Temporada de furacões

Temporada de furacões Fernanda Melchor




Resenhas - Temporada de Furacões


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tavim 30/03/2024

Temporada de Furacões, de Fernanda Melchor
Vai-se, com certas vidas, um arrastão de feridas; às suas causas, um só sopro segue a ganhar corpo quando ao toque, no mal ali exposto, revela o pior de todo um povo. é furacão quando se percebe, e dentro dele se vê a si mesmo: um ser cruel na sua sucessão de derivados --- o que destrói é humano, o que morre é humano, o que chora é humano, o que dá vida é humano. nessa narrativa circular de contar as coisas, o sofrimento não tem fim porque é na dor que nasce a humanidade. e, por sorte, se tira dela um naco de amor.

como numa forte corrente de ar, as páginas de temporada de furacões vão te empurrando pra descobrir como acaba uma história que, por certo, já se deduz não ter fim porque a história continua com você; a marca é profunda. não dá pra delimitar até onde pode chegar a literatura se não é possível demarcar também a extremidade da indiferença. talvez por isso a história de fernanda melchor é tão crua e verdadeira, está aqui tão próxima que desfoca a vista e mal compreendemos para o quê estamos olhando.

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Paulo1376 02/03/2024

Este livro me surpreendeu. A realidade violenta, cruel e homofóbica latino-americana manifestada num crime e contada através das várias facetas dos personagens. No início parece muito caótico, porém o enredo é circular e tumultuoso como um furacão. Muito bom. 4.4
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Rodrigo1001 23/02/2024

Furacão categoria 5 (Sem Spoilers)
Título: Temporada de Furacões
Título original: Temporada de Huracanes
Autor: Fernanda Melchor
Editora: Mundaréu
Número de páginas: 216

A escala Saffir-Simpson é usada para dar a estimativa do potencial risco de danos esperados durante a passagem de um furacão. Consiste em uma classificação que vai de 1 a 5, baseada na velocidade máxima sustentada dos ventos.

Na lata, te digo: o livro "Temporada de Furacões" está na categoria 5.

Representa, basicamente, uma devastação total.

Inflamado ao extremo e explorando as irracionalidades por trás de atos desesperados de barbárie pura, ler este livro é como estar preso em um pesadelo onde você perde a noção de tempo e de espaço enquanto ele tece um retrato cruel de um mundo comovente do qual nunca gostaríamos de fazer parte, mas que todos sabemos que existe. Você simplesmente desaparece.

Com agilidade magistral, a história voa através do tempo, das mentes e dos diálogos dos personagens. Esquisito de início, o estilo de leitura pede atenção total e irrestrita, já que não apresenta os sinais de pontuação a que estamos acostumados. O estilo de escrita e a linguagem, na verdade, são tão coléricas e difíceis quanto a história em si, descortinando uma realidade sombria onde não há, absolutamente, nenhum lugar para qualquer resquício de esperança.

Passada a estranheza inicial, o livro se desenvolve em fragmentos. E, embora tenhamos aprendido que o trágico não vem em conta-gotas, aqui tudo vem em fragmentos - não só a tragédia, mas também o entendimento, já que as peças vão se encaixando pouco a pouco.

Enfim, de alertas, fica a nota de que o livro é recheado de palavrões e sordidez em um nível raro de se ver na literatura. Tudo te transporta a uma realidade medonha e repugnante, como uma intensidade sem precedentes. É cansativo, duro em imagens e eventos, e incessantemente soturno. No entanto, tudo isso pareceu intencional e, surpreendentemente, nada gratuito. A prosa da autora é fantástica e o tradutor merece 5 estrelas (deve ter sido extremamente difícil de traduzí-lo e Antônio Xerxenesky fez um trabalho absolutamente excepcional).

Ainda assim, porém, é magistral.

E é magistral porque é importante conhecermos profundamente o mundo em que vivemos, o belo e o feio, para desenvolvermos a empatia pelo próximo.

De tanta feiura, fica a cargo do leitor extrair o belo, mesmo que mascarado por uma densa nuvem de desesperança e puro horror.

Leia com moderação e se prepare bem, pois este livro vai balançar as suas estruturas.

Leva 5 de 5 estrelas.
edu basílio 23/02/2024minha estante
suas resenhas causando terremotos em nós aqui.
algo em torno de dez graus na escala richter. ?


Rodrigo1001 24/02/2024minha estante
Esse livro me chacoalhou tanto, mas tanto, que não havia como dar menos de 5 estrelas. Fui a nocaute, Edu!




Miah.Kan-Po 07/02/2024

Uma escrita brutal...
Finalizei essa leitura com uma montanha-russa de emoções... Que obra poderosa!

Com uma escrita brutal e uma análise social dura, o livro nos transporta para um lugar dominado pela pobreza, superstição, misoginia, preconceito e violência institucional.

A autora retrata de forma assustadora um México sem lei nem esperança, mergulhando-nos em uma realidade sombria e sufocante. A história é contada através de diferentes perspectivas, que se conectam através de um crime brutal que abala toda uma comunidade. Melchor expõe as feridas profundas de uma sociedade doente, revelando a crueldade que permeia cada canto desse mundo corrupto.

A força da escrita de Melchor é algo que não se pode ignorar. Ela utiliza de uma linguagem crua e visceral para retratar as vivências das personagens, fazendo com que o leitor sinta a angústia e a opressão que permeiam o ambiente descrito no livro. Além disso, a autora utiliza de elementos simbólicos e metafóricos, expondo ainda mais as camadas de significado presentes na história.

O estilo narrativo é direto, sem travessões, e confesso que gosto bastante desse estilo; foi uma surpresa enorme para mim, porque poucos leitores abordam o estilo narrativo de uma obra em suas resenhas, então não tem como saber o que iremos encontrar.

É importante ressaltar que essa obra não é uma leitura fácil. Mergulhar nesse México sombrio exige coragem e disposição para encarar as mazelas de uma sociedade que muitas vezes preferimos ignorar. No entanto, é justamente essa crueza que torna 'Temporada de Furacões' uma obra tão impactante. É uma chamada urgente para a reflexão sobre questões sociais e estruturais que ainda nos assolam até hoje.

Talvez você esteja se perguntando: Por que não deu cinco estrelas? Bem, o motivo é simples: a autora faz uso de uma linguagem chula para narrar a vida íntima dos personagens; faz uso de palavras que me incomodam muito em uma leitura. Não inválido a obra por causa desse pormenor, mas com certeza vou demorar muito tempo para ler algo mais da autora.

Recomendo fortemente a leitura desse livro para aqueles que têm interesse em explorar narrativas que confrontam a nossa realidade. Fernanda Melchor nos presenteia com uma análise profunda e incisiva sobre as mazelas da sociedade mexicana, nos fazendo questionar os limites da nossa própria humanidade.
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lacklusterstarchild 31/12/2023

O Verdadeiro Horror de Ser Latino-Americano
O brilhantismo de Fernanda Melchor floresce em meio aos canaviais e o sol impiedoso de La Matosa, pedaço de terra e de gente esquecida pelo resto do mundo, pelos oito capítulos mais atordoantes que já li, um testemunho da desgraça alheia que é nossa, e o que torna esse romace assombração não é a perpétua condenação das mulheres entre si ou as cenas gráficas do fatídico assassinato ou sentir o desfazer dos personagens na palma de nossas mãos pela falta de dinheiro, pela vergonha, pelo ódio, pelas drogas, pela faca, pelo abandono, pelos punhos, pela culpa, pela ostrisização, pelo abuso, pela ignorância mas, o que torna o horror latente, é a compreensão visceral de que por traz (senão pela frente) de toda cidade latino-americana existe La Matosa e que essa desgraça nunca foi alheia, essa desgraça toda é nossa e por traz de toda garganta colonizada guarda um grito igual a voz deste livro: atroz e sanguinária.
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Lurdes 24/12/2023

"Não existe amor em La Matosa."

Temporada de Furacões é uma narrativa crua, com todos os gatilhos presentes: misoginia, homofobia, abuso, violência doméstica, e por aí vai.
Uma escrita, também dura.
Cada capítulo é escrito em um único parágrafo. É isto mesmo. O livro é composto por 8 capítulos, condensados em 8 parágrafos, que podem ter mais de 50 páginas.

E, com tanta dureza, ainda assim é um livro tocante, bom demais.

Não sentimos o peso dos longos parágrafos porque nem temos tempo para pensar nisto (Só me dei conta do detalhe quando já estava no meio do livro, juro).
Somos jogados no olho do furacão e vamos, sem tempo de olhar pra trás, assim como os personagens que vivem na pequena, trágica e fictícia La Matosa, no interior do México, que foi recentemente assolada por um furacão que enterrou 2/3 da pequena população.
Sobre seus mortos a vida vai sendo retomada, novos habitantes chegam e a vida segue.
Até que um dia um corpo já em putrefação é encontrado por alguns meninos.
É o corpo da Bruxa, figura tão misteriosa quanto conhecida no lugar.
Sua mãe já era conhecida como Bruxa, por ser conhecedora de ervas, poções para todos os fins e, embora desprezada e temida, era frequentemente procurada com pedidos de ajuda.
Após sua morte, a menina Bruxa assume seu lugar, pois havia aprendido todos os segredos com sua mãe.
Da Bruxa só conhecemos pelos relatos de terceiros, pois a ela não é dado o espaço de fala. Criada quase como um bicho, sem o carinho de mãe, sem nem um nome, vive ajudando, principalmente as mulheres do local. Dela se diz, ainda, que possui um tesouro escondido, cobiçado por muitos.
Saberemos mais dela, mas não darei spoiler.
Yesenia, Chabela, Luismi, Munra, Brando são alguns dos personagens que iremos conhecer e que estavam direta ou indiretamente ligados à Bruxa. E, claro, Norma, tão frágil e ao mesmo tempo tão forte.
Todos tão desesperançados.
Tão solitários em suas dores.

Um soco no estômago, sem concessões.
Um livraço para estômagos fortes.
Recomendo muito
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Diego Rodrigues 14/11/2023

Vidas despedaçadas
Publicado originalmente em 2017, "Temporada de Furacões" se tornou um fenômeno da literatura mexicana contemporânea e causou certo furor quando saiu por aqui, em 2021. Dotada de uma narrativa cortante e sem fôlego, a obra nos conta a história do vilarejo ficcional de La Matosa e seus habitantes desgraçados. A trama tem início com a descoberta de um cadáver putrefato, boiando às margens de um rio desolado. O corpo pertence à Bruxa, uma figura cercada de misticismo e que frequentemente era alvo do preconceito e da violência do povoado. "Quem teria matado a Bruxa?" Essa seria a pergunta primordial em torno da qual desenvolver o romance, certo? Seria, se essa fosse uma história policial...

Ao longo de oito capítulos vorazes, Fernanda Melchor destrincha a trajetória daqueles que, de uma forma ou de outra, estão ligados ao assassinato. Vidas despedaçadas que se entrelaçam num elo de miséria, dor, ódio e violência. Uma corrente sem fim que não parece nem um pouco disposta a deixar essa terra maldita e que é capaz de perdurar por gerações. Esse é basicamente um livro sobre violações. Violação sexual, de direito, de liberdade, de infância. Violação de tudo quanto é jeito. Violação de vida, acima de tudo.

A narrativa, próxima a um fluxo de consciência, se dá no melhor estilo Saramago - isto é, sem parágrafos. Mas isso não é mero artifício estético. É preciso dar cadência. Mas que cadência se da quando se trata de assassinato estupro vício raiva sangue dor morte preconceito abandono hipocrisia descaso? É uma história que tem urgência em ser contada e que, quando começar a ser, descamba para o desespero. É como forçar alguém a reviver um episódio traumático. A coisa sai, como se quisesse ser expulsa, simplesmente é vomitada. Sai como um furacão.

Latina, é uma obra que, apesar da distância geográfica, conversa muito com o nosso contexto. Basta ligar no noticiário ou até mesmo olhar ao redor para ver dramas parecidos com os relatados aqui. Dramas esses, aliás, inspirados em fatos, como explicado pela própria autora ao fim do livro. É uma leitura que provoca sentimentos complexos e conflituosos. Se por um lado a leitura é repleta de passagens indigestas e dolorosas, por outro é extremamente envolvente e viciante, do tipo que a gente lê uma palavra e fica completamente preso ao livro - muito por conta desse fluxo narrativo. Como pode uma coisa provocar asco (pelo tema) e fascínio (pela forma como é contada) ao mesmo tempo? Enfim, coisas da literatura...

Ah, acho que nem preciso falar dos gatilhos óbvios, que são: todos.
Leitura nem um pouco indicada para leitores mais sensíveis!

site: https://discolivro.blogspot.com/
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bardo 05/08/2023

Já faz algum tempo que quero ler esse Temporada de Furacões da Fernanda Melchor, tempo suficiente para não me recordar o que me despertou o interesse nele, mas o que posso dizer é que o hype em torno do livro é merecido. Porém, não é um livro para todos os leitores e todos os momentos.
Chama a atenção a capacidade da autora em não dar trégua ao leitor; a admitida influência de Gabriel García Marques é bem evidente, mas pense num Gabo muito mais amargurado, sombrio e impiedoso. A melhor imagem para descrever o ritmo desse livro é a autora arrastando o leitor pelo pescoço gritando: Olhe! Veja!
Existe um tom de denúncia, um quê jornalistico na narrativa, que mescla a “bela” escrita com o mais absoluto horror. A crueza e a violência com que Fernanda descreve os ocorridos; sem poupar detalhes quer sejam eles internos ou externos, é numa palavra sufocante. Apesar da narrativa arrastar o leitor consigo, o mesmo leitor se vê obrigado a parar para respirar, tal o mal-estar que algumas cenas provocam.
É preciso dizer ainda que a autora não higieniza seus personagens: machismo e homofobia grassam aqui, o que só reforça o tom de denúncia do texto. Não dá para dizer que seja um livro agradável, mas certamente é uma autora para se conhecer um pouco melhor.
Leitores sensíveis provavelmente terão problemas com essa leitura, é preciso estômago, se enquanto a autora olha para os sofrimentos femininos o texto é brutal, quando dirige seu olhar para as entranhas dos homens, descortina-se o próprio inferno. Surpreendentemente o final é de uma beleza melancólica que termina de destroçar o leitor.
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Thami 26/07/2023

Livrão dolorido, mas maravilhoso! Apaixonada na escrita da autora! Tem uma crueza que somente a latina América pode nos mostrar e ela está aqui nesse livro!
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jegrandini 25/06/2023

Temporada de furacões
É difícil dizer que gostei, porque o livro traz temas e assuntos muito difíceis de lidar, e que por vezes, preferimos não ver, pra justamente não ter que transferir energia para eles, pois infelizmente não há ações cabíveis por nós para que a realidade mude. E isso dói, ter a consciência disso dói, mas não poder fazer nada dói o dobro, é angustiante.

Então minha opinião após ler o livro era que eu não havia gostado e que não recomendaria para qualquer pessoa.

A leitura foi difícil, pelo conteúdo, mas principalmente pela escrita. Capítulos longos, sem nenhuma paragrafação, demorei pra engatar, ainda sim, alguns capítulos eu tive de ler mais de uma vez para entender, e ainda sim, em um deles, ficaram algumas dúvidas.

Mas depois de conseguir digeri-lo, refletir sobre e trocar opiniões no clube de leitura que faço parte, consegui acolher o livro, consegui entender que, de fato, o que mais me incomodou nele, foi admitir que os assuntos que estavam ali eu fingia não ver, porque era dolorosos demais pra mim.

Mas a história é realmente intrigante, fantástica, de uma sensibilidade impecável, a autora que tem sua escrita diferenciada, embora tenha sido incomum e difícil pra mim, eu tenho que reconhecer seu talento, ainda mais para uma mulher escrever tantas dores e verdades sem nenhum filtro!

Temporada de furacões, é sem dúvida, um furacão na sua vida, não há como não se sentir em um lendo o livro e não há como sobreviver à ele sem nenhuma consequência, pois ainda que não possamos fazer para que as realidades mudem, ainda sim, ter consciência dela já é alguma coisa!

Por fim, recomendo esse livro, mas alerto, que você deve estar atento aos vários gatilhos que ele pode trazer, aos vários assuntos pesados que irá abordar, e para que você leia com a cabeça aberta, porque irá precisar.. mas se der na telha, só vai também! Rss
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Iolanda 15/06/2023

O livro nos apresenta, logo no início, um corpo encontrado por crianças em um canal. A partir dessa descoberta, somos apresentados a moradores de uma comunidade chamada "La Matosa".
Dividido em capítulos, acompanhamos os desdobramentos deste assassinato a partir de alguns personagens.
A escrita de Fernanda Melchor é intensa e o texto não apresenta parágrafos. Não há respiro e isso deixa a leitura por vezes, cansativa. Mas não é um impedimento para a compreensão da história. Ao contrário, a cada capítulo vamos conhecendo melhor La Matosa e como vivem seus moradores. A partir desse entendimento, compreendemos algumas escolhas de seus personagens.
Todas as histórias são marcadas pela falta de dinheiro e de perspectivas. Algumas histórias são muito difíceis de ler.
É uma leitura que exige concentração.
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Thayssa.Tannuri 13/06/2023

Um livro que definitivamente não é para estômagos fracos. Sinceramente não recomendo se estiver em uma fase emocionalmente frágil e se violência (especialmente contra mulheres, abuso, misoginia e homofobia também) são gatilhos. Digerindo ainda.
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Denize18 01/06/2023

? Um retrato atroz de uma cidadezinha no Mexico, de seus terrores, superstições, misoginia e homofobia??
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Ana 22/03/2023

4.5*****

Assuntos sensíveis: violência contra a mulher em geral, pedofilia, zoofilia, descrição detalhada de cenas, homofobia.
Colenci 25/05/2023minha estante
assuntos sensíveis: todos




Zanucoli 07/01/2023

Que porrada
Vou usar uma fala de Franz Kafka para tentar explicar a sensação de ler esse livro.

?Penso que devemos ler apenas os livros que nos ferem, que nos apunhalam. Se o livro não nos acorda com um golpe na cabeça, por que o estamos lendo, então? ... nós precisamos dos livros que nos afetam como um desastre, que nos tormenta profundamente, como a morte de alguém que amamos mais do que a nós mesmos, como ser jogado em uma floresta isolada de todos, como um suicídio. Um livro deve ser o machado que quebra o mar gelado em nós.?
Franz Kafka
Fabiana.Amorim 02/03/2023minha estante
Uau. De que livro a citação?




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