A Cidade e as Serras

A Cidade e as Serras Eça de Queiroz




Resenhas - A Cidade e as Serras


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Joao.Magalhaes 09/02/2020

Paciência com o Realismo
Muitos leitores desavisados começam a leitura deste livro sem uma premissa básica: é uma obra realista, o que significa, para muitos "chatice", por detalhar muito as cenas que se passa a história, muitas vezes detalhes descartáveis. O livro quer mostrar as coisas "como são", e isso foge muito de nossos romances atuais, que tendem a idealizar muito. Por isso é fácil se desagradar com a leitura.

Como já estava preparado para o realismo, e na verdade estava curioso para conhecê-lo, foi uma leitura prazerosa. Além disso, Queirós trata de um tema que me identifico muito, a paz no campo, e a perturbação urbana que nos deixa muito superficiais como seres humanos.
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jonasbrother16 18/12/2019

A casa dos Jetsons contra a casa dos Flintstones.
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Adriana Pereira Silva 20/11/2019

Civilização
Eça de Queirós escreveu ?A Cidade e as Serras?, publicado em 1901, um ano após sua morte. A obra pertence à última fase do escritor, onde se afasta do realismo e abandona a crítica pesada que fazia à sociedade portuguesa da época. O próprio título já indica sobre o enredo. Nesse livro, Queirós faz uma comparação entre a vida simples e agitada de Paris e a vida tranquila e pacata na cidade serrana de Tormes em Portugal.
?o que sobra de uma leitura atenta é certo desconforto que faz com que duvidemos da felicidade modelar de Jacinto e do julgamento inflamado ? e por isso mesmo tendencioso ? de Zé Fernandes? (Mônica Figueiredo).
Eça de Queirós tem uma percepção deslumbrada pelo modelo civilizacional representado por Paris, em detrimento à pequenez português, que ele nunca cansou de denunciar, como neste trecho do livro: ?Tens aqui pois o olho primitivo, o da Natureza, elevado pela Civilização à sua máxima potência de visão. E desde já, pelo lado do olho, portanto, eu, civilizado, sou mais feliz que o incivilizado, porque descubro realidades do Universo que ele não suspeita e de que está privado?.
Além disso, a serra é considerada um lugar de fome, doenças, ignorância e miséria, subjugado por uma forte memória feudal que ainda hoje Portugal tenta ultrapassar.
No entanto, por fim, ?a valorização da natureza se dá graças à indiscutível falência civilizatória de que a cidade é seu melhor resumo? (Mônica Figueiredo).
Assim, com o decorrer da narrativa, o rico Jacinto, que se considera altamente Civilizado por estar na cidade e morar em Paris, a capital do modernismo e civilidade da época, vai se enfatigado de todo o progresso tecnológico que fazem parte de sua vida e da alta sociedade parisiense da qual faz parte, acaba por ter que voltar a sua terra, na serra de Tormes, Portugal, onde descobre as alegrias da vida e a utilidade que pode ter em meio à natureza e a pessoas verdadeiras, podendo se dedicar a aprender muitas coisas e colocar em prática tudo isso com muita profundidade, doando-se a aqueles que dele precisam e podendo aplicar seu dinheiro em prol do outro. Assim, descobre o verdadeiro sentido da vida.
O que vou levar para a vida com essa leitura: deixou claro dentro de meu coração o quanto é importante não só fazermos coisas para nós sermos felizes, nos realizar, mas a alegria e o segredo da vida e da verdadeira felicidade está em fazer pelo outro, ser útil doando-se ao próximo.
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Monique 20/10/2019

A cidade e as serras
É uma boa história sobre as diferenças entre a cidade e o interior.
Neste livro temos dois personagens chamados: José Fernandes e Jacinto.
O primeiro ficou um tempo no interior até voltar para a cidade e reencontrar o seu amigo Jacinto, um moço rico, com amigos, festas e tudo ao seu alcance, porém muuito insatisfeito com a vida, pois nunca passou por dificuldades.

Ao passo que a história vai se desenvolvendo, José Fernandes leva Jacinto para o interior lusitano, onde o amigo tem terras. Lá a vida dele muda bastante e a sua vida passa a ter outro sentido.

É uma história cheia de detalhes, bem Eça de Queiroz mesmo, mas muito boa.
Eu li em audiolivro (Tocalivros) e achei o trabalho da equipe perfeito, valeu a pena ouvi-la como foi narrada.

Tem muitas partes difíceis de entender, por causa da temporalidade e nacionalidade lusitana do autor, mas não considero isso algo negativo na avaliação.
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Matheus Oliveira 10/07/2019

?Na natureza nunca eu descobriria um contorno feio ou repetido! Nunca duas folhas de hera, que, na verdura ou recorte, se assemelhassem! Na cidade, pelo contrário, cada casa repete servilmente a outra casa; todas as faces reproduzem a mesma indiferença ou a mesma inquietação...?

A história é uma rendição do autor que sempre militou pelo progresso alardeado pelo positivismo. O livro é cheio de referências perfeitas. Dói criticar um clássico, mas achei a história um pouco mal trabalhada, previsível para o leitor do século XXI. Talvez, ou melhor, com certeza, a culpa não seja de Eça de Queirós, mas sim da loucura dos nossos tempos hahaha.
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Blonde Venus 15/06/2019

Suma Potência...
Li As Cidades e As Serras por motivos de vestibulares, assim como outros estudantes, mas fiquei muito satisfeita. Adoro os trabalhos do Eça, e com esse livro não foi diferente. As Cidades e As Serras fala dos complexos do homem moderno, do homem positivista, que acha que todo o dinheiro e toda tecnologia são o suficiente para lhe dar a tal suma felicidade. No entanto, a carência e a falta de recursos também não são boas. Aqui o Eça levanta as questões do Justo Meio de Aristóteles. A felicidade não está nos extremos, mas sim no equilíbrio.
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Comenta Livros 08/04/2019

Um livro que não gostei
Achei o livro cansativo.

site: http://comentalivros.com/a-cidade-e-as-serras-eca-de-queiroz/
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Marcos 05/03/2019

"o Príncipe da Grã-Ventura!"
O livro faz uma forte crítica aos exageros da vida moderna e da civilização. O enredo constrói um contraste entre cidade e campo, entre modernidade e simplicidade. Propondo uma reflexão sobre o que é exacerbado e o que é fundamental ao homem.

A história é boa, há um bom desenvolvimento dos protagonistas, a construção dos espaços encanta aos leitores. A narração é em terceira pessoa, feita por um narrador-personagem. Esse tipo de narração, aproxima o leitor ainda mais dos personagens e da história.

Contudo, a parte inicial do romance é muito rebuscada, afugendo os leitores menos sagazes. Porém, com o decorrer da narração, a linguagem e a escrita, mesmo mais requintadas, conseguem acomodar o leitor, tornando assim, a experiência de leitura desse livro, um bom desafio.

Entretanto, a história não me empolgou tanto, deixando o desgaste de uma leitura arrastada e enfadonha.

A obra concebe como solução à vida conturbada e banal da supercivilização, a busca pelo equilíbrio do essencial para a felicidade da vida. Enfatizando, o que é prioritário a cada viver, a cada homem, mesmo que isso demande muito tempo.
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Mr. Jonas 29/01/2019

A cidade e as serras
O narrador Zé Fernandes pretende demonstrar ao leitor a tese segundo a qual a vida no campo é superior à vida urbana. Para comprová-la, relata a trajetória de seu amigo, Jacinto. Herdeiro de grande fortuna obtida através da exploração de propriedades agrícolas de Portugal, Jacinto nasceu em Paris e adorava a cidade. Segundo ele, a capital francesa era o exemplo perfeito de civilização, o único espaço em que o ser humano poderia ser plenamente feliz. Chegou a criar uma fórmula, que mostrava que a ?Suma Ciência? (tecnologia e erudição) multiplicada a ?Suma Potência? (capacidade humana), conduzia à ?Suma Felicidade?.

Jacinto e Zé Fernandes se conheceram na Universidade em Paris, mas este último teve que retornar a Portugal por motivos familiares e eles se separaram. Durante sete anos, Zé se dedicou à administração da propriedade rural de sua família em Guiães, nas serras portuguesas. Resolvido a tirar um tempo para descansar, foi a Paris rever o amigo. Encontrou-o entristecido e corcunda, muito distante da vivacidade da juventude. Seu estado de espírito causava espanto, porque Jacinto tinha transformado seu palacete, no número 202 da Avenida dos Campos Elísios, em uma verdadeira demonstração de sua fórmula juvenil, dotando-o dos maiores avanços tecnológicos da época e de uma vasta biblioteca.

A despeito dessa maquinaria do conforto, Jacinto era infeliz. As amizades eram falsas e superficiais, a tecnologia de que se cercava não funcionava a contento e, por fim, os livros que lia lhe causavam aborrecimento.
Ao receber a notícia de um desabamento em sua propriedade em Tormes, localidade próxima a Guiães, Jacinto decidiu ir até lá. Depois de ordenar reformas no lugar, partiu com o amigo.
O atraso e a rusticidade de Tormes surpreenderam Jacinto no primeiro contato. Aos poucos, porém, a natureza o encantou e ele resolver ficar. Reencontrando a antiga disposição, dedicou-se a algumas reformas na propriedade, melhorando as condições de vida dos empregados e estabelecendo com eles novas relações de trabalho.
Apaixonado por Joaninha, prima de Zé Fernandes, instala-se definitivamente nas serras. Da modernidade parisiense, admite apenas a instalação do telefone, que lhe parece útil ali. Assim, Jacinto encontra a ?Suma Felicidade? bem distante da civilização. E Zé Fernandes dá sua tese por comprovada.

A narrativa remonta ao início do século XIX, quando viveram os antepassados do protagonista. Mas o núcleo da ação se desenvolve no final do século, sendo, portanto, contemporânea à publicação da obra. O século foi marcado, em Portugal, pela vitória dos liberais, partidários de uma monarquia moderada, sobre os absolutistas, que desejavam manter no trono o rei D. Miguel.
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tilito 07/01/2019

O realismo de Machado de Assis é bem menos tedioso
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Damiris 03/01/2019

Leitura leve e reflexiva
Fala sobre o contraste campo e serra..e como as pessoas podem mudar ....indico... leitura rápida..o livro é pequeno
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Caio 15/12/2018

Livro Bom.
Livro interessante. Um pouco cansativo principalmente pela linguagem, é bom mas dele prefiro Primo Basílio. História de Jacinto da transformação de pensamento de um cara mesquinho, metido a rico tendo a melhor casa de Paris, melhores equipamentos de ultima geração, tem os melhores profissionais, tudo do melhor a disposição, ai começa a conhecer Tormes, e sua transformação de pensamento, social vai mudando. Começando a preferir a Natureza do que a vida artificial da alta burguesia francesa. Interessante, livro maçante um pouco pois era meu primeiro do Eça da época hj acostumei com a sua escrita pois to lendo o terceiro livro dele já, aprendi a estuda-lo, lê-lo e entende-lo melhor. Vale a pena. Fala da mudança radical de vida de uma futil, hipócrita e rica. 4/5.
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Yago 02/07/2018

Leitura Complicada
Adorei o livro, uma história tranquila sem muitos altos e baixos porém com tanto conteúdo quanto uma enciclopédia.
Eça de Queirós me encantou e me mostrou como o homem pode adiquirir tanto conhecimento e ainda sim se contentar com a beleza simples da natureza.
O que falar do personagem Zé Fernandez, um personagem narrador incrível com um olha inumano e poético, (embora eu tenha sofrido bastante pois a cada 3 palavras 4 são complicadas e novas para o meu entendimento). Bom resumindo um livro que diz respeito a um boêmio podre de rico (Jacinto) que nasceu e viveu seus 30 anos na grande Paris de do século XIX e vai viver na campo e se apaixona pelo campo fim.

Kkk estou bem de resenha.
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