Alan kleber 11/10/2021
A literatura nacional vive
"O medo e a tristeza saem um pouquinho da gente quando deixamos que eles se manifestem. Nossos fantasmas, Cecília, são só os que estão aqui dentro. Todo o resto é coragem. Você tem que sofrer.
Mas sofrer com parcimônia, é claro, como tudo na vida, porque sofrimento também vicia."
"Chega uma hora em que a gente tem que parar de ver a vida como uma fábrica de tragédias."
Cecília não sabe muito bem o que fazer com a própria vida. Depois de mudar de Brasília para o Rio de Janeiro, a jovem ainda não conseguiu encontrar um emprego nem organizar seu futuro.
João, pai solteiro de uma criança com paralisia cerebral, tenta levar a vida em Brasília como pode. Trabalha como veterinário na capital federal durante o dia e procura formas de ganhar mais dinheiro à noite ? o objetivo é juntar quantia suficiente para bancar um tratamento experimental para o filho.
Quando os pais de Cecília morrem, ela é forçada a voltar para a pequena cidade de sua infância, onde eles ainda moravam. Mas uma dúvida começa a atormentá-la: a possibilidade de que eles foram assassinados. E João, desesperado por mais recursos, começa a se aventurar por trabalhos pouco recomendáveis.
Ao cruzar suas histórias, Fabiane Guimarães cria um suspense impactante sobre o que significa ser parte de uma família, e os limites que estamos dispostos a ultrapassar para mantê-la.