spoiler visualizarAna Elisa 08/10/2023
Cringe é a palavra
Como sempre, isso não se trata de uma resenha, é simplesmente minha opinião pessoal sobre o livro.
Vendo as avaliações em geral, talvez eu esteja sendo muito exigente com essa série, mas não consigo evitar, ainda mais em relação a esse livro, que eu tinha uma certa expectativa; inferior ao anterior, mas ainda sim, é do Damon que estamos falando.
Esperava bastante coisa absurda, porque ele não tem limites, e estava muito curiosa para saber que tipo de garota teria tido a "honra" de ser o par romântico dele. No começo fiquei neutra, aguardando o desenvolvimento, mas no fim das contas a Winter nada mais é do que uma versão ligeiramente melhorada da Rika. A ideia toda de pureza e não sujar ela fez bastante sentido mediante o passado do Damon, mas ela era tão indecisa quanto a Rika. Esse negócio de te odeio, mas te amo ao mesmo tempo, não funciona pra mim. E é incrível como todas as garotas da série se excitam quando se veem ameaçadas. Talvez seja a água de Thunder Bay, sei lá.
Não posso deixar de citar os absurdos atrás de absurdos. Ter dinheiro deve ser muito bom, né? Faz com que coisas relativamente improváveis se tornem coisas simples. Sem contar a infinidade de crimes cometidos constantemente. Sério, é risível. Até pra dark romance deveria ter um limite.
Até o momento o Damon foi o mais absurdamente apaixonado, o que foi uma surpresa. Fico feliz por ele ter tido certo desenvolvimento emocional e feito as pazes com várias situações pessoais, mas teve momentos tão cringes que eu ri demais, sentindo vergonha alheia. Nem em romances melosos me deparei com certas coisas que ele fez. A tatuagem me quebrou demais, juro. A Winter fez dele a cadelinha dela.
Não superei que o Damon e o Will já se pegaram. Acho que preferia muito mais ter tido essa versão dos acontecimentos, seria no mínimo muito mais interessante. Eu amo de paixão o Will, e acho que quando juntos, ele o Damon são o veneno e o antídoto um do outro, e meio que se anulam. Sinto que um consegue manter a sanidade do outro, e se bem desenvolvido seria muito bom mesmo! Mas como esse não é o gênero, só me resta sonhar.
Mais uma vez temos um threesome, que dessa vez eu meio que achei compreensível. O Damon demonstra possessividade tanto com a Winter quanto com o Will, então foi razoável ele unir tudo. Entendo o apelo, mas realmente não vejo muita necessidade, embora saiba que é pro gatilho de kinkys que muitos leitores tem. Só acho que chega num ponto que fica cansativo. Usar a mesma proposta em todos os livros se torna repetitivo. Talvez andar na companhia um dos outros tenha limitado seus gostos às mesmas coisas.
Na reta final somos apresentados com mais um plot twist. Desnecessário, aliás. Eu sinto que essa autora tenta abordar muita coisa, e não desenvolve direito nem A, nem B. Damon e Rika serem irmãos não adiciona em nada ao plot. Uma das coisas mais legais dessa série pra mim, era a relação do Damon com a Banks, amo de paixão meeeeeeeesmo, mas a Rika ser adicionada nessa equação ajuda em quê? Absolutamente nada. O Damon cagou pra mãe deles do mesmo jeito. Agora todo mundo vai se ver obrigado a se amar, tsc tsc.
E não podemos esquecer do bebê. Booooooring. Já tínhamos a Banks grávida do Kai, tio Damon seria algo absurdo de legal de ver, inclusive não perdoo que ninguém tirou o cigarro da boca do Damon e amassou na mão, só pra ele perceber que ele não deveria fumar perto da Banks porque ela estava grávida, daria TUDO pra ver o Damon recebendo essa notícia, ele olhando pro Kai, tipo: "você ousou engravidar a minha irmã, seu desgraçado?!", mesmo eles sendo casados há tempos kkkkkk Mas até isso ficou esquecido no rolê. Aí já meteram mais um bebê na parada, and two is a crowd.
De qualquer forma, é isso. Não vejo a hora de terminar essa série, porque já cansei dos problemas de gente rica. Queria ser do tipo capaz de abandonar um livro sem olhar pra trás, mas infelizmente quando aceito um desafio, levo até o fim.