Nick Exaltação | IG @nickexaltacao 25/06/2020
Histórias sobre mulheres fortes sob o sol do Quênia
A história de O Sol Mais Brilhante é sobre mulheres em diferentes estágios da vida. Nós conhecemos Leona, antropóloga americana que vive entre uma tribo massai no Quênia. Ela conhece um queniano descendente de ingleses e acaba passando a noite com ele. Leona engravida e tem a sua filha na manyatta (tipo uma aldeia). Ela não quer a criança, e não quer que o pai saiba sobre ela. Leona têm uma personalidade atormentada por conta do seu passado e é bastante sozinha. A única amiga que tem é Simi, que adota a sua filha como se fosse sua.
Simi dá o nome de Adia, a pequena bebê branca, e ela é criada como todos na manyatta. Simi também é uma mulher que tem uma história dificil. Na sua cultura, uma mulher que não pode ter filhos, é amaldiçoada e amaldiçoa toda a tribo. Simi é a única que fala inglês em sua manyatta e gosta de estudar outras culturas. Ela aprende muito com Leona, sobre o mundo fora da a tribo. Com Adia, Simi descobre a maternidade e é aceita pelo marido e pelas outras esposas.
Jane é a outra protagonista, que assim como Leona, é americana. Jane é formada em biologia e trabalha para uma ONG de proteção aos elefantes no Quênia. Ela passa por algumas desventuras, antes de conhecer o seu marido, e largar a sua vida como mulher, para ser somente uma esposa e mãe. Jane tem um passado triste, assim como Leona e Simi e o destino das três são cruzados, quando a filha de Leona e Simi (Adia) e a filha de Jane (Grace) se tornam amigas.
O livro segue com a história dessas três mulheres e das suas filhas. Cada uma com experiências e traumas. Abordando temas como maternidade, preconceito, relações humanas, aprendizados etc. Todas elas carregam o peso de ser mulher e enfrentam mudanças. Cada um tem reações diferentes em relação a perda e todas buscam um lugar para chamar de lar.
O que eu mais gostei no livro foi ter contado sobre a cultura do Quênia, não conhecia sobre os massais. Achei incrível esse intercâmbio de culturas, pois partes do livro também se passava no Líbano e até em Marrocos.
Não gostei muito do fato de não ter focado tanto em Simi, pois ela era a única protagonista queniana. O livro foca muito nas americanas e houve um momento que Simi foi deixada de lado. Ela é uma personagem incrível e de personalidade forte, queria ver mais sobre a sua história, pois ela me cativou.
O começo do livro tudo é bem parado, mas dá metade para o final, ele nos prende com um enredo impressionante, cheio de reviravoltas. A escrita da autora é bem fluida e nos envolvemos muito rápido.
Amei a leitura!
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