A terceira vida de Grange Copeland

A terceira vida de Grange Copeland Alice Walker




Resenhas - A Terceira Vida de Grange Copeland


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Bielzin 10/05/2022

Hereditariedade
A vida dobra em Pesado, aqui ela machuca você e te faz machucar os outros, com murros, pontapés, ossos quebrados, fraturas e tudo mais.

A história tem seus personagens, mas a marca é Grange e Brownfield, Ruth é a redenção da vida maldita que os dois levaram, salvação para um, inferno ao outro.
Em suma, Grande foi um grandíssimo [*****], e foi embora, Brownfield pensou em mudar e se tornou igual ao Grange, mas eu diria pior. Grange volta mudado e se forçar a ser algo melhor a cada dia graças a Ruth (filha de Brownfield). Esse é o resumo, o livro tem tudo mais, todo o nó nas tripas pra dar enquanto se ler, todo o ódio a se sentir.

Alice Walker é de fato uma contadora de histórias. Com seus personagens humanos mais que humanos.
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Ferreira 08/05/2022

Essa leitura me causou certo desconforto, me fez ter sentimentos como nojo, repulsa e angústia por quase todo o percurso, é tanto sofrimento que muitas vezes me peguei chorando. Uma narrativa cruel, densa e sensível. É daquelas narrativas que fazem você parar para respirar, chorar e repensar sobre todo e qualquer tipo de estrutura opressora que persiste. Terminei a leitura com a sensação de que vários trechos do livro vão me acompanhar por muito tempo.
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LairJr 25/04/2022

Um livro denso. Relatos profundos e marcantes sobre a situação dos negros americanos no começo do século XX. O livro retrata não apenas a submissão dos negros imposta pelos brancos, mas também a violência existente entre as próprias pessoas negras, as quais, oprimidas, se assemelhavam em violência ao seu opressor.
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Dezwith (Capítulo 18) 21/04/2022

1 mês de leitura para cada vida
Levei um mês para ler cada vida. Não é um livro fácil de ler em termos emocionais. Mas é um daqueles livros necessários.

Um retrato de uma parte da nossa história (a história de nós, negros, mas mais especificamente ainda, das mulheres negras) que, mesmo em quem, como eu, nasceu cerca de 3 décadas depois, dói e faz a alma sangrar com uma intensidade descomunal.

O vislumbre de redenção trazido pelos capítulos finais soam como uma tentativa quase pueril (ao estilo tapar o sol com a peneira) de amenizar a dor do livro.

Enfim, um dos melhores que já li sobre o tema. Obrigado por existir, Alice Walker. Obrigado por escrever.
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Taitasiq 02/04/2022

"Procurei o perdão no meu coração, mas não encontrei nada. O máximo que consigo é chegar num tipo de dormência. De um jeito que eu não colocaria lenha na fogueira pra assar eles tudo, mas também não escutaria seus pedido de socorro."

(...)

"O problema da dormência (...) é que ela se espalha pros seus órgão tudo, principalmente o coração. Um pouco depois de eu parar de escutar os branco gritando por ajuda, também não vou escutar os preto."

Esse foi o livro mais difícil que eu li até agora, em 2022. Não porque a escrita seja complexa, mas porque é muito difícil digerir as ações de vários personagens, principalmente os masculinos. Por vários dias, precisei parar a leitura, poucas vezes me senti tão incomodada com uma história de ficção. Ao mesmo tempo queria ler até o fim pra saber o que ia acontecer com alguém tão cruel, que ao mesmo tempo era vítima, e por isso era tão complexo.

As raízes do racismo são muito profundas e o alcance das suas consequências é difícil de medir. Me marcou a cena da mulher branca grávida que preferiu morrer afogada a aceitar a ajuda de um homem negro; do homem negro que, na falta de poder pra enfrentar o chefe branco, espancava a mulher que "amava" - também negra - pra se sentir minimamente poderoso sobre alguém abaixo dele.

Alice Walker foi um dos encontros mais potentes que tive esse ano e agora tô indo pra leitura de outro livro dela: A cor púrpura, porque pelo visto não apanhei o suficiente em A terceira vida de Grange Copeland.
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Nakissa 30/03/2022

Meu primeiro livro da Alice Walker
Achei a leitura muito envolvente, personagens bem trabalhados. Fiquei muito admirada como a histórias não resumem em caixas de ele é assim então vai ser assim pra sempre e pronto. Ver as mudanças e as vezes a falta delas. A dificuldade de uma pessoa negra iniciar a vida no Estados Unidos.

Contém cenas impactantes mas recomendo muito a leitura.
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Nathalye 20/03/2022

Infelizmente, muito atual.
Várias questões são abordadas, mas o racismo entoa o contexto do livro. Leitura pesada, real, cruel, injusta mas que nos mostra que o amor ainda é uma arma podesora: por vezes, a única.
Para um primeiro livro, a autora foi excepcional. Imagino como foi difícil para ela escrever, mas não escrever deve ser impessavel.
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Ana 07/02/2022

A terceira vida de Grange Copeland
Eu tô só aquele meme "esse livro me destruiu, vou dar 5 estrelas" kkkkkkkk

Minhas expectativas estavam altas porque já havia lido muito sobre a escritora Alice Walker e, em especial, sobre a obra A Cor Púrpura, mas parece que tudo que imaginei ficou pequeno demais diante do estrondo que é essa narrativa. Walker é de fato grandiosa e arrebatadora, mesmo sentindo uma dor profundo a cada página, você não consegue largar o livro; a passagem do tempo é feroz, mas não torna os acontecimentos confusos ou superficiais;
os diálogos me deixaram desnorteada em vários momentos, a ponto de precisar ler novamente pra digerir tudo; as personagens geram indignação, compaixão, revolta, admiração, medo (as vezes tudo isso ao mesmo tempo); nossa senhora, difícil pontuar tudo que torna essa obra tão fantástica, então nem vou adentrar a história em si que é uma riqueza sem tamanho. Sem dúvidas entrou na minha lista de livros preferidos!
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Wagner269 03/02/2022

resenha completa no MEDIUM
https://mendigoliterario.medium.com/a-terceira-vida-de-grange-copeland-alice-walker-82fbb552d61f

Eu pensei em vários momentos se deveria continuar a leitura, mas não parava de ler. Não podia parar de ler porque eu sabia que não retomaria essa leitura, como mal consigo retornar à casa onde cresci.
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Aline | @42.books 09/01/2022

Um chute no estômago necessário
Começar o ano com esse livro foi um ótimo lembrete do poder da literatura não só em registrar momentos históricos, mas de marcar e influenciá-los.
A Terceira Vida de Grange Copeland é de uma potência impressionante, e de uma importância ímpar. É cruel, violento, mas faz uso disso para alcançar e expor a realidade na sua forma mais crua. Não sei explicar tudo que me fez sentir, mas é um livro que se sobrepõe a sua materialidade.
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Danielle 22/12/2021

"ele não conseguia esclarecer qual era o dever do amor; se era preparar alguém para o melhor da vida ou para o pior."

Alice mulher voce é GENIAL. Como pode escrever esse livro? Ele me ensinou tantas coisas, me trouxe tantas reflexões e pensamentos. Quem é bom? Quem é ruim? O homem é bom ou a sociedade o corrompe? O que é perdão e quando aplicar.

Os diálogos do livro são incríveis (e parabéns para a tradutora nesse quesito aqui viu trabalho incrível), principalmente ali na relação avo-neta eu estava sempre me emocionando.

O livro me fez notar como é relativamente recente absolutamente tudo que lutamos e ainda "estranhamos" no mundo de hoje, e se tratando do livro, violência contra mulher e racismo. O "debate" a reflexão disso no livro, esse "jogo" de poder era algo que eu ja sabia mas eu vi com muito mais clareza. É completamente assustador e bizzaro, eu passei raiva e chorei e piorava quando eu pensava que tudo isso é/era real que é/era a vida das pessoas.

No posfácio a autora explica o nome Mem e amei também. Que mulher inteligente e genial.

Eu nao consigo nao dar 5 estrelas para esse livro mesmo que teve uma coisa aqui e outra ali que nao gostei, mas compreendi. (como o "final" das irmãs).

"Será que eu poderia fazer quem me lê perceber esse fato e ver a conexão entre sua opressão como mulher (e a opressão de seus filhos) e a nossa enquanto povo?"
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Maísa 01/12/2021

Dias de insônia
Alice Walker tem um jeito próprio de apresentar ideias, com fidelidade do início ao fim, deixando para o leitor as conclusões que convêm, mas com o desafio implícito: "vai mesmo ignorar isso?"

E dialoga com o leitor, que sente cada soco, xingamento, desespero, desprezo e (des)esperanças das personagens. Que mulher! Que obra!

A Terceira Vida não vem pra embalar sonhos, vem pra roubar o sono e provocar agonia, num convite velado ao comprometimento com uma sociedade melhor, mais democrática, mais solidária, mais igualitária. Ao fim da leitura, é difícil declinar o convite e ainda mais difícil ignorar quão distante ainda estamos.

"O próprio sentido e a própria concepção do que é um ser humano talvez estejam perdidos".
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Kelly.Hayd 01/12/2021

A Terceira Vida de Grange Copeland é daqueles livros que te mergulha na dor sem intenção de alívio. Muito além da cultura de qualquer país ou região, é sobre a construção de estrutura patriarcal, violenta e dominadora. Apesar de toda a dor, Walker nos embala nas palavras de um jeito que é difícil desistir.
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david andriotto 11/11/2021

um, dois e três!
Esta foi mais uma indicação do Pedro Pacífico que resolvi seguir, comecei a ler no meio do ano e por uma junção de fatores não consegui terminar, parei no começo, na primeira vida se Grange Copeland. Essa foi, sem dúvida, uma das melhores casualidades literárias que me aconteceu: durante este período na cabeceira, li outros livros com temáticas feministas e raciais, como Lélia Gonzalez e Angela Davis, o que me garantiu o repertório necessário para entender a grandiosidade da linguagem crua desta obra.

A autora, Alice Walker, primeira negra vencedora do Prêmio Pulitzer de Ficção, nos leva a observar (e a sentir!) as Vidas de Grange Copeland, um afro-americano do Sul dos Estados Unidos que, assolado pela agressão sistêmica do contexto supremacista estadunidense, se esvai aos poucos.

A complexidade da obra está nos pormenores da narração que, num piscar de olhos, retrata as visões de um povo, das mulheres e crianças negras e seus futuros homens adultos, diante à agressividade que lhes coube cometer um contra o outro. Por essa e por outras questões, a leitura é dura, quase latente em alguns momentos, mas aconselho terminar, é arrebatador.

"nós é dono da nossa própria alma, não é?" questiona o velho maravilhoso, Grange Copeland, ao filho, Brownfield.
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