amarogusta 24/09/2021
falho
Luiz Antonio diz em seu livro "Escrever ficção" que o ponto crucial da construção de um personagem é ser acreditável. A autora falhou nisso. Os personagens, além de não serem interessantes, são rasos, fracos e não me convenceram de sua real existência.
O enredo não possui nenhum ponto fixo para se desenrolar, é tudo muito solto e baseado nessa relação familiar confusa e simplista. A história em si não te prende, o começo parece te levar à algum lugar, mas você termina o livro e parece que poucas coisas, as que pareceram verossimilhantes pelo menos, mudaram. As personagens têm um desenvolvimento óbvio e também pouco convincente. Também não me convenceu.
A escrita da autora é chata e parece estar sempre falando de forma monótona, sobre questões, pensamentos, sentimentos e ações pouco claras ou nada importantes. Os diálogos nesse livro são simplesmente péssimos, horríveis, inumanos, completamente ficcionais.
No geral, eu ainda tinha poucas esperanças sobre algumas questões, mas mesmo as que eu tinha interesse, a autora transformou em algo que estava ali para marcar presença e, por isso, soou como algo descuidado e objetivo (num mau sentido). Não suportei terminar as últimas 30 páginas e pulei para o epílogo, que também não suportei ler.