Aisha Andris @AishandoBooks 12/06/2020
Curtinho, mas apaixonante
“Tão Verdadeiramente Minha” é uma novela (ou, talvez, até um conto), portanto as coisas acontecem depressa mesmo, sem enrolação e sem aqueles desdobramentos complicados que, muitas vezes, temos nos romances. Leiam já sabendo disso. Aviso dado, preciso dizer que gostei muito desta história e dos personagens. Foi minha segunda experiência com a escrita da Flávia Cunha (a primeira foi um continho sobrenatural chamado “Amante Vampiro”, que recomendo também) e terminei a leitura com vontade de ler mais histórias dela (não é de hoje que namoro certa série com shifters lobo escrita pela autora, então quem sabe não me aventure por ela em breve).
Já comecei o livro morrendo de dó da nossa mocinha, Alice, ao saber o quanto ela sofreu nas mãos de um pai que não se importa o mínimo com a mãe e com ela, e que a vendeu a um homem muito mais velho que, por sorte (ao menos eu vejo assim), morreu antes que de fato chegassem ao altar. No entanto, isso deu a Alice a fama de viúva-negra, fazendo com que muitos acreditassem que, de alguma forma, ela foi a responsável pela morte dele. O que ficou ainda pior quando seu genitor a obrigou a guardar um luto de um ano pelo noivo falecido. Depois disso, ninguém nunca mais demonstrou interesse por ela. Isso até Alice trombar com certo lorde numa sala escura em um salão de baile…
Thomas também tem uma história difícil, pois sofreu muito com o estigma da bastardia, ainda que seu irmão, o herdeiro legítimo, tenha feito com que seu pai o reconhecesse. Thomas não suportou os comentários maldosos da sociedade e decidiu fugir para a guerra, onde um incidente fez com que acabasse se tornando manco, mas o pior de tudo foi o fato de estar longe do irmão em seus últimos momentos. Aliás, a última carta deixada para ele foi muito triste.
Thomas, junto de seus dois melhores amigos, também bastardos, está à procura de uma esposa, e ao trocar um beijo quente e delicioso com certa lady, decide finalmente colocar um ponto final à busca. E vou parar por aqui, antes de entregar a história toda. Só posso falar que achei uma delícia acompanhar o romance desses dois.
Neste livro, também conhecemos as primas de Alice, que protagonizam as próximas histórias. Não vou falar muito delas, porque terão resenha própria, mas gostei muito das personagens. Umas fofas.
Outro personagem que me cativou de cara foi o James, que era o melhor amigo do irmão de Thomas e cuidou dele em seus últimos momentos, o que acabou gerando boatos maldosos de que ambos tinham um romance. Esses rumores perseguem-no aonde quer que vá, fazendo-o sofrer em silêncio. Tadinho do meu neném! Sério, ele merecia ganhar um livro próprio e receber um final feliz. Duvido que não sintam o mesmo ao ler.
Minha única reclamação diz respeito à revisão, que deixou um pouco a desejar. Não foi suficiente para estragar a leitura, mas recomendo que deem uma segunda olhada a fim de corrigir os erros que passaram na primeira.
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