O Homem que Ri

O Homem que Ri Victor Hugo
Victor Hugo
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Resenhas - O Homem que Ri


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Camila 04/08/2020

Victor Hugo mais uma vez brincando de Deus
Deslumbre frente a Victor Hugo. Que livro!!!
Acho que é o mais político dos que já li do autor, críticas sociais fortíssimas. Personagens tão elaborados, com detalhes tão minunciosos de inteligência e loucura e carisma.
Quão grandes são os abismos sociais que separam as classes!
Na primeira parte do livro não há nomes para os personagens, como se fossem representantes de todo um gênero humano.
27 páginas para afundar um navio! Toda a densidade e suspense que envolve o passado, presente e futuro daquelas pessoas e o destino que à elas estava ligado. A velocidade que as mudanças transformam o mundo destes personagens no mundo do autor, 180 anos depois, e no nosso, 150 anos à frente.
O povo é o cavalo das estátuas dos reis. O povo pode ser o leão, mas se contenta em ser asno. Citações assim estão em cada página da obra, riquíssima em poética e análises sociais. Todas as formas de manipulação usadas para manter o povo na ignorância estão belamente descritas.
Para reler!
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Daniel Lucca 09/04/2020

Que clássico..
Que clássico da literatura extrangeira "Ursus é um homem, Homo um lobo, existe mais humanidade no lobo do que no homem... Dea é cega, mas vê a alma... Gwynplaine é a luz na escuridão..."
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DaniBooks 17/03/2020

O HOMEM QUE RI
Victor sempre me encanta. E com O Homem que Ri não foi diferente.

Aqui, acompanhamos a trajetória de Gwynplaine, uma criança que foi deformada por uma gangue chamada comprachicos. Essa gangue pegava crianças abandonadas e as transformava em atrações grotescas de circo. Gwynplaine teve seu rosto deformado e um sorriso eterno estampado na face.

Por questões políticas, Gwynplaine foi abandonado pelos comprachicos em um porto inglês, em uma noite de neve e tempestade. No seu caminho, ele salva uma bebê da morte e encontra abrigo na casa ambulante de Ursus, um homem que ganha a vida se apresentando como filósofo e até como médico. É um homem pobre, que tem como única companhia um lobo: Homo. Ursus abriga Gwynplaine e a bebê, que passa a se chamar Dea. Dea, por ter ficado exposta ao frio e à neve por muito tempo, é cega.

Esse grupo insólito se apresenta toda noite para poder sobreviver. Gwynplaine e Dea crescem apaixonados, um amor idealizado e puro. Ele vira saltimbanco e passa a ser conhecido como O Homem que Ri. Tudo vai relativamente bem, até o momento em que resolvem partir para Londres. Lá, fatos extraordinários mudam a vida de Gwynplaine e põem sua nobreza de caráter à prova.

Mais uma vez, Victor Hugo escreve sobre os miseráveis, sobre os renegados, sobre os excluídos, sobre o grotesco, mas também sobre o sublime. E o sublime é sempre o amor.

Mais uma vez, vemos a crítica ácida à nobreza e à aristocracia, dessa vez inglesa, a ironia, o apreço pela República e pela Democracia, o grito por igualdade social, o desprezo pelo abuso de poder e pelo descaso com as massas.

Gwynplaine é visto como um monstro, todos riem dele. E a única que enxerga sua verdadeira face é Dea, a cega. O sorriso de Gwynplaine é o sorriso do povo: triste, falso, resultado de violência e mutilação social.

Pleno de personagens marcantes, O Homem que Ri nos brinda, mais uma vez, com a escrita espetacular de Victor Hugo: uma escrita delicada e crua, emocionante e chocante, rica e cheia de recursos. É tudo amarrado, tudo se encaixa, não há nenhuma ponta solta. Tudo tem um propósito, nada é gratuito. É uma verdadeira aula.

Só não ganhou 5 estrelas porque houve um momento em que a prolixidade do autor me cansou. Mas foi um quase nada em meio a essa história maravilhosa.

O final é doído, é triste, digno do auge do Romantismo. Confesso que não esperava esse desfecho, ansiava por algo mais alentador. Porém, ele é coerente com todo o enredo.

Obviamente, você deve ter se lembrado do vilão dos quadrinhos, o Coringa, durante a leitura dessa resenha. Sim, aqui está a origem desse palhaço das trevas. Gwynplaine e Coringa não têm, a princípio, muito em comum, a não ser o sorriso perpétuo, que simboliza tanta coisa. Porém, assistindo ao último filme do vilão do Batman, percebemos que há muitos paralelos entre esses dois personagens sim. Aconselho ver o filme após a leitura do livro.

Enfim, mais uma obra prima desse autor francês que eu adoro. Uma obra injustamente pouco comentada e meio esquecida. Vale muito a pena a leitura; é uma experiência enriquecedora.
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Hugo 27/02/2020

Mais uma grande obra de Victor Hugo
Victor Hugo fala aqui sobre temas do jeito peculiar próprio, varia sobre diferentes temas: políticos, sociais, aristocracia, amor, navegação, luta...
Um prato cheio.
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Nara Andrade 26/02/2020

O Homem que Ri
O homem que ri é um livro que foi escrito por Victor Hugo e inicialmente publicado em 1869.
A história se passa na Inglaterra entre os séculos XVII e XVIII, os primeiros personagens que Victor Hugo nos apresenta são Ursus, que um homem e seu fiel companheiro Homo, que e um lobo. Ursus e Homo levam vida errante, de cidade em cidade, Ursus é um pensador, se diz filósofo, solilóquio e um pouco de saltimbanco também.
Paralela à história de Ursus e Homo, nós teremos um outro personagem, Gwynplaine, que é uma criança, e antes de falarmos sobre esta criança e sua característica incomum, se é assim que podemos chamar, é importante falarmos sobre um grupo que viveu na Inglaterra durante o período que se passa a história, esse grupo, conhecido como "comprachicos" eram pessoas que compravam crianças, por isso "comprachicos" termo derivado do espanhol, este grupo compravam crianças e as mutilavam para usá -las em apresentações.
Essa prática se tornou crime que poderia ser levado a morte. Diante disso, voltemos a nossa criança, Gwynplaine, havia sido comprado por esse grupo e teve seu rosto mutilado, quando a prática da mutilação foi considerada crime, este grupo foge e abandona esta criança, quando se vê abandonado, se põe a caminhar sem saber ao certo pra onde ir, no caminho encontra um bebê cego que está sobre a mãe já morta pelo frio e provavelmente fome, Gwynplaine salva o bebê, mesmo sem saber se poderia salvar a si mesmo, e retoma seu caminho.
Depois de muito caminhar, em muitas portas bater e nenhuma abrir, já quase perdendo a esperança ele encontra uma espécie de casa sobre rodas, chama, e quem os recebe é ninguém mais ninguém menos que nossos primeiros personagens.
Ursus e Homo acolhe Gwynplaine e Dea, a criança cega, e formam uma família incomum. Juntos levam vida de saltimbancos, de cidade em cidade e a mutilação de Gwynplaine se torna atração.
Victor Hugo mais uma vez usa sua obra para falar sobre política, monarquia e principalmente sobre misérias, definitivamente não é um livro sobre finais felizes, mas isso não é surpresa pra quem lê Victor Hugo, também não é um livro fácil, porém é um livro que vai se tornando interessante com o crescimento de cada personagem que nos é apresentado, com segredos e reviravoltas intrigantes.
É um livro sobre quem detém o poder e quem está abaixo dele, nas classes que sofrem e, nos deixa um enorme diálogo sobre o papel daqueles que detém o poder, e porque não sobre o nosso papel também enquanto cidadão, é uma história atemporal, muda-se os personagens, o cenário, o período, porém o preconceito, o julgamento, a fome, o medo são sofrimentos que existem ainda hoje, e o livro nos questiona, qual o nosso papel como agente transformador dessa realidade?
Daniel.Souza 26/07/2020minha estante
Veja o filme de 1928.




Diego Rodrigues 25/01/2020

Victor Hugo Permanece Atual
Victor Hugo é um dos meus autores favoritos, isso é fato. "O Último dia de um Condenado à Morte", "Os Trabalhadores do Mar" e "Os Miseráveis" foram obras que proporcionaram leituras incríveis e que me marcaram, cada uma à sua maneira. E claro que "O Homem que Ri" não poderia ter sido diferente. Aqui vamos acompanhar a trajetória de Gwynplaine, o garoto órfão que é comprado pelos comprachicos, uma espécie de gangue que trafica crianças na Inglaterra do século XVII, e que por eles é mutilado e desfigurado tendo os dois lados da boca cortados, formando assim em sua face um eterno "sorriso". Com a mudança da coroa e, consequentemente, o enrijecimento das leis, os comprachicos passam a ser perseguidos e condenados à morte por seus crimes. Com medo, a gangue de Gwynplaine resolve deixar a Inglaterra, abandonando o garoto desfigurado à própria sorte.

A partir desse ponto vamos acompanhar o crescimento de Gwynplaine até a vida adulta e seu encontro com personagens marcantes, como a cega Dea, o velho Ursus e o lobo Homo. Aliás, a criação de personagens marcantes e cativantes é marca registrada de Victor Hugo. Gwynplaine traz muito de Jean Valjean, apesar de tudo que sofre durante a história e das tentações que enfrenta, ele se mantém fiel a seus princípios e fiel a seus amigos. Dea em alguns momentos faz lembrar Cosette, foi acolhida quando estava fragilizada e se tornou a "cola" que mantém o grupo unido. Ursus é um filósofo que ás vezes se faz de durão mas por dentro seu coração se derrete todo ao contemplar o amor e a luz que vêm dos mais jovens a sua volta. Homo, o lobo, forma uma bela dupla com Ursus. Como diz uma passagem do livro: Ursus tem mais de lobo do que Homo, e Homo tem mais de homem do que Ursus.

Victor Hugo também é conhecido pelas longas digressões presentes em suas obras, o que é muito criticado por parte de alguns leitores que não estão acostumados com o estilo do autor. Confesso que quando eu estava lendo "Os Miseráveis" essas digressões me incomodavam um pouco, eu queria saber o que ia acontecer com os personagens no capítulo seguinte e era surpreendido por um longo capítulo que contava a história dos esgotos de Paris ou falava das táticas de guerra de Napoleão. Mas depois de concluída a leitura eu percebi o quanto essas digressões foram importantes para a ambientação e o enriquecimento da história. Victor Hugo trabalha muito o contexto histórico e político em suas obras, o que pode tornar a leitura um pouco mais lenta, porém mais rica. Em "O Homem que Ri", por exemplo, vamos ter muitas digressões sobre aristocracia inglesa da virada do século XVII para o XVIII. O autor em nenhum momento vai se intimidar de fazer uma pausa na narrativa da história para filosofar sobre o gênero humano ou tecer críticas a sociedade da época. Críticas essas que, infelizmente, permanecem atuais na nossa sociedade em inúmeros pontos. Talvez por isso essas digressões sejam tão importantes e não devem ser negligenciadas, principalmente nos tempos de hoje que têm sido tão obscuros. Victor Hugo permanece atual.

site: https://discolivro.blogspot.com/2020/01/o-homem-que-ri-victor-hugo.html
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Volnei 23/03/2018

O homem que ri
Esta é uma história de dor e paixão onde os personagens vivem a maior parte do tempo em plena harmonia e sem muitos recursos. Quando os recursos começam a se tornar mais ricos para eles os problemas também aumentam . Uma história cheia de mistérios e emoções

site: http://toninhofotografopedagogo.blogspot.com.br
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none 16/10/2017

Assista o filme antigo (década de 20), leia o livro, leia o livro, leia o livro!!!
Conheci primeiro o filme mudo e em preto e branco, que ficou famoso pelo fato da maquiagem do protagonista ter inspirado o visual do Coringa de Cesar Romero na série de TV Batman. O filme é emocionante pela trilha sonora (canção de Dea no final), o livro é repleto de personagens cativantes (o próprio Gwynplaine, sua cega amada Dea, Ursus o ventríloquo -filósofo, o cão Homo, a princesa Josiane, o vilão Barkilphedro, David Dirry-Moir, Tim-Tom-Jack, os hediondos Comprachicos, o sinistro wapentake, e os bonachões Lordes ingleses e tantos mais).
Confesso que tenho um sentimento passional quanto aos romances de Hugo, ou amo, e amo a maioria (Trabalhadores do mar foi o primeiro clássico que li) ou estranho (Os Miseráveis é excessivo, exagerado, sentimental, perdi as vezes de quanto chorei, quanto ri, quanto tive vontade de abandonar o romance (e o fiz por volta da página 1500...), ao mesmo tempo admiro demais o autor por ser assim, pelo estilo inconfundível que já irritou Machado de Assis (tradutor que resumiu e cortou trechos de Hugo e Dickens, para ficar nos clássicos dos clássicos) pela pessoa que é: mesmo que não concorde com ele politicamente, estou seguro que é o autor que mais me identifico quando trata dos assuntos gerais da política, da época em que vivia. Victor Hugo na maioria dos livros, e principalmente neste nos oferece uma aula de latim, de história, de geografia. Hoje muitos jornais e sites de internet (à direita e à esquerda) apenas jogam informações e dados a partir do nada, sem conteúdo. Hugo vai às fontes, estuda, nada melhor que apresentar um personagem secundário filósofo, Ursus, e obviamente seu lobo Homo, para nos introduzir ao seu mundo, suas ideias, seus personagens, sofredores, amantes, erráticos, demasiadamente humanos.
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Lidiane 27/02/2017

Magnífico
Essa obra de Victor hugo é bem diferente dos miseráveis. Ambos sao clássicos de uma profundeza impecável.
No entendo a obra em questão foca muito mais nas ocorrências da época em que a história se passa do que no romance, oq pode tornar a história bem cansativa, mas vale cada minuto, pois é de uma sensibilidade incrível.
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Exusiaco 06/10/2012

Dimensão do Riso
Um retrato sombrio da natureza humana, mais especificamente da aristocracia inglesa do século XVIII. Victor Hugo parte do grotesco e da deformidade plantada cirurgicamente na face de uma criança de sangue nobre traficada a mando do rei Jacques II para desvelar as mazelas e desmandos de uma sociedade decadente moralmente. A deformidade é um riso rígido e eterno que catapulta um ser humano na plena miséria e na desvalida vida de saltimbanco e pelotiqueiro. Esse ser chama-se Gwynplaine, ou o homem que ri, mas que no fundo não ri e é alvo de contantes risos e humilhações no decorrer da obra. Os risos de várias nuances desvelam as características satânicas de uma aristocracia que vive a massacrar o povo de excluídos e explorados e onde o individualismo desponta repulsivamente na corte e no mundo dos lordes. O sublime e a bondade pode ser vislumbrado nos personagens da cega Dea, do misantropo Ursus e do lobo domesticadoe Homo, representantes das castas mais baixas da sociedade que, juntamente com Gwynplaine, atravessam miseravelmente suas existências. Mas a bondade e o amor que deles irradiam nunca esmorece e são como que fortalezas em suas almas iluminadas, o que não ocorre no mesquinho mundo aristocrático, muito bem denunciado por Hugo nessa grande obra que permanece atual.
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