Flah 30/01/2014Sociedade Secreta: Ritos da PrimaveraEu sou suspeitíssima para falar sobre os livros da Diana Peterfreund já que, desde que comecei a série “Sociedade Secreta”, eu me apaixonei pelo seu jeito descontraído e leve de escrever. É muito difícil um livro prender tanto a minha atenção, que, mesmo com todo o meu autocontrole, não consigo estender a leitura para mais de dois dias. Sempre que eu colocava o livro de lado e dizia a mim mesma que só iria ler o resto no dia seguinte, em menos de meia hora lá estava eu de novo, devorando as páginas.
No terceiro livro da série, o grupo C177 das Coveiras resolve invadir o mausoléu de seu grande rival – uma decisão tomada como uma espécie de vingança pelo roubo que esses inimigos fizeram de um dos artefatos da Rosa & Túmulo. Acontece, porém, que as coisas acabam fugindo do controle. A Cabeça de Dragão não irá pegar leve com seus os Coveiros, ainda mais depois da ousadia deles ao darem o troco. Amy, então, se vê perseguida pelos membros da Cabeça de Dragão – algo que, com toda certeza, é mais do que uma simples vingança. É pessoal.
Quando finalmente pensa que terá férias normais com seus amigos Coveiros em uma ilha particular – bem longe dos olhos maldosos de seus inimigos. Amy percebe que a sua nuvem de má sorte pode, sim, atravessar um oceano para atormentá-la em seus dias de praia. Nem mesmo a quilômetros de distancia da faculdade ela tem descanso.
Eu achei o livro maravilhoso. Além do jeito completamente envolvente com que Diana escreve seus livros, as histórias também acabam te tragando para dentro das páginas. A cada capítulo que acaba você se vê ansioso e quase doente para ler o próximo e descobrir o que vai acontecer. Ainda mais quando se trata de uma protagonista tão única quanto Amy. Nunca se sabe o que se passa pela cabeça dela. Posso até dizer que ela esta na minha lista de protagonistas favoritas. E, é claro, não posso me esquecer daquele que faz com que minha leitura seja completamente intensa: Poe.
Eu, de verdade, não sei o que há demais nele. Quero dizer, ele é um personagem frio, esquisito, e anti-social... Mas, por algum motivo que só pode ser estranho demais, eu o adoro. Passei o livro inteiro torcendo e vibrando todas as vezes que ele aparecia. Aliás, mesmo nos anteriores, quando ele fazia coisas nem tão nobres assim, já era meu personagem favorito.
Sobre a história em si, a série Sociedade Secreta me ganha pelo suspense e pela narrativa. Afinal, a história não é realmente impressionante. Trata-se de uma Sociedade Secreta regida a aparências e boatos. Quando se vê as coisas pelo lado de dentro, não há algo tão impressionante sobre eles. O que, por esse motivo, acabou por me fazer gostar particularmente deste terceiro livro da série. Ritos da Primavera fala justamente sobre o papel da sociedade na vida de seus membros. O que significava, afinal, pertencer a ela? Até onde iam as aparências? Pelo visto, a interpretação errada das diretrizes e ações da Sociedade poderia ser fatal.
Recomendo o livro para todas as pessoas, mesmo para o público masculino. É um livro leve, gostoso e intrigante.