spoiler visualizarb1ktwpas 20/11/2022
Política.
É muito incômodo conversar sobre política atualmente, pois é como se estivéssemos caminhando sobre ovos. Desde a disputa entre Dilma e Aécio que acho que o Brasil vem adoecendo em relação a esse assunto. Não porque política "não preste" ou porque "não se discute", mas porque a nossa maneira de lidar com as coisas do dia a dia, o que inclui a política, vem adoecendo, especialmente devido ao uso constante de redes sociais. As redes sociais que usamos nos isolam do que diverge de nossos ideais. Elas não funcionam assim para que nossa sociedade entre em ruínas, mas apenas para passarmos mais tempo lá e lhes dar lucros, mas acabou que, como consequência, estamos mais ensimesmados, mais acostumados às nossas bolhas e com fobia de visões diferentes de mundo. Como é incômodo quando aparece na sua linha do tempo aquela postagem compartilhada por um coleguinha de trabalho que fala um monte de coisa as quais você discorda, não? Sim, eu acho extremamente incômodo e minha tendência é silenciar, só para não ter que digerir uma opinião diferente da minha. Sei que isso não é saudável, mas é uma tendência moderna. Do lado de cá e do lado de lá.
O livro de Gabriela Prioli fala sobre esse tema e outros mais, como o funcionamento da nossa democracia, sobre como mantê-la saudável, sobre se ela está ou não está em risco. É um livro de fácil leitura e de escrita muito fluida. Conheci a autora na época que a mesma estreou em um programa da CNN Brasil, onde ao lado de Coppolla, eles discutiam diversos temas da política brasileira.
Sobre o sistema eleitoral brasileiro e suas leis, acredito, mesmo com meu pouco aprofundamento do tema, que temos uma legislação muito organizada e que é exemplo para o mundo, ainda que muito crime e desrespeito seja cometido no País contra essas leis. Talvez devêssemos vigiar e punir mais, para assim frear mais eficientemente a corrupção. Os desvios sempre irão acontecer, pois a sociedade organizada há de lutar eternamente contra a entropia (o caos). A constituição brasileira, além do SUS e da urna eletrônica, são motivos de orgulho nacional. Claro que necessitam de constantes melhorias e reajustes, pois a sociedade é sempre dinâmica.
Cabe à gente votar mais consciente, valorizar nosso processo eleitoral, respeitar o nome do nosso país, e sermos mais abertos à discussão e a ouvir o diferente. Além, claro, de sabermos cobrar de nossos representantes. Como disse a autora, política é do dia a dia, não coisa de quatro em quatro anos.