Um Milhão de Pequenas Coisas

Um Milhão de Pequenas Coisas Jodi Picoult




Resenhas - Um milhão de pequenas coisas


187 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Aione 11/03/2021

Um Milhão de Pequenas Coisas é o vigésimo quinto romance de Jodi Picoult, cujos direitos de publicação no Brasil atualmente são da editora Verus. O livro ganhará uma adaptação para os cinemas, que está em desenvolvimento. A produção é de Marc Platt, de La La Land, e será estrelada por Viola Davis e Julia Roberts.

Ruth Jefferson é enfermeira obstétrica há mais de vinte anos. Funcionária exemplar, é afastada dos cuidados de Davis, bebê recém nascido de um casal de supremacistas brancos, por ser negra. Por ter recebido ordens de seus superiores para não tratar a criança, ela hesita quando Davis tem complicações e ela é a única por perto para prestar atendimento. Mesmo após ser socorrido, Davis não resiste e falece. Ruth é acusada, sendo responsabilizada pela morte, e é levada a julgamento. Kennedy, defensora pública, assume o caso, mas não pretende embasá-lo em racismo, justificando que isso prejudicaria Ruth.

Jodi Picoult é uma daquelas autoras capazes de me envolver como poucas. Sua habilidade narrativa é tanta que se torna impossível desgrudar das páginas, com o sentimento de urgência em relação ao que vai acontecer sentido no peito. Com Um Milhão de Pequenas Coisas não foi diferente: fui cativada desde o primeiro parágrafo e, quando encerrei a leitura, senti que precisaria de um tempo para digeri-la.

Um fator para os livros da autora serem memoráveis é o fato de ela partir de conflitos morais e éticos em situações extremamente complicadas. Por isso, suas personagens são complexas, justamente por serem desenvolvidas em meio a essas questões. O tema principal de Um Milhão de Pequenas Coisas é o racismo e a autora se vale das narrativas em primeira pessoa de Ruth — negra —, Kennedy — branca — e Turk — skinhead.

Ruth é negra de pele clara e tentou a vida toda se encaixar no sistema conduzido por pessoas brancas, sem conseguir fazer parte dele e sem estar inserida, de fato, na comunidade negra. Sua vivência como mulher negra foi desenvolvida com sensibilidade e embasada em muita pesquisa, uma vez que Jodi Picoult é branca. Kennedy, por sua vez, retrata muito da perspectiva da própria autora, que se vale de sua voz para demonstrar o quanto o racismo vai além das questões de preconceito explícito ou de atos abertos de discriminação. Ainda que a advogada de defesa não se considere uma pessoa ruim ou preconceituosa, ela faz parte de um sistema que a privilegia, que permite a ela o privilégio de não se pensar em questões de raça, já que não é prejudicada. Por fim, a narrativa de Turk é de se embrulhar o estômago. Somos jogados em sua visão de mundo deturpada e absurda, em um mundo construído pela raiva e pela sede de poder. Para compor o personagem, Jodi Picoult conversou com ex-skinheads, de maneira a representar esse universo com mais fidelidade. Apesar do incômodo que essas passagens me causaram, elas tornam a leitura mais rica e permitem certo entendimento do que move supremacistas brancos. Não senti nenhum tipo de empatia ou que algo de suas atitudes pudesse ser justificada, mas consegui encontrar explicações para seus atos que vão além de uma insuficiente noção de maldade: estamos falando de pessoas motivadas por uma raiva não administrada, que se tornam extremamente nocivas ao se apegarem em ideais inaceitáveis. Ao mesmo tempo, precisamos lidar com os sentimentos contraditórios despertados pelo fato de Turk ser uma figura desprezível, mas, também, um pai que lida com a morte do filho recém-nascido. Assim, Um Milhão de Pequenas Coisas causa sentimentos múltiplos e misturados, de maneira a ser difícil separar um do outro e até mesmo compreender o que está sendo sentido.

A pesquisa de Jodi Picoult se estende, também, para as profissões de Ruth e Kennedy, a fim de que os universos dos hospitais e dos tribunais fossem devidamente retratados. Foi ótimo acompanhar especialmente o segundo, sobretudo por Kennedy ser funcionária pública e a dinâmica de seu trabalho ser diferente da advocacia particular — ambas bastante distantes da minha realidade. Adorei toda preparação para o julgamento e como essas cenas fizeram da leitura ainda mais ágil e interessante, assim como o julgamento em si transborda a tensão típica do clímax da narrativa. Romances que se passam em tribunais sempre me cativam e me deixam completamente imersa na leitura nesses instantes, e a experiência com Um Milhão de Pequenas Coisas não foi diferente nesse sentido.

Minha única crítica ao romance é seu capítulo final, que funciona como uma espécie de epílogo. Há ali uma espécie de redenção que eu preferiria não ter lido, por temer o quanto ela possa ressignificar acontecimentos anteriores — e porque eu não estava disposta a essa resolução. A autora, mais uma vez, se inspirou em acontecimentos reais; porém, em minha visão, eles representam uma exceção, não a regra.

É importante a nota final que Jodi Picoult traz, estabelecendo sua posição como mulher branca, a partir de onde desenvolveu a obra. Essa perspectiva aparece nos detalhes e é fundamental que esteja afirmada. Discussões sobre raça são complexas, e é necessário cuidado para que não haja apropriação de lugares de fala — motivo pelo qual ela também justifica o título, uma paráfrase de um discurso de Martin Luther King: “Se eu não puder fazer coisas grandes, posso fazer pequenas de forma grandiosa”. A autora, consciente de seu lugar, dirige-se sobretudo ao seu público alvo, também branco, propondo a autocrítica indispensável à mudança de ação — que só pode se dar quando há conscientização. Embora o ideal fosse que essa consciência partisse da atenção dada às vozes negras, dando valor a elas, o racismo está presente também nesse sentido, de maneira que muitas pessoas brancas se recusem a ouvir alguém diferente de quem são. Assim, é primordial que também conversemos entre nós.

Para finalizar, Um Milhão de Pequenas Coisas me proporcionou uma das melhores leituras que fiz até este momento do ano por ter me transportado por completo para dentro da história, me desconectando da minha realidade. Livros que me causam emoções múltiplas e uma leitura voraz costumam ser os que mais me marcam, e tenho certeza de que carregarei mais essa obra de Jodi Picoult comigo.

site: https://www.minhavidaliteraria.com.br/2021/03/11/resenha-um-milhao-de-pequenas-coisas-jodi-picoult/
Aninha 24/05/2021minha estante
Nossa Aione adorei sua resenha e do livro ser futuramente adaptado para o cinema é novidade para mim...que legal e com as atrizes Viola Davis e Júlia Roberts, acredita que quando leio vêm elas em minha mente...estou amando este livro...aliás adoro os livros da Jodi Picoult...ela é demais?


Andrezinho 19/11/2021minha estante
Sua resenha é completa. A mim também me incomodou a parte final com essa tentativa de redenção.


AndrAa.Tostes 21/11/2022minha estante
Amei!!!Recomendo ?




Rosangela Max 10/11/2023

Um exemplo de escrita e de história com propósito social.
Jodi Picoult sabe realmente abordar temas sensíveis em seus livros. Neste em específico, além dela lidar com maestria sobre os temas racismo e preconceito, também deu um show nas partes que envolvem medicina e direito.
Já li muitas histórias com a mesma temática e todas me levaram a muitas reflexões, mas está se superou nesse sentido. É quase um pedido desesperado para as pessoas abrirem os olhos e encarar que ainda vivemos em um mundo onde o racismo e o preconceito imperam, estando eles de forma velada ou não. Retrata como somos falhos como sistema judiciário, segurança pública e sociedade. E, principalmente, como somos falhos como seres humanos por perpetuamos o racismo passivo sem nem ao menos termos consciência disso.
Foi uma uma leitura que me encheu de indignação, vergonha, preocupação e tristeza e que acredito que deveria ser lida por todos.
CPF1964 10/11/2023minha estante
???????


CPF1964 10/11/2023minha estante
Excelente resenha, Rosangela. Tive o mesmo sentimento.


Katia C. Menezes 11/11/2023minha estante
Uau!


Rosangela Max 11/11/2023minha estante
Obrigada! ?




Nath 24/01/2022

Leitura necessária
A história trata do racismo e as formas que é manifestado: institucional, velado, escancarado... me dispertou vários sentimentos e me fez refletir. O livro é muito bem escrito, com narrativa envolvente e com muitas cenas de tribunal, que amo. Favoritadísimo!
Rafael Kerr 24/01/2022minha estante
Oi. Tudo bem? Talvez você já tenha me visto por aqui. Desculpe o incomodo. Me chamo Rafael Kerr e sou escritor. Se puder me ajudar a divulgar meu primeiro Livro. Ficção Medieval A Lenda de Sáuria - O oráculo. Ja está aqui Skoob. No Instagram @lenda.de.sauria. se gostar do tema e puder me ajudar obrigado.




Larissa.Manucci 28/05/2023

Um Milhão de Pequenas Coisas

Um livro que realmente engana pela capa...
Ruth é uma enfermeira obstetra excelente e com muitos anos de experiência em um hospital de qualidade. Entretanto, pela primeira vez em sua vida, ela é impedida de atender um casal e o seu recém-nascido pelo simples fato de ser negra. O casal em questão faz parte de um movimento de supremacistas brancos e exigem que o seu bebê não seja atendido por Ruth. Acontece que, alguns dias após receber a ordem direto de sua supervisora de não atender mais o casal, ela acaba ficando sozinha com bebê já que as enfermeiras responsáveis precisam atender um parto de emergência. O bebê acaba tendo uma complicação e Ruth hesita por alguns instantes, seguir o seu juramento e prestar atendimento ao bebê ou seguir as ordens explícitas que recebeu de sua supervisora e dos pais do bebê? O bebê, por fim, recebe o atendimento da equipe médica que foi acionada, porém não resiste e vem a morrer.
Essa é a premissa muito complexa e inicial do livro. Ruth logo percebe que está sendo considerada responsável pela morte do bebê e somo transferidos então para um ambiente de tribunais e advogados. A advogada designada ao caso de Ruth é uma defensora pública chamada Kennedy, uma mulher branca e classe média, que logo no início da conversa com Ruth deixa claro que não acha uma boa ideia levar a questão racial para o tribunal.
Os capítulos são narrados em primeira pessoa e são alternados entre Ruth, Kennedy e Turk, o pai do bebê. Confesso que a perspectiva de estar tão próxima dos personagens deixa o livro ainda mais interessante, podemos ouvir não apenas as falas, mas os pensamentos de cada um destes personagens, e como é difícil digerir tudo... Principalmente nos capítulos narrados por Turk. É completamente angustiante entrar no universo dos supremacistas brancos, saber como eles enxergam o mundo e como se manifestam também. Eu fiquei completamente chocada com cada palavra que eu li e com cada ideia compartilhada por Turk. Entretanto, a autora tem uma forma tão interessante de contar toda a história, ela consegue fazer um contaste muito grande entre a vida pessoal e o que cada um dos personagens sente e o que eles transmitem a outras pessoas... por exemplo, o Turk, ao mesmo tempo em que é inconcebível pensar em tudo o que leva como ideais em sua vida, mas ao mesmo tempo autora nos mostra o sofrimento de um pai em luto, afinal de contas, foi o seu filho que morreu. Em certo ponto do livro, eu já não conseguia mais ler os capítulos de Turk de uma vez só, era necessário parar e processar toda a história.
Outro ponto tão importante do livro é o papel de Kennedy que mesmo não sendo uma supremacistas ou dizendo não ser preconceituosa, carrega em si alguns pontos que nem ela sabe serem preconceituosos, toda a questão dos privilégios, do lugar de fala e de não conseguir enxergar certas coisas pelas quais Ruth passa todos os dias. É muito legal ver todo o desenvolvimento do relacionamento das duas e aprender tanta coisa também. È através de Kennedy que a autora procura mostrar todas as formas do racismo, mesmo que não seja algo aparente.
Outro ponto muito importante a ser considerado é o fato de a própria autora não ser negra, acredito que isto torna tão importante ler as notas finais da autora no livro. Entender a posição dela e as intenções com aquela narrativa e tirar suas próprias conclusões. Além disso, é muito interessante como o livro é todo muito embasado, é muito fácil, por mais que seja triste, pensar que isto é uma ficção, mas poderia muito bem ser uma notícia no jornal... A autora conversou com ex supremacistas e procurou ser fiel aos seus costumes e até ao linguajar, o que confere uma verossimilhança (chocante).
Por fim, eu tenho que dizer que este livro está na lista dos melhores desse ano, ao simplesmente mergulhei fundo na história e o pós leitura foi ainda mais interessante, realmente um daqueles livros que precisam ser lidos.
comentários(0)comente



Zileide.Brito 01/03/2023

Leitura Necessária
Eu humildemente reconheço que não tenho um terço do vocabulário preciso para falar sobre esta obra. Só consigo pensar no quanto este livro é NECESSÁRIO e FODA de incontáveis formas. Foi o primeiro que li desse gênero e um dos mais extraordinários que li na vida.
comentários(0)comente



Pri 19/08/2022

Favoritado para a vida
Livro perfeito. Favoritado não só porque me levou as lágrimas mas porque a escrita da autora é incrivel. A construção das personagens a contextualização os sentimentos..um livro lindo e importante. Um livro que nos educa.
gothbells 19/08/2022minha estante
ai ? estou precisando de uma leitura assim. Já até adicionei a listinha para esse ano.


Lira18 19/08/2022minha estante
Adicionado nos desejados




Leti @estantedaleti 05/06/2021

Livro impactante e reflexivo
Ruth Jefferson é enfermeira obstetra há mais de vinte anos. Funcionária exemplar, se vê sendo afastada dos cuidados de um recém nascido, Davis, filho de pais supremacistas brancos. Eles não querem que Davis seja atendido por uma enfermeira afro-americana.
 
O hospital atende ao pedido deles, mas, no dia seguinte, o bebê sofre um ataque cardíaco quando Ruth está sozinha no berçário. Ela hesita antes de começar a realizar os procedimentos de reanimação. Mesmo após ser socorrido, Davis não resiste e falece. Ruth é acusada, sendo responsabilizada pela morte, e é levada a julgamento.

A narrativa é contada pelo ponto de vista de três personagens principais, Ruth que é a enfermeira, Kennedy a defensora pública que se torna advogada de Ruth no processo e Turk, o pai supremacista branco. Não lembro de ter ficado tão tensa em um livro como fiquei nas partes em que eram narradas pelo Turk, as coisas que ele conta que fazia/faz, os pensamentos dele em relação às pessoas negras me deixou horrorizada.

Nunca tinha lido nada da autora e a escrita dela me surpreendeu, além da história ser forte e marcante, achei o livro muito fluido. A narrativa é tão boa que se torna impossível desgrudar das páginas, e a gente fica com aquele sentimento de urgência em relação ao que vai acontecer no capítulo seguinte.

site: https://www.instagram.com/estantedaleti/
comentários(0)comente



Lara1596 25/12/2023

Resenha: um milhão de pequenas coisas
Um livro comovente é bastante reflexivo, nos faz pensar sobre o racismo através de situações cotidianas que não paramos para refletir durante o dia.

Ruth é uma enfermeira negra que sempre lutou para ter seu lugar na sociedade, estudou, se dedicou e teve uma família, uma mulher que teve uma educação muita rígida devida sua cor de pele. O que ela não esperava era ser impedida de fazer seu trabalho justamente por conta de sua cor de pele, pais supremacistas brancos impedem que Ruth cuide de seu bebê e no desenrolar da história ela acaba sofrendo um processo injusto.

Um livro comovente que mostra lições de vida que passam despercebidas pela visão de pessoas brancas, muito comovente e inspirador.
Fabricio268 25/12/2023minha estante
Essa autora é boa demais. Minha próxima leitura será Coração de mãe, já leu?




Maria.Lois 18/06/2022

Um milhão de pequenos aprendizados
Um livro CHEIO de ensinamentos sobre racismo, preconceito e humanidade.
Leitura essencial na vida de todo mundo.
Como leitora eu nunca tinha lido nada da Judi, esse foi meu primeiro contato. Saí complementarmente da minha zona de conforto. Um drama que te faz sentir raiva, tristeza e repulsa em muitos momentos.
Eu fiquei chocada e feliz com o final. A nota da autora me fez entender ainda mais a motivação da escrita. Necessária e poderosa!
comentários(0)comente



Ana Claudia 17/01/2022

Ruth Jefferson tem 44 anos e é enfermeira obstetra em um hospital há 20 anos. Ela é designada a cuidar do parto do bebê de Brit e Turk. Quando o bebê nasce, ela vai fazer alguns exames de rotina quando Turk, um supremacista branco, a impede de tocar em seu filho por ser uma mulher negra. Mas quando Ruth está no berçário sozinha, cobrindo o plantão de sua colega, o bebê tem uma parada cardíaca. Ruth fica sem ação porque sabe que tem ordens expressas para não encostar na criança. Mas seu compromisso com a profissão a faz prestar socorro a ele bem na hora que os pais aparecem no berçário.

Após a morte da criança, os pais movem um processo contra Ruth e sua vida muda completamente: ela perde a licença para trabalhar, perde o emprego, é presa na frente de seu filho e passa pela angústia e o medo de ser condenada por algo que não cometeu.

A história é narrada sob o ponto de vista de Ruth, Turk e Kennedy, sua advogada, e cada um deles tem a oportunidade de expor a sua versão da história. Os personagens são bem complexos que fazem o leitor refletir sobre questões éticas e morais e sentir momentos de muita angústia. Um enredo que retrata fortemente e de maneira bem cruel o racismo de uma pessoa branca.
gabihott 17/01/2022minha estante
Já coloquei na minha estante só por causa da sua resenha ?


Ana Claudia 18/01/2022minha estante
Se prepare para uma história triste e forte ?


Cila.Nascimento 19/01/2022minha estante
Ansiosa pro livro chegar logo :)


Ana Claudia 19/01/2022minha estante
Tô só esperando para te mandar ?




Dani @oslivrosdadani 26/05/2021

Maravilhoso !!!
Aquele poderia ter sido um dia como qualquer outro na vida de Ruth Jefferson, uma enfermeira obstetra com vinte anos de experiência. Entretanto, durante um exame de rotina em um recém-nascido é impedida de exercer o seu trabalho. Os pais são supremacistas brancos, e não querem que uma afro-americana toque em seu filho. O hospital prontamente atendeu o pedido dos pais. No entanto, horas depois o recém-nascido tem problemas cardíacos e Ruth é a única que está no berçário. Ela hesita, mas logo começa a realizar os procedimentos necessários, como resultado é acusada de um crime grave.
Kennedy McQuarrie, uma defensora pública branca assume o caso de Ruth, mas entende que mencionar as questões raciais no tribunal não é uma boa estratégia. E é aí que o conflito entre elas se instaura.
 
Jodi Picoult não é negra, no entanto, decidiu escrever através do ponto de vista e sobre as lutas de uma mulher com esse fenótipo. O que facilmente pode criar uma certa barreira e pré-julgamentos de início. Em principal, para aqueles como eu que vivenciam essa luta.
 
Todavia, Um milhão de pequenas coisas é uma obra questionadora, que mostra uma visão perspicaz e audaciosa sobre raça. A autora teceu uma história de fundo, suficiente para explicar as motivações por trás dos pensamentos e ações dos seus personagens.

Todas as vozes são distintas. Ruth, Kennedy e Turk o supremacista branco, possuem uma carga emocional muito forte. E por isso facilmente causará revolta e indignação. Mas uma elucidação importante e enfaticamente pontuada, é que quando se fala em justiça social, o papel do aliado branco não é ser um salvador, e sim enxergar seu papel de privilégios e fazer bom uso dele a favor de outros.
 
Talvez para um leitor preto, essa seja uma obra de identificação, mesmo não concordando com alguns fatos. Mas para os leitores brancos, acredito que seja uma boa maneira de remover camadas, e enxergar dentro de si aquilo que nem sempre se quer ver.
Recomendo muito.

Não diga, ?Eu nem percebo raça?, como se isso fosse algo positivo. Reconheça as diferenças e contribua para que sejam criados caminhos mais justos para todos.
comentários(0)comente



Simone MK 10/04/2021

Livro que lança várias questões importantes sobre racismo estrutural e institucional, e nos induz à reflexão, à consciência racial, o que é muito importante e necessário na sociedade moderna, porém, não sei se por causa do momento pelo qual estava passando durante a leitura, achei alguns personagens estereotipados e sem muita profundidade.
comentários(0)comente



Emy b. 11/12/2022

Uma surpresa muito boa!
Nunca tinha ouvido falar desse livro e só comecei a ler por conta da Leitura Coletiva de novembro.

Eu achei incrível como a autora conseguiu incorporar bem os personagens. Você se prende na história e passa MUITA raiva kkkk juro, muitas vezes tive que deixar ele de lado e ir fazer outra coisa. Muitas coisas eram difíceis de ler (Foi um dos livros que passei mais raiva no ano)

A história é muito bem escrita, os personagens bem desenvolvidos e por trás traz uma realidade muito crua e verdadeira. ( tanto que a autora se inspirou em uma história verdadeira para escrever esse livro.)

Vale muito a pena a leitura.
comentários(0)comente



juliette 08/04/2024

Amei!
Amei a leitura, fiquei ansiosa a cada página. Senti tudo que a Ruth e a Kennedy sentiram. A escrita é tão boa que você até ""entende"" as motivações do Turk. Foi um misto de raiva e pena mas fiquei feliz que ele teve uma redenção no final. A história fluiu demais e me prendeu muito! Foram tópicos muito importantes sendo mto bem tratados. Realmente faz vc pensar
comentários(0)comente



SemAria.Freire 27/11/2021

Na minha opinião ele não é um livro fácil de se ler e imaginar que pessoas pensam como o personagem Turk, mas tem. Mas apesar de um ranço por ele o livro é muito necessário para pensamos e vemos como agimos com os outros.
comentários(0)comente



187 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR