spoiler visualizarProf. Angélica Zanin 02/05/2021
Allah Akbar!
O mapa de sal e estrelas é mais do que duas histórias de fuga e sobre a busca de um refúgio. É uma viagem para dentro de nós mesmos, de quem somos e daquilo que realmente buscamos. As cores que a protagonista e narradora vê em tudo colorem a leitura que ultrapassa os limites de tempo e espaço. De nova York à Síria e de lá pelas difíceis rotas de fuga onde se perde a esperança, amores e partes de si mesmo. Ou, na história dentro da história, em que uma jovem garota muda seu gênero para conhecer o mundo e encontrar sua coragem de guerreira bem longe de casa e daqueles que ama. Os nomes árabes de lugares e de personagens dificultam um pouco o entendimento e a sequência. A caracterização da Síria com seu perfume de flores de jasmim me levou até minha aluna Nirvana que veio viver no Brasil durante os piores conflitos em seu país (data aproximada da narrativa), hoje, de volta à Síria devido à pandemia. Baba, Abu Said, Mama, All Idrisi, os fortes que ensinam entre mapas e estrelas; Huda, Zahra e as protagonistas Rawiya e Nur, nossa contadora de estórias, jovens que aprendem entre fronteiras, a custa de abusos e de mortes sob as estrelas. Sensível e sensibilizador, rico e enriquecedor, forte e fortalecedor. "As pessoas sempre acham que morrer vai doer. mas não dói. É viver que nos machuca."