Thalissa.Betineli 26/02/2022
Me traga uma dose de tequila, de preferência servida pelas mãos de um MC!
Um legítimo MC que traz homens brutos, docinhos que estão lá por querer, muita bebida, crime, coletes de couro, braços musculosos tatuados... e um coração que, entre sangue, crime, ódio, traumas e fogo, também é humano.
É o meu segundo livro da Tamires Barcellos, então, sua escrita cativante eu já conhecia, mas é o meu primeiro livro dessa série, então, estou muito feliz que em dizer que ele superou as minhas expectativas todas, desde o desenvolvimento de cada personagem, seus passados, as reviravoltas, as relações, os contextos e, principalmente, o casal principal.
A Chama entre Nós me tirou o sono, me fez ver o sol nascer e, em plena 7h da manhã, eu implorava para poder ter forças em largar o livro e ir dormir, porque não conseguia parar de ler. E quando o fiz, ainda me vi pensando e sentindo toda a história. É uma legítima ressaca literária que ele te dá, porque me apeguei a cada personagem, às relações construídas e me vi inserida dentro de um universo novo e crível, repleto de confusão, festas, um cenário capaz de nos fazer imaginar, e emoções latentes e cruas que são transmitidas através de uma história que percorre anos, que nos agracia em apresentar um Damon ainda criança e uma Maddy bebê, para, diante dos nossos olhos, os fazer evoluir mentalmente e crescer para a vida.
Damon conquistou-me desde o começo. Não só ele, mas todo o moto-clube, que, para mim, é o protagonista também do livro, pois, junto ao Damon, vem o colete, vem seus irmãos de colete. E cada personagem possui sua personalidade, características únicas que, desde o princípio, nos conquista e nos faz imaginá-lo. Apeguei-me muito ao Ralph, adorei o Connor e estou muito curiosa para conhecer melhor o Chris... mas, nessa história, Damon rouba a cena, com seu coração fechado, suas mãos firmes, suas decisões irredutíveis e sua maneira direta e dura de resolver as situações. Ele enfrenta o que for de frente, exceto... reconhecer o amor da sua vida!
E essa, é Maddy. Que protagonista maravilhosa! Quando ela erra, são erros da idade. Quando ela acerta, nos enche de orgulho. E ainda, de quebra, nos dá cenas de vergonha alheia, cenas de encorajamento, cenas de romance, cenas de uma vida cotidiana enfiada dentro de um moto-clube que, de uma maneira tão espetacular, nos faz imaginar como seria se nós estivéssemos lá, inseridas nesse meio.
Juntos, Maddy e Damon são tão quentes, que o título do livro é simplesmente dito sem nem precisar ser explicitamente falado: porque, a cada toque, a cada beijo, você vibra. Você queima. O hot não acontece rapidamente, mas confesso que não me vi sentindo falta da cena até ela vir, no momento certo, na medida certa, no fogo certo, porque a química entre eles está além de um s3xo, é sobre carinho, é sobre confiança, é sobre convivência. Eu amo quando os personagens criam a rotina e o relacionamento através da convivência, da conversa..., e esse livro é sobre isso: é sobre as diversas faces de um amor que cresceu engatinhando junto com esses personagens. Então, quando temos as cenas mais tórridas do livro, todos os nossos pelos se arrepiam e, bem, até me faltam palavras para expressar o quanto juntos, eles são inesquecíveis.
Mas, como disse, o livro não se prende apenas ao romance! Ledo engano quem pensa isso. Aqui, o moto-clube não é apenas uma temática de fundo não! Aqui, ele é um ser vivo, ele está embrenhado na história, faz parte das vidas dos personagens e divide o brilho com os protagonistas, nos trazendo relações de amigos, irmãos, problemas de foras da lei, traições e, principalmente, tudo o que um membro do moto-clube precisa realizar e viver.
Estou muito ansiosa para conhecer o restante da série, porque, definitivamente irei ler, já que A Chama entre Nós chegou chutando o balde com suas Harleys, e tomando o posto de segundo lugar do meu ano. Talvez, o próximo livro vença esse cabo de guerra? Talvez, mas no momento, meu coração está na garupa da moto de um MC do Flame Wolves.