Resenhas - Wuthering Heights

luisa806 25/10/2020

bem sombrio
quando comecei, não achei que o livro seria assim, tão cheio de ódio, agonia e (acima de tudo) vingança embora também não acreditasse que seria um romance, como todos falam (não é)... enfim, quase todos os personagens são bem meh, ou egoístas ou violentos ou mimados. ou as três coisas juntas. heathcliff é um demoninho, as duas cathys são mimadas(eu achei a cathy mãe bem pior, a filha eu gostei mais), daí tem personagens como o joseph e o linton mais novo que irritam bastante, tem o edgar que era na verdade bem bonzinho e o hareton que era injustiçado apenas. eu gostei bastante da nelly também, que mesmo sempre ficando do lado das catherines, tinha mais senso que o resto. ah também tem o fato que morre quase todo mundo. comecei o livro mais travada, mas chegando na metade li sem parar e gostei bastante, embora normalmente não me sinta muito confortada por esse tipo de livro...

Monteiro 21/10/2020

Amei o alto dos vendavais (nome que tem em Portugal). É pura e simplesmente mágico como nos leva numa viagem ao interior da Inglaterra do séc. XIIX/XIX, onde obviamente não falta melodramatismo, amores daqueles que nos envenenam e superstição... Certamente uma obra para reler um dia, e claro, aconselhar.

Dimatteu 13/09/2020

Uma narrativa sombria e extremamente descritiva em relação aos ambientes, à aparência e ao psicológico dos personagens.
A história é centrada no triângulo amoroso entre Catherine, Heathcliff e Edgar Linton e narrada pela governanta, Nelly Dean.

Catherine e Heathcliff são personagens extremamente excêntricos e intensos, cada um à sua maneira. Heathcliff é o típico herói byroniano e Catherine é uma jovem mimada, passional e volátil. Um romance complicado, para dizer o mínimo.

carol 03/09/2020

Haunt me, then
Jesus.
O que eu vou falar desse livro?!
Mais uma vez, as irmãs Brontë dando de letra em livro, viu?

Cheio de caos, tragédias e fantasmas.
Os personagens são totalmente odiosos, o que torna eles ainda mais humanos. E eu acho que foi essa a intenção da Emily mesmo (teorizei).

Falando a verdade, está mais pra uma história de fantasmas do que pra uma história de amor.

Tudo gira em torno do efeito dominó, tudo gira em torno da Cathy e Heathcliff, e como lidaram com toda a situação até o fim.

Linda história de como nem a morte nem os próprios defeitos perpetuados das pessoas pode às vezes separar um amor que foi feito pra ser lembrado, ou melhor, assombrado?

Pensava que Jane Eyre era gótico, mas O Morro definitivamente superou demais. E eu realmente adorei. Adoro tragédias e cenários sombrios.

É triste pensar no que poderia ter sido se uma pequena coisa fosse diferente.

"Haunt me, then."

Giovana.Jardelino 30/08/2020

Fascinante. Na primeira tentativa, desisti do livro porque achei o inglês muito difícil. De primeira, realmente foi, mas consegui ler após, em uma segunda tentativa, persistir um pouco mais e esperar a "lentidão" dos primeiros capítulos passar. A partir daí, então, fui muito cativada pela história, tão cheia de personagens complicados e reviravoltas!
O texto é de uma profundidade admirável, com diálogos bem densos que podem ser entedidos de diversas maneiras (apenas uma rápida leitura em outras resenhas aqui vistas já me provou isso), com certeza uma releitura no futuro trará outras percepções!

Evy 29/08/2020

Essa é a enésima vez que leio O Morro dos Ventos Uivantes e tenho umas três resenhas desse livro aqui no Skoob, mas pela primeira vez fiz a leitura do texto original em inglês e foi uma experiência maravilhosa. Portanto vou me ater as considerações sobre a leitura dessa edição e não tanto sobre a história em si.

Achei que fosse ter muita dificuldade com o inglês, pois fazia muitos anos que não me aventurava a ler nada nesta língua, mas talvez pela familiaridade que tenho com o texto (pelas mil leituras que já fiz, decorei até minhas citações favoritas), a leitura foi fluída e extremamente emocional. Principalmente pela admiração que tenho pela autora por muitos motivos que vou relembrar (mesmo já tendo enaltecido em outras resenhas, por motivos de "nunca é demais falar sobre mulheres maravilhosas com talentos incríveis"): é impossível não ver na escrita rústica de Emily Brönte, principalmente lendo a versão original, sua brilhante inteligência e seu talento raro, extremamente à frente de sua época. Emily transborda em sua escrita, pensamentos complexos e não lineares que fugiam de padrões pré-estabelecidos e denota uma astúcia singular na criação quase perfeita de suas personagens e na violência psicológica dos diálogos e cenas terríveis.

Todos esses são ingredientes que te prendem às paginas de O Morro dos Ventos Uivantes e sinto ao lembrar que Emily morreu aos 30 anos sem sequer saber que seu livro seria consagrado como um dos romances mais importantes da literatura inglesa e mundial. Aliás, é muito triste saber que Emily se foi com a rejeição de seu livro pela sociedade inglesa que não apreciara a mistura de romantismo, realismo cru e trama complexa e nem sequer acreditava que tivesse realmente sido escrito por uma mulher. Para poder publicar em 1847, Emily utilizou um pseudônimo masculino.

Dá pra notar o machismo e preconceito da época, lendo esse depoimento que Constantin Héger deixou sobre Emily, na tentativa de demonstrar sua admiração e que Rodrigo Lacerda traz na apresentação da edição da Zahar:

"Ela devia ter nascido homem – um grande navegador. Sua inteligencia poderosa teria produzido novas esferas de descoberta a partir do conhecimento acumulado pelas antigas; e sua vontade férrea jamais teria se acovardado por qualquer oposição ou dificuldade, nunca teria desistido, a não ser em caso de morte. Tinha cabeça para lógica e uma capacidade de argumentação pouco usual em um homem, que dirá em uma mulher. Contrabalançando esse dom, havia sua teimosa tenacidade, que a tornava impermeável a qualquer contra-argumentação, sempre que seus próprios desejos e senso de justiça estavam em jogo".

Por isso que a leitura desse livro, em seu texto original, me deixou ainda mais orgulhosa da jovem Emily, que aos 25 anos arrasa criando uma obra tão espetacular e tão à frente de seu tempo que chocou a sociedade da época. E além disso ainda me trouxe novas reflexões sobre personagens e passagens como é o caso dessa citação:

"I love him: and that, not because he's handsome, but because he's more myself than I am". ("Eu o amo; E isso, não porque ele é bonito, Nelly, mas porquê ele é mais eu do que eu mesma".)

Quando me deparei com essa citação, a princípio (e como sempre me aconteceu) achei bastante incômoda, me fazendo pensar de novo que Cathy amava mais Heathcliff do que a si mesma. Mas, ao reler a frase e refletir mais profundamente sobre o assunto, e sobre a Cathy em si, percebi que, egoísta e mimada como era, o que ela amava mesmo era ELA mesma. O que amava era ele ser exatamente como ela, mas com uma diferença importantíssima: homem, e portanto, LIVRE!! Ele podia, mais do que ela mesma (pela condição de mulher na sociedade da época) ser mais ELA!! E era ISSO que ela amava...

Não é maravilhoso quando um livro te surpreende a cada nova leitura??
Sempre estará em primeiro lugar na minha lista de favoritos! O livro que desde sempre abriu caminho ao meu coração...

Marina.Castro.F 28/08/2020

A vida como ela é
O livro é completamente incrível. O que destaco é que todos os personagens são mostrados com grandes defeitos e qualidades. No livro não há o personagem típico de "mocinho" e nem o de "vilão". A complexidade dos personagens é extremamente verossímil. Um favorito da vida.

Renata 18/08/2020

Foi maravilhoso!!!!
Mr. Lockwood nos conta a história que a criada Nelly conta para ele sobre o amor entre Catherine Earnshaw e Heathcliff. Amor esse um tanto esquisito, complexo e perigoso.

Fabi 17/08/2020

Único
Logo de início reconheci que não seria tão comum quanto outros livros. Imaginei diversas coisas e me surpreendi com cada tentativa frustrada de entender o que aconteceria e como seria feito. É um dos únicos livros que terminei sem ter simpatia por todos os personagens, e me sinto tranquila com isso. Foi singular.

taynna cavalcanti 29/07/2020

releitura que me fez favoritar
a primeira vez que li (uns 4 anos antes dessa resenha) eu não tava na vibe e desisti faltando menos de 100 páginas. apesar de já saber o fim da história, eu me surpreendi DEMAIS em como a Emily descreveu os acontecimentos.
Catherine e Heathcliff são o casal mais CHATO que eu já encontrei na vida e talvez por isso tenham sido o melhor de todos. a Emily conseguiu me prender com todas as suas descrições e brigas violentas e humilhantes.
mas não tem como não odiar o Heathcliff por tudo que ele fez com o filho e com a Cathy. que filho da p***!!!
enfim, pra não dar spoilers, eu termino aqui dizendo que sem dúvidas, esse é um dos meus livros favoritos de todos os tempos e que me deixa com uma sensação de evolução muito grande nas minhas leituras.

Robs - @biblioteca.paralela 24/07/2020

Conflitante
O início da narrativa é bem confuso e é salvo graças a ótima narradora a governanta Nelly que nos explica sobre cara personagem.

Os personagens desse livro são bem complexos e tem personalidades muito conflitantes. Durante grande parte da leitura detestei praticamente todos eles e em alguns momentos me senti lendo a um conto de terror ao invés de um romance.

Para mim esse livro me mostrou uma obsessão pessoal disfarçada de amor. Heatcliff após perder a única pessoa que demonstrava algum afeto por ele se tornou extremamente orgulhoso, vingativo e fez sofrer a todos ao seu redor. Já Catherine se mostrou uma jovem mimada, rebelde e egoísta, casa por interesse e depois fica enlouquecida por sofrer com seu amor impossível.

Embora seja um clássico não me apaixonei pela leitura.

Gabriela 19/07/2020

Um clássico mundial
Para um livro escrito há mais de 150 anos é impressionante como nos prende a atenção!!

DihMoraes 11/07/2020

Cativante de tão incômodo.
Terminei a leitura com um gostinho de "bilis negra" em minhas entranhas. Um enredo que te obriga a terminar a leitura com o intuito de desvelar as características do ultraromantismo tão presente na Era Vitoriana. Você acaba por ler vorazmente com objetivo de descobrir se alguém vai ser feliz no final. Rsrsrs talvez tenha sido esse o objetivo de Emily Brontë... Incomodar mesmo.

Ramon157 08/07/2020

Vitoriano...
Cheio de tensão, plot twist, emoção.
História excelente e perfeitamente amarrada.
Muito bom.