O palácio de inverno

O palácio de inverno John Boyne




Resenhas - O Palácio de Inverno


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Lodir 16/02/2011

Um livro que beira a perfeição
John Boyne é um escritor curioso. Quando li “O Menino do Pijama Listrado”, eu adorei. Quando parti para o segundo livro de Boyne em português, “O Garoto no Convés”, ele logo se tornou um dos melhores livros que li. A expectativa para esse livro então era grande. Confesso que a sinopse não me agradou tanto, pois a história não parecia tão interessante quanto as anteriores. Para a minha surpresa, esse livro não só não decepcionou, como conseguiu superar o anterior e ser ainda melhor.

A história desse livro e a de “O Garoto no Convés” são semelhanças. Ambos os livros são romances históricos ambientados em acontecimentos reais que marcaram o mundo. Ainda assim, os livros trazem protagonistas fictícios convivendo com personagens que realmente existiram. Esses protagonistas são garotos adolescentes que enfrentam grandes desafios e amadurecem rapidamente, sempre depois de algum incidente que os joga em uma nova vida.

No entanto, não é nada disso que faz John Boyne um dos melhores escritores dos últimos tempos. A magia de seus livros resumisse a uma única palavra, da qual ele entende muito bem – narrativa. Boyne sabe narrar como ninguém. Sua narração é contagiante, envolvente e suave. A descrição dos personagens, suas emoções e seus movimentos é sempre feita de maneira única, como nenhum outro escritor que já li conseguiu fazer. Leva o leitor pela história e, falando sempre em primeira pessoa, o conduz junto com o protagonista. A leitura corre tão fácil que é difícil largar o livro e, no meu caso, torna-se normal atravessar noites adentro vencendo o sono e o cansaço em busca dos próximos acontecimentos.

Tudo isso eu já havia percebido nos dois primeiros livros de Boyne. O diferencial de “O Palácio de Inverno” é que a narração acontece divida em duas fases. Primeiro vemos o jovem Geórgui em sua adolescência, deixando sua origem para torna-se guarda imperial da família real russa no começo do século XX. Na segunda narrativa, a vida do mesmo personagem é mostrada, mas agora com ele já adulto, em uma cronologia decrescente. Ele está com oitenta anos, mas cada próximo capítulo mostra o que aconteceu nas décadas anteriores. Dessa forma, temos uma narrativa duplicada sobre a mesma história, que acabam se encontram no final do livro, em um desfecho surpreendente – em todo o sentido real da palavra. Esse final me deixou boquiaberto e sem entender como não percebi o óbvio antes. Essa forma de narração funciona muito bem, e nos faz curioso enquanto acompanhamos momentos tão distantes da vida de um mesmo personagem, tentando descobrir como as coisas se tornaram como se tornaram e tentando entender a ligação de certos pontos em si.

Acredito que não é necessário abordar muito da trama aqui. Basta dizer que Boyne tornou um romance histórico – que geralmente são chatos – em algo extremamente leve e divertido. Prepare-se para viver os palácios russos dos tempos imperiais. Há romance no livro – e daqueles em que o amor é impossível. O final, contudo, é o melhor da obra. Os personagens vão mesmo continuar na cabeça do leitor após a última página.

Nas minhas resenhas, eu costumo apontar os pontos fracos até mesmo daqueles livros que gostei. Não é algo que consiga fazer com “O Palácio de Inverno”, simplesmente porque não consigo encontrar qualquer um que seja. A trama é interessante, os personagens bem construídos, a narrativa é excelente, a linguagem é culta e a tradução para o português é bem feita. Se há livros que conseguem beirar a perfeição, eu, como leitor, apontaria os de John Boyne.

Recomendo esse livro a todos, mas principalmente a quem aprecia uma literatura bem construída. Para quem é escritor, John Boyne é uma excelente aula. Ler seus livros atentamente – sempre com atenção na forma como ele escreve – será uma ótima oportunidade de aprender com um mestre.
Erika 16/02/2011minha estante
Perfeita sua resenha! Você sintetizou bem o livro e revelou com precisão sua "fórmula mágica", ou seja, a narrativa extremamente bem construída. Também amei a obra e concordo em gênero, número e grau com suas observações. Parabéns!


Tai 26/03/2011minha estante
Resenha muito bem construída! Assim como você, amei o livro e não consegui achar um defeito sequer enquanto o lia. Ele se tornou, imediatamente, o meu preferido. A diferença entre nós foi que eu consegui ver o "óbvio" revelado no final.
Parabéns pela ótima resenha!


cotonho72 06/08/2011minha estante
concordo plenamente com vc e gostei da resenha..ainda ñ li,mas logo irei ler...@cotonho72..abçs


Camila 10/08/2011minha estante
Interessantíssima resenha, porém discordo desse "final surpreendente" que você cita. O que me fascinou na história foi a curiosidade que o livro me despertou para saber a sequência dos acontecimentos; porém o que acontece no fim, que na verdade é a explicação de todo o começo, já é explicitado em diversas pistas. Entretanto, o fim iminente da personagem Zoia, já previsto no primeiro capítulo, me emocionou. E isso que achei fantástico; já sabia que isso ocorreria, mas era algo indiferente, até que após passar pela leitura do livro na íntegra, pude compreender como um simples casal pôde resguardar tanta histórias incríveis. O livro é, de fato, fascinante: não por seu final, não por seu começo. Pelo início ao fim.


Flávia 06/03/2012minha estante
Lodir, parabéns!! Foi exatamente essa impressão que tive ao terminar o livro. Só pensava em como deslumbrante era a narrativa. Só não concordo com a "surpresa" porque já vinha desconfiando, mas isso não tirou de forma alguma a magia da história!


Vanda 27/09/2015minha estante
Comecei a ler e estou adorando. A narrativa é sensacional!


Gomor 15/07/2020minha estante
Sou mt fã de John Boyne! Só falta esse pra completar a leitura da coleção do autor.


Desativado5 30/06/2021minha estante
Esse livro é muito bom, você conseguiu descrever perfeitamente a magia que ele trasmite. John Boyne é um autor incrível ?




Douglas P Da Silva 03/01/2011

Uma verdadeira obra-prima !
Sempre que lemos um livro que nos surpreende, que ficamos com ele “ecoando” em nossas cabeças por dias a fio, passamos a viver uma espécie de ansiedade pela leitura Uma ansiedade, de grande expectativa. O Palácio de Inverno, uma leitura extremamente prazerosa, bela, cativante e tocante, uma verdadeira obra-prima da literatura mundial.
Léia Viana 22/01/2011minha estante
Este foi o primeiro livro que eu li do John Boyne, e, este escritor me conquistou. Eu estou até agora com a história, e as emoções que os personagens que transmitiram, "ecoando" dentro de mim.


Lima Neto 03/03/2011minha estante
tive a mesma impressão que você, quando li "Palácio de Inverno". achei o melhor livro de John Boyne, pois é um livro mais amadurecido do que os anteriores e extremamente terno, delicado e tocante. uma história de amor belíssima que, em momento algum, pende para o pieguismo ou melodrama. enfim, um livro com "L" maiúsculo.


Roseli Camargo 22/11/2011minha estante
Nossa .... pensei que estava louca..... o inicio de sua resenha é uma parte da resenha do Lima Neto rs


Silvia 22/05/2012minha estante
Nossa tudo de bom mesmo, amo este autor.




jota 02/02/2016

O último czar...
O que me levou a ler O Palácio de Inverno foi a capa do livro e o fato de que gostei bastante de outra obra de John Boyne, O Garoto no Convés. Talvez seu melhor livro, embora o mais conhecido dele seja mesmo O Menino do Pijama Listrado (este não li).

O livro começa bem e vai bem quando somos transportados para a Rússia de antes e de pouco depois da revolução de 1917, movimento que derrubou o czarismo e implantou o socialismo no país. Está em cena um adolescente, Geórgiu, o protagonista que vai contracenar com personagens reais da história russa num de seus episódios mais importantes, já explorado não apenas pela literatura, também pelo cinema.

A narrativa já não é tão interessante assim quando a ação se desloca para Paris e Londres. A capital inglesa, em 1981, é o ponto de partida e de chegada do livro. Mas a história vai e vem no tempo, entre São Petersburgo e as duas capitais europeias.

O palácio de inverno do título é onde vivia (em São Petersburgo) a família Romanov, que foi depois fuzilada pelos revolucionários em Ecaterimburgo, em 1918. Há uma lenda de que um membro da família real russa tenha sobrevivido à execução e Boyne se vale dela para construir seu romance, um tanto longo (456 páginas).

Boyne faz literatura de entretenimento e com este livro entrega um produto que agrada plenamente os leitores que apreciam esse tipo de leitura. Mas que me pareceu uma obra um tanto exagerada em sentimentalismo e sem todas as qualidades de O Garoto no Convés. Provavelmente encerro aqui minhas leituras desse autor.

Lido entre 24/01 e 01/02/2016. Minha nota: 3,5.
cid 02/02/2016minha estante
Interessante resenha.Muitas vezes acredito que o skoob deveria permitir notas intermediárias, porque a maioria dos livros que leio fica entre 3 e 4.


jota 02/02/2016minha estante
Pois é, Cid. Eu também acho que deveria haver 3 estrelas e meia, quatro estrelas e meia etc.,Seria mais confortável emitir julgamentos desse modo.


Rosa 03/02/2016minha estante
Jota (xará) dou minhas sinceras recomendações quanto O Menino do Pijama Listrado. De certo o oposto da sua última leitura, é curto, coisa de um dia e já se findou. É uma história singela, onde a amizade e infância contrastam com a magnitude e ruínas de uma guerra. Da mesmo forma aclamo a releitura cinematográfica. Desejo boas leituras, parabéns pela resenha.


jota 03/02/2016minha estante
Olá, G. Eu vi o filme, bastante comovente, por sinal. Mas acho que por ora vou dar um tempo (muito tempo, na verdade) para os livros de John Boyne.




Fanny 13/11/2010

Uma obra prima!!!
Para ler mais resenha como essa acesse: www.orestaurantedofim.blogspot.com

O livro conta a história de Geórgui Jachmenev, um homem de idade avançada e que nos últimos dias de vida de sua esposa começa a relembrar a sua vida. Ele narra alguns fatos da sua infância, mas a grande história da sua vida começa com um acidente. Em uma uma aldeia pobre e esquececida na Rússia de 1914 (época da 1° guerra mundial), ele sem querer salva a vida do primo de Czar ao tentar evitar que o seu amigo de infância faça a loucura de atirar no grão-duque Nicolau, O Alto.

Depois desse ato, que resulta no morte de seu amigo, ele é levado para São Petesburgo e começa a trabalhar como guarda-costa de Alexei, o filho mais novo e único homem do Czar. Lá ele conhecerá, o amor e todas as consequências que isso trás.



Eu não tenho palavras para descrever esse livro. Honestamente. Tudo o que eu falar multipleque por 3x, porque eu não sou capaz de transmitir a grandeza desse livro.

Primeiro, assim como os outros livros do autor John Boyne ( o menino do pijama listrado), ele foca em um período histórico e coloca um personagem fictício no meio de tudo, criando uma nova história, mas nesse livro ele faz isso tão maravilhosamente que você quase deseja que isso seja verdade.

É muito comum analisarmos a história e tirar conclusões apartir do que lemos ou nós foram falados. Sempre vemos os grandes tiranos como pessoas totalmente sem corações. Mas nesse, o último Czar da Rússia, Nicolau II é retratado primeiramente como um humano, um humano tocado por Deus, como era considerado os Czares na Rússia, mas ainda assim um pessoa de carne e osso.

Geórgui é um homem de bom coração, mas ele apresenta os seus defeitos e as suas grandes falhas ao longo da história, seja comprometendo o seu corpo ou algum ente querido. E não só Geórgui, como também todos os personagens envolvidos. Ninguém é 100% santo.

Para quem conhece um pouco a história do último Czar da Rússia e o destino da sua família os Romanov, vai conseguir ver as referências bem no começo, mas para quem não conhece nada, não procure, não ainda. Você terá uma viagem muito maior e mais pura.

E não se preocupe porque vai ser impossível você terminar de ler esse livro sem se sentir impelida a ler alguma coisa sobre o período. Ou sem ter colocado (assim como eu) São Petesburgo na sua lista de "lugares para se ver, antes de morrer".

O livro de Boyne é uma obra-prima, e afirmo isso como toda a minha força, que é um dos melhores livros que já li na vida, porque mesmo hoje, alguns dias após ter lido o livro, sinto as emoções dos personagens ao pensar na história, ao fazer a resenha.

Simplesmente maravilhoso, fico grata de ter escolhido esse livro, para que ele pudesse autografar durante a Bienal, porque agora tenho dois motivos para ter orgulho dessa obra.

Bravo!
cotonho72 06/08/2011minha estante
Li os outros dois e estou louco p/ ler este..gostei da resenha..abçs;;@cotonho72


Manuella_3 22/08/2012minha estante
Adorei sua resenha e agora estou louca pra ler o livro. Parabéns.




Lima Neto 05/09/2010

Sempre que lemos um livro que nos surpreende, que ficamos com ele “ecoando” em nossas cabeças por dias a fio, passamos a viver uma espécie de ansiedade pela leitura do seguinte do mesmo autor. Uma ansiedade, mescla de grande expectativa com um certo temor. Temor porque, caso o livro (o segundo) não nos agrade tanto quanto o primeiro, ficaremos com um gosto de frustração na boca, gosto este que vai acabar até “amargando” o sabor do primeiro livro. Por outro lado, a expectativa é tamanha que acabamos não resistindo e mergulhando na história daquele segundo livro. Às vezes gostamos, outras vezes não; às vezes a expectativa é superada, em outras ficamos frustrados, mas, de maneira geral, usamos, nesses casos, duas expressões: “é tão bom quanto o primeiro” ou simplesmente “é bom, sem dúvida, mas o primeiro é melhor”. É difícil se falar que o segundo é melhor. Lógico que há muitos casos em que o segundo supera em diversos aspectos o primeiro, mas, sempre, o primeiro livro se torna o “parâmetro”. E quando se chega um terceiro livro? Nossa, aí nós, leitores, ficamos em polvorosa! Será que ele é tão bom quanto o primeiro? Será que ele supera o segundo? Será que o autor segue mais a linha do primeiro ou do segundo? Será que vale a pena lê-lo, já que já li dois livros desse mesmo autor? Entre outros questionamentos que costumamos nos fazer ante tal situação.
Com John Boyne, comigo, aconteceu a mesma coisa. Li O Menino do Pijama Listrado e adorei. Achei-o um livro belíssimo, de rara sensibilidade, um livro para amantes de livros, de literatura, que não leem só por ler, que entram na história e a vivem da primeira à última página. Com o lançamento do segundo livro do autor, O garoto no convés, vivi os dilemas e expectativa do “segundo livro”. Gostei muito do segundo, sem dúvida. Vi as semelhanças da delicadeza da escrita, vi um roteiro melhor trabalhado, mais personagens, mais situações, uma história mais longa, etc, etc e etc. mas, mesmo com isso tudo, o primeiro ainda tornou-se a minha referência tratando-se de John Boyne. Agora o autor lança seu terceiro livro no Brasil, O Palácio de Inverno, e eu fiquei algumas horas me perguntando se valeria a pena lê-lo. Eu olhava para o livro, o livro olhava para mim, e eu acabei não resistindo. Fui ler o livro “desarmado”, imaginando que iria encontrar, sem dúvida, uma história bem contada, enfim, um bom livro, talvez melhor que o segundo, mas dificilmente tão magnífico quanto o primeiro. Que grata surpresa descobri naquelas páginas, naquelas palavras, naquela belíssima história! Devorei o livro em poucos dias e estou com a história, com passagens inteiras do livro, com determinados personagens e com um cálido sentimento ainda ecoando em minha cabeça, mesmo após o fim de sua leitura.
O Palácio de Inverno é um livro belíssimo, como eu não lia, já, há algum tempo. Livro delicado, bonito, terno, cativante, bem contato, com lindos personagens e, acima de tudo, que trata, entre outras coisas, do mais nobre e belo dos sentimentos humanos: o amor. Isso mesmo. O livro fala de amor! Tem um pano de fundo histórico muito bem elaborado, possui um roteiro ímpar, com duas histórias, com dois tempos, que são conduzidos de forma magistral de encontro um ao outro, tem personagens reais mesclado com outros tantos fictícios, tão reais quanto os que existiram, mas tem, também, uma linda história de amor. Não uma história de um amor platônico, meloso, impossível, mas sim do sentimento tal como ele é, para ser sonhado e vivido e, principalmente, amado.
O livro narra a história do jovem camponês Geórgui Jachmenev que vive numa remota aldeia no interior da Rússia. Na ocasião da passagem do grão-senhor Nicolau Nicolaievich, pela aldeia, Geórgui impede um atentado à vida do irmão do czar, que seria levado a cabo por seu único amigo, a quem queria como um verdadeiro irmão. Por tal ato de coragem lhe é concedido um lugar de honra na corte do czar Nicolau II, mas, por outro, valeu a vida de seu amigo/irmão, que por sua insensatez é julgado e executado.
De simples mujique, vivendo numa afastada aldeia, Geórgui passa a viver em São Petersburgo, no Palácio de Inverno, uma das residências oficiais do czar. Lá, o menino será encarregado de ser um amigo e guarda-costas pessoal do filho do Nicolau II, Alexei, a quem se destina o trono e lugar de czar da Rússia. A Rússia, no entanto, nesse período, está passando por um longo período de conflitos externos e algum descontentamento dentro do próprio país.
Acompanhamos, em O Palácio de Inverno, não só a vida de Geórgui Jachmenev e sua adoração por Anastácia, filha do Czar, e seu amor incondicional por Zoia, mas parte da história da Rússia do período da Primeira Guerra Mundial e da Revolução Bolchevique, além de diversos outros acontecimentos da história do sec. XX. História e ficção, personagens reais e fictícios se misturam em O Palácio de Inverno, uma leitura extremamente prazerosa, bela, cativante e tocante, uma verdadeira obra-prima da literatura mundial.
Manoela 15/09/2010minha estante
adorei sua resenha *-* tou com o livro aqui e superansiosa para ler! mas ao contrário de você, adorei o segundo livro do Boyne. talvez por ter visto o filme antes tenha tirado um pouco a mágica do livro e aí 'O garoto no convés' tenha sido pra mim magnífico. daqui a alguns anos, Boyne vira um clássico como os de hoje, e ele é digno, com certeza.


dai_araujo 14/02/2011minha estante
Entrou na minha lista de leitura para 2011!


vivi abreu 18/02/2013minha estante
Também gostei muito desse livro, além de uma bela historia de amor, um livro totalmente histórico, aprendi muito sobre a tirania Russia. Recomendo.




Mateus 25/05/2013

Cada autor tem uma característica que o define, única e incomparável, que o faz diferente de todos os outros. Seja seu modo de escrever, o lugar onde se passam suas histórias ou o quão incríveis são seus personagens, cada um tem um diferencial. John Boyne, sem qualquer dúvida, é o mestre do romance histórico. Juntando ficção e realidade, seus livros são escritos de um jeito que nenhum outro autor consegue fazer igual, narrando grandes períodos da história antiga, e também da história contemporânea.

Em O Menino do Pijama Listrado, vemos a Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial. O Garoto do Convés narra o motim ocorrido no navio inglês HSM Bounty no século XVIII. E em seu mais novo lançamento, O Palácio de Inverno, presenciamos e vivemos cada ação da família imperial russa durante a Revolução do país. São livros que misturam personagens reais com personagens fictícios, numa mescla atraente que deixa qualquer leitor vidrado o tempo todo.

O Palácio de Inverno conta a história de Geórgui Jachmenev, um garoto de 16 anos que muda totalmente o rumo de sua vida depois de evitar o assassinato do primo do czar Nicolau II. Após esse ato tão heróico, é convidado a morar no Palácio de Inverno e ser o guarda-costas do czaréviche Alexei Romanov, herdeiro do trono russo. Entre idas e vindas no tempo, vamos conhecendo, nos deliciando e emocionando cada vez mais com sua narrativa.

Se alguém está a procura de uma história com mistério, suspense, drama e bastante aventura, esse é o livro certo. Cada página é um banquete de sentimentos, que me deixaram fascinado o tempo todo e vidrado em seus acontecimentos. Os capítulos tinham uma grande porção de mistério, o que me deixou extremamente curioso e com vontade de acabar logo o livro. Um único ponto negativo é que os capítulos acabam de repente em acontecimentos bastante enigmáticos, e demora algum tempo para sabermos o que havia acontecido. Mas não é algo que atrapalha a leitura, e sim, aumenta ainda mais o mistério do livro.

Acredito que o que mais gosto nos livros que leio são suas capacidades de mexer comigo e com meus sentimentos. O Palácio de Inverno é desses que nos tocam profundamente, e ficamos um bom tempo refletindo sobre o livro. Geórgui, Anastácia, Zoia, Nicolau II e até mesmo Padre Grigori, são personagens eternos e que dificilmente irei esquecer. E o melhor de tudo é que à medida que fui lendo, fui pesquisando sobre a família Romanov, o palácio de Inverno, a Revolução Russa, e todos os acontecimentos implicados, tornando a leitura ainda mais agradável.

Contando também com um desfile de grandes personagens históricas, como Rasputin, Winston Churchill, uma amiga de Charles Chaplin, Félix Yusupov, e obviamente, o czar Nicolau II e sua família, o livro traz uma história para ninguém colocar defeito. É um dos melhores livros que li na vida, e com certeza será lembrado por mim para sempre. Se está preparado, embarque no trem russo que irá te levar à uma das aventuras mais extraordinárias já escritas.
Luh Costa 18/11/2010minha estante
Só li O Menino do Pijama Listrado dele mas fiquei curiosissima para ler O Palácio de Inverso.
Suas resenhas são maravilhosas!Vc escreve super bem quem me dera ter esse dom.


Milla 22/11/2010minha estante
Já li todos os livros de Boyne e não me arrependo de nenhum, na verdade , os 3 livros dele se tornaram meus preferidos acima de qualquer um.


Frannie Black 24/11/2010minha estante
Qro mtooo ler!!! Ainda mais depois de ler tua resenha.




cris.leal 01/02/2019

Bela ficção histórica...
Geórgui Danielovitch Jachmenev é um camponês russo de 16 anos, que impediu um atentado contra a vida de um parente do czar Nicolau II. Tal gesto heroico propiciou a sua nomeação como guarda-costas de Alexei Romanov, destinado a ser o próximo czar. Assim, Geórgui deixa a vila miserável onde vivia e vai para São Petersburgo morar no Palácio de Inverno, uma das residências oficiais dos Romanov.

O livro começa em Londres, em 1981, quando o bibliotecário aposentado Geórgui Jachmenev revisa sua vida enquanto sua adorada esposa Zoia está morrendo em uma cama de hospital. Através das lembranças de Geórgui, ficamos sabendo que os Romanov foram mortos em 1918, depois que a Revolução Bolchevique acabou com o Estado Czarista. Buscando sobreviver, Geórgui e a namorada Zoia fugiram para Paris, onde se casaram, e depois se dirigiram para Londres onde se estabeleceram. As lembranças dos mais de 60 anos de vida em comum, mostram que o casal viveu uma grande aventura e que Geórgui não mediu esforços para proteger o seu grande amor.

John Boyne usa mais uma vez o seu dom para contar uma bonita história de amor. Ele misturou fatos e personagens históricos do século XX com os seus personagens fictícios e o resultado foi uma bela ficção histórica que, como muitas outras, baseou-se no famoso mito da sobrevivência de um dos Romanov. Apesar da improbabilidade do enredo, "O Palácio de Inverno" é uma leitura muito satisfatória.

site: https://www.newsdacris.com.br/2019/02/resenha-o-palacio-de-inverno-de-john.html
Nathane2 18/11/2021minha estante
Gosto muito quando vou procurar um livro e tem resenha sua, Cris!!!! Adorei, já coloquei na minha lista. Estou procurando livros desse gênero.


cris.leal 19/11/2021minha estante
Boa leitura, Nathy! Como foi bom ler o q vc escreveu, no momento em q estou passando por uma baita ressaca literária! As leituras estão paralisadas... Não vejo a hora de voltar aos livros e resenhar. ?


Nathane2 19/11/2021minha estante
Volte logo!! Um grande abraço. ?




Sha 20/12/2023

Geórgui é um simples mujique, que viveu durante a dinastia Romanov e encontrou sua ascensão após um ato heróico. Geórgui salva a vida do primo e braço direito de Nicolau II e, assim, passa a conviver junto com a família Romanov em São Petersburgo, como guardião leal do único filho do Czar Nicolau. Os capítulos são alternados entre a época da dinastia vivida por Geórgui e os 60 anos seguintes de sua vida. O enredo é muito envolvente, a escrita é rica em detalhes, com ótimos diálogos e é muito viciante! Me vi obcecada pela história e li 200 páginas em um dia! O personagem protagonista é encantador, cheio de características dignas de um herói. Geórgui se destaca muito pela sua lealdade e racionalidade e, também, pela forma como sempre foi apaixonado por Anastácia! ??
Joy 04/01/2024minha estante
Esse livro contém cenas de sexo (tipo os livros de Ken Follett) ou é mais de boa?


Sha 05/01/2024minha estante
Não contém, é um livro bem tranquilo. O mais próximo que chega de falar alguma coisa sobre sexo é quando menciona Rasputin.


Joy 05/01/2024minha estante
Obg, Sha :)




Luan 07/06/2019

Sem medo de dizer: temos o melhor livro de John Boyne
Um livro bom, ruim ou mediano é uma classificação que varia de leitor para leitor. O que agrada um, não agrada o outro. É natural. E fica a cargo de cada leitor analisar o que considerou bom ou ruim dentro daquela obra. Normalmente, algumas coisas funcionam, outras não, gerando um meio termo. No caso de O palácio de inverno, de John Boyne, é daqueles raros livros que, para mim, praticamente tudo funcionou e, por isso, se tornou um dos meus favoritos da vida.

A obra conta a história de Geórgui Jachmenev, um rapaz que, aos dezesseis anos, impediu um atentado contra a vida do grão-duque Nicolau Nicolaievitch, irmão do czar Nicolau II, que, agradecido, nomeou Geórgui o guarda-costas oficial de seu filho Alexei, destinado a ser o próximo czar. A vida do rapaz mudou drasticamente. E nas várias páginas do livro o leitor vai conhecer a história dele, da família dele, da família do czar e o que o futuro reservou a este personagem tão simpático e ao grande amor da sua vida.

Narrado em dois tempos, o livro vai ao passado e ao futuro de um jeito diferente. Os capítulos são intercalados entre a narração da história do protagonista ainda jovem e já velho. Nos blocos da juventude, nos deparamos com tudo que cerca a mente de um rapaz dessa idade e de como é enfrentar uma mudança tão drástica na vida. Já nos capítulos em que está idoso, há um retorno regressivo no tempo, isto é, a cada capítulo, voltamos vários anos até que, no fim as duas narrativas – jovem e velha – se cruzam.

O livro não é um suspense ou mistério. Mas há várias coisas postas que carecem de explicações e fazem o leitor criar diversas teorias. Este é um dos combustíveis para quem lê querer devorar as páginas. É interessante e convidativo para o leitor descobrir o que levou o protagonista a chegar naquele ponto em que ele narra já idoso. Saber quem são determinados personagens. Que fatos são aqueles muitas vezes obscuros na narrativa. Este é um dos grandes acertos.

Mas esta é uma obra não apenas narrando a jornada do protagonista. É um livro sobre diversas reflexões. É, principalmente, sobre mudanças e como, muitas vezes, somos nós mesmos que decidimos o nosso futuro. E como, às vezes, deixar o passado, mas nunca de forma ingrata, é preciso para que posamos andar rumo ao futuro. E mais do que isso, é refletir sobre como aproveitar a vida e as oportunidades que temos ao longo da nossa trajetória - ele me deixou muito pensativo em sobre como envelhecer e como aproveitar a juventude.

Misturando ficção com fatos históricos, o livro é certeiro em ensinar sobre a história da Rússia mesclando com personagens interessantes. E este é um dos quesitos que mais se destacam no livro. John Boyne poucas vezes criou personagens tão bons. Veja, não estou dizendo que nos demais livros, eles não são boas criações. Mas, neste ele elevou o nível. Vilão ou não vilão, importante ou menos importante, todos os personagens são carismáticos de alguma forma e conseguem atrair a atenção do leitor.

O desenvolvimento bem-feito, a história bem pensada e a cadência com que o autor narra essa aventura casaram perfeitamente. Não há perda de ritmo, com momentos lentos ou enfadonhos. Hã sempre algo acontecendo que chama a atenção de quem lê. Soma-se a isso a escrita de Boyne, que está pontual. É, ao lado de O pacifista, o livro com a melhor escrita do autor – entre os que eu li, é claro. Há um ou outro problema, muito pouco perto da grandiosidade da obra. Achei que em alguns momentos ele poderia ter explorado mais algumas situações chave, principalmente na parte final.

São infinitas coisas que eu tenho para falar sobre O palácio de inverno. Ele me conquistou de cara e o encanto só foi crescendo, sendo corado com um fim muito bonito, coerente e com respostas que agradaram. Teria muitas coisas para falar ainda, mas ao mesmo, não sei como expor essas palavras. De todo jeito, o que deixo é a certeza de que este não é só o melhor livro de Boyne, como também, de mansinho, foi se transformando um dos melhores da vida. Obrigado por essa história tão singular e poderosa, John Boyce.
Mateus 10/06/2019minha estante
Ótima resenha! Também acho um dos melhores do Boyne, apesar de O Garoto no Convés ser meu favorito.


Luan 10/06/2019minha estante
Eu já não gosto tanto de O garoto no convés. Acho lento em algumas partes. Mas é bom com ctz.




Lu 21/04/2016

Há apenas dois dias, quando comecei a ler "A Canção da Espada", de Bernard Cornwell, que eu senti que estava livre da ressaca literária causada pelo Palácio de Inverno. Apesar de fazer duas semanas desde que o terminei, eu ainda me sentia presa às suas páginas e aos seus personagens, tornando, por incrível que pareça, extremamente difícil escrever sobre ele. E há tanto a dizer, que as palavras tem me faltado. Talvez porque faça muito tempo desde que li um livro tão marcante. Puxando pela memória agora, acho que o último livro que me deixou assim foi "Marina", de Carloz Ruiz Zafón.

Vamos começar, portanto, pela história. Para mim, foi uma oportunidade de ler algo sobre a Rússia. Eu me dei conta de que nunca tinha lido nenhum livro que se passasse na Rússia e , desde que assisti à linda adaptação de Guerra e Paz, eu andava louca para ler algo sobre os russos. Foi muito interessante a visão do autor sobre os Romanov, a vida no castelo... e Rasputin. O padre é, sem dúvida, um capítulo à parte. E é impressionante que cada faceta sua é mais horripilante que a outra.

O livro já seria muito bom, se ele fosse apenas sobre a vida de Geórgui no Palácio, mas ele vai além: indo e voltando ao passado. É engraçado como certos pedaços da história, especialmente os que se passam durante a Segunda Guerra, me fizeram lembrar muito de Liesel, de "A Menina que Roubava Livros" e até mesmo alguns livros de Agatha Christie que se passam nesse período. É curiosa, essa sensação de nostalgia.

Esse sentimento é reforçada, em grande parte, por conta da bela narrativa de Boyne. O contraste entre a voz do presente e a voz do passado e como, pouco a pouco, elas vão se unindo, foi uma ideia sensacional. Poucas vezes vi uma narrativa desempenhar um papel tão essencial na construção de um personagem.

Falando neles, são todos ótimos. Mas os meus favoritos foram, com certeza, os Romanov. Talvez seja pela curiosidade que eu tenho sobre reis e rainhas, de modo geral. Não sei até que ponto a construção de Boyne é realista, mas foi muito legal saber um pouco mais sobre eles.

Eu poderia escrever mais uns três ou quatro parágrafos sobre tudo o que gostei no livro e tenho certeza de que deixei passar algum detalhe importante. Mas não quero correr o risco de estragar alguma surpresa. Quero apenas lhe dizer isso: leia "O Palácio de Inverno". Você não vai se arrepender.

Recomendado!
Joice (Jojo) 21/04/2016minha estante
Bom saber. Ótima dica.


Cris 19/02/2017minha estante
Já quero ler!




Jadna 29/10/2014

O Pallácio de Inverno - John Boyne

Me apaixonei pelo tema do livro porque como já conhecia o John Boyne de O Menino do Pijama Listrado e adoro a Rússia,logo me animei e imaginei uma história bem dramática com um fundo histórico muito bem contando. Mas o que tinha tudo pra dá certo,desabou do meio pro final.

Primeiramente,algumas atitudes do Georgui me desagradaram muito.Fui tentando entender que ele era um personagem imaturo e que ia crescer ao longo da história,mas isso não acontece.Logo surge [SPOILER] o romance com a Anastacia que na minha opinião foi totalmente infundado. Talvez por a narrativa não ser linear ou simplesmente por estar mal encaixado,achei que o sentimento dos dois surgiu do nada,e naquela intensidade era ainda mais irreal.

Sem contar que as coisas aconteciam com o Gueorgui numa facilidade também inacreditável.Desde ele ser amado por toda a família real,até chamar atenção do próprio Rasputin.Fiquei com a impressão que a trama se encaminhava pra certos desfechos só pra poder encaixar com os fatos históricos e isso (pra mim) ficou explícito em toda a relação do Georgui com a Anastacia.

Jeze 08/12/2014minha estante
[SPOILER] Romances de adoslecentes surgem mesmo do nada, e isso é algo sem explicação, quem se apaixonou sabe. E rasputin se sentia atraido por outros jovens da idade dele tbm, vide Serguei.


Jadna 09/12/2014minha estante
Eu sei,só achei estranho eles terem se conhecido num dia e no outro já saírem se beijando e dizendo que se amavam,sei que isso acontece,mas no contexto em que eles tavam inseridos (tanto religioso,quanto histórico e familiar) acho que não era uma coisa muito normal.Ainda mais porque autor não descreve muito bem essa parte da história.




Fe Sartori 30/01/2011

Fazia muito tempo que eu não lia um livro tão agradavél!!
Gostoso de ler, interessante, com um pouco de tudo o que um bom livro deveria ter: Romance, suspense e de bônus uma boa lição de história e cultura..(porque eu adoro quando ambos se misturam).

O livro mistura partes do passado e presente mas sem ficar confuso.
E o amor entre os personagens, é humano porque mostra que mesmo quando temos ao nosso lado o amor da nossa vida, podemos e vamos passar por situações difícies, vamos perder, ganhar mas que no final tudo se compensa.

Adorava quando O Geórgui falava do seu trabalho na biblioteca e dizia GeorguieZoia.Fofo!

Foi meu primeiro livro do John Boyne e vale muito a pena com certeza!

" Tinha acordado de um sonho intenso e colorido, daquele tipo que a gente quer guardar na memória para pensar nele mais tarde, mas que se desfaz e se dissolve silenciosamente, como açucar na água..."
Evy 30/01/2011minha estante
Que linda resenha Fer!
Fiquei morrendo de vontade de ler agora!! ;P
Bjãoo


Léia Viana 31/01/2011minha estante
Foi o primeiro livro que eu li de John Boyne, fiquei fascinada por sua narrativa e pela maneria cronologica de passagem de tempo.
Achei interessante a história dos Romanov, a única coisa pela qual eu me recordava era de domingo sangrento, nem tanto pelas aulas de história, mas sim por causa do U2, que nunca me deixou esquecer.


Erika 18/07/2011minha estante
Fer, adorei sua resenha, ficou muito bonita!
Eu amo esse livro. Dos três títulos que li de John Boyne, é meu favorito. Realmente, ele estava muito inspirado quando escreveu essa obra.




Jeze 08/12/2014

Esplendoroso
Foi tudo tão real que as vezes esquecia que era um livro. Preciso pensar e ver se encontro algum livro que eu li e que foi melhor que esse.
Márcia Naur 15/01/2016minha estante
Leia A Casa Assombrada também do Boyne. Vai adorar.




Babi 15/04/2012

O Palácio de Inverno - http://tintapink.blogspot.com.br/
O Palácio de Inverno é contado em primeira pessoa pelo ponto de vista de Geórgui Danielovicht Jachmenev , ele, aos 80 anos de idade e com sua amada esposa, Zoia, hospitalizada, recorda aleatoriamente os acontecimentos que mudaram sua vida, do momento em que salvara o grão-duque Nicolau Nicolaievitch, irmão do czar, até o momento em que conhecera o seu grande amor. Entre passado e presente, John Boyne cria um enredo complexo, completo e com uma força emocional que arrebatará o leitor em suas primeiras páginas.

Nunca havia lido nada de John Boyne, autor de O Menino do Pijama Listrado, e sem sombra de dúvidas essa foi uma das melhores experiências literárias que eu já tive, lerei outros livros do autor muito em breve.

Imagine uma torrente de emoções, todas elas, passando por você, tudo misturado. É o que este livro me causou, muitas emoções e reações misturadas, suspiros, eletricidade, reviravoltas, algumas delas até muito previsíveis.

Geórgui é um homem tão bondoso, tão doce que me fez, em muitas ocasiões, suspirar. Sua lealdade ao Czar me fez amá-lo. Ele poderia, e tinha tudo para, ter se revoltado, mas permaneceu firme com suas crenças intactas. Seu amor inabalável, sua gentileza e bondade para com as pessoas... Mesmo errando, sendo egoísta em algumas situações, ele sempre foi um homem correto, ao meu ver.

"(..) há momentos em que eu invejo a sua juventude, mas tento não pensar muito. Um ancião não deve ter inveja de quem vem para ocupar seu lugar, e recordar o tempo quando eu era jovem, saudável e viril é um ato de masoquismo que é inútil. "

O aspecto mais interessante sobre a obra de Boyne é a mistura ficção + eventos históricos, o autor escreve como se tudo fosse verídico, o que dá margem para várias teorias. Fazendo uma pesquisa básica descobri onde o autor tomou partida para escrever sua história, mas não posso contar. Me encantou a mistura de ficção com realidade, foi maravilhoso conhecer mais sobre os Romanov, o Palácio de Inverno, saber mais sobre a situação econômica do povo na época e a guerra, me deu muito em que pensar.

Se você procura um romance que arrebatará até os corações mais gélidos, se você procura uma trama histórica de tirar o fôlego a cada capítulo, se é um aficionado (ou não) pela história russa, não pode deixar de ler este livro.

http://tintapink.blogspot.com.br/2012/03/resenha-o-palacio-de-inverno-john-boyne.html
Silvia 22/05/2012minha estante
lindo mesmo este livro :-)




Diná 13/07/2014

O Palácio de Inverno: mais um motivo para gostar do John Boyne
Esse autor já entrou na minha categoria "muito bom" - como diria Hazel Grace, leria até a lista de compras dele. Esse é mais um romance de John Boyne com um fundo histórico; porém não é voltado ao público infantil como O Menino do Pijama Listrado (que não minha opinião é um dos melhores que já vi, capaz de tratar um tema super tenso de uma maneira leve, como uma fábula).
Aqui temos a história de um jovem russo, Geórgui Jachmenev; acompanhamos a história dele em dois momentos, sua juventude na Rússia czarista e sua velhice em Londres, ao lado de sua esposa Zóia. É interessante como essas duas linhas narrativas se encontram, pois Jachmenev idoso (com Zóia a beira da morte) vai se rocordando de fatos cada vez mais antigos, enquanto que a narrativa de sua juventude se estende cada vez mais em direção ao presente - quando elas se cruzam, temos a solução de um mistério dentro da narrativa.
Jachmenev, quando jovem, vivia em aldeia muito pequena na Rússia. Filho de pais totalmente frios com seus vários filhos, seu amor está voltado para a irmã mais velha descrita como bela, inteligente e ambiciosa; mas com um fim triste (ou não, se considerarmos que a personagem principal perdeu o contato com os parentes quando deixou a Rússia).
Após evitar o assassinato do irmão do czar, o rapaz acaba sendo contatado para trabalhar no palácio, sendo segurança do czaréviche Alexei. Lá ele se maravilha com o luxo da corte, seus hábitos e se apaixona por uma das princesas, Anastácia.
Nessa narrativa (que segue para o tempo presente), há várias tensões: a doença do menino Alexei, a preocupação dos seus pais diante de um filho hemofílico e a responsabilidade que deve (ou deveria) ser lançada sobre ele; além da tensão sobre a Revolução Bolchevique, que todos sentem sua aproximação, mas insistem em viver no mundo fantasioso do palácio, e a Primeira Guerra Mundial.
Claro que há um destaque ao romance proibido de Anastácia e do jovem Geórgui, as reflexões de um jovem ainda puro e pobre diante de uma vida de luxo, oportunidades e desejos.

A outra narrativa se inicia com o mesmo Geórgui se lamentando pela doença de sua esposa Zóia. Ele já está velho, aposentado e vive em Londres, onde ele foi bibliotecário por muitos anos.
Sabemos que ele e Zóia tiveram apenas uma filha, que faleceu de maneira trágica deixando um neto para eles. Em alguns momentos ele comenta sobre a semelhança do garoto com o pai de Zóia.
Nessa linha narrativa, que segue em direção ao passado, vemos que Zóia é uma mulher presa a depressão e com um sentimento de culpa incrível; o que alimenta sua depressão. Um ponto sobre isso é o fato de que, mesmo percebendo que estava com câncer, ela não procura tratamento pois deseja a morte para si.
Aqui acompanhamos, através de recortes, a vida do casal após a morte da filha, as relações com o cunhado, o neto e como eles encaram a juventude; o período sem filhos deles (pois Zóia não conseguia engravidar), a infância da filha... Por fim nos deparamos com o casamento deles em Paris.
Há vários momentos históricos que ligam essa parte da narrativa, mas um dos mais marcantes é a Segunda Guerra Mundial, que acaba expondo os problemas dos ingleses com estrangeiros residentes no país (a xenofobia é um assunto); mas há também as discussões sobre se o povo russo se tornou mais livre com a URSS ou não.

Um ponto positivo é o mistério que gira em torno de o que aconteceu com Anastácia e como Geórgui conheceu Zóia, o autor consegue manter os mistérios e interligar tudo de uma maneira mágica... Há dois capítulos do livro que estão profundamente interligados, que fazem muito sentido quando sabemos a resposta para o mistério.
Um ponto negativo é que, na minha opinião, Boyne podia ter dado mais ênfase aos conflitos relacionados a Revolução Bolchevique. Ele não trabalha o porquê da revolta popular, o que o czar fez de errado para despertar a fúria de seus súditos; em raros momentos ele nos dá pistas ou pinceladas através de pequenos comentários de Geórgui ou de outras personagens da trama.
Também acho que ele trabalha pouco uma questão na obra, a filha de Jachmenev morreu atropelada e ele não consegue perdoar a motorista pelo ocorrido - apesar dela não ter de fato culpa, pois a jovem havia sido imprudente. O autor monta uma certa tensão em torno do fato, sendo que a mulher chega a ir falar com Geórgui para pedir perdão; você fica esperando algo mais sobre a relação dos dois e... nada! Ele simplesmente não comenta mais nada sobre o assunto.

Meu blog:

site: http://aleitorafantastica.blogspot.com.br/
blond 15/03/2015minha estante
O mistério que você fala a respeito do que aconteceu com a Anastacia e como ele conheceu Zeca, realmente é um mistério, pois o autor não trabalha muito bem essas partes. Há algumas partes do livro que ficam desconexas. Dos livros do John Boyne esse para mim foi uma decepção. Não me empolgou. Apenas relembrar todo o passado do personagem principal para no fim das contas, não ter relação com a narrativa do presente, é frustrante.




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