Parkinho 27/02/2024
Gênio, apenas.
Mais uma obra póstuma.
Engraçado que desejo do kafka era ?se eu morrer com obra inacabadas, quero que todas sejam destruídas?
o amigo dele: ?vou juntar e publicar tudo?.
Kafka tem uma habilidade impressionante, quase que divina, de conseguir expressar ambientes opressores, criando uma espécie de labirinto intelectual sufocante.
A ideia de que por mais que tentamos, nunca chegaremos ao coração do poder supremo? Nessa obra no caso, o Estado.
Todos os sistemas de opressão desde o microcosmos da familia (como em ?metamorfose?) ate o mais alto cume do Estado, transpassam a obra do Kafka. De tal maneira que entedemos o kafka como escritor de microfisica e da macrofisica do poder, de um poder cuja a capilarização vai de cima pra baixo e sempre alcança aquele que ACHA que tem uma anesma, um fiozinho de privacidade em sua vida e sempre é muito mais frágil, perca do horizonte.
A dor preparada desde o inicio, amortecendo com a brutalidade do cotidiano. Quanto mais o ?K.? tentava atingir os juízes, e lidar com a lei, mais ele se distanciava.
Nao sabemos porque essas figuras de poder faz o que fazem, o porque nos acossam, e é preciso viver as consequências dessa procura.
?Quanto mais caminhamos ao horizonte, mais nos distanciamos? - Nos distanciamos na medida que tentamos nos aproximar.
Kafka embora morto a quase um século do nosso tempo, permanece atual quando observamos suas críticas diretas aos movimentos de enfraquecimento democrático no Brasil.