fabi.fs 24/08/2022Que livro bom!Eu amei esse livro, não conseguia largar. A narrativa é muito fluída, e o tempo todo você fica tenso esperando algo acontecer.
Gostei muito do tema de maternidade e como nem todas mulheres querem ou conseguem ser mães. Toda mulher sabe como somos constantemente para sermos mães e quando somos, esperam que sejamos perfeitas. Acompanhamos Blythe que não teve uma boa relação com sua mãe, mas sonha em ter filhos e fazer melhor. Quando sua filha nasce, ela não consegue se conectar com ela e percebe comportamentos estranhos nela. Ao mesmo tempo l, temos vislumbres da sua infância e da infância de sua própria mãe.
Achei interessante que a Blythe não é aquela típica personagem não confiável de suspense, mas ainda assim em alguns momentos, eu me perguntava se ela não estaria vendo coisas que não existiam. Teve um certo momento também que fiquei bem incomodada com uma atitude dela. Sobre a Violet, nunca odiei tanto uma criança na vida. Ela é uma criança cruel mesmo.
Não sei teria algo que a Blythe pudesse ter feito, para essa criança ser diferente. Se ela já nasceu assim ou se foi consequência dessa falta de afeto entre as duas. Fica aí o questionamento.
Fiquei com raiva do marido também, que não dava o suporte para a Blythe e ainda por cima não a escutava.
Esse livro é principalmente sobre a maternidade compulsória e a solidão da mãe, onde seus sonhos, desejos e sua própria individualidade são subjugadas a coadjuvantes ao lado do papel de Mãe.
Só não dou 5 estrelas, pq gostaria de saber mais sobre aquele final.