Leonardo Lemes 19/07/2022
DEATHDISCO VOL. 2
No volume 2 de DeathDisco, o autor trabalha a diferença entre o sentir e não sentir culpa, o peso do remorso e o que é passível de normalidade e insanidade. Discute a frivolidade daqueles que calculam todas as ações sem perceber suas fraquezas, e sobre a arrogância e o quanto ela pode ser frágil. Mostra a relevância do controle que o poder financeiro tem, e estabelece relação entre sujeito anônimo e notabilidade. Embora o enredo traga mais informações sobre o núcleo de personagens da protagonista, e explore um pouco mais as secundárias, personagens e leitor partilham as mesmas incógnitas, pois os mistérios ainda permanecem: a origem de DeathKo, seu lapse de euforia, da organização mandante dos assassinatos, entre outros porquês. Os acontecimentos são rápidos e desordenados, o que leva a questionar se a mente da protagonista não esteja da mesma forma enquanto ela age em disparada aos objetivos, mantendo um equilíbrio entre imprudência e lógica. Explanações filosóficas sobre moral e comportamentos são bem trabalhadas neste volume. Personagens secundárias trazem reflexões sobre o medo, destino, paraíso e sociedade, olhar para si mesmo, atitudes que se toma em cada situação, se o sujeito realmente tem autonomia em suas ações, ou se existe algo maior por trás que o movimenta. "Todos vivem à merce de seus destinos. Diante desse destino absurdo e imaterial, porém, de poder imensurável. Nossa existência é ínfima. Porém, há momentos em que nós podemos nos colocar em pé de igualdade com o destino."