O mapeador de ausências

O mapeador de ausências Mia Couto




Resenhas - O mapeador de ausências


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Siegfrito 14/03/2023

Almas marcadas de sangue e lágrimas
A história trazida por Mia Couto me enganou no começo, quando achei que seria só mais um livro sobre a busca de um cara por fazer as pazes com seu passado. O livro é muito mais que isso.

Tratando abertamente e nas entrelinhas de preconceitos, ditaduras, guerras civis e coloniais e até mesmo o homossexualismo do ponto de vista dos moçambicanos dos anos 50 e 60, o autor entrega um livro gostoso de se ler.

Ainda que a leitura demore um pouco a engatar e não seja exatamente uma história continuada, tem tudo para cativar o leitor mais paciente, que sabe esperar pela história e não correr atrás dela.
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Ed Bortolotte 09/02/2023

Surpreendentemente bom!
Dinâmico e cheio de mistérios a serem revelados, a trama toda desenvolvida em documentos e diários tem uma fluidez muito interessante. Uma grande obra sobre passado e futuro, colonizador e colonizado, arte e política e sobre o nosso papel em tudo isso.
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isa.dantas 06/02/2023

Romance de longo fôlego (comparado aos outros) entre passado e presente para que tudo se encaixe no final através de passagens e reflexões belíssimas. Sinto que este é o seu romance mais autobiográfico.
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Claudia.Correia 04/02/2023

O mapeador de ausências
Minha primeira leitura de Mia Couto e só posso dizer que foi uma experiência extasiante.
Diogo, um poeta Moçambicano prestigiado resolve retornar à Beira, sua cidade natal, para receber uma homenagem de seus conterrâneos. No entanto, esse retorno é também um regresso ao passado, à infância, à Moçambique colônia Portuguesa e a guerra pela independência. Paralelamente às lembranças, Diogo conhece Liana, uma mulher em busca de seu passado e juntos vão revisitando memórias e desvendando suas histórias.
Um livro sobre memórias, sobre revisitar o passado e suas ausências.
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André Felipe 15/01/2023

O Lado "Mar Calmo"de Mia Couto
O romance é construído sobre memória autobiográficas do autor baseadas em documentos do pai da época pré-independência, na década de 70 e possui, concomitantemente, uma trama nos dias atuais.

Durante as cinquenta primeiras páginas, a constante viagem no tempo entre a década de 70 e o século XXI, somadas ao início nebuloso do plot, que parece uma coletânea de documentos de arquivo sem conexão alguma, podem criar um clima de melancolia que pode te fazer abandonar o livro.

A partir da página 50, o livro ganha dinâmica quando a coadjuvante, Liana, soma-se à jornada do protagonista e, a partir da página 100, quando o autor inicia a costura entre os documentos do pai e o enredo, você começa a entender o porquê do título.

O plot do romance, entretanto, é uma biografia em forma de romance no qual o protagonista mergulha em dramas e situações mal-resolvidas do passado, o que não me atraiu muito e, provavelmente, não vai te atrair se você gosta de plots mais dinâmicos, com ação e twists, como na trilogia As Areias do Imperador.

No geral, é um ótimo livro se você quer entender o contexto histórico e o dia a dia durante a luta de independência de Moçambique e o contraste (ou não) com os dias atuais no país.

Minha nota real é 3.5
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Ana Clô 04/01/2023

?Tudo o que não se converte em história se afunda no tempo?
Nossa, estou impactada com esse livro! A poesia por trás da prosa de Mia Couto é excepcional!
Com uma narrativa que flutua ora no passado, ora no presente o autor consegue nos fazer mergulhar nas histórias e lembranças de Diogo, Liana, Benedito, Adriano, Virgínia, Óscar e vários outros personagens.
A história de uma Moçambique arrasada pelo colonialismo se constrói nas lembranças de nossos personagens, que por muitas vezes buscam fugir daquilo que é doído lembrar.
Mapear as ausências é sobre guardar essas histórias de alguma maneira.
Mia Couto é um gênio da literatura e fiquei muito feliz por poder conhecer mais de perto a história de nossos irmãos moçambicanos.
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silbreiemo 27/12/2022

Impecável
Nunca deixo de me surpreender com a escrita de Mia Couto. Sensível, forte e poético, o livro passa por memórias unindo histórias e personagens, sempre sendo capaz de aprofundar cada um deles gerando uma profunda identificação. Mapeando ausências e preenchendo todas com emoções e duras lutas.
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Marianne Freire 25/12/2022

?A poesia não é um gênero literário, é um idioma anterior a todas as palavras?. Mia Couto

Mia Couto tem um cuidado com a prosa poética a fazendo se tornar sensível e apaixonante. Mesmo com a narrativa frequente acontecendo em Moçambique, o romance vive o tempo cronológico de 2019 e 1973 através de cartas e memórias. Há o ?embelezamento do comum e da normalidade? através da troca de cartas com tons poéticos. Diários, documentos, cartas, reportagens e depoimentos íntimos para nos lembrar a importância de registrar. Registrar para lembrar e quando esquecer, lembrar.

A dureza da guerra civil e a ditadura militar se torna marcante nas lembranças de Diego que na companhia do pai chegou a procurar pelo primo, soldado levado para a guerra civil.

?O adriano acha que a poesia é o mais poderoso dos explosivos?. (p.55)

Na filosofia das reflexões da prosa poética, Mia constrói os personagens Adriano e Diogo em cima de acontecimentos entre presente e passado em uma Moçambique perto de deixar de ser colônia portuguesa. Mia constrói com maestria uma prosa poética tendo como pano de fundo uma guerra.

Mia Couto sopra boa literatura como quem sopra canela no ar. Mais do que uma nova obra de Mia Couto, e a independência de Moçambique, o Mapeador de Ausências é uma obra magistral sobre documentar memórias.
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Bah 13/12/2022

Esse é o tipo de leitura que eu gostaria de ter feito depois de pesquisar sobre o livro. Ele é poético e tem um contexto histórico que até então eu desconhecia, o que atrapalhou um pouco a leitura. Demorei a engatar, mas depois que passei da metade eu li voando.

Foi meu primeiro contato com o Mia Couto e eu definitivamente quero ler mais coisas dele. A história traz diversas camadas a suas personagens. Adriano, Diogo, Liana, Óscar, Almalinda, Sandro... envolvido em mistérios vamos descobrindo a Moçambique destas personagens, assim como suas vidas internas.

Eu gostei da narrativa em dois tempos, com recursos de cartas, diários e etc. É um livro que precisa de atenção, mas que depois de ler me peguei pensando muito nele e lendo e ouvindo diversas resenhas pra entender melhor.

Gostei: da narrativa, da escrita, dos personagens, dos mistérios.
Não gostei: achei confuso em algumas partes e deveria ter lido depois de pesquisar pelo menos o contexto. O português também tinha algumas palavras diferentes, mas nada que o contexto ou uma pesquisa não contornasse.

Nota: 4,5
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Gabriel1994 08/12/2022

O livro em si não é uma obra magnifica, acho que o mais interessante são os ensinamentos que a conseguimos retirar de reflexões que surgem em várias passagens.

A leitura achei bem leve, nada massante. indico!
Cris 08/12/2022minha estante
anotado




Mello 28/11/2022

A história em si não tem grandes impactos, mas as nuances e análises são bem reflexivas e emocionais, tem filosofia nas reflexões e os textos são muito poéticos.
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ArthurAlves 15/11/2022

Acontecimento
Colocando os dois no feed pois um foi consequência do outro.

Mia Couto conseguiu colocar nesse livro tantas e tantas vidas e histórias e presenças e ausências.

Cada personagem tem sua história contada da forma mais adequada, Benedito e Jeronimo, que mesmo não sendo os protagonistas, protagonizam pontos altos da história com suas lembranças e reflexões.

"Escrevi livros porque nunca soube ser o autor da minha vida. Espero que seja o autor de seus sonhos. (De Adriano para seu filho)."

O poeta Adriano, o poeta Diogo. Pai e Filho. É perceptível a influência de um na vida do outro. Pensamentos, frases, ações.

Virgínia Santiago, a mulher forte que sustenta a família acima de tudo.

Sandro, um jovem que desde cedo sente na pele o preconceito por não ser igual aos outros.

"Não vale a pena, Diogo. É muito tarde. ? E eu me interrogo se ela se refere a hora ou a própria vida."

O livro é repleto de reflexões e para mim não foi uma leitura rápida, esse é do tipo de livro que às vezes é preciso fechar e digerir. Recheado de fatos, como o ciclone que atingiu Moçambique em 2019 (foto 3) e o massacre de Inhaminga devido a Guerra civil enquanto Moçambique ainda colônia de Portugal.

Recomendo a leitura e a reeleitura como farei no tempo certo.
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Laiza 06/11/2022

Esse com certeza é o melhor livro que li esse ano. Já estou loucamente caçando outras obras desse autor.
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Raissa Carolina 02/11/2022

Interessante
A escrita é um pouco confusa, mas a história é densa, interessante e emocionante também. Algumas reflexões dos personagens sobre suas vidas são bem curiosas e nós fazem pensar em muito momentos. Alguns desfechos não fizeram tanto sentido pra mim, mas gostei do livro.
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