The Words That Remain

The Words That Remain Stênio Gardel




Resenhas - A palavra que resta


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Dirtyusedcondom 26/04/2024

Vou resenhar o livro de novo porque conversei com a minha namorada sobre e pensei coisas (e também a outra resenha o skoob maldito não editou meus erros)

Sinto que o livro é completamente superestimado e não é tão profundo assim como falam. Acredito que o fluxo consciente de escrita não é difícil como parece a príncipio, e conforme eu me acostumei, a leitura se tornou bem prática e as pouquíssimas páginas - o que eu considero um defeito, mas eu falo disso depois - passaram muito rápido. Ainda assim, a minha questão com esse método não tá no possível desafio que ele poderia vir a ser, mas com o livro ser avaliado com destaque somente nesse aspecto. O texto pode ser criativo, pode ser familiar e te colocar em um lugar comum com o personagem, mas como o livro se sustentaria sem isso pra chamar atenção? Pode ser mau caratismo da minha parte apontar isso, também não gosto de suposições, mas acredito que a criatividade do autor, tanto quanto as críticas que fazem, se limitam nesse sentido. "Ah mas por que, Eduardo?" Pera aí que eu já falo.

Na última resenha eu comentei que o livro tratava sobre "o acúmulo de desvantagens que levam à marginalização de pessoas e como isso afeta elas não apenas socialmente mas diretamente no seu íntimo", e, realmente, continuo achando isso. O livro sabe muito bem a mensagem que quer passar e faz isso com primor, mas não acho que seja suficiente pra ser parâmetro de qualidade da história. Eu sinto que o autor reduz demais o personagem a um sentido primário, que sua orientação sexual é o cerne do seu ser e tudo que pode advir disso é sofrimento. Se a intenção do autor era mostrar como esse grupo social era/é desumanizado pelo senso comum, pra mim, primeiro, ele tinha que encontrar a humanidade desses personagens para além desse aspecto. Daí que entra a crítica ao pouco número de páginas, a critividade do autor realmente parou pela escrita mesmo - ele não deve nem ter pensado no que a maldita carta poderia ser - e a profundidade dos personagens são iguais as de um píres, só que bem enfeitado.
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heloisa.nas 26/04/2024minha estante
Vc escreve tão bem academicamente. Fazer trabalho com vc deve ser tao bom qaundo vc ta inspirado.




Ana Flavia 26/04/2024

Forte, extremamente bem escrito e intenso nas palavras.
Cada avanço me trazia uma angústia de descobrir sobre como a vida da personagem foi marcada por algumas ações.
Sensível, poético, duro...
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heloisa.nas 26/04/2024

Vi mt resenha de gente que não gostou da escrita do autor mas eu adorei. Gosto muito de ter essas experiências que fogem do padrão de todos os livros. A escrita pode ser muito criativa além da história, mas na forma que se põe ela no papel também.

A trama é bem comovente, principalmente por ser uma história tão real e tão carregada de dor. A homofobia presente na vida de Raimundo desde seus antepassados, a dor de amar em segredo; de primeiro não o deixarem ser amado e depois ele mesmo não se deixar amar. A fuga de casa, a vida só. A dor reprimida, contida e depois expressada da mesma forma que lhe foi apresentada.

Não defendo 100% o autor pelas escolhas mas também entendo que (muitos) livros não são feitos para agradar e sim apenas contar uma história. Então mesmo tendo um final previsível para mim não deixei me aborrecer com ele. Raimundo passou a vida fugindo de tudo o que mais queria. E foi assim ao final do livro também. (Mas eu acredito que ele tenha lido sim, apenas não foi mostrado para o leitor).

Queria ver mais da história dele apenas. Mais sobre seus sentimentos.
eu sinto um pouco que o livro focou apenas nesse aspecto da vida de Raimundo como se ele fosse apenas essa dor de ter vivido a homofobia a vida toda e nada além disso. Mas entendo que o propósito do livro é relatar isso mesmo.
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Beatriz3345 25/04/2024

Amei!
As pessoas pensam que o previsível é de todo ruim. Um final esperado como esse, bem escrito com esse, é de tirar o fôlego de qualquer um.

Feliz que esbarrei com esse livro na livraria e obrigada ao vendedor que me apontou que ele estava autografado. Senti o chamado para levá-lo :)
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saito. 24/04/2024

?.
Caramba. Que livro.
Comprei esse aqui depois de ver a indicação em algum vídeo de livros no youtube, e confesso que da primeira vez que li eu estranhei um pouquinho a escrita do livro então parei de ler, mas acabei voltando ontem e acabei pegando o embalo e lendo ele inteirinho em pouquíssimo tempo. E, apesar de ser um livro curto é definitivamente CHEIO de conteúdo, e que conteúdo!!
A literatura nacional sempre me deixa ansiosa para ser consumida e eu sinto que esse é um livro extremamente brasileiro, tem uma representação que nós precisamos ler porque é uma realidade muito nossa. E eu amo o fato de eu saber que todas essas palavras foram escritas com a intenção em que eu as li, que não foi uma tradução, foi escrita dessa maneira e é lindo saber disso.
Confesso que esperei algo da carta e fiquei meio assim ? lendo o final, mas definitivamente entendi a ideia e eu amei.
Um livro favoritado!!!!!
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lucasssfds 24/04/2024

E no fim das contas, não me restaram palavras.

Meu deus, isso aqui é uma obra prima singular de um jeito que eu não lia há muito. Realmente, eu nem sei mais o que dizer.
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Madson Melo 24/04/2024

"inventa uma carta? uma carta pra uma pessoa que não consegue ler!"

O livro de Stênio Gardel é lindo. Isso precisa ficar claro antes de qualquer coisa.

Ele é lindo apesar de não utilizar palavras que nós comumente associamos a beleza da leitura. Ele consegue extrair o amor quase como um processo de lapidação de uma jóia bruta. Nos meios mais carrancudos, existe sensibilidade, e em diversos momentos eu consegui visualizar o mundo aqui proposto muito mais perto do que eu esperava.

É o amor queer onde nós achamos que ele não existe. Onde não parece que ele poderia habitar. É uma prosa de quebra, que vai e volta, e nos conta algo tão singelo com uma mão apertada no peito. Falar é preciso, mesmo quando não é possível. E talvez a única coisa que nos resta.

Vale muito a leitura.
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Madufarias 24/04/2024

Eu estou tão diferente assim, pai, que o senhor parece que não está me vendo?
Este é um dos livros preferidos do Paulo Ratz e também recomendação frequente de nacional. De uns tempos pra cá tenho me interessado e apreciado mais os escritores brasileiros.

No início não gostei da escrita, realmente tive problema, principalmente na história do tio com o pai, não sabia quem tava falando o que, mas em algum ponto começa a ficar mais fácil de entender. Apesar da reclamação, sem sombra de dúvidas é um complemento indispensável à história, assim como acontece com Aline Bei, tem mais impacto do que na “escrita convencional”.

Me parece que esses trechos “diálogo” são pensamentos. Sabe quando você pensa e responde? Aquela seria a formatação.

No mais, achei os personagens muito bem desenvolvidos e são reais de um jeito até assustador. O preconceito do próprio Raimundo negando a sexualidade, os pais ainda mais ignorantes achando que surra era a solução. É revoltante ver como a ignorância destrói vidas.

O livro é uma reflexão impecável. Sensível, trágico e poético. Necessário. Eu daria quatro estrelas pela escrita, mas como entendo ser necessária a formatação, vai ter cinco, sim!
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Mariana 24/04/2024

O tanto que o livro é bom é também o tanto que ele é complexo. Estamos falando da história de vida de um homem extremamente simples, cuja homossexualidade foi um fardo pra ele a vida toda. Tudo que aconteceu com ele a partir da adolescência se origina de uma carta de despedida do seu primeiro amor, cujo analfabetismo nunca permitiu que ele lesse. Apesar de curto, o livro se aprofunda muito em diversas questões. Faço a ressalva de que é um livro muito difícil de ser lido por quem começou a ler agora, uma vez que o autor escolhe um estilo de narrativa de fluxo de consciência onde muitas vezes é difícil identificar se você tá lendo um diálogo ou uma narração. Apesar de tudo, vale muito a pena.
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Kdiaax 24/04/2024

Esse livro me tocou profundamente!

Ser LGBT é um exercício de entendimento. É entender que o mundo em que você pertence, não te aceita, que a família em que você nasceu, não te aceita. E o mais triste, que tudo isso vai influenciar na forma em que você se vê, e possivelmente você não vai se aceitar.

O livro mostra isso com maestria, um retrato social de alguém que cresce se odiando, por aprender desde cedo, que merece o ódio.

?A palavra que resta?, é lindo, é genuíno e tocante. Esqueça a carta, aproveite a vida de Raimundo, é ela que importa.
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Eduardo 24/04/2024

Uma obra-prima da literatura brasileira.

Li esse livro por conta de um youtuber que sigo, mas sabia pouquíssimo a respeito (e nem de longe imaginava ser tão pesado).

Adorei a obra não só pela história que é contada, mas pela forma que ela é dita. O fluxo de consciência ali misturado com uma falta de marcações (vibe Saramago), somado, ainda, com gírias e palavras do Nordeste do país, trouxeram um sentimento único consumindo essa obra; porque o que importa, não é só o que é dito, mas como é dito.

O livro me incitou diversas reflexões, e se quando procuram benefícios da leitura e encontram sempre a resposta que ajuda a criar empatia, bom, definitivamente essa obra aqui é um dos livros que auxilia pra isso. É impossível você não se sensibilizar com a história do Raimundo, não só por ele, personagem individual, mas por todo mundo que vive ao redor e tem que lidar com toda aquela situação. Você se sente mal pela sociedade simplesmente ser assim.

Para mim, foi uma leitura que funcionou muito, que me emocionou demais e retratou perspectivas urgentíssimas da nossa sociedade, embora lamentavelmente tristes e violentas. Em vários trechos eu ficava sim, mal, pelo contexto da história em si, mas também porque eram facilmente relacionáveis com a realidade que eu já presenciei (tanto comigo, quanto com outros próximos), e ver dentro desse modo de enxergar, traz uma experiência única - e um sentimento de revolta.
O final pode ser frustrante, mas entender que no contexto da obra encaixa perfeitamente, alivia um pouco.

Percebi, lendo algumas resenhas, que algumas pessoas não gostaram da obra por ter muita violência, homofobia e até transfobia; entretanto, creio que um outro ponto de vista deva ser levado em consideração. Este livro busca retratar uma realidade complicada e, como diz a própria palavra da minha frase, REAL, que fez parte, e ainda faz, da vida de inúmeros indivíduos. Embora exista toda essa violência, ela em momento algum é romantizada; pelo contrário, na verdade, ainda que se trate de uma retratação, percebe-se ali no texto que é uma denúncia àquele modo de viver que as pessoas são obrigadas a ter por razões exteriores. Causa um sentimento de revolta, um sentimento de fazer com que tudo seja diferente. Eu entendo completamente que as pessoas podem simplesmente não gostar da obra por darem gatilhos a elas, por não gostarem de temas pesados e outros N motivos, mas creio que deva haver uma separação entre "o que eu não gosto" e "o que não é bem-feito". Não é porque VOCÊ não gostou de algo, que o problema seja NA OBRA. É perfeitamente possível concluir que uma obra não funcionou pra você pelo seu modo de viver, do que por que ela em si é um problema (como algumas resenhas destacaram).

No mais, tenho só a elogiar essa obra e ter a certeza de um dia realizar a releitura. A felicidade que tenho é da língua portuguesa providenciar tais textos; nenhuma tradução pra qualquer língua estrangeira carregará, em si, o peso que o nosso português brasileiro carrega.

"É difícil explicar, pai, sabe se o senhor coloca umas pedras dentro de um copo e o que fica dentro, as pedras, não se aformam ao copo, fica sempre uns espaços, sem pedra ou sem copo, não é igual quando você enche um copo com água, que o copo fica todo preenchido, a água colada nas paredes do copo, sem sobrar um cantinho de ar que não tenha água, todo mundo parecido feito água, eu me sinto pedra dentro do meu corpo, eu disse pra ele, mas disse com vergonha do que estava sentindo."

"Esconder de uma vez o desejo pra não mais me esconder."

"Tu já viu que não tem jeito, não tem, a mudança vem, ou a gente correndo atrás dela ou ela atropelando a gente com tudo, sem pedir pra sair do meio. E é bom que venha mesmo, que o fim certo é que é bom, é o fim certo que empurra a gente, não fosse a certeza do fim, a gente ia viver igual todo santo dia?
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LuAsa.vidor 23/04/2024

Maravilhoso
O livro, para mim, abordou dois temas que me cativaram muito: o amor interrompido cedo demais de forma injusta demais e a saudade, o ?e se? que fica marcado no peito depois; e o poder da linguagem, tanto na escrita em si do livro que exprime os pensamentos do protagonista, quanto a história que traz o desejo dele de aprender a ler para poder resgatar esse amor antigo. Amei demais esse livro, senti a dor que ele quis exprimir diversas vezes, mas valeu cada segundo.
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Guil 23/04/2024

Leitura interesssante, mas confesso que as vezes me perdia um pouco e tive que reler algumas partes para saber quem estava falando ou em que momento da história estava, pois existem muitas lembranças não lineares, e a narrativa se desenrola em uma linguagem coloquial, mas a história em si é muito bacana e fala basicamente de amor, traumas e homosexualidade por um ponto de vista diferente
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Glaucers 23/04/2024

Não sei como o autor conseguiu imprimir tanto sentimento em pouquíssimas páginas. É uma história comovente em todos os sentidos. Senti a dor do Raimundo na conversa com a mãe, na "proteção" do pai, na frustração e na falta de respostas, essas guardadas, talvez, na carta de Cícero.
Claro que ansiei pela leitura da carta, mas antes mesmo do final do livro, a própria narrativa deu os sinais do que ela poderia conter.
A ausência de atitude, o silêncio, é uma resposta.
Mas fiquei feliz que o Raimundo, pelo menos em alguma parte da vida, tenha se libertado dos medos que sentia e se revelado. Amém, Suzzanný. Uma bich@ porradeira!
Amei tudo e recomendo a todos. S2
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Marina 22/04/2024

Adorei a história de Raimundo. Realmente, todos têm seus traumas e sua história, muitas vezes reproduzidas com atos dos familiares anteriores, sem que muitas vezes se reflita sobre isso. Assim se explica um pouco as atitudes do pai de Raimundo, embora não se justifique? é um livro doloroso, pesado e atual, infelizmente. Recomendo muito a leitura.
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