Resenhas - Outra Volta do Parafuso

Talita Hanna Cabral 18/01/2014

O parafuso e seus giros surpreendentes
Uma narrativa que mantém nossa atenção do inicio ao fim. Extraída a partir das memórias de uma jovem tutora, gira em torno de três componentes: as memórias e aparições assombradas de dois ex empregados da grande propriedade; a possível não inocência infantil e a sanidade de uma tutora recém contratada. A tudo isso soma-se outros dois personagens: uma governanta que representa o pensamento da gente simples e camponesa; o tio, rico e ausente de todo e qualquer problema que envolva a família ou a propriedade.
O parafuso gira por outros ângulos e tem final surpreendente.

@literatoando 16/01/2014

Terror Básico
Oi gente, vim falar um pouco de um clássico da literatura de terror/suspense do século XIX. Há muito tempo eu tava louca pra ler esse livro, eu li um monte de comentários negativos e alguns comentários positivos também e resolvi ler pra tirar minhas próprias conclusões. O livro conta a história de uma moça que com seus 20 anos vai em busca de um emprego e consegue ser preceptora contratada por um homem que quer que ela vá morar em uma casa no campo e cuide de seus sobrinhos lá sem importuna-lo, ela aceita o trabalho e vai pra esta casa, lá ela se afeiçoa com uma das empregadas e principalmente com a Flora, uma das sobrinhas do homem que a contratou. Passado algum tempo, Miles o segundo sobrinho chega à Bly, como é chamada a casa de campo, ele também é extraordinariamente belo e gentil, pouco tempo depois da governanta se acostumar com a rotina da casa ela se depara com Quint, um ex empregado da casa que já morreu e tudo se desencadeia dali. Pronto, essa é a premissa, se eu falar mais vai ser spoiler, agora vamos ao que eu achei.

Autor: Henry James
Número de Páginas: 192
Editora: Abril Coleções

O que eu achei...

O livro é todo em primeira pessoa, a gente entra na cabeça da governanta, tem algumas partes que nos assustamos realmente junto com ela. Eu gostei bastante do decorrer da história, porém me decepcionei com o final, achei mal finalizado, mal explicado, algumas pessoas diriam que é pra que nós déssemos um final ou pra deixar um mistério na história, mas tem coisas que na minha humilde opinião deveriam ser ditas e assuntos finalizados e eles não foram. Eu também fiquei apreensiva querendo saber o que aconteceu com alguns personagens, queria saber o que aconteceram com alguns personagens e o motivo de ela ter se suicidado pouco tempo depois de escrever o "livro" (isso não é spoiler, tem no começo do livro). Porém, essas decepções não atrapalharam de forma alguma a minha satisfação com este livro, perdeu uma estrela, mas não destruiu a obra de maneira nenhuma, recomendo que leiam e tirem suas próprias conclusões. O livro ficou com 4 estrelas, mas na minha opinião vale sim a pena ser lido.

site: http://maetoescrevendo.blogspot.com.br/2013/11/resenha-outra-volta-do-parafuso-henry.html

Dani 03/12/2013

Crianças e fantasmas: o que assusta mais?
No caso deste livro? As crianças sem dúvida! O livro começa com uma conversa entre amigos. É Natal e eles falam de fantasmas. Um deles permanece muito intrigado e revela que conhece um relato muuuuito mais terrível que aqueles.

A história é, portanto, a deste relato , redigido por uma jovem governanta (ou preceptora) sobre o período que esteve com as duas crianças: Flora e Miles.

Miles acabara de ser expulso da escola. O que começa como um relacionamento de encanto e doçura vai se transformando até tornar-se tenso e repulsivo. Essa transformação é causada pela consciência de que eles não estão sós e que há uma presença sobrenatural entre eles.

Isso são bem linhas gerais do livro. A leitura não é conclusiva. O que de fato aconteceu com estas pessoas? É possível terminar livro sem saber exatamente.

Eu achei o começo um pouco difícil mas recomendo a leitura. :)

Paulo 27/11/2013

É um bom livro, mas, no início, quase abandonei a leitura por conta da minúcia do autor em descrever coisas que eu julguei desnecessária, pois não acrescentavam muito à história. A sorte foi que ele reduziu tais descrições desnecessárias ao longo do livro, tornando a história mais atrativa. O final me surpreendeu, não esperava tal coisa. Enfim, é há um suspense interessante ao longo da narrativa, o que faz com que queiramos chegar ao final da mesma e desvendar todos os mistérios incluidos na trama que permeia em realidade e ficção.

Amanda 09/07/2013

.
Apesar de ter gostado muito do livro, achei-o confuso. Muitas das dúvidas que surgem durante a leitura não são esclarecidas no fim. Entretanto, depois de muito pensar, cheguei a conclusão que talvez essa fosse a intenção do autor: nos deixar tão confusos quanto a governanta.

Cripta Da Leitura 23/05/2013

A partir de agora eu só leio livros que foram escritos do século 19 pra trás quando forem indicados por alguém realmente de confiança. Pois vira e mexe a gente encontra por aí esse povo que quer ser culto e que ficam nos indicando livros e filmes só pelo fato de serem considerados “clássicos” e eu já estou cansada disso. Quando eu comecei a ler “A Outra Volta do Parafuso” eu estava com ótimas expectativas, pois eu já tinha ouvido falar muito bem dele em blogs de leitura quando eu procurava por bons livros de terror para ler. E o começo do livro realmente nos faz pensar que vai ser bem empolgante e assustador. Mas aí quando se inicia a narração feita pela personagem principal... Você percebe que a empolgação só ficou no começo, e os sustos mesmo, em lugar nenhum! O livro tinha de tudo para ser bom, mas em minha opinião tem muita enrolação para pouca ação. Não é querendo criticar a obra, nem o autor, nem nada, pois a maioria dos livros escritos nessa época são assim mesmo. Mas aí que tá, talvez se este livro fosse escrito hoje em dia, e o autor tivesse deixado um pouco a “bela” linguagem de lado e se preocupado mais em colocar ação, sustos e surpresas ao decorrer do livro, teria sido bem melhor, mas enfim, não foi o que aconteceu...

Anselmo 19/04/2013

Um livro interessante, mas não espere muito.
Confesso que me decepcionei um pouco o "Outra Volta do Parafuso".
Antes de começar a minha leitura procurei uma série de resenhas e em quase todas vi comentários do tipo "A linguagem do livro agrada até hoje" e similares. Porém, o grande problema do livro é que o tempo passou e a estética da época em que ele foi escrito soa muito estranha em livro de horror.

Não estou dizendo que o livro seja ruim, longe disso, porém o leitor deve estar ciente que trata-se de uma obra muito importante para a evolução do gênero, mas que hoje já não causa mais medo e chega ao ponto de ser enfadonha.

O autor usa uma linguagem extremamente estética e hiperbólica, onde pequenos acontecimentos tomam proporções gigantescas.

O mistério da trama é interessante e te prende até o final, porém a conclusão é muito precipitada, sendo tudo elucidado de forma atropelada nas ultimas 10 páginas.

Acho que, sem dúvida, vale a leitura. Desde que o leitor consiga situar o livro em sua época.

Greice 29/03/2013

Você não terá sossego
Não, você não terá sossego. A outra volta do parafuso é um livro rápido de ser lido porque você é instigado do início ao fim a acabar logo com ele. Muito interessante a forma ambígua como Henry James escreveu esse conto cheio de nuances. Escrito em primeira pessoa, nossa narradora é a preceptora de duas crianças que passa a viver atordoada por espíritos de dois empregados antigos da residência na qual ela trabalha ao relatar a história. Você passará o livro todo achando que ela vê realmente aqueles fantasmas ou não, ela não passa de uma louca que está vendo coisas. As duas crianças da trama (Flora e Miles), descritos como dois anjinhos, podem fazer você mudar de opinião também. É incrível! Leiam.

Anderson 08/03/2013

Os Outros
Quem já assistiu ao filme Os Outros, com Nicole Kidman no papel principal, poderá, inevitavelmente, estabelecer uma conexão com esta novela de Henry James.
Em ambos os casos, a atmosfera sombria e as coisas inexplicáveis e não ditas nos causam uma sufocante sensação de curiosidade pela revelação final.
O terror psicológico das duas obras remetem ainda ao conto Os Salgueiros, de Algernon Blackwood. Embora este seja menos sobrenatural.
Recomendo todos. Não são para filosofar, mas para sentir (medo, angústia, ânsia) e "divertir-se", num sentido um pouco mórbido do termo, talvez.

ErranteLiterári 07/01/2013

Henry James = um gênio!
Fiquei me retorcendo para saber se considerava The Turn Of The Screw (A Outra Volta do Parafuso), novela publicada a primeira vez em 1898, como um clássico britânico ou americano...

Mas como assim, como você pode ter dúvidas???

Eu explico: Henry James é um norte-americano naturalizado britânico, por isso fiquei sem saber ao certo onde incluí-lo, mas veja bem, isso seria muito fácil de resolver se eu usasse como parâmetro apenas o estilo maravilhoso da escrita... é claro que é um clássico britânico. Nada contra os yankees, mas o estilo é muito diferente.

A prosa de James é de um lirismo impressionante. Já nas primeiras páginas ficamos embasbacados com a beleza de sua escrita. Seus olhos não lêem*, eles passeiam pelas folhas enquanto a história vai se desenhando dentro da sua cabeça.

* sim, eu uso a ortografia antiga... achei uma vergonha o que fizeram na última reforma ortográfica...

Quem não leu, leia! Vale muito a pena... A qualidade literária é inquestionável e o prazer que essa história de fantasmas te dará é garantido.

James sabe usar as palavras como poucos e fazer o leitor ficar às voltas com questionamentos sem solução.

O livro conta uma história dentro de outra história. No início, nos vemos diante de uma lareira onde alguns amigos contam histórias de terror. É assim que A Outra Volta do Parafuso começa... com a promessa de descortinar a mais horrenda história sobre fantasmas que há...

Spoiler... Spoiler... Spoiler...

Quem não quer spoiler, pare de ler por aqui e vá atrás do livro. Delicie-se com as palavras do mestre Henry James, você não vai se arrepender. Depois, volte aqui para debater algumas ideias...

Quem já leu, vamos lá...

Apesar do estilo maravilhoso e do enorme prazer que me deu ler a narrativa de James, eu não posso dizer que esta é uma história de terror "arrepilante", como diz o meu sobrinho.

Na verdade, fico mais com o suspense do que com o terror. No fim, também não sei se fico com o suspense, pois fico imaginando se a governanta não era uma louca de pedra?!?

Há momentos em que eu achei que pudesse haver um fantasma (dois na verdade), mas em outros achei que era tudo coisa da imaginação da narradora. Aliás, como toda a história é contada única e exclusivamente pelo ponto de vista da governanta, que é uma exagerada, seria muito fácil para ela induzir o leitor a acreditar que os fantasmas eram reais, mas mesmo assim, ainda me restam algumas dúvidas, pois podia muito bem ser invenção da cachola dela.

Será que A Outra Volta do Parafuso não é uma história sobre a loucura? Um quebra-cabeça?

Não sei ainda, só sei que o que mais me intrigou foi o final, a última frase para ser mais exato: E aí, Miles morreu de susto ou ela o matou sufocado, esmagado, estrangulado?

Quando acabei de ler, achei que era de susto, mas depois de trocar umas ideias com outro leitor, bateu a dúvida... Foi susto ou assassinato?

Gente, não consigo resolver essa questão e a cada minuto eu pendo mais para o assassinato. E você, o que acha?

BLOG:oerranteliterario.blogspot.com.br

http://oerranteliterario.blogspot.com.br/2012/10/fiquei-me-retorcendo-para-saber-se.html

Haida 07/01/2013

A Outra Volta do Parafuso – Henry James

Publicado em 1898, A Outra Volta do Parafuso de Henry James é considerado um dos melhores contos de terror psicológico já escrito.

O livro começa com um rapaz junto a um grupo de senhoras, que fala a respeito de uma história monstruosa que ele sabe, através de um manuscrito que recebeu. Após esse rápido começo o livro passa a ser narrado em primeira pessoa pela tal governanta que foi a pessoa com quem tudo aconteceu.
Uma jovem moça vai a uma entrevista de emprego após ter visto um anúncio de jornal. Chegando lá ela conhece um homem por quem ao que parece ela se apaixona à primeira vista. Ele fala da proposta, que se trata de ser governanta da casa dele, mas não da que eles se encontram, mas de outra em Bly, onde moram seus dois sobrinhos de quem ela deve tomar conta. O problema desta proposta de emprego é que a única exigência do patrão é que ela nunca entre em contato com ele para reclamar ou prestar contas de nada com relação às crianças. Ela tem que dar conta e pronto. Apesar disso ela aceita.

Ao chegar à mansão ela fica maravilhada com tudo, casa, empregados e é claro com a pequena Flora, a mais nova dos dois sobrinhos. Miles chega dias depois da escola de onde foi expulso segundo uma carta que a governanta recebe. É estranho, mas a jovem resolve não questionar o menino sobre o motivo de sua expulsão, ao contrário resolve viver os melhores momentos possíveis junto às duas crianças perfeitas, segundo ela.

Em um desses belos momentos ela vê um homem em uma parte da casa e relata esse acontecimento a Sra. Grose, uma senhora boazinha que faz amizade com ela e se torna sua confidente, a Sra. percebe pela discrição da “visão” da moça, de quem se trata.
A partir desse momento a narrativa muda um pouco, deixa de ser tão encantadora. A moça – o nome não é revelado – passa a ficar super protetora com as crianças, principalmente após a segunda visão, agora com uma mulher, que de acordo com a Sra. Grose mantinha relações com o homem e juntos exerciam má influência às crianças. E agora, a governanta acredita que os dois se comunicam com as crianças para corromperem suas almas boazinhas.

Essas visões parecem ser reais, pois são relatadas pela moça que é a narradora, mas se formos bem atentos aos detalhes a dúvida é inevitável (Nesse ponto a narrativa me lembrou muito meu querido Machado de Assis em Dom Casmurro, mas só pela dúvida mesmo ). Em várias partes podemos perceber sua obsessão; quando Miles pergunta sobre quando voltará para escola, que é um questionamento natural se pararmos para pensar que ele esta se tornando um rapaz e é normal a ansiedade pela independência, a governanta fica cheia de suspeitas da influência dos “fantasmas”; quando ela percorre a casa à procura de Flora, não a encontra e então resolve ir junto a Sra. Grose até o lago procurar pela menina, e lá tem outra visão com a mulher, a menina e a Sra. Grose negam ter visto qualquer coisa anormal.

Ninguém além da moça tem essas visões então talvez, as crianças sejam inocentes (Aliás, Os Inocentes, é nome do filme baseado neste livro) e não marionetes dos fantasmas. O final é daqueles que você precisa ficar parado pensando, pensando e em seguida relendo o último capítulo. Incrível!

Palmas para a Companhia das Letras que colocou um posfácio muito instrutivo. Além de ter dado uma nova tradução ao título que em inglês é “The turn of the screw”, que já foi traduzido como “Os Indefesos” que em minha opinião deixa o título muito tendencioso, assim como o do filme. O novo título é na verdade, a outra volta que a narradora dá no parafuso dos personagens ao pressioná-los.

Recomendo e muito obrigada a Isa do lidolendo que indicou esse livro.


Por Haida Carvalho

grazinha 11/10/2012

Não gostei muito
Não me assustou, falto sentindo mais levando em conta que é um classico
então da para da alguns ponto.

Day! 18/08/2012

Outra Volta do Parafuso
nao senti medo

Hildeberto 24/03/2012

Como os "casos" reais
Eu espera mais do livro. Mas foi uma interessante leitura, um suspense daqueles que envolvem o leitor. Uma narrativa pessoal de um personagem de eventos estranhos que acontecem em uma determinada casa com duas crianças angelicais. Mas esses eventos paranormais, com aparições de fantasmas, seriam reais ou apenas frutos de uma imaginação perturbada? As crianças seriam doces e inocentes ou espertas, maléficas e teatrais? Estaria a personagem principal louca ou seria ela a única que conseguisse ver a verdade nua e crua? Como aquelas estórias de terror contadas em rodas de amigos, o forte desse livro é deixar aberto a várias interpretações. Nada é conclusivo, nem o final, como geralmente o são os causos de terror. É ótimo livro, contudo não achei tão fascinante como me foi dito. Mais de certo é uma grande obra.

sonia 05/03/2012

uma história policial?
Uma história de suspense.
Uma governanta, dois órfãos deixados no isolamento por um pai negligente, criados indiferentes, uma paixão revelada entre uma criada e um jardineiro - mortos? - deixando o leitor em dúvida sobre se estamos lendo uma história sobrenatural de fantasmas, ou se estamos diante dos delírios doentios de uma governanta predisposta a acreditar em qualquer fantasia por não admitir a possibilidade de um crime estar acontecendo diante de seus olhos.
O leitor decide.