@blogleiturasdiarias 13/04/2021Achei fofinho!Isso Que A Gente Chama de Amor é um livro super fofo na qual, apesar de conviver e amar o universo dos k-dramas, foi meu primeiro contato com uma história que aborda a temática. Saí adorando!
Desi Lee sempre foi uma aluna e filha exemplar. Consciente das suas qualidades e limitações, sua vida é baseada em planejamentos. Para ela, tudo é possível desde que se tenha um plano. E talvez por essa constância em organização, ela nunca tenha se dado bem no quesito amor. Para Desi, garotos é sinônimo de desastres, e desastres bem vergonhosos. Após passar por mais um vexame na frente de outro garoto que gosta, Desi consegue ter uma brilhante ideia ao prestar mais atenção nos k-dramas que o pai assiste.
Para ela, os k-dramas possuem uma fórmula que faz com que no fim o casal fique junto. Observando melhor os comportamentos e decisões deles, ela monta um passo a passo que a guiará no seu objetivo atual: conquistar Luca. O que ela não imaginava, era com essa decisão sua vida fosse se transformar num típico drama coreano.
Eu já esperava que tivéssemos um desenvolvimento sem grandes pretensões e leve. Dito e feito! A autora nos entrega personagens e um ambiente escolar super divertido e intrigante de acompanhar. Gostei demais do modo como o enredo foi estruturado — onde fica notório que suas maiores preocupações e enfoques são os desdobramentos do romance e o amadurecimento dos personagens principais. Não tem para onde desviar muito, além da óbvia classificação de uma obra juvenil que retrata as paixões da idade, as dúvidas, receios, amizades e contextos com altas doses de peripécias.
"Mas, mesmo antes disso, era só crail. Sempre que eu tentava falar com um menino. Sempre que um menino falava comigo, ou dava qualquer sinal de interesse. Dava tudo errado. E não fazia sentido. Em todos os outros setores da vida, eu estava no comando. Era a menina que estava destinada a estudar em Standford. Mas aquilo era a única coisa que eu não conseguia controlar. Era um grande clichê: bem-sucedida em tudo, menos no amor." pág. 19
A grande surpresa, e para mim o maior ponto positivo do exemplar, é a inspiração e a inserção do contexto dos dramas asiáticos, especificamente os dramas coreanos. É curioso o fato dele não ser somente um assunto abordado na conjuntura, mas sim acabar se tornando uma base para todo o andamento da narrativa. Quem é inteirado nesse mundo, identificará rapidamente todos os pormenores e detalhes que vieram de inspiração dos k-dramas. Principalmente, as etapas de evolução da trama. É quase que uma homenagem a esse universo, e foi o fundamental para que eu me apaixonasse — tive a sensação de estar lendo um roteiro das novelas coreanas.
Sobre os personagens, Desi é uma jovem cativante. Ela possui uma personalidade extrovertida, e nos divertimos muito acompanhando seu drama para conquistar o garoto que está apaixonada. Claro que por ser adolescente, e sempre achar que está certa no que decide, ela comete erros que eu considero comuns da idade. Trata-se de uma ressalva que não atrapalha o todo. Em alguns momentos ela pode ser irritante com a insistência em coisas que sabemos que não dará certo, porém pensando pelo lado positivo, pude rir e admirar a convicção dela ir atrás do que quer — nesse caso, quem ela quer.
Acredito que o final é condizente com toda a trajetória que acompanhamos, e tem um quê de final feliz. Fico contente de captar alguns bons conselhos que acredito que a faixa etária do público-alvo absorverá bem, além de uma lista MARAVILHOSA de indicações de dramas coreanos. Talvez eu já tenha assistido todos? Talvez! Contudo, a quem quer começar a se aventurar nesse mundo, tem ótimas títulos — não posso deixar de panfletar: assistam Goblin!
De uma forma geral, Isso Que A Gente Chama de Amor foi uma ótima leitura, e recomendo demais! Terminei o exemplar em poucas horas de tão fluido e gostosinho foi a experiência. Realmente é uma perfeita dica para aquela leitura da tarde, ou até mesmo para desbravar os elementos da cultura asiática que estão em alta.💗
"Sim, as histórias podiam seguir sempre a mesma fórmula e às vezes ser um grande clichê, mas, por causa dos personagens fortes, aquilo funcionava. Personagens pelos quais você torcia ou se apaixonava loucamente, personagens que você odiava com a intensidade de mil sóis, invejava, com que se preocupava. Eles eram mais reais que qualquer coisa que o Oscar premiasse." pág. 41
Na parte física, simplesmente amei a capa! Tem diversos elementos que conversam e representam o conteúdo. A diagramação segue o padrão da editora Seguinte, sendo espaçosa e confortável de ler. Não encontrei nenhum erro de revisão ou ortográfico. A narrativa é feita em primeira pessoa pelo ponto de vista da Desi.
Espero que tenham gostado e possam dar uma oportunidade! Agora me digam: conheciam Isso Que A Gente Chama de Amor? Ficaram curiosos? Deixa nos comentários!
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