O pássaro secreto

O pássaro secreto Marilia Arnaud




Resenhas - O pássaro secreto


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skuser02844 12/11/2022

O pássaro secreto
Quando eu vi o nome do livro fiquei bastante curiosa pra saber do que se tratava, a princípio pensei se tratar de um livro de poesia, ainda que não deixe de ser poético, mas logo descobri que se tratava de um romance. Romance este que narra a história de Aglaia Negromonte, uma personagem complexa e perturbadora, que tem sua vida marcada por distúrbios de cunho familiar psicológico e alimentar. A história é dolorida e tocante. Expõe o oculto e o sombrio que todos nós queremos esconder. A leitura em alguns momentos ficou maçante, mas nada que uma pequena pausa não resolvesse, e logo voltasse a fluir. No geral o livro é bom e a narrativa é comovente e intrigante, carregada de um certo mistério nos desfechos dos acontecimentos, hora narrados no passado hora no futuro, o que aguça ainda mais a curiosidade para a revelação do desfecho final.
Emerson Meira 12/11/2022minha estante
???????




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none 31/05/2021

Segredos dolorosos
Posso torcer para a personagem surtada? Sim, com toda certeza. A história poderia muito bem focar o sofrimento da órfã francesa Thalie que é obrigada a vir a um país de terceiro mundo residir na casa do pai depois da morte da avó materna e ser obrigada a dividir o quarto com duas meia- irmãs. Mas a autora preferiu contar a historia de uma das Graças, Aglaia, isto é uma das meia-irmãs que até então vivia uma vida de certo modo perfeita, não fosse pelo sobrepeso. Tinha uma família comum, um pai ator-diretor que vivia enfurnado em seu escritório, a mãe professora dedicada ao trabalho, a irmã mais nova que nunca lhe dava trabalho, o irmão atleta que era igual à média dos garotos da idade dele, um chato. Mas Aglaia tinha um grande amigo, Demian, que não bastava ser inteligente, era de fato um grande amigo nas horas difíceis. Até a chegada de Thalie.
A perda de um ente querido é um grande sofrimento, mas e a presença de alguém incômodo, também não é de certo modo? É disso que vai tratar o romance.
Um dos melhores que eu li.
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@lerpracrer 21/05/2021

Um mergulho em uma mente obsessiva
É isto. Adentrar uma mente completamente obcecada e uma riqueza de linguagem absurda. No objetivo de prestigiar a autora brasileira comecei o livro sem muitas expectativas, mas o achei bem profundo. É uma leitura que conversa com o que a gente tem de mais humano, nossas falhas, medos e nosso lado obscuro. Vi uma leitora comentando que se parece um pouco com a escrita de Elena Ferrante, e concordo!

Uma oportunidade pra quem quer descobrir um pouco mais das obras primas nacionais. Recomendo.
@lerpracrer 21/05/2021minha estante
OBS: entretanto, o livro tem muitos gatilhos para quem sofre de transtornos psiquiatricos, principalmente alimentares




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Kira 21/05/2021minha estante
???


Nina 22/05/2021minha estante
Consegui sentir empatia por ela em alguns momentos, mas não comprei a história de que tratamento psicológico e psiquiátrico não ajudam em nada.
Tenho transtorno de ansiedade generalizada e demorei anos pra me sentir confortável em relação a isso e poder falar a respeito. Nunca sequer pensei em tomar qualquer uma das atitudes que ela tomou por causa do meu problema e me senti realmente incomodada com o apelo com que a autora tratou isso. Doença mental é como outra qualquer e, se não negligenciada, tem tratamento correto que traz qualidade de vida pra pessoa.
Achei preconceituosa a forma como o problema foi tratado e não engoli de jeito nenhum o final também. É absurdo e realmente problemático que ela encontre seu ?renascimento? por meio de um ato tão violento que somente a possibilidade aterroriza a nós mulheres.
A escrita da autora é linda, mas faltou muito tato pra tratar do assunto.


Isis.Angeli 24/05/2021minha estante
Sério, uma das poucas resenhas sensatas que li sobre o livro. Meu tratamento por TDM (transtorno depressivo maior) vem desde os 7 anos de idade, após a pessoa que me criava falecer. Jamais vou comparar o meu caso e dizer se os motivos dela foram fracos ou fortes baseados na minha experiência, mas o que posso dizer é que me entristeceu grandemente a banalização dos tratamentos disponíveis, sendo que acredito que falo por, pelo menos, a maior parte das pessoas que sofrem de depressão: nossa maior luta é pela melhora e por nos sentirmos funcionais e humanos novamente. Um desserviço voltar essas emoções da personagem a um mero sentimento de vingança. Pode-se alegar que ela não foi diagnosticada e que não sabemos qual era, de fato, o transtorno que ela sofria, mas como a autora disse em sua entrevista que não fez pesquisas desse tipo para escrever, acredito que não haja de fato um diagnóstico concreto.

E, por último, essa purificação dela pelo estupro foi tão absurda, tão ofensiva que eu não sei, de verdade, o motivo das pessoas estarem ovacionando tanto o livro. E para mim o pior de tudo mesmo foi ela ter buscado a situação (por um desvio de tudo o que ela acreditava, por achar que seria como Thalie e Demian, por romantizar ou por qualquer coisa) mesmo que ela tenha se arrependido e dito não em um último momento. A autora colocou essa personagem, essa criança, para pagar por sexo, como a cereja de um bolo inteiro de desastres. Para mim, por baixo dos panos, foi quase como um ?ela procurou por isso?, a pior de todas as frases que pode vir com um estupro e o nosso maior medo. O livro acaba assim: um estupro desnecessário, que a gente não faz a menor ideia de qual o sentido de estar ali. Assim, de graça. E depois disso a personagem renasce como uma Fenix. Eu não tenho palavras.


Isis.Angeli 25/05/2021minha estante
*** Me expressei mal ali em cima. Quis dizer uma das resenhas mais sensatas que li (por ter avaliado a questão do estupro de forma tão certeira), e não uma das poucas resenhas sensatas pq cada um é cada um.


Fernanda Duarte 26/05/2021minha estante
Exatamente isso!




Jacque Spotto 04/02/2022

Esse foi daqueles livros que não li nada a respeito antes de iniciar a leitura, então não sabia
o que esperar. A única coisa que tinha conhecimento era que a escritora tinha ganhado o
prêmio Kindle de 2021 por ele.

Aglaia, a narradora e personagem do livro nos conta, já adulta, sua vida desde seu
nascimento até boa parte de sua adolescência, porém a cada capítulo há uma narrativa à
parte, assim a história vem em duas linhas paralelas no tempo.
De início, dá para perceber que a personagem é uma garota que possui seus medos e
frustrações, até certo ponto comuns da infância e adolescência, até me identifiquei com
alguns de seus sentimentos na juventude. Mas ela também se sente deslocada na escola e
dentro do seu próprio lar. Seu pai é um dramaturgo vaidoso e pretensioso, e sua mãe, uma
professora universitária que sustentava a casa enquanto o marido tinha seus rompantes de
grandeza. Também tinha aquela pessoa que era seu lugar de aconchego, a avó Sarita. De
toda forma, seus pais eram pessoas bem instruídas, que nutriam um grande amor pela
leitura de grandes obras da literatura, o que Aglaia herdou muito bem, e somente nesse
ponto ela se via próxima dos pais.

Até certo momento da história eu acreditava que Aglaia era apenas uma criança deslocada
na escola e família, mas a partir de uma cena presenciada por ela todo seu mundo passa
por uma drástica transformação até sua adolescência que também é marcada por uma
situação muito impactante para Aglaia, daí eu diante percebe-se que a raiz de sua angústia
e falta de pertencimento é mais profunda. Confesso que em boa parte do livro eu não
conseguia me conectar tanto com seu sofrimento, mesmo percebendo que ela poderia ter
um certo problema de saúde mental. A partir do momento que a narrativa passa a se
aprofundar mais no que Aglaia sente, expondo seus temores e principalmente sua fúria que
leva a graves consequências, passo a não só compreender sua dor como também ter uma
certa empatia por ela, apesar dela praticar ações totalmente cruéis e irracionais.

Conversando com minha amiga Luciana, que também leu o livro, ela me informou que o
problema de Aglaia poderia ser a síndrome de borderline, pelo menos para minha amadora
pesquisa no Google, os sintomas são bem parecidos. Sabemos que todas as famílias têm
seus problemas, e muitos, desde a infância, tentam lidar da melhor forma possível com
essas adversidades. Já Aglaia não, qualquer problema existente se transforma em algo que
lhe causa imensa dor e confusão, seus sentimentos são extremamente intensos. A família
mesmo sabendo que Aglaia tem algum transtorno (no livro não exemplifica qual seja),
mesmo buscando tratamentos, ainda não conseguem entendê-la. Aglaia se sente sozinha,
abandonada, triste e depressiva, e a forma que a família lida com seu problema parece
mais piorar do que ajudar.

Esse livro foi bem impactante para mim, porque me fez ver, a partir da perspectiva da
pessoa que sofre de um transtorno como ela realmente se sente. Diferentemente de uma
narrativa feita por uma terceira pessoa, como uma forma didática de explicar a dor do outro.
Aqui a escritora nos coloca como a pessoa detentora da dor, e ela faz isso gradativamente,
apresentando primeiro a personagem, seu meio e suas aflições, para depois te incluir, não
como um expectador, mas você passa a experimentar as aflições de Aglaia. Não é uma leitura fácil, tem vários gatilhos, mas é um livro extremamente bem cuidado, daqueles que
te fazem sair do eixo.

https://instagram.com/a_lusotopia
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Lu Tibiriçá 08/05/2021

O outro lado
O que fazer quando alguém definitivamente invade sua vida? Alguns saberão levar. Outros reagirão. Outros, surtarão.
Essa leitura te leva para o outro lado, o de quem recebe "o invasor". Para seguir sem spoiler paro por aqui. Mas não curti a leitura. As digressões me incomodaram.
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Amanda Bento 14/08/2021

Meh
É um livro ok, não é a minha praia essa de ler sobre adolescente agonizando então não gostei. Mas é 4 estrelas porque a técnica de escrita é muito boa.
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Mika 04/07/2021

Difícil processo de reconhecer-se
Perturbador, verosímil e muito bem escrito. Um dos livros que mais marquei trechos nos últimos tempos.

É inevitável não se enxergar algumas vezes em Aglaia, todos nós temos um lado mais feio (por conta de nossas feridas) que às vezes insiste em prevalecer.

Não gostei mt do final e por isso estou dando 4,5, não sou a maior fã do mundo de finais mais abertos.
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Fernanda Duarte 26/05/2021

Aglaia não me faz sentir empatia
A escrita do livro é muito boa e somente por isso eu fui capaz de chegar até o final. É poética, é fluida.. é erudita (passa um pouco do ponto até).
A autora é MUITO boa em prender você na leitura.

No entanto, esse livro me incomodou bastante porque eu simplesmente detestei a protagonista.

Mesmo com a narrativa sendo em primeira pessoa, em momento nenhum, fui capaz de ter qualquer empatia por ela. Todos os seus problemas são muito superficiais e infantis.

Acho que teria sido uma história melhor se o problema central fosse a relação problemática dela com os pais - ia amar entender melhor as consequências o narcisismo do pai dela em oposto à apatia da mãe.

Francamente, 2021 e ainda temos histórias sobre a garota bonita x a garota feia? E em um "triângulo amoroso" ainda? Muito óbvio e previsível. Bom, eu pelo menos não estou interessada em mais uma história sobre a rivalidade entre garotas.

Se fosse pra ler um livro visceral sobre os nossos mais profundos desejos, pensamentos e loucuras, preferia que fosse em um campo narrativo mais criativo.

Também acho que existem outras formas de falar sobre problemas mentais, porque pra mim ficou muito estereotipado e negativo.


Na verdade, eu queria ter conhecido a história através de outros dois pontos de vista: o da vovó Sarita (amei essa personagem) e da Thalie. Com certeza teria sido mais interessante do que visto por esse olhar amargurado e bobo da Aglalia.

Não recomendaria a leitura a um amigo, não me despertou sentimentos bons e também não foi surpreendente o suficiente pra eu ficar refletindo sobre a história após a leitura. Simplesmente não rolou.
Sophia.Dabbah 28/05/2021minha estante
Concordo 100%!!!!!




Leo 28/05/2021

Não recomendo de forma alguma essa obra. Possui diversos gatilhos, e encerra de uma forma ainda mais medonha do que foi conduzida.
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Marcelle 20/05/2021

Pesado
É um livre pesadíssimo. Tem muito sentimento, maior parte sentimentos ruins. Tão pesado que tive que parar a leitura para recuperar a disposição.

Cada um sente de uma maneira. Não desclassifique o sofrimento do outro. Só quem passa sabe.
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letAcia550 29/05/2021minha estante
uma pena esse esteriótipo de "pessoa louca" ainda existir e ser retratado em mídias até hoje :(




Alice Braga 28/02/2022

Não mereceu o prémio kindle
"As histórias do meu pai pareciam um bolo no qual eram colocados os ingredientes mais ricos, mas que não cresciam porque o fermento fora esquecido. Faltava-lhes a verdade, a verdade do coração de quem conta"

Frase retirada do livro, faz juz ao que li. Livro muito ruim, personagem que deveria cativar, mas que não consegue nos dar empatia e sim ódio. Acho que a autora usou um tema em destaque, a depressão, mas não soube explorar, não soube criar um personagem que cativasse o leitor e o fizesse ficar do lado dela. Foi difícil ler, e não pelo tema pesado, mas sim porque estava chato mesmo, dando ranço da menina que só sabia odiar e se sabotar. A escrita do livro foi confusa, misturando momentos distintos no mesmo capítulo, indo e voltando nas coisas, sem nos mostrar uma cronologia mais precisa para conseguirmos entender os sentimentos da personagem. As citações de livros, versos, musicas, falas em francês também não ajudaram, pareceu mais uma tentativa de fazer o livro ser mais validado como intelectual. E como dizem " nada é tão ruim que não possa piorar", o final terminou de matar o livro. Tantas possibilidades e o final foi ridículo, tentativa de ser trágico, mas me deixou foi com mais raiva. Só terminei a leitura porque fazia parte de um clube do livro e não gosto de abandonar os livros.
Thaís Furlan 23/04/2022minha estante
Ia ler e desisti. Obrigada pela narrativa, pois tenho a impressão de que ia odiar as mesmas coisas que você odiou e já me poupei da perda de tempo, pois Já fiquei com raiva do livro ?


fermata.literaria 01/05/2022minha estante
Estou em 79% e empurrando com barriga. Descrições totalmente desnecessárias e sem contexto. Parece q só pra encher linguiça.




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