo Vingador pode atingir não somente aqueles que são os seus alvos e sim pessoas inocentes do meio. É interessante também ver como o Conde/Dantès reage a isso.


Um outro ponto a se considerar é como cada personagem se relaciona com a religião, especialmente Dantès que racionaliza Deus a todo momento e o transforma ora em uma espécie de comandante (ao qual ele obedece sem questionar) ora em um instrumento (que ele utiliza para justificar e realizar suas ações).

Davi.Modesto 13/11/2021

"Esperar e ter esperança."
Não existe nem felicidade nem infelicidade nesse mundo, existe a comparação de uma com a outra, só isso. Apenas aquele que atravessou o extremo infortúnio está apto a sentir a extrema felicidade. É preciso ter desejado morrer, Maximilien, para saber como é bom viver.
Portanto, vivam e sejam felizes, filhos diletos do meu coração, e nunca se esqueçam de que, até o dia em que Deus dignar-se a desvelar o futuro para o homem, toda a sabedoria humana estará nestas palavras: Esperar e ter esperança.
Seu amigo, Edmond Dantés( Conde de Monte Cristo).

Amanda 24/02/2020

Vendetta
Sem dúvida alguma entrou, em primeiro lugar, para lista dos meus favoritos. Houve delonga para encerramento, tendo em conta que eu não devoro o livro, mas sim, o saboreio. Embora existam passagens que realmente tenham sido enfadonhas - ao meu ver, por exemplo, a subtrama de Luigi Vampa - o livro realmente me prendeu. Se comparado ao filme, que vi a "milhões de anos atrás", achei as paixões coléricas do livro muito mais aguçadas e muito mais sanguinárias. Nunca tinha lido uma escrita tão descritiva, perfeita e tão bem entrelaçada como a de Alexandre Dumas, estou em amores. Que escrita, amigos, que escrita....

Patricia Milani 14/11/2020

Livro incrível... Forma de escrita maravilhosa, várias histórias dentro da história principal e a forma com os fatos são ligados realmente é encantador e chocante ao mesmo tempo.
Trama principal muito bem construída e a leitura é bem fluida embora o livro seja grande.

Duda 22/05/2022

NUNCA ESQUECEREI ESSA HISTÓRIA!
O tanto que amei esse livro, não tá escrito! Os personagens, a trama, tudo!
Claro, tiveram algumas partes que eu não gostei tanto, mas isso anulou tudo o que o livro foi! Recomendo demais, e com certeza lerei outras obras do autor.