Resenhas - O Apanhador no Campo de Centeio

Aline Memória 10/12/2010

Sempre quis ler O Apanhador no Campo de Centeio para satisfazer a minha curiosidade de descobrir por que, afinal, este livro é tão famoso. Confesso que, a príncipio, me decepcionei um pouco com a história, que não tem nada demais: um adolescente, literalmente de saco cheio da escola/amigos/vida, depois de saber que ia ser expulso, foge do colégio. Aí se dá a história, tudo o que acontece na vida de Holden em tão pouco tempo, alguns dias na cidade de Nova York, em que ele espera para voltar para sua casa e ver a reação de seus pais ao saber que ele foi expulso do colégio - de novo.

Várias coisas acontecem, envolvendo uma prostituta, um cafetão, briga com seu colega de quarto, porres, encontro com uma namorada, devaneios sobre a menina que sempre esteve em sua cabeça, encontros aleatórios com taxistas, freiras e com sua irmã mais nova... Entre todos os acontecimentos, a narrativa de Holden vai revelando algumas coisas que aconteceram em sua vida que, embora fossem acontecimentos fortes, são tratados de forma simples, casual.

Eu acho que é aí que está a singularidade do livro, o ponto que o eternizou: a narrativa. Nunca tinha lido uma narrativa que se parecesse tanto com a realidade, com as gírias usadas, a forma que o pensamento é feito sem censuras, e as emoções e as angústias que acompanham Holden durante toda a história.

Natalie Lagedo 06/12/2016

Não é difícil encontrar alguém que ame O Apanhador no Campo de Centeio. Também não é raro achar quem o deteste. Diante dessa bipolaridade, resolvi ler para tirar minhas conclusões. Fiquei surpresa, pois geralmente livros com uma linguagem carregada de gírias e expressões como “cretino” não fazem meu estilo. No entanto, este é exceção. Ficou espontâneo, natural.

Holden Caulfield é um rapaz de 17 anos que conta a história do fim de semana em que foi expulso pela segunda vez de um colégio interno onde estudava. De família abastada, é um típico adolescente que acha a vida, as pessoas e o ambiente medíocres. Poucos entram para a sua lista de interesses. Tudo é um tédio. Mas há um diferencial. Apesar do descontentamento, preocupa-se com os outros. Fica incomodado quando alguém sente o que ele chama de complexo de inferioridade, preferindo se diminuir para que os outros fiquem melhores. Acredita que as crianças são espertas e puras, ao ponto que os adultos são asquerosos.

Curiosa crítica ele faz acerca da mídia de massas, como o cinema produzido em Hollywood. Holden não foi capaz de perdoar o irmão D. B., que produzia ótimos contos, por ter “se vendido” aos holofotes. Considerou isso uma tremenda traição à boa arte. Para o adolescente, a fama é um impropério. Por isso afirma algumas vezes no decorrer dos capítulos a maravilha de se viver no isolamento de uma pequena cidade do interior, com um emprego qualquer. É a melhor forma se de manter longe da influência negativa da sociedade tão desprezível. Ironia ou não do destino, o próprio Salinger foi um autor que vendeu muito e tornou-se recluso depois disso. Se vida e arte se confundiram não sei dizer. O que posso afirmar é que o jovem protagonista é uma contradição, capaz de provocar raiva e afeição concomitantemente. É irritantemente humano. É insuportavelmente identificável.

Érica 15/01/2011

I don't wanna grow up!
Algumas pessoas se queixam dizendo que nesse livro nada acontece e que o garoto é problemático. A primeira acusação me irrita. De verdade. Eu fico pensando: o que será um acontecimento?, pra tanta gente reclamar que o livro é parado e tal.

O livro não se prende muito a acontecimentos exteriores. Quem inclui na sinopse desse livro que é a história de um garoto que é expulso da escola e fica passeando em NV não diz nada. Não só pelo motivo óbvio de que é uma única frase (e não se resume um livro, por menor que ele seja, em apenas uma frase!), mas porque isso é secundário. O acontecimento do livro não está no que o Holden faz nesses dias que ele conta, mas a sua visão sobre as coisas, o elas o fazem pensar e sentir e como tudo isso pode levá-lo a uma série de lembranças. Ser expulso e andar por NY é apenas um fio condutor para o que realmente importa no livro, a visão de um adolescente sobre as coisas comuns, contada de uma maneira banal. Isso é o que faz o livro tão especial. São narradas banalidades (passeios, pensamentos impulsivos tipo fugir de repente e outros irracionais como achar que está desaparecendo porque atravessou uma rua, etc...), mas o acontecimento não importa, o que importa é a postura do Holden diante das coisas e sua maneira toda própria de narrar.

No final das contas, percebemos que ele não quer crescer e passa por uma crise por causa disso. Dá pra justificar essa afirmação com várias partes do livro. Todas as pessoas que ele admira são crianças, as coisas que ele admira são meio infantis. Tipo o livro que o irmão dele escreveu sobre o peixinho. Ele adora a irmãzinha ele, lembra com nostalgia do passeio do colégio ao museu, quando ele era criança (aliás, uma das minhas partes preferidas, a do museu), ele se irrita com o palavrão que ele encontra pichado no colégio da irmã e fica imaginando uma criança qualquer lendo aquele palavrão e tenta apagá-lo, como se tentasse proteger as crianças de se corromperem na sua inocência natural. Quem canta a música/poema que dá título ao livro é uma criança. Fora que, claro, tem a interpretação óbvia do sonho dele, no qual ele é uma espécie de salvador das crianças que ficam brincando em um campo, impedindo-as de caírem no precipício. O Holden tenta protegê-las de entrar na vida adulta (o precipício indica a vida adulta).

Claro que, naquele mundo, no qual a inocência não é cultivada e a vida adulta domina, alguém como o Holden só pode acabar adoecendo. Ele vivia numa época em que a adolescência não existia comercialmente (época b.B. = before Beatles), não havia um real reconhecimento dessa faixa-etária como toda uma etapa da vida que diferia da infância e da vida adulta. Adolescente era um pequeno-adulto.

Lembro da música do Tom Waits que ficou famosa na cover dos Ramones (I don't wanna gow up):
Well, when I see my parents fight
I don't wanna gow up
They all go out and drinking all night
And I don't wanna grow up
I'd rather stay here in my room
Nothin' out there but sad and gloom
I don't wanna live in a big old tomb
On Grand Street

A citada parte do museu também é significativa nesse sentido. Ele compara a permanência das coisas no museu com a inconstância das coisas fora dele. Ele diz que certas coisas não deveriam mudar. Ele não aceita muito bem ter que crescer.
Acho muito delicado quando ele diz que qualquer coisa poderia mudar um desses passeios ao museu, um passeio que a escola fazia com certa freqüência (o Museu de História Natural de NY). Ele diz que a experiência de ir até lá poderia mudar completamente se o colega com quem vc tivesse que dar a mão (para não se perder) tivesse pego cachumba e não pudesse comparecer, ou se a professora tivesse sido substituída por outra, ou se vc tivesse escutado uma baita briga dos seus pais no banheiro ou se, na rua, vc tivesse visto uma poça dágua com um arco-íris de gasolina dentro dela. Isso tb mostra que é um livro de pequenos acontecimentos, mais interiores do que externos e casuais. Por isso ele é tão nostálgico e no final começa a sentir saudades de todo mundo....

O Selinger morreu recentemente (ano passado). Pra mim ele é imortal por ter escrito O Apanhador. O Holden é daqueles personagens que dá vontade da gente ligar pra ele pra bater um papo. rs...

When I see the 5 o'clock news
I don't wanna grow up

Pefico 04/06/2012

Porque mesmo esse livro é famoso?
Resolvi ler esse livro pra entender porque ele se tornou um clássico da literatura americana. Afinal, esse foi o critério que usei pra decidir ler "How to kill a mockingbird", que virou um dos meus livros favoritos. No caso do Apanhador, ainda estou tentando entender como alguém pode ter gostado desse livro.
O protagonista é um moleque irritante, que tem tudo para ser feliz na vida, mas faz questão de não ser. Talvez essa seja a pegada do livro, jogar a vida pela janela da forma mais idiota que você conseguir, mas já vi o mesmo tema ser explorado de forma muito mais interessante.
Não recomendo.

Livrissimu 13/02/2020

EU NÃO PRECISO AMAR TODOS OS CLÁSSICOS. E VOCÊ TAMBÉM NÃO.
Quando se fala de livros consagrados como clássicos, um jugo automático se estabelece sobre o discernimento do leitor, moldando, talvez inconscientemente, as impressões que esse ‘’’pode’’ou ‘’não pode’’ ter de uma obra. O leitor talvez, então, comece a se questionar debaixo do peso da aprovação de outros leitores e da critica literária, pois deve haver algo de errado com ele, afinal, para não ter amado aquilo que todos parecem elogiar? Será que não foi capaz de abstrair os significados e nuances da obra? Será que viajou na maionese e deixou a grandeza da obra passar despercebida?

Começo com essa reflexão para relatar que a leitura de O Apanhador no Campo de Centeio, um livro por muitos adorado, foi a que menos me agradou no ano de 2019. ‘’Se você quer mesmo ouvir a história toda, a primeira coisa que você deve querer saber é onde eu nasci, e como foi a porcaria da minha infância, e o que os meus pais faziam antes de eu nascer e tal, e essa m&rd@ todo meio David Copperfield, mas eu não estou a fim de entrar nessa, se você quer saber a verdade.’’ Ao ler o trecho que dá inicio a obra, de imediato, assustei-me com o tom irreverente que choca, enquanto desperta curiosidade do leitor. Pensei: vou amar esse livro. Mas… A cada página a leitura tornava-se mais enfadonha. Temos aqui um protagonista chato, ume enredo que parece ‘criticar e refletir’’, mas a meu ver, apenas coça de leve temas que poderiam ser grandiosos. Para mim, pareceu-me uma obra que poderia ser, mas esqueceu-se como.

Sim. Há aspectos interessantes no livro (pude captar sim diversas criticas e reflexões). Reconheço o valor que a obra teve em seu tempo, talvez mesmo hoje. Mas… não pude deixar de sentir que outros já falaram o mesmo de Salinger, porém de forma mais envolvente... Fica aqui, entretanto, a ressalva de que livros são entidades vivas, que comunicam-se com o leitor, e que falam coisas distintas em tempos distintos. Quem sabe, um dia, uma releitura não revele um Holdem Caulfield também distinto e interessante para mim.

site: https://www.instagram.com/livrissimu/

Sinésio 26/01/2010

Acho que estava mal informado sobre o livro, antes de começar a lê-lo. Acabei me decepcionando.
Não sei se foi problema de tradução (horrível!!), mas o tradutor abusou de expressões do tipo "ou coisa que o valha", "ou coisa parecida", "no duro", "pra burro", "pra cachorro", "pra xuxu", "a porcaria" disso, a "droga" daquilo. Irritante!! Aliás, o tradutor poderia ter trocado o nome do livro por "No duro, ou coisa que o valha". Misericórdia!!
Um adolescente revoltado, uns personagens sem interação entre si, um título que ficou meio sem a ver com a história.
Ou eu não entendi NADA?? Help!!

Luize 18/10/2017

Tem quem não goste do Holden, porque o personagem é "chato", ele é aquele adolescente que não gosta de nada, reclama de tudo, chama muito palavrão, fuma, bebe, e não sabe o que quer da vida. Gostar ou não do personagem pode ser determinante para gostar ou não do livro, já que ele é o narrador de sua própria história. Essa narração, por sinal, tem um quê de Freud e de psicanálise, a tal "cura pela fala", pois ao externalizar toda a sua raiva, Holden reavalia o próprio medo e toma consciência do período de transição em que vive.

Da minha parte tive uma empatia imediata. Ele é ácido e inconstante, porque é um adolescente em transição para a vida adulta, e tudo é muito intenso e confuso ainda para ele. Com o passar das páginas notei que Holden era um adolescente desajustado e que ele se sentia deprimido, em uma baita crise existencial, por enxergar tanta hipocrisia no mundo. Essa sensação de solidão, insatisfação, deslocamento e melancolia que permeia toda a narrativa me fez sentir ainda mais empatia pelo personagem. Em alguns momentos me diverti com Holden, em outros tive dó.

O livro se passa no período pós segunda guerra, EUA desponta como potência mundial, há muito materialismo, consumismo exacerbado e cultura massificada pela indústria de Hollywood. Holden detesta tudo isso porque acha tudo isso muito fútil, vazio ou hipócrita. Talvez a insatisfação do personagem seja a insatisfação de grande parte dos jovens americanos daquela época, já que na década seguinte eclodiu o movimento contracultura questionador do status quo. É provável que esse livro tenha sido a voz de muitos jovens da década de 50 e 60. Eis um dos motivos para que esse livro tenha feito tanto sucesso naquela época e hoje seja considerado cult.

A explicação para o título do livro tem uma simbologia muito bonita: a verdade é que Holden está com medo da transição para a vida adulta. E é por esse motivo que ele gostaria de ser o "apanhador" no campo de centeio. O seu sonho é irreal: salvar todas as crianças para que elas não percam a inocência e não "caiam" na vida adulta. Dada a transitoriedade da vida, eu diria: "Holden, "isso também vai passar".

Rosangela Max 29/01/2024

Um protagonista irritante e irritável.
Provavelmente muitas pessoas não vão considerar essa história lá grande coisa, porque, de fato, na minha concepção, ela não é! Mas a nossa percepção sobre ela melhora quando entendemos que ela não foi feita para ser levada muito a sério.
Fala sobre um adolescente revoltado com a vida, que não dá valor as coisas e a família que tem, que se considera mais inteligente que todos e que pensa muito em mulher. Realmente, não dá para se esperar profundidade com este enredo.
No começo até achei que seria revelado algo que justificasse o comportamento dele, mas não rolou. Ele é um jovem que aparenta não está nem aí com nada, sendo que em algumas coisas é puro fingimento, e isso é deixado claro enquanto ele relata o dia a dia dele.
O final aconteceu de forma abrupta, mas, de alguma forma, combinou com a vibe da história.
Não está entre as piores que a li e também é diferente ver as coisa sob a perspectiva do protagonista. Desta forma, recomendo a leitura.

Beto 17/04/2011

Uma droga.
O livro é tão comentado, há tanto burburinho sobre ele, que resolvi ler para matar a curiosidade. E o livro é horrível! Li até o final para ter certeza de que era tão ruim quanto me parecia até às dez primeiras páginas... Minha opinião não mudou depois do ultimo ponto final.

O autor já deixou claro que este conto foi escrito só por escrever, no entanto as pessoas continuam buscando mensagens profundas e até mesmo subliminares em suas linhas. Até vi pessoas referirem-se ao livro como se ele fosse de auto-ajuda.

Revolucionário?! Por ser um dos primeiros, se não o primeiro, a usar palavrões de forma ostensiva?! Que grande mérito...

what0nc3was 05/12/2022

Injustiçado!!
Realmente não entendo porque todo mundo odeia essa livro, ele basicamente fala de um garoto que está depressivo e sente falta do
irmão. As pessoas tratam o Holden como se ele fosse um assassino por chamar os outros de falso e dar fora em algumas garotas.

Holden é o personagem mais relatable que existe.?

Welber 10/05/2022

Muito legal.
É um livro bem divertido, até mesmo nos momentos melancólicos sempre trás partes cômicas. Ao meu vê ele é um bom rapaz mas que está um pouco perdido e é provável que tudo isso começou após a morte do irmão e por incrível que parece a "cura" está diretamente ligada a irmãzinha que ele tanto ama.

Camilla 08/02/2010

Foi um livro que, realmente, definitivamente, não me acrescentou nada. A não ser a impressão de incentivar cada vez mais os jovens a beber e fumar cedo, talvez cedo demais.

Na verdade, o livro passa a impressão, de um modo geral, do ponto de vista de um adolescente naquela fase que acha que sabe de tudo e pode tudo e que só ele no mundo presta. Mas, na verdade, não passa de uma criança ainda.

Ou você lê quando tem uns 15, 16 anos e se sente inspirado ou você lê depois e vê que é uma merda [ao estilo Holden Caulfield de falar].

Nelson.Carvalho 28/02/2019

Não farei uma resenha, apenas darei uma dica. Pra quem ao final do livro ficou indeciso, como eu, sobre do que trata esse livro, recomendo ver o vídeo no YouTube da UNIVESP. É uma entrevista com a professora Maria Elisa Cevasco. Ela fala de muitos temas que são abordados no livro, muito interessante.

Phelipe Guilherme Maciel 26/04/2017

Cuidado: Você está entrando em uma mente adolescente.
Um livro fiel. E tenho algumas considerações a fazer sobre ele:

Enredo: É simples. Conta a história de um adolescente meio rebelde, expulso mais uma vez de uma excelente escola. Ele começará a citar os dilemas de sua existência e recordar passagens antigas suas nas escolas, o seu hoje, e divaga sobre o seu amanhã, onde ele sonha construir sozinho, sem a ajuda de ninguém, um pedaço de mundo perfeito sem a falsidade dos "adultos" e suas responsabilidades toscas.

Linguagem: Como disse acima, o livro contará os dilemas de Holden Caulfield, e para isso, o autor precisou utilizar a linguagem de um garoto, então pode-se considerar que a linguagem é chula demais, ou simplória demais, ou ou até irritante. Há tantos "no duro", "Coisa que o valha", "Na boa", gírias adolescentes repetidas diversas vezes. Leia sabendo que é um jovem com a mente confusa e com um coração enorme em um mundo tão cheio de dilemas éticos e morais. Nem todo mundo é capaz de compreender esta grandeza implícita no livro, a dificuldade de lidar com emoções, o choque com a descoberta de um mundo diferente do que imaginávamos, todas as dificuldades que nos atingem em nossa adolescência. Mas a grande maioria poderá se identificar com pelo menos 1 dos dilemas de Holden.

Polêmica: Muitos sabem que Mark Chapman, assassino de John Lennon, estava com uma cópia deste livro quando foi pego, e disse que ele foi um dos motivadores de suas ações. Não há nada no livro que motive um assassinato. Claro que não é difícil um estudante se identificar com a revolta existencial do personagem principal Holden Caufield. Um garoto de 16 anos que se depara frente ao cinismo e ao grande mundo hostil dos adultos. Por isso, digo que o livro é um pouco amargo, afinal, Holden estava amargo. A adolescência é amarga (Ou pelo menos, Agridoce).

Seria Holden um sociopata? - Deixo isso aos psicólogos de plantão.

Entendo que o final do livro é um tanto niilista, há aquelas reflexões sobre a morte, e sobre os vivos escreverem foda-se em seu túmulo, fica o questionamento do que é a vida, o que é a memória da pessoa, de tudo se reduzir ao nada.
O livro finaliza e te deixa olhando para o vazio, tentando entender o que aconteceu. Ele corta o argumento, mostra que está passando com um psicanalista e que está um pouco arrependido de lembrar do passado e das pessoas que passaram...

"A gente nunca devia contar nada a ninguém. Mal acaba de contar, a gente começa a sentir saudade de todo mundo."

Helo 23/06/2020

Apesar de ter muita polêmica envolvida sobre as reaçoes das pessoas ao lerem e algumas acharem o personagem chato e reclamão, esse livro é bem profundo. Holden é um personagem falho, revoltado com as coisas da vida e não é diferente de alguns de nós e pude me ver nele em alguns momentos. Quando o título do livro é explicado na obra, eu pude entender um pouco da complexa personalidade dele, de um menino tentando entender o mundo a partir de uma mente enérgica.