Cerco

Cerco Daniel Frazão




Resenhas - Cerco


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Larissa.Castellar 23/10/2015

Opinião
Muito ruim!
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Hugo 22/10/2014

"Malhação? Que nada.. Quero ver Laranja mecânica"
No meu aniversário de 16 anos ganhei vários livros e Cerco foi o primeiro que eu li dessa leva. Me interessei pela sinopse de cara, principalmente na parte que diz: Porquê elas(crianças) fizeram isso? A resposta é a única resposta que um jovem como qualquer outro daria: porque sim. O livro conta a história de uma cidade pequena que se preparava para os festejos de fim de ano. Pacata, acolhedora e entocada graças a cadeia de montanhas que a cerca. É Um ambiente extremamente tranquilo e livre da turbulência das grandes capitais. São Felipe, cidade de clima comum, com uma rotina comum e famílias comuns: Pais orgulhos e filhos bonitos num retrato que decora sala bem arrumada. Os jovens bonitos, inteligentes e educados com ar de queria que o meu filho fosse assim eram ideais para morar em um cidade como São Felipe até eles entrarem pelas ruas, empunhando armas de grosso calibre com um sentimento homicida e destrutivo no peito atirando em qualquer um que aparecesse pela frente.


BOOOMM!!! Aí está uma história alucinante. Você lê, para pra respirar e volta a ler de novo por causa de toda matança sem motivo. Aí você para de ler de novo tentando entender o que houve e qual é o porquê disso tudo. Eu não entendia o sentimento de frustração dos jovens assassinos que tinham de tudo, até um grande futuro pela frente. Aos poucos fui entendendo que talvez os jovens não queriam morar em uma cidade como aquela, tendo a vida que tinham. O sentimento de prisão esmagava o senso humano deles pouco a pouco. Ano após ano, tudo era arquitetado. As armas, as mortes e a destruição tudo tinha um motivo.


Uma coisa que me chamou atenção foi que o livro tem vários personagens já que é narrado tanto pelos assassinos quantos pelas vítimas e sobreviventes. Isso me trazia uma sensação de que tudo era vivo: A busca pela sobrevivência, a frieza dos jovens, as terríveis mortes, a cidade sendo destruída. Outra coisa que também me chamou atenção foi a falta de arrependimento dos jovens. Eles agiam como se estivessem numa gincana de colégio. Brincando, rindo e competindo mas enquanto isso matavam pessoas, parentes e conhecidos como se fosse a coisa mais normal do mundo.
São Felipe, que antes do movimento, tinha um ar calmo e intocável parecia um cenário de guerra: corpos amontoados e poças de sangue pintavam as ruas de vermelho. Os sobreviventes só podiam lamentar e as vítimas se foram só por causa de um Porque eu quis.

Criaram uma nova realidade sem sentido e perturbadora para todos, inclusive para mim. Os jovens do livro só queriam mudar um pouquinho as coisas. Sádico, não? Eles não queriam mais representar o papel de juventude 100% consciente da novela Malhação e meteram bala em todo mundo. Não queriam ser comuns mas, ironicamente, eles usaram de toda a sua impulsividade COMUM da juventude para agir. Eles escolheram o jeito errado de mostrar que não eram só jovens modelo, orgulho de seus pais com um futuro promissor pela frente. Então recomendo esse livro a todos que se interessam por jovens loucos com tendências psicopatas ala Alex Delarge haha.

PS: Eu admito que me canso desse discurso de que adolescência é a fase das descobertas e dos hormônios a flor da pele e blá blá blá mas nem por isso sairia matando a mil.
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