The Five

The Five Hallie Rubenhold




Resenhas - The Five


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MariBrandão 18/05/2021

Elas eram mulheres. Elas eram seres humanos e isso basta.
"Ninguém realmente se importou com quem elas eram e nem como foram parar em Whitechapel."

Todo mundo conhece a história de Jack, o Estripador, o assassino que virou uma lenda. O assassino que matou prostitutas.

Mas quem realmente eram suas vítimas?! O que as levou a Whitechapel?

O livro conta um pouco da história de cada uma delas. E mostra como era terrível a vida de mulheres de classe baixa na época. Como elas eram consideradas supérfluas.

Definitivamente não foi uma leitura fácil.

"No fundo, a história de Jack, o Estripador, é uma narrativa do ódio profundo e constante de um assassino por mulheres, e nossa obsessão cultural pela mitologia serve apenas para normalizar sua marca particular de misoginia"

"Quaisquer que sejam as drogas que elas usaram, qualquer que seja o trabalho que elas faziam, ninguém tinha direito de fazer mal a essas mulheres, muito menos de matá-las"
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Adriana1037 13/10/2021

Doloroso e chocante
Que livro incrível. É muito doloroso imaginar que as histórias do livro aconteceram há menos de 140 anos. É tão cruel.... O livro mostra o que era ser mulher e pobre, no período vitoriano na Inglaterra. Triste demais e é muito chocante pensar que não tem tanto tempo assim.
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Ana Tambara 12/04/2021

Uma outra visão de uma história.
O livro é maravilhoso, comecei e não conseguia largar. A história apesar de ser uma não ficção não é nada lenta e prende muito. Foi ótimo saber como que é o outro lado da clássica história. Entender como era a vida dessas mulheres. Extremamente interessante. Eu amei.
Recomendo demais.
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Tay 22/03/2022

Resenha
Mais um concluído ?
?The five?

Quantidade de páginas: 416

Autora: Hallie Rubenhold

Editora: Wish

Sobre o livro: Durante 130 anos, a mídia se preocupou em alimentar o mito de Jack, o Estripador, através de livros, filmes, séries e excursões. Mas e se descobríssemos q nenhuma delas nasceu em Whitechapel, mas acabou lá depois de viver uma vida plena em outro lugar? E se soubéssemos q essas mulheres eram esposas, mães ou ambas? Quando a polícia e a imprensa local assumiram e resumiram a história dessas vítimas a um cenário de prostituição, como se, de alguma forma, esse rótulo tivesse tornado suas vidas menos dignas de reconhecimento ou comemoração. É hora de conhecermos os surpreendentes triunfos e as dificuldades de partir o coração q essas mulheres encontraram ao longo de suas vidas, revelando q a mesma Inglaterra de Dickens e da rainha Vitória também era um mundo de pobreza e misoginia desenfreada.

Quotes:

?Este foi e continua sendo o caso quando o contexto das atitudes de uma mulher, bem como sua própria voz, estão completamente ausentes na história?

?Se os assassinatos de Whitechapel serviram para expor alguma coisa, foram as condições indescritivelmente horrendas em que os pobres daquele distrito viviam?

?era convencional que as meninas da classe trabalhadora aprendessem a ler, mas não a escrever?

?As consequências da separação no século XIX eram consideradas por muitos como uma morte em vida?

?Às vezes, o inquérito da investigação se tornava uma análise moral a respeito de Polly Nichols, como se a audiência fosse em parte para determinar se seu comportamento justificava seu destino?

?O que o assassina levou naquela noite foi simplesmente tudo o que restou do que a bebida havia deixado para trás?

?Não fazemos nada certo e ninguém se importa com o que acontece conosco. Talvez algumas de nós seja mortas logo! Se alguém tivesse nos ajudado anos atrás, nunca teríamos chegado a este ponto!?

?Ela era anônima: uma mulher com uma história mutável, uma história alterável, alguém que reconhecia que o mundo não se importava com ela ou o que havia acontecido com ela, e optou por usar isso como arma para sobreviver?

?Seu valor foi colocado em questão antes mesmo de tentarem provar que tinham valor?

?A sociedade era feita para garantir que uma mulher sem homem fosse supérflua?

?A verdade da vida dessas mulheres não era simples, e a sensacionalista imprensa do século XIX não estava interessada em contar a história toda a leitores?

?No fundo, a história de Jack, o estripador, é uma narrativa do ódio profundo e constante de um assassino por mulheres, e nossa obsessão cultural pela mitologia serve apenas para normalizar sua marca particular de misoginia?
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Coruja 21/10/2021

Lembro-me vagamente de quando estive em Londres sozinha, em 2014, descer do ônibus em Whitechapel a caminho de algum outro lugar, olhar as placas pelo caminho e pensar com meus botões "então foi por aqui que Jack andou fazendo das suas". Não cheguei a explorar nada no caminho, mas fiquei com o personagem na cabeça um bom tempo. Até cheguei a pensar em fazer um daqueles passeios guiados, mas não tinha tempo dentro da minha programação.

Quando comecei a ler The Five, recordei daquela caminhada e do fato de que, nem por um momento, pensei nas vítimas do assassino. Foi preciso Rubenhold e sua pesquisa para que o foco saísse do assassino para as vítimas esquecidas, desprezadas, vilipendiadas, reduzidas a detalhes sensacionalistas em jornais e ao rótulo de prostitutas. E daí já se tira a importância de ler esse livro - ele faz com que a gente questione a razão de, como sociedade, mantermos nosso fascínio no mistério em torno da identidade do assassino e simplesmente ignorar a existência de Polly, Annie, Elizabeth, Catherine e Mary-Jane, mantendo-as como meras figurantes do enredo.

Já se vão mais de cem anos desde os assassinatos de Jack, o estripador. Há vários documentos que ajudam a traçar o perfil dessas cinco mulheres, mas muito que atrapalha também - a falta de uma apuração aprofundada, despida de preconceitos - tanto por parte da polícia quanto da imprensa -, além de uma infinidade de testemunhos ambíguos ou absolutamente falsos são um desafio. Assim é que The Five tanto apresenta um retrato bastante crível da realidade que acabou colocando-as no caminho de Jack, como encerra em suas mais de quatrocentas páginas bastante especulação.

Talvez o ponto mais importante da investigação de Rubenhold é afastar o mito de que as vítimas do serial killer eram todas profissionais do sexo; uma imputação feita como que para culpá-las de sua vulnerabilidade, bastante típica do moralismo hipócrita da era vitoriana. Ainda que elas o fossem, não há justificativa para o que aconteceu, da morte violenta ao assassinato de suas reputações; para a maneira como suas vidas foram reduzidas apenas ao título de prostitutas e estripadas de tudo o mais que construía sua identidade.

O que The Five deslinda é a forma como a sociedade falhou com essas mulheres: os preconceitos que seguiam esposas que se separavam de seus maridos, a falta de oportunidades de trabalho, um sistema de auxílio social mais brutal que se manter em situação de rua, uma polícia intolerante e despreparada. Rubenhold não dá espaço à exploração dos crimes em si; não há conjecturas sobre a identidade de Jack, reconstituição dos assassinatos, detalhes mórbidos. Para além dos fatos concretos que ainda existem sobre Polly, Annie, Elizabeth, Catherine e Mary-Jane, há o estudo do contexto histórico-social da Londres vitoriana, especialmente para as mulheres da classe trabalhadora - da qual muitas delas vieram originalmente -, e da pobreza miserável que representava Whitechapel no imaginário coletivo.

O que é fascinante é que Rubenhold consegue descrever tudo de forma tão vívida que nos sentimos de fato transportados no tempo - sentir o ar viciado, as ruelas claustrofóbicas, a cacofonia das casas de trabalho. É uma não ficção que te absorve como um thriller, daqueles que não queremos largar antes de chegar ao final. Ao mesmo tempo, é uma leitura dolorosa, daquelas que te fazem abrir os olhos para os próprios preconceitos, que te fazem questionar padrões pelos quais normalmente passamos batidos.

site: https://owlsroof.blogspot.com/2021/10/the-five-historia-nao-contada-das.html
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BoraLer 08/09/2021

Voz para quem não pôde se manifestar
Excelente trabalho biográfico que dá voz às mulheres pobres, excluídas e marginalizadas da Inglaterra vitoriana. Além do prazer da leitura, o livro contribui para a reflexão sobre como a sociedade enxerga e se importa (ou não) com o feminino. Vale muito a leitura!
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Kellys 08/02/2023

5 vidas ceifadas da existência, por motivo torpe desejo de matar, 5 mulheres se tornaram apenas histórias piadas, 5 mulheres que foram diminuídas e ridicularizadas pela sociedade mulheres injustiçadas mesmo depois da morte, 5 mulheres que não podem se defender das palavras que as atacaram mesmo dentro de caixões
Polly
Annie
Elizabeth
Kate
Mary Jane

Todas tinham muitos pontos em comum já precisam dormir na rua, bebiam muito talvez pra esquecer de uma vida que tinham porém não se orgulhavam de estar onde estavam, todas perderam alguém querido, todas se frustraram com a vida, e todas foram dadas como mulheres da vida.

Após a suas vozes se calarem poucos falaram por elas, poucos a defenderam, mas também poucos sabiam das suas histórias poucos sabiam pelo que elas já haviam passado, amores destroçados, famílias acabadas.

Ainda sim isso não dava o direito de serem feitas de escória, de serem tiradas o fôlego da vida, e o seu assassino que desconhecido pra elas fui a última imagem vista por aquelas mulheres.

Uma história forte, tocante, revoltante e triste. Uma leitura de impacto e com um pesar tão grande.
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dai bugatti 31/05/2021

Todos deveriam ler
Como uma pessoa que consome muito conteúdo de true crime, nunca refleti sobre como Jack, O Estripador se tornou tão célebre enquanto suas vítimas foram esquecidas.

The Five traz a importância que esses cinco mulheres merecem, mostrando como elas vivam e como chegaram ao ponto em que estavam em suas vidas no momento de suas mortes e, como, acima de tudo, não mereciam o final que tiveram.

Alerta a todos nós que prostitutas ou não, elas eram mulheres e mais do que isso: que essa fala é histórica e misógina apenas para diminuir o valor de cada uma delas perante uma sociedade vitoriana preconceituosa com a mulher com um pensamento que se perpetua até os dias de hoje.

Viva Hallie Rubenhold. Um livro extraordinário.
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Ana Luiza 31/05/2021

Para todos que tem um "fascínio" mórbido pelo Jack e para quem deseja justiça às vítimas.
A frase mais sucinta que defini essa obra para mim é esse comentário do "Daily Mail": Esse livro deu as mulheres a imortalidade que o assassino não merecia.

Por mais de um século, a história incompleta e misógina de um dos mais famosos assassinos da Inglaterra se arrastou. Ler esse livro é quase como dar a reparação que essas mulheres mereciam, mesmo que hoje não dê para salvar mais ninguém. É amargo e cruel esse retrato descrito por Hallie Rubenholf, e ainda vai precisar reverberar mais um pouco até cumprir todo seu potencial.

Eu termino esse livro pensando em quais outras histórias que podem ser vistas iguais a esta: mulheres sendo tratadas como nada e desprotegidas até pelas pessoas que deveriam proteger. Esse sabor amargo de injustiça é a pior parte. Essa raiva por saber que ainda vai existir um museu especial para aquele monstro, mas poucos documentos que deram voz as suas vítimas e as injustiças do seu tempo.

Espero que esse livro chegue a você. Espero que consiga ter essa experiência. É um trabalho difícil ler as linhas que contam como elas chegaram até ali. Linhas que mostram como Annies, Pollys, Elizabeths, kates e Mary Janes podiam ter outros fins, porém estavam em uma sociedade que as classificava como "nada" e que foi até um favor o que Jack fez.
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Bi Sagen 24/07/2021

MELHOR LEITURA DE 2021
"Um lembrete sobre o que acontece quando a sociedade deixa de cuidar dos moradores mais vulneráveis."

"Nos lembra da misoginia que alimentou o mito do Estripador."

"Um livro para dar as vítimas a imortalidade que o assassino não merece."

Estamos acostumados a romances de épocas que exaltam uma Inglaterra cheia de riquezas e as livros de seriall killers inteligentes e sagazes. The five vem quebrar todos os estereótipos, nos mostrando como a boa parte da população inglesa estava na miséria, e assassinos como o Estripador não são grandes mitos, mas pessoas cruéis, que acabou com a vida não apenas de suas vítimas, mas também de seus familiares.

Polly, Annie, Elizabeth, Kate e Mary Jane tem em comum o fato de serem mulheres trabalhadoras, que se viram vulneráveis, e acabaram sendo mortas enquanto dormia.

ATENÇÃO: Esse livro não descreve os crimes, nem fala sobre o assassino. O foco é toda na história dessas mulheres, o contexto de suas vidas, e como elas se inseriam naquela sociedade desigual.

Descobrimos aqui que elas tiveram suas histórias totalmente distorcidas, não apenas por aquela sociedade preconceituosa, como por todos aqueles que vieram depois e não se preocuparam com a veracidade.

O que eu mais amei no livro é que a autora é uma historiadora, é dá total destaque as suas fontes, e a importância de sempre questionarmos as informações que recebemos.

Apesar da narrativa pesada, e dos muitos momentos que precisei parar para chorar (ou para engolir a raiva), a autora consegue escrever de uma forma muito fluida. Misturando o contexto histórico com a história delas, criando um livro impossível de largar.

Recomendo a todos!!!
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Brunna Fernanda Freire 22/04/2021

Talvez um dos livros mais importantes da atualidade.
Este é um livro necessário, importante e atual.
Um livro que veio para corrigir um grave erro do passado, mas acima de tudo veio para nos lembrar que continuamos em uma sociedade misogina - que tenta se disfarçar de igualitária, mas não o é.
Nós mulheres, em pleno século XXI, sofremos - no mundo inteiro - diversos tipos de barbaridades, violência, desprezo, preconceito, descaso, humilhação, inferiorização, maus-tratos, entre diversos de outros atos cruéis, apenas porque nascemos mulheres.
Este livro mostra que, mesmo tendo-se passado mais de 130 anos, ainda vivemos em uma sociedade que nos menospreza, que ainda coloca a culpa na mulher pelo sofrimento de sua vida.
Este livro veio para dar voz as mulheres que foram brutalmente assassinadas por um homem doente que não merece a fama que tem.
Este livro veio dar espaço as mulheres que foram pintadas como culpadas pela vida que tiveram e pelo horror que encontram.
Este livro veio para nos mostrar que, em 1888 e agora, nossa sociedade estava errada e precisamos mudá-la, que precisamos continuar a lutar.
Este livro veio para nos lembrar que temos voz, mesmo que queiram nos silenciar, que não podemos ficar caladas, que não ficaremos em silêncio.
Este livro é um tributo à: Mary Ann Nichols (Polly), Annie Chapman, Elizabeth Stride, Catherine Eddowes e Mary Jane Kelly.
É um tributo à todas as mulheres, a todas nós.
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Caroline 04/11/2021

Melhor livro que li esse ano! ?????
Não posso mensurar o que sinto agora. Finalizar esse livro só me trouxe mais vontade de sair gritando aos quatro ventos que a sociedade, com seu patriarcado e preconceito vitoriano da época (não muito diferente de hoje) as mataram primeiro. Mas isso não exclui o fato dessas 5 vidas serem tratadas como nada até hoje. Precisou que uma de nós fosse atrás da verdadeira história de vida dessas irmãs e tirasse a visão midiática do assassino e chamasse a atenção para quem realmente importa. Me tocou profundamente e apagou por completo da minha cabeça qualquer coisa que já tenha lido sobre essa história. Hallie Rubenhold ganhou uma fã, Polly, Annie, Kate, Elizabeth e Mary Jane, uma defensora. Um livro tão necessário! Recomendo demais!
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Ana Cecília 10/09/2022

The five - mas não é a novela da Globo
De uns tempos pra cá, editoras com propostas mais chiques (a.k.a Dark Side) vem me decepcionando muito, livros caríssimos que não entregam nada que um livro mais simples não faria, e que muitas vezes já fazem (estou falando com você Carmilla da Dark Side). Mas a editora Wish é diferente. Te faz sentir parte do processo, até porque você está pagando com mais de um ano de antecedência por um produto, o mínimo que tem que ter é confiança e transparência.
Em The Five (não confundir com a novela da Globo), conhecemos as cinco vítimas de Jack, o estripador, mas mais do que isso, viajamos por uma Inglaterra Vitoriana cheia de imundície, corrupção e pobreza. Uma Inglaterra que teme inúmeros assassinos, sejam homens, sejam mulheres, sejam doenças. Entre elas está o anônimo estripador, que mal aparece por aqui - e ainda bem!
Da história dos crimes o mundo está cheio, mas das mulheres por trás dos cadáveres não muito. The Five tem o poder de trazer a narrativa feminista e feminina pra frente, como outras pesquisadoras vem fazendo, mas sem exagerar no academiquês. Hallie Rubenhold passa a mensagem de modo fluido: por que diabos conhecemos TANTO de um homem que sequer sabemos a verdadeira identidade? Por que diabos temos tanto gosto por saber como seus crimes foram feitos se ninguém nunca viu? E por que suas vítimas não existem para além de nomes em uma lista?
Hallie Rubenhold traz respostas, mas também deixa perguntas. Mal posso esperar para ler mais dela, e espero que seja através da Editora Wish mais uma vez.
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