Lázara 22/10/2023
Maya Angelou -- Poesia Completa é mais um dos livros que meu esposo me presenteou. Mas, que fique em destaque, foi minha a decisão de fazê-lo furar a fila, deixando para trás muitas pendências literárias.
É que eu precisava de poesia. Com urgência! E quando uma necessidade assim se impõe, devemos satisfazê-la.
Foi farto o banquete que encontrei. A poesia de Maya é, por assim dizer, repleta de tudo que há em toda forma de poesia: a poesia de Maya é angustiada; a poesia de Maya é política; a poesia de Maya tem romance; a poesia de Maya transborda, transporta e também, quem diria?, é lúbrica.
Maya Angelou é (P)oeta e, como (P)oeta, reverencia sua ascendência africana em toda a sua obra. É a representação da potência da mulher preta que, quando avança, fratura as colunas que sustentam o racismo estadunidense, porque ela simplesmente optou por não tolerar o esquecimento.
Aos jovens descendentes daqueles que, no passado, não escolheram estar naquele bocado da América, ela vem dizer: rebelem-se! E nas páginas seguintes: amem! E em outras folhas mais: vivam! E no todo de sua obra: tudo!
Sim: anseiem por tudo! E, depois do tudo, ainda mais!
Estou confusa nessa resenha, porque fui encantada. Enfim, vou respeitar minha confusão, encerrando-a com apenas uma recomendação: entregue-se.