Rayhan Chamoun 21/05/2024
O sentido é não ter sentido!
Esse é mais um daqueles clássicos que todo mundo conhece mas poucos de fato leram a obra original. "Alice" não é somente um símbolo da cultura pop, como também semeou um estilo muito peculiar da literatura conhecido como "nonsense" (que, traduzindo literalmente, quer dizer "sem sentido")
Como eu já tinha lido "O Mágico de Oz", esperei encontrar aqui uma narrativa cândida e lúdica, e de certa forma não deixa de ser, mas o que mais me chamara a atenção ao longo da leitura é o quão bizarra e rebelde é a trama.
Diferente de Dorothy, por exemplo, Alice é muito mais revolta e confronta diretamente figuras de autoridade quando elas não fazem sentido. Não somente isso, mas Alice demonstra uma sagacidade arquetípica à infância que congrega a história com cenas engraçadíssimas (perdi a conta de quantas vezes gargalhei ao longo da leitura).
Como um escritor de fantasia, não posso deixar de lado o mundo criado por Lewis Carrol. É uma mágica louca, mas que segue padrões, e a interação entre a personagem principal e as criaturas fantásticas beira o absurdo, e vejo isso como muito positivo. Um perfeito exemplo de que a estranheza não deve ser temida, mas abraçada!
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