A mulher ruiva

A mulher ruiva Orhan Pamuk




Resenhas - A mulher ruiva


359 encontrados | exibindo 16 a 31
2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 |


Clara Vellozo 10/11/2023

Uma fábula moderna
O prazer que é ler um livro bom! Não precisa ter uma história muito complexa, tampouco um vocabulário rebuscado. Basta ser envolvente, sedutor e te fazer mergulhar na vida e cenário dos personagens.

Pois foi exatamente o que aconteceu comigo neste livro do ganhador do Nobel, Orham Pamuk. Uma experiência de leitura com ares de uma fábula moderna e toques orientais no estilo 1001 noites. Bem o que sentimos vindo do autor e da história que se passa em uma Istambul se despedindo de uma tradição otomana para cada vez mais se identificar no estilo de vida ocidental.

Aqui temos a história de Cem Selik e sua obsessão por entender e sentir-se parte do relacionamento delicado entre pais e filhos, seja ele um personagem ou outro. Apoiando-se no mito e história de Édipo e de Rostam/Sorhab, Cem vai em busca da sua realidade e da sua verdade.

Um livro intenso e poderoso que me emocionou muito. Intrigante, diferente, muitos sentimentos novos despertados com essa leitura. Fala muito dos efeitos dos livros e das histórias em nossas vidas, mesmo que de uma forma não muito clara. É isso que me fez aproximar tanto desse livro em especial e escolher como o melhor do ano até agora.
comentários(0)comente



Paulo 30/10/2023

A mulher ruiva FAKE
Ultimamente vem parecendo que eu gosto de perder tempo...
Meu primeiro contato com Pamuk e já odiei! O livro começa com um estilo de narração parecida com Amós Oz, frisando o repetido, e depois que começa aquela palhaçada de circo, vai na fonte do Hermann Hesse.
É como se fosse uma junção de vários pedaços diferentes. E além dessa similaridade de narrações, usa e abusa de Édipo Rei e da versão iraniana do mesmo.
Achei tantas falhas na narração. Detalhes que não me passaram desapercebidos e me incomodaram.
Ficou um sentimento de um livro escrito pelas beiradas, algo como uma redação de colegial aproveitada.
comentários(0)comente



madu 02/09/2023

Simplesmente sensacional e inesperado. Eu tenho costume de pegar os livros sem saber nada deles, pra me surpreender mais rápido. E que surpresa, meus amigos.
O cara trabalha o livro inteiro na dinâmica pai e filho (exclusivamente masculino) e em suas relações. Qual a influência da falta de cada um na vida do outro, o quão isso pode afetar na mentalidade do cara quase coringando. O papel da mãe nesse meio.
Escrevendo assim, soa chato e até meio machista se for parar pra pensar, mas não é o caso. Sim, a dinâmica é totalmente voltada para o masculino mas isso não me incomodou, porque vai relatando os pensamentos dele e essa fissura em querer entender histórias que rodeiam esse tema. Trabalha bastante a cultura turca, a virada dos anos 80 pra frente, as influências das pautas políticas, tudo muito bem pontuado.
Não é um livro que eu recomendaria para todo mundo, mas é uma pira muito legal e com toda certeza uma leitura super válida. Incrível ler sobre essa perspectiva.
comentários(0)comente



wandro.Lopes 28/08/2023

Por que paramos de escrever??
A história é belíssima, tem em foco um autor de romances que simplesmente para de escrever e se isola em uma ilha dizendo não ser mais capaz d escrever, até que os dias vão passando e coisas começam acontecer com uma única intenção fazê-lo escrever novamente...
comentários(0)comente



michele-biblioteca 21/08/2023

Leitura agradável.
"A mulher ruiva" tem como base dois mitos antigos: Shahnameh - a Épica dos Reis, do escritor persa Ferdowsi, e também Édipo Rei. Se em Sófocles temos um príncipe que por engano mata o pai, a outra tragédia é o oposto, pois trata-se da história do guerreiro Rostan que mata seu filho desconhecido, Sohrab após um longo combate. Assim, não fica difícil concluir que a obra, dividida em três partes, versa sobre relações familiares entre pais e filhos.
Contém Spoiler:
Na primeira parte o narrador Cem, com 16 anos de idade, começa a trabalhar como aprendiz de um escavador de poços, na pequena cidade de Öngören, nos arredores de Istambul, em meados de 1980. Ele se sente obrigado a ganhar dinheiro após seu pai, que fazia parte de um grupo político de esquerda, desaparecer. O destaque dessa fase em sua vida é seu relacionamento com Mahmut, o mestre da escavação, que se torna sua referência como figura paterna, bem como sua compulsão amorosa por uma ruiva que trabalha em um teatro itinerante. Na segunda parte acompanhamos o curso da vida de Cem, seu casamento, desenvolvimento profissional e a descoberta de um filho de 30 anos, que foi gerado na sua única noite de amor com a mulher ruiva, Gülcihan. Por fim, a terceira parte é narrada pela perspectiva de Gülcihan, que nos conta como o recém descoberto filho de Cem o mata e joga seu corpo no poço que ele escavou trinta anos atrás.
Pamuk promove uma reflexão sobre a complexidade das relações humnanas, o sentimento de abandono e desenraizamento provocado por familiares ausentes, e obsessões que podem nos perseguir como uma força incontrolável por toda a nossa vida. Leitura interessante e agradável.


comentários(0)comente



Anderson 12/08/2023

Uma narrativa que tem os bons elementos das obras que nos prendem a atenção pelo enredo, pela busca de desvendar o destino das personagens e também por propor questões e reflexões existenciais relevantes. É uma obra propositalmente repleta de intertextualidade, cujo enredo segue o esquema clássico das coincidências que entrelaçam personagens aparentemente desconexos. Estrutura essa que vai perfeitamente ao encontro do diálogo que estabelece com as histórias evocadas dentro dessa história.
comentários(0)comente



Josie 05/08/2023

De um modo geral, uma leitura agradável, que ganha ritmo conforme avançamos na história e desperta curiosidade sobretudo a partir do término da primeira parte, cujos acontecimentos finais são, de certa forma, surpreendentes e quebram o tom pueril e inocente que vinha se desenrolando na narrativa.

A temática de pais e filhos, crescimento e desenvolvimento, erros e acertos, escolhas e arrependimentos, disputa e superação é terreno fértil, que permite muitas reflexões - e é muito fácil se enxergar nas referências que se estendem ao longo do livro. Se nem tudo é tão diretamente familiar assim, não é nada difícil se colocar no lugar das personagens e vivenciar aquelas experiências - por vezes até torcendo para que a história tomasse certos rumos e outros desfechos.

A obra, enfim, foi uma grata surpresa, trazendo momentos que conseguiram provocar algum desconforto, o tipo de provocação com que gosto de me deparar em filmes e livros.
comentários(0)comente



Higor 29/07/2023

"LENDO NOBEL": sobre clássicos adaptados para o século XXI
Apesar de considerar a bibliografia de Orhan Pamuk um tanto irregular, com livros incríveis como "Uma sensação estranha" e "Neve", e outros enfadonhos, como "O livro negro" e "O castelo branco", sempre aguardo com ansiedade por seus lançamentos, talvez por outros fatores alheios à literatura, como o interesse pelo país, sua mistura caótica, mas ao mesmo tempo fluida entre ocidente e oriente, dentre tantas coisas.

Logo, a cada novo livro que encaro, a sensação que fica é a de "Hmmm, este livro vai para junto dos incríveis ou enfadonhos?" E é com pesar que este "A mulher ruiva" vai para o rol de livros fracos do autor.

Primeiro que "A mulher ruiva" é um livro totalmente previsível, a um nível que beira o frustrante. O plot da história, escondida na sinopse e nas orelhas, logo se revela nas primeiras páginas, em que o tema é debatido de forma quase que didática, sem que a aplicação do tema se desenvolva no personagem principal, o que demanda páginas e páginas com a impressão de que o leitor está andando em círculos, e quando o ápice enfim acontece, apenas comprova a previsibilidade esperada.

A sensação que me deu foi a de que o livro mais se parecia um estudo acadêmico sobre "Édipo Rei", de Sófocles, ou "Shâhnâmeh", um épico iraniano do século X, pois além de resumir as histórias por inteiro, Pamuk se debruça em detalhes das mesmas, de maneira, confesso, magistral, mas que soa um tanto incoerente quando a proposta é nos contar uma ficção.

Então os defeitos dos livros, ao menos para mim, saltavam das páginas sem o menor esforço. Os conhecidos e fascinantes temas que o autor sempre carrega em suas histórias, de confronto entre tradição e modernidade, religião e secularismo, democracia e ditadura, Oriente e Ocidente, se perdem, ou não trazem a força costumeira de Pamuk, então, ao final, eu fiquei refletindo em como a história foi contada de maneira óbvia e até preguiçosa.

Tímido, previsível e até mesmo pouco trabalhado, "A mulher ruiva" mais parece uma homenagem a dois livros favoritos do autor, mas sem trazer novos elementos ou algo que possa surpreender o leitor. Talvez a novidade seja trazer a história da Grécia e do Irã e ambientá-las, de maneira simplória, na Turquia.

Este livro faz parte do projeto "Lendo Nobel".
edu basílio 29/07/2023minha estante
não raro, o nobel parece desestabilizar os escritores, de modo que a maioria do que vale mesmo a pena em sua produção data justamente da era pré-nobel.


Higor 30/07/2023minha estante
Concordo contigo, Eduardo, mas o primeiro livro pós-Nobel de Pamuk foi "Uma sensação estranha", que, ao menos para mim, além de ser melhor que seus conhecidos "Neve" e Meu nome é vermelho", é de uma qualidade e um bom gosto tão eficientes, que eu esperava encontrar outro livro incrível neste, o que infelizmente não aconteceu.




Pedrohenriqp 29/07/2023

Regular.
Tinha visto em várias páginas que o livro era excelente. Então, como não era assinante, revirei alguns sites até achar e... não que seja ruim, mas eu esperava mais. Não é aquele tipo de livro que você fica curioso para saber o que vai acontecer.
O ponto alto, realmente, é a escrita. Mas o enredo... é bem mediano.
comentários(0)comente



Bruna 07/07/2023

A Mulher Ruiva
A história é meio parada e um pouco repetitivo, mas gostei tanto da escrita do autor que nem me incomodei.
Adorei aprender um pouco sobre a Turquia e outros países adjacentes!
comentários(0)comente



Julia.Menezes 11/06/2023

Meu humor oscilou bastante durante a leitura, ora gostava, ora nao.
Achei o final chato, e repetitivo ?
comentários(0)comente



Amanda 01/05/2023

Apenas bom...
Achei o livro muito bem escrito, mas foi um pouco dificil terminar. O autor bate muito na tecla da questão de pai e filho o que acaba ficando desinteressante, repetitivo e previsível.
comentários(0)comente



Claudia.Correia 04/04/2023

Não julgue o livro pela capa
Para mim esse livro é o ditado na sua literalidade, não julgue o livro pela capa! Quando recebi esse livro pela Tag Curadoria não me atraiu, a capa, o resumo da contracapa nada me despertaram. Mas, passado mais de um ano resolvi encarar e aí fui surpreendida. Que história! Que narrativa! Um romance turco que se passa em Istambul numa era de crescimento, modernização, que mescla a história do personagem com épicas tragédias entre pais e filhos.
Quando Cem Çelic é abandonado pelo pai e diante da necessidade de dinheiro para bancar seus estudos ele vai trabalhar na cavação de um poço onde desenvolve uma relação de pai e filho com seu mestre Mahmut. Nesse período também conhece a mulher ruiva e sua relação com ela vai mudar sua vida para sempre.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Luisa Dahmer 23/03/2023

A vida imita o mito
A narrativa de Orhan Opamuk é simplesmente genial, a emulação dos mitos conhecidos de Édipo e de Rostam inconscientemente pelo protagonista é fantástica e o desfecho é sensacional.
comentários(0)comente



359 encontrados | exibindo 16 a 31
2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 |