O palácio de inverno

O palácio de inverno John Boyne




Resenhas - O Palácio de Inverno


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bia prado 16/01/2019

Comprei esse livro em 2013. Estamos em janeiro de 2019 e não tenho nenhuma boa desculpa para não ter lido antes.
Comecei a ler no finalzinho de 2018 sabendo que se tratava de uma história de amor na guerra e tinha alguma coisa a ver com a realeza. E sim, agora que acabei, posso confirmar que possui esses elementos. Porém trata sobre tantas coisas mais. Guerra, pobreza, riqueza, luto, culpa, conflitos no casamento, morte, trauma, família, xenofobia, segredos, esperança…

O livro intercala sobre o passado e o presente da vida extraordinária de Geórgui Jachmenev. A escrita de Boyne realmente te faz conhecer o personagem e me vez sentir lisonjeada por ter o prazer de conhecer essa história. Parece insano dizer isso, mas é verdade. Ele era um jovem sem grandes sonhos na vida, nem expectativas. Morava com suas três irmãs e os pais numa vila rural na Rússia, e , de repente, um ato inconsequente transformou tudo. Ele quis essa mudança e passou a acreditar que poderia ter mais na vida. E, meu deus, que vida ele teve. Realmente não foi fácil passar pela Revolução Russa e esse livro me deixou curiosa para conhecer mais a história desse país que, até hoje, parece perdido.

Em em varias partes do livro, Geórgui fala sobre ações que o fizeram ser exilado e minha curiosidade me impulsionava a continuar. Dava para ter uma ideia, mas por toda a narrativa pairava sobre mim aquela angustia sobre a Revolução Bolchevique em 1917 e o assassinato iminente daquela família que comecei a me afeiçoar. Sinceramente, eu estava mais interessada no passado e nas cenas dos Romanov. Gostei da forma como o autor retratou eles e me parte o coração saber o fim que tiveram. Também gostei como ele trabalhou esse “mito” sobre a princesa Anastasia.

O relacionamento de Geórgui e Zoia é linda linda. Parece que eles tem uma devoção muito grande um pelo outro, chegando a ser inocente em algumas partes. Mesmo depois de tanto tempo, o Geórgui parece idolatrar tanto a Zona e é meio cego para os defeitos dela. Não sei… parecia que ele a colocava num pedestal, justamente pelo passado dela, e não se considerava um igual, pois ela sempre seria superior a ele. Apenas uma possível interpretação.
Também foi interessante ver a batalha mental da Zoia, tendo que lidar com a fuga, luto, trauma e, por fim, culpa. Realmente parecia muita coisa para se carregar e ainda bem que ela tinha o Geórgui ao seu lado.

Livro emocionante que te deixa com o coração apertado no final. Super recomendo!

[SPOILER]
Acho que minha única reclamação é o fato de não terem perseguido o casal. Pareceu uma ponta solta no enredo, pois pareceu que eles nem se deram ao trabalho de procurar por ela (???). Pelo menos, o autor não falou nada sobre isso, só o medo constante do casal de ser descoberto. No final, parecia mais paranoia do que outra coisa.
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@garotadeleituras 16/02/2019

Uma homenagem às lendas sobre a sobrevivência de Anastácia!?

Em "O Palácio de Inverno" somos confidentes de Geórgui Jachmenev, que aos 80 anos e prestes a perder a esposa Zoía para um câncer, relembra acontecimentos históricos entremeados com a sua existência.

O livro é escrito em dois tempos, o presente, em 1981 e o passado, na época pré e durante revolução russa de 1917. De origem humilde, um mujique, criado em uma família de lavradores na aldeia de Cachín, Geórgui acaba fazendo parte da história mundial quando aos dezesseis anos, numa atitude impulsiva impediu o atentado ao grão-duque Nicolau Nicolaievitch, irmão do Czar Nicolau II. Em troca do seu heroísmo, o jovem é transportado para a corte assumindo a tarefa de guarda-costas daquele que seria o próximo czar, Alexei.

No Palácio dourado de Inverno, inserido no luxo e intrigas da corte, Geórgui descobre o amor e suas impossibilidades, o perigo do poder e como não se pode fugir do destino, mesmo que este provavelmente custe um alto preço. Em tempos agitados de revoluções e mudanças, existe poucos momentos para sonhos, pois castelos não são seguros e títulos podem ser revogados por assinaturas.

John Boyne constrói uma narrativa em quebra-cabeças. Enquanto o passado é narrado em ordem crescente, o presente vai sendo rebobinado permitindo ao leitor conectar os acontecimentos e seus personagens em épocas distintas, confluindo para um final único sobre o início e o fim da existência. Ao fechar à última página, fiquei com a sensação que esse livro funcione como uma homenagem às lendas sobre a sobrevivência da grã-duquesa Anastácia Romanov, massacrada juntamente com a família durante a revolução russa. Sempre que algo sobre o assunto passa pelas minhas mãos, ainda me choca como os humanos não hesitam colocar seus interesses mesmo se o empecilho for seus semelhantes. E veja bem, esse não é um assunto preto no branco, tem o viés histórico, político e humanitário envolvidos. Não é apenas idealismo!

Esse é um livro criativo, simples, com leitura fluida e temática triste. E talvez o que torne tudo mais crível, além dos fatos históricos, é a forma como seus personagens erram, tem defeitos e atitudes nem sempre tão nobres. Nota 4 de 5 pela criatividade.

(...) Ele pula na traseira e ergue a mão para mim, o czar não coroado de todas as Rússias acenando para o avó na traseira de um ônibus londrino, enquanto o motorista acelera e o cobrador se aproxima para cobrar a passagem. É o que me basta para dar risada. Fecho a porta e sento de novo, avaliando a cena e, de fato, ela me parece tão engraçada que rio até chorar. E, quando surgem as lágrimas, eu penso aah... Então é isso que significa estar sozinho. (p.453)
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Fer 26/03/2020

Apaixonados pela história da Rússia vão amar, eu amei!
Esse livro é definitivamente um dos melhores que já li, envolve muitos acontecimentos históricos de uma época que definiu muito do que pensamos hoje. É sim uma história de amor, amor pela vida, pela própria história e mostra o amor que é construído aos poucos, um casal com dificuldades reais.
Mas, acima de tudo é um livro sobre superar suas tristezas e seguir em frente, mostra o quanto conflitos mudam as famílias e que é possível sobreviver apesar deles.
Claro, as descrições da vida no palácio, os locais onde se passam a história são um deleite a parte -sempre amei viajar através dos livros-e essa é uma vantagem que esse livro tem, detalhado de uma maneira leve, nos envolve ao ponto de imaginar-se em diversos locais e situações. Já Zoia é uma das minhas personagens favoritas de todos os livros , não tem como admirar a história dela, mesmo que seja uma ficção.
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Erica 12/04/2020

Muita história... e romance!
No começo achei o livro um pouco lento, mas a partir da página 50 mais ou menos torna a história envolvente e tem uma cadência deliciosa de leitura.
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Laura 05/05/2020

Muito bom!!
Uma das maneiras mais incríveis de se aprender mais sobre essa parte da história russa. Vemos como foi o final do governo do czar Nicolau, tendo acesso a informações reais, podemos ver críticas ao czarismo, além de uma certa humanidade. Afinal, não tem como não ter um mínimo de empatia com o rumo que essa história irá ter.
Apesar do final conter um detalhe diferente ao da realidade, achei pertinente já que se trata de uma ficção, mas que soube se manter fiel a história verídica durante 90% de sua narrativa.
Vale a leitura ;)
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EduardoCDias 15/05/2020

Romanov
História romanceada sobre o fim trágico da dinastia Romanov no comando da Rússia czarista por um personagem externo. Um camponês que é levado ao Palácio de Inverno, residência oficial do czar em São Petersburgo, para cuidar da proteção direta direta do filho do czar e futuro czar ele mesmo, conta as suas experiências com a família real, ao mesmo tempo em que conta o desenrolar de sua vida após a fuga da Rússia com a revolução bolchevique.
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Felipe 16/05/2020

Já começo a pensar que não vai ter nenhum livro do John Boyne que vai me decepcionar. E ?o palácio de inverno?, foi uma experiência um pouco mais longa em comparação a outros já lidos do autor, mas nem de perto decepcionou.
?o palácio de inverno? não é um livro linear, então talvez possa parecer um pouco confuso no começo, mas enquanto você vai lendo e descobrindo as coisas, tudo vai se encaixando de uma forma tão perfeita que deixa tudo muito agradável para o entendimento.
Uma característica do autor é a utilização de acontecimentos históricos para desenvolver os seus romances, e esse não é diferente, pois fala um pouco do que seria a vida na Rússia no período em que os Romanov comandavam o país, talvez de uma forma superficial, mas que é acessível para o entendimento de qualquer um.
Sobre os personagens, achei em grande maioria todos muito bem desenvolvidos, apesar de não ter sido surpresa o que era, imagino eu, pra ser o plot da história, onde o autor tentou deixar subentendido no decorrer da mesma.
É um desenrolar de trama com acontecimentos tristes, com superações e finais nem tão felizes assim. E por esses motivos, por trazerem sentimentos e conclusões mais reais, que eu gostei muito do livro e acho que mais pessoas deveriam dar um chance para ele.
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francis 01/06/2020

Ah Rússia
Não sei bem por que mas Rússia me fascina. Sobre o livro uma ato do personagem principal me faz não ter afinidade com o mesmo até o final do livro, ato esse terminando em aberto. Sacanagem.
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Claudia 10/06/2020

Este livro ficou cinco anos na prateleira, mas agora na quarentena resolvi dar fim nas pendências... e que delícia, já conhecia o autor, e desta vez neste ótimo romance histórico, me fez voltar à Paris, Londres e a amada São Petesburgo! Recomendo!
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Rosa Daré 24/06/2020

Pode-se fugir da história? Será possível viver no anonimato após uma existência de fausto e glória? A vida comum é assim tão diferente da vida pública? Geórgui Jachmenev passou a vida inteira se debatendo com essas questões, e agora, prestes a perder o grande amor de sua vida, tenta encontrar uma resposta para elas ao refletir sobre seu percurso num século XX que sempre lhe pareceu longo demais. Seus feitos começaram cedo: aos dezesseis anos, em ação impulsiva e atabalhoada, o rapaz impediu um atentado contra a vida de ninguém menos que o grão-duque Nicolau Nicolaievitch, irmão do czar Nicolau II, que, agradecido, nomeou Geórgui o guarda-costas oficial de seu filho Alexei, destinado a ser o próximo czar. Uma reviravolta impressionante, que o levou da taiga russa para o fausto dos palácios moscovitas, cenário que, apesar da amplidão e luxo de seus imensos corredores, iria se revelar bem mais inóspito que os frios grotões de sua vida anterior. A dura experiência com esse mundo gélido de intrigas palacianas, às quais sempre era jogado contra sua vontade, e de grandes tensões e responsabilidade só foi apaziguada com a chegada do primeiro amor, Zoia. Mas os tempos eram agitados, e a história deixou pouco espaço para idílios: quando a Revolução Bolchevique tomou de assalto o país, e isolou toda a família do czar numa casa de campo nos arredores de Ekaterinburg, mais uma vez Geórgui teve de agir rápido a fim de salvar a si e a Zoia. A vida com ela lhe custaria pátria, família e prestígio, e ele jamais se arrependeu disso - mas e para Zoia, o que teria custado? Numa narrativa fascinante, em que presente e passado vão convergindo em capítulos alternados, da Inglaterra dos anos Thatcher para a época dos czares russos, e dos anos difíceis da Segunda Guerra Mundial para o turbilhão da Revolução Bolchevique, acompanhamos Geórgui em meio a acontecimentos históricos decisivos que acabam por se revelar mero pano de fundo para uma história de amor que esconde um grande mistério, talvez maior mesmo que a própria história.
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Renata 29/06/2020

a bela história de uma vida contada através de memórias
o palácio de inverno conta a história de vida de um velho senhor, geórgi jachmenev, mas também conta a história de amor de geórgiezoia (hoje em dia, esse daria um bom ship rs). desde a sua infância, nos campos da rússia, passando pela opulência do último reinado dos romanov, até sua velhice na capital londrina.

a história é contada alternando o presente, quando o protagonista já é velho, e o passado, quando ele era jovem e estava apenas começando a vida. no entanto, essas narrativas não são lineares: tudo é contado num vai e vem sem fim, sem ordem certa, bem como se fossem as lembranças reais de alguém, tudo meio bagunçado.

no começo do livro essa técnica me deixou um pouco enfadada; era difícil continuar a leitura com aquela falta de ordem na linha de raciocínio. a história também andava meio devagar. mas depois que me acostumei (e a história começou a ficar mais interessante - no meu ponto de vista) a leitura fluiu mais.

e, no final das contas, toda leitura acaba sendo isso, uma coisa de timing. tem livro bom que não é pr'aquela ocasião, e tem livro ruim que se encaixa direitinho com aquele momento de vida.

acho que palácio de inverno foi um livro desses.

passei meses pra ler a primeira metade do livro; a história não me empolgava, a leitura não fluía. mas passada essa primeira metade, passados esses meses iniciais, me senti completamente fisgada pela história de geórgi. e avancei sem dificuldade nenhuma pelas páginas, ávida por saber o que aconteceria no fim daquela jornada. não sei se foi a história em si que deu uma guinada, ou se foi meu estado de espírito que mudou, mas terminei a leitura encantada por esse livro.

então é isso. esse livro é coisa de momento de vida. se parecer meio chato no começo, continue a leitura porque depois de um tempo melhora. e é belíssimo. é delicado e tocante, faz admirar a beleza da velhice e do companheirismo, bem como o encanto da juventude.
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aninha 30/07/2020

Muito bom
O livro tem um contexto histórico muito interessante, de certa forma eu aprendi sobre a revolução russa e a segunda guerra mundial da visão do protagonista. O final também foi incrível para mim e me deixou genuinamente emocionado.
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skuser02844 31/07/2020

Uma aula de história sobre os Romanov!
Diferente de O Menino do Pijama Listrado, que se passa na Segunda Guerra Mundial, em O Palácio de Inverno se passa durante a Primeira Guerra Mundial e no início da Revolução Russa; John Boyne conta uma história que vai ao passado e volta para o presente, de um garoto que irá servir para a família Romanov, a última geração Romanov que ficou no poder.
Geórgui tinha 17 anos quando salvou a vida do primo do czar Nicolau II. Por esse feito, ele foi levado a São Petersburgo, para o Palácio de Inverno, onde morava a família Imperial, encarregado de proteger o czaréviche Alexei.
Logo, Geórgui e a grã-duquesa Anastácia se apaixonam e começam a viver um romance escondido.


Fiquei de coração apertado várias vezes, leitura bem fluída, perfeito! Recomendo muito.
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