Casa de alvenaria

Casa de alvenaria Carolina Maria de Jesus




Resenhas - Casa de alvenaria


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Cecilia393 10/04/2024

Carolina sempre incrível
Carolina sempre me deixa impressionada, a forma como ela mostra ser alguém a frente do seu tempo mas também uma mulher da sua época, seus pensamentos ativistas e seus preconceitos enraizados mostra que além de uma grande escritora ela também é apenas uma mulher.

Incrível que ela também consegue mostrar que na verdade a educação sozinha ela não salva, mesmo com seu primeiro livro estourado e ela se tornando muito famosa ela mostra que ainda sim existe desigualdade no meio da literatura onde ela está inserida.


Leitura muito rica, estou ansiosa pra ler o volume 2
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Sha 01/04/2024

Quando li "O Quarto de Despejo" lembro de passar muito tempo em transe após terminar o livro.
É muito gratificante ver o reconhecimento que a Carolina recebeu após o livro, mas, ainda foi pouco. Carolina merecia muito mais.
Durante 1960, Carolina se encontra com diversas pessoas importantes e tem diálogos incríveis. Em um momento específico, ela diz que ninguém lembra da favela, só se lembram quando veem ela. E ela questiona a si própria, se quando ela morrer esquecerão da vida miserável das favelas, ou se haverão outras Carolinas.
Achei essa passagem muito marcante, assim como diversas outras!
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Maria.Florentino 24/03/2024

São Paulo é a sala de visitas; a favela o quarto de despejo!
A maneira que Carolina Maria de Jesus descreve a vida após a repentina fama é envolvente, as críticas sociais da época ainda se fazem atuais. O livro é denso, pois seguimos a vida dela durante esse pequeno período, mas é uma leitura mais fluida. É interessante saber sobre a favelada que ganhou notoriedade, além de ser personalidade formidável da minha cidade!
Recomendo ler, para quem busca a realidade e política na perspectiva do povo.
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valmirneves 15/03/2024

Em "Casa de Alvenaria", Maria Carolina de Jesus relata em seu diário a mudança repentina de vida após a publicação de "Quarto de Despejo". A escritora saiu da favela, literalmente, apedrejada pelos moradores por criticá-los em seu livro de estreia. É interessante perceber aqui o descuido dos editores de não retirá-la do local antes da publicação, com tantas exposições, no primeiro diário, das agressões contra seus filhos quando ela precisava deixá-los sozinhos no barraco para catar papéis e garantir sua sobrevivência. As violências verbais dos vizinhos contra a própria Carolina, descritas e criticadas veemente em seu primeiro livro.

Recém-saída da favela, Carolina começa a morar nos fundos da casa de Antônio Soeiro Cabral, logo depois muda-se com os filhos para Osasco e começa a relatar a sua nova vida: tardes de autógrafos em livrarias, entrevistas para rádio e televisão, bailes, jantares, visitas a institutos, reuniões com políticos, etc. Na metade dos diários é possível perceber Carolina tomada por certa tristeza, melancolia e exaustão, com uma sensação de deslocamento. "Tenho a impressão que estou num mundo de joias falsas. O que noto na sociedade é o fingimento: ? E eu que não sei fingir estou dessolada nêste nucleo".

Esses momentos são alternados com a felicidade e incredulidade da escritora por agora ter o que dar de comer a seus filhos, comprar roupas e calçados para eles, além de residir numa casa de alvenaria, ter água encanada e energia elétrica. "A casa para um favelado é tão importante, que casa, para nós, deve ser escrita com lêtra maiúscula: Casa de Alvenaria."

Entretanto, mais alguns intempéries acompanharam Carolina: a insensibilidade dos paulistanos, vizinhos que agrediam seus filhos, pessoas oportunistas que começaram a pedir dinheiro e bens materiais a ela. E entre suplícios e glórias, Carolina de Jesus escreve sobre seu desejo de dedicar-se à leitura (queixava-se de não ter tempo de ler todos os livros que ganhava) e à escrita de outros gêneros literários, quando tentavam limitá-la apenas aos diários. Casa de Alvenaria me deixou interessado em consumir os poemas, peças e tantos outros gêneros produzidos por Carolina, que tem uma obra viva.
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Marina516 07/03/2024

Assim, nunca tenho o que dizer a respeito de carolina maria de jesus, é sempre muito difícil ler, mas muito bonito também percorrer a força de uma mulher através da escrita
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Izabella.BaldoAno 29/02/2024

Carolina sempre me tira do eixo. quando eu li Quarto de Despejo, muita coisa na minha vida mudou: minha visão sobre mim mesma, minha forma de valorar meu contexto e a minha história, minha posição diante do mundo acadêmico e outras tantas coisas, recalcadas aqui no íntimo.

Casa de Alvenaria é o diário que vem depois do estrondo do lançamento de Quarto de Despejo. é a narrativa de Carolina sobre a sua saída da favela do Canindé, sobre o seu contato com a burguesia paulista - e não só -, sobre o seu contato com outros lugares e culturas, sobre o que sua vida se tornou, sobre como se sente, sobre tantas coisas. ela é capaz de fazer um retrato político do início da década de 1960 e ao mesmo tempo olhar para a delicadeza dos detalhes cotidianos à sua volta.

há aqui sutileza, comoção, raiva, felicidade, descobertas, contradição e sobretudo humanidade. Carolina confessa tudo, sem meias palavras; inclusive o fato de que não gostaria de estar escrevendo esse novo diário e que preferiria escrever ficção, que é o seu sonho, mas que foi coagida a seguir no caminho daquele "produto" que fez sucesso, sendo transformada ela mesma em um produto. ela não para: de São Paulo pro Rio pra Porto Alegre pra Recife, de livraria em livraria, horas e mais horas dando autógrafos, noites e mais noites sem dormir, seus filhos entregues a pessoas que confiava para o cuidado mas sempre a surpresa de encontrá-los maltratados, mal alimentados, espancados, sobretudo por pessoas brancas que não aceitavam a ascensão de uma mulher negra que mal teve a oportunidade de estudar e que até ontem comia lixo.

ela narra as delícias e as dores de sua nova vida, e há particularmente um quê de desilusão e inconformidade que nunca a abandona: "devido eu saber que existe milhões de brasileiros passando fome, quando vejo muita comida, em vez de ficar contente, eu fico contriste".

Carolina sempre me tira do eixo. sempre que puder, retornarei aos seus escritos e vou deixar que ela me inunde.
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Lira Juazeiro 28/02/2024

Gostei bastante da leitura. Queria ler o segundo volume, mas como a maioria dos livros que quero ler, não encontrei na Amazon Aus
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Nado 31/12/2023

O livro Casa de Alvenaria volume 1 é o segundo diário escrito e publicado por Carolina Maria de Jesus, uma escritora negra e ex-favelada que alcançou fama e reconhecimento com seu primeiro livro, Quarto de Despejo. Neste volume, ela narra sua vida de agosto a dezembro de 1960, após se mudar da favela de Canindé para uma casa de alvenaria em Osasco. Ela conta como foi sua adaptação a essa nova realidade, as dificuldades que enfrentou, as viagens que fez, as pessoas que conheceu e as opiniões que formou sobre diversos assuntos.
O livro é um relato sincero, crítico e às vezes irônico da sociedade brasileira da época, vista pelos olhos de uma mulher que saiu da miséria e entrou no mundo da literatura. Carolina mostra sua visão sobre a política, a religião, a educação, a cultura, a família, o amor, a amizade, a inveja, a hipocrisia, a corrupção, a violência, a discriminação, a solidão, a felicidade, a tristeza e a esperança. Ela também fala sobre seus sonhos, seus medos, seus desejos, seus planos, seus projetos, seus livros, seus poemas, suas músicas, seus desenhos e suas fotografias.
O livro é uma obra de grande valor histórico, social e literário, que revela a personalidade forte, a inteligência aguda, a sensibilidade profunda, a criatividade imensa e a originalidade única de Carolina Maria de Jesus, uma das maiores escritoras brasileiras de todos os tempos.
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Iya Moura 25/12/2023

Necessária
Depois de Quarto de Despejo, esse livro vai trazendo a forma como ela lidou com o reconhecimento após a publicação, relações com os bajuladores do governo e imprensa, a percepção de quem deixou de catar lixo e morar na favela, reconhecimento de outros quartos de despejo, como era ser uma pessoa preta de periferia no meio dos "ricos", como lidou com a desconstrução dos preconceitos.

É pequeno, mas ainda tem muito a dizer!
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Samueldoprado_ 28/11/2023

Em casa de alvenaria vemos a vida de Carolina Maria de Jesus após o lançamento do seu livro mais famoso: "Quarto de despejo".
A sua nova rotina, agora na sala de visita de São Paulo.
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nath191 29/10/2023

#VivaCarolina
Realmente muito feliz de ter lido esse livro, queria ler o Volume 2 e ter acesso às outras obras dela, além dos diários
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Paulinha 14/10/2023

Tenso
Difícil avaliar a autobiografia de uma pessoa, é a história dela.

Mas da para perceber o quanto foi sofrido para a Carolina mudar de vida sem ter de fato alguém para apoiar e ajudar ela. O audalio foi alguém que tratou a Carolina como objeto e que achava que ela devia devoção a ele.

Carolina não sabia e ninguém informou que ela podia dizer não,que ela tinha o direito de descansar e fazer só o que ela quisesse, que era ler e escrever.

Quando a gente olha por esse ângulo o livro se torna triste ?
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Charleees 12/09/2023

Do Quarto de Despejo à Sala de Visitas
Após o enorme sucesso de "Quarto de Despejo - Diário de uma favelada" lançado em 1960, Carolina passou a se debruçar em um novo livro, que é este que trago hoje para você.

Casa de Alvenaria foi uma continuação, quase uma "consequência" do boom causado pelo livro anterior. Aqui, Carolina narra a sua saída da favela do Canindé em São Paulo, sua ida para Osasco, na casa do senhor Antonio Soeiro Cabral, o aluguel e a compra de sua primeira casa de alvenaria no bairro de Santana em SP.

Aqui o foco do seu diário é a vida fora da favela, a criação dos filhos e as muitas viagens para lançamento e divulgação do seu livro, mas não é só isso, Carolina é uma cronista de mão cheia e fala com propriedade da política e dos políticos de sua época. 

Carolina percorria estados do Brasil lançando seu livro, autografando, palestrando, mas nunca deixava de olhar para os pobres, para os necessitados daqueles lugares.

Em certo momento ela diz:

"Vou transformar o meu Diário em fala o povo do Brasil"

Falava sobre política e políticos, criticava o custo de vida que por conta da inflação alta, itens de necessidades básicas chegavam a preços exorbitantes.

"a vida de um operário é dura, com D. maiúsculo"

??Para além dos diários, Carolina escreveu ficção, poesia, compôs músicas, textos para teatro e começou a escrever uma autobiografia intitulada Um Brasil para os brasileiros, editada e publicada postumamente sob o título de Diário de Bitita.

Carolina, é a verdade do povo brasileiro. Como disseram estudantes da USP durante uma visita da escritora: "A França tem Sartre, nós temos a Carolina".
Mano Beto 05/04/2024minha estante
Preciso ler este e o Escravo dela




Biblioteca Álvaro Guerra 01/08/2023

O primeiro lançamento dos diários de Carolina Maria de Jesus registra os meses em que a escritora morou em Osasco (SP), em 1960 com introdução de Conceição Evaristo e Vera Eunice de Jesus.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788535930696
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Portela 24/07/2023

"A França tem Sastre. Nos, temos a Carolina!"
Casa de Alvenaria é a continuação direta de Quarto de Despejo - Diário de Uma Favelada da brilhante Carolina Maria de Jesus.

Diferente do primeiro livro, esse é um pouco menos feito por vontade própria. Como o diário foi um sucesso de vendas o editor pediu que Carolina continuasse a escrever sobre sua rotina, mesmo que ela quisesse escrever outras coisas. Inclusive esse é uma das queixas constantes dela.

É incrível ver como a vida da autora mudou drasticamente. Agora ela tem uma casa, dinheiro e comida pra criar seus filhos. Inclusive, ela viaja em vários momentos do relato e ganhou bastante reconhecimento, uma trajetória muito legal de se acompanhar.

Como sempre, Carolina faz comentários muito certeiros e críticos, sempre muito sensata. Eu simplesmente amo a forma dela de escrever, por ela ser muito poética. Não pretendo ler o volume 2 de Casa de Alvenaria porque são muitas páginas e confesso que estava achando esse volume 1 um pouco repetitivo. Agora vou focar em ler seus poemas.

Recomendo apenas pra quem tem curiosidade de saber o desfecho de Quarto de Despejo, até porque acredito que o primeiro seja melhor e mais profundo que o segundo.
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