A Cidade e as Serras

A Cidade e as Serras Eça de Queiroz




Resenhas - A Cidade e as Serras


159 encontrados | exibindo 151 a 159
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 11


Leitorconvicto 21/01/2024

Minha pergunta é...
Esse livro é uma autocrítica? O humor que carrega as cenas e o questionamento do livro: as cidades e as serras, formam um fundo para o próprio leitor buscar uma resposta.
comentários(0)comente



Adamastor Portucaldo 18/02/2024

Bons Tempos
Bendita professora de português, Dagmar. Um anjo que desceu do céu e me presenteou com o gosto da leitura ?. Eram quatro livros por ano: Zé de Alencar (amigos de longa data...chamo de Zé), Machado de Assis, Eça de Queiroz e por aí foi. Nem pensava (eu) em vestibular, mas alguém já estava plantando as bases.
comentários(0)comente



@fabio_entre.livros 23/02/2024

O Tédio e a Felicidade
Último romance de Eça de Queirós, "A cidade e as serras" é um livro que faz jus ao momento de sua publicação (póstuma, aliás): é uma obra curta, sem preocupação com a complexidade de personagens e tramas. Quando foi escrito, o autor já havia abandonado a ferocidade sarcástica com que criticava as mazelas sociais de sua época, e que são temas da melhor fase de sua produção literária.
Aqui o Realismo cede espaço para um "quase-Romantismo-tardio", centrado na idealização da vida simples do campo em contraponto à agitação dos centros urbanos onde se desenvolvia a cultura e o progresso industrial em fins do século XIX. Para obter este contraste, Eça localiza sua narrativa entre dois pontos aparentemente inconciliáveis: Paris (a "Cidade"), epicentro cultural da época, e duas grandes propriedades na zona rural de Portugal (as "Serras"). Da mesma forma, as perspectivas sobre esses lugares são mostradas através dos dois protagonistas: José Fernandes, rapaz provinciano que conduz a narrativa em 1ª pessoa, e seu amigo Jacinto, sujeito afetado que vive na capital francesa e padece do spleen que só é possível àqueles que nasceram em berço de ouro. Embora suas origens remontem a uma linhagem de "Jacintos" rurais que fizeram fortuna com seus latifúndios, o Jacinto atual tem verdadeira fobia da vida no campo, por julgar que lá não há "civilização". Ocorre, então, um incidente que exige o retorno de Jacinto à sua propriedade nas "serras" portuguesas e, mesmo um tanto a contragosto, ele volta para lá. A partir daí, ele sofre uma metamorfose drástica na maneira de encarar a vida campestre.
Pois bem; por ser um romance curto, como já citado, o desenvolvimento da história é muito superficial e isso é notável tanto na "conversão" de Jacinto, que ocorre de forma muito rápida, quanto na própria caracterização dos personagens. Com exceção dos protagonistas (e mesmo estes são limitados pela perspectiva da 1ª pessoa), os demais personagens têm pouca relevância, ainda que um certo Grilo tenha lá seus momentos. Já em termos de representação do contraste entre cidade e campo, a literatura oferece melhores exemplos, como o ótimo "Norte e Sul", de Elizabeth Gaskell.
Mas, seja como for, Eça em fim de carreira ainda é Eça. O humor pontual ainda está presente aqui, mesmo que não com todo o vigor dos trabalhos anteriores; a narração, por sua vez, passados os trechos realmente maçantes ambientados em Paris, ganha uma fluidez bem agradável quando começa a focar a beleza e a simplicidade de Tormes e Guiães (onde se localizam as propriedades rurais de Jacinto e Zé Fernandes, respectivamente).
comentários(0)comente



booksdalaus 26/02/2024

A cidade e as serras
A Cidade e as Serras é um romance de Eça de Queiroz, publicado em 1901, pertencente à última fase do escritor, onde se afasta do realismo e abandona a crítica pesada que fazia à sociedade portuguesa da época. O próprio título já indica sobre o enredo. Nesse livro, Queiroz faz uma comparação entre a vida módica e agitada de Paris e a vida tranquila e pacata na cidade serrana de Tormes.
comentários(0)comente



milene 02/03/2024

Paralelo com o uso das redes sociais
O livro apresenta uma comparação entre o modo de viver no campo e na cidade. Há uma discussão muito interessante sobre futilidade, consumismo e a essência da vida humana. Para nós, essa dicotomia pode soar repetitiva, pois já foi usada em muitas e muitas obras, de modo que o que realmente me prendeu ao livro foi o paralelo que consegui traçar com as características dadas à vida na cidade (ritmo frenético, múltiplas opções para tudo, insatisfação constante, consumismo, etc) e a maneira como usamos as redes sociais hoje. Obviamente não foi a intenção original do autor hahaha mas me fez refletir bastante :) As melhores obras são assim: carregam uma mensagem atual apesar de terem sido escritas há anos.
comentários(0)comente



Luiz Pereira Júnior 19/03/2024

O poder dos clássicos
“A cidade e as serras”, de Eça de Queirós, é um clássico da literatura portuguesa do século XIX e, provavelmente por esses motivos, mais fácil de agradar aos leitores adultos com experiência de leitura. E nisso não vai preconceito nenhum, nem qualquer forma de preconceito, pois me lembro de ter lido “Dom Casmurro” para o meu distante vestibular e ter detestado, mas me apaixonado por Machado de Assis algumas décadas depois.

Nesse romance, Eça de Queirós centraliza a ação em dois adultos jovens, ambos ricos e bem situados socialmente. Zé Fernandes é dono de uma quinta no interior de Portugal e Jacinto (muito mais rico) de várias propriedades nesse mesmo país. Ambos vivem em Paris cercados de luxos, de companhias fúteis, em busca de prazeres que nunca se realizam e cheios de obrigaçõezinhas sociais. Jacinto reclama de tudo e passa por um período de profunda depressão por ter tudo a seu bel-prazer. Ambos os amigos decidem fazer uma viagem de trem da França a Portugal, mas suas bagagens se perdem e eles são obrigados a viver com a roupa do corpo nos primeiros dias em que passam nas serras, onde têm suas grandes propriedades rurais. E lá reencontram o sentido da vida, o prazer da existência, a direção do espírito e a “pequena medida de paz que todos nós almejamos” (adivinhe de qual filme eu tirei essa frase).

Um dos melhores momentos é quando, em meio a tanta idealização bucólica, uma criança pára à porta de Jacinto e nada diz, apenas fica olhando para o fidalgo. O empregado diz que é uma criança pobre, que passa fome e que mora nos arredores. Jacinto, perplexo, pergunta se há gente passando fome em suas terras e decide, então, melhorar a vida de todos, construindo moradias dignas e melhorando a alimentação de todos. Lembrei-me da história do príncipe Sidarta Gautama, que vivia em meio a um paraíso protegido pelo seu pai, que não queria que o filho conhecesse a miséria do mundo.

Vale a pena? Com certeza, mas apenas se você não for obrigado a ler esse livro por algum motivo (afinal, nada obrigado presta) e ajuda bastante se você tiver alguma experiência com a leitura, pois são muitos os trechos descritivos e alguns arcaísmos podem atravancar a leitura para os inexperientes. Mas, é claro, quem sabe você não seja surpreendido mais uma vez pelos enormes poderes dos clássicos...
comentários(0)comente



Nataly 25/03/2024

Livro chato, de linguagem rebuscada e história lenta. Esse seria o resumo da obra. Por muitas vezes senti vontade de abandonar a leitura, cuja história começa a se desenvolver apenas na reta final da obra literária.
comentários(0)comente



Renato 05/04/2024

A Cidade e as Serrae
Escrito por Éça de Queiroz, o livro A Cidade e as Serrae conta a história de um homem (Jacinto) que Nasceu em uma cidade rural de Portugal e que Logo foi morar na alta sociedade de Paris, e de seu amigo - e narrador da história - (José) que viveu a vida sob as delícias do campo.

Nesse livro, Eça de Queiroz se afasta do realismo e parece, de forma mais atual para a época, adotar o tema arcadista "fulgure urbem", já que a personagem principal é adepta do advento da tecnologia e sente uma aversão à toda simplicidade encontrada no campo. Porém, Jacinto acaba passando por eventos que fariam ele ter uma outra visão da sociedade francesa e da cultura rural portuguesa.
comentários(0)comente



Giordano.Sereno 13/04/2024

Belo livro
O início desse livro é muito lento e maçante. Utilizando as palavras de Jacinto: "Que maçada!". Corresponde justamente à parte em que Jacinto e Zé Fernandes estão em Paris. Mas quando eles partem para a serra, tudo muda. Temos uma história divertida, espirituosa e interessante que prende o leitor até o final.

Ao ler a sinopse, pode parecer que a história é previsível. Mas não é. Apenas sobreviva ao início maçante que você será recompensado.

Depois fiquei pensando se esse início difícil não foi proposital. Talvez o autor quisesse compartilhar com o leitor o tédio de Jacinto em Paris. Se foi isso mesmo, foi uma estratégia arriscada. Fico imaginando quantos leitores abandonaram o livro por esse início difícil
comentários(0)comente



159 encontrados | exibindo 151 a 159
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 11


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR