Isabella.Assis 08/09/2021
Não é 5 estrelas, mas é favoritado
Uau.. que jornada
Eu não esperava nada de A Promessa da Rosa quando resolvi iniciar a leitura. Queria ler um livro de romance de época, mas pensei que fosse ser algo bobinho, rápido, bem clichê. Nunca, nem nos meus sonhos, ia imaginar que ficaria tão enlouquecida com uma história. Por isso digo: que livro é esse, Brasil?
Aqui nós conhecemos a Kathelyn, uma mocinha TÃO forte, com uma personalidade que me conquistou nas primeiras páginas, que desejava ser livre em uma sociedade que prendia/limitava as mulheres. Essa personagem passa por rejeição, abandono, fome, abusos e outras tantas coisas, que no fim eu sonhava com o momento em que tudo ficaria bem. Kathe quer casar por amor, não quer ser vendida como um cavalo, quer poder estudar antiguidades e viajar o mundo. Ela é interessante, bem humorada e divertida, mas também é impulsiva, o que vai a colocar em uma tremenda enrascada. O livro, para além de um romance, é sobre o seu amadurecimento como mulher.
Já o Arthur é inteligente e apaixonante no início e aos poucos vai se mostrando um verdadeiro homem do século 19: muitas vezes orgulhoso, egoísta, controlador e obviamente influenciado pela sociedade arcaica e hipócrita em que ele vive. Ele tem suas qualidades e é um pouco a frente de seu tempo em diversos aspectos, mas ainda sim é muito preso ao título que carrega: o de Duque de Belmont. É claro que ele também vai lutar pra se libertar disso! Ainda sim, durante a leitura, passei do amor à vontade de esganá-lo tantas vezes que não conseguia nem entender o que estava sentindo.
Esses dois vão obviamente protagonizar um casal lindíssimo e enlouquecedor, mas que vai sofrer MUITO por conta do orgulho que muitas vezes domina nossas ações, por conta de mal entendidos, falta de diálogo, pessoas mal intencionadas e, acima de tudo, por conta de uma sociedade que os condena e julga. No fim, apesar de amar o casal, torcia para que eles ficassem juntos mais por saber que Kathe merecia um final feliz junto ao companheiro, mesmo com os muitos erros dele.
Até 30% do livro, tudo são flores e maravilhas, era obvio que haveria uma reviravolta. Só não esperava que fosse ser tão SURPREENDENTE como foi. Sem dúvidas de tirar o fôlego e de enlouquecer a mente do pobre leitor.
Outro ponto muito positivo do livro são os apontamentos históricos que a autora se propôs a fazer. É muito interessante ver a história dos livros de ensino médio sendo retratada na vida dos personagens.
Só não dei 5 estrelas porque há uma cena em que Arthur é quase abusivo perto do final do livro, que fez com que eu ficasse com um pé atrás com o mocinho. Essa cena é facilmente dispensável para história, aliás. Sem contar que perdi a paciência com ele incontáveis vezes kkkkkk
No fim, estou tão surpreendida com a autora que quero ler tudo que ela escreve!
Recomendo, recomendo, recomendo, mas tome cuidado com os gatilhos.