Laranja Mecânica

Laranja Mecânica Anthony Burgess




Resenhas - Laranja Mecânica


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Emanoely.Albuquerq 27/07/2023

O livro nos faz refletir demais sobre tudo que aborda, no começo eu senti muito ódio do Alex, porém dá muita agonia pena pelas coisas que ocorrem. Achei uma leitura cansativa, por toda hora ter que procurar no glossário, mas vale a pena. É um bom livro, me lembrou o 1984.
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Livrendo 24/07/2023

AMEI DEMAIS.
O adolescente Alex e sua gangue de “druguis” estão tão à parte da sociedade britânica que se comunicam por um idioma quase totalmente diferente batizado de nadsat, reflexo da formação de Burgess como linguista, e influenciada pelas gírias russo-inglesas da época. Alex não só pensa e se comunica neste vocabulário bizarro, como também narra toda a história em primeira pessoa, o que, apesar de fazer maravilhas pela ambientação, torna a leitura mais lenta e até impossível sem a ajuda do dicionário de termos ao fim do livro. Além de todas as palavras inventadas, Laranja Mecânica tem uma quantidade quase desesperadora de “tipo assim” e outras gírias com que estamos mais acostumados, dando-nos a sensação real de estarmos ouvindo um adolescente de vocabulário viciado durante quase duzentas páginas.

Contrabalanceando todo o caos e horror causado pela gangue de Alex, ele próprio apresenta um nível de cultura e refinamento muito elevado para qualquer garoto de quinze anos. Grande fã de música clássica, sobretudo Beethoven, o garoto manipula facilmente os próprios pais, atuando como o filho educado e cuidadoso que não se sente muito bem para ir para a escola esta manhã, mamãe. Ao mesmo tempo, ele exerce um controle ditatorial sobre os outros jovens de sua gangue, fazendo de sua palavra lei.
Ele talvez conseguisse manipular o leitor também, se todas as cenas de roubos, agressões e estupros em Laranja Mecânica não fossem descritas com tamanho detalhamento. Alex assume o trabalho de narrador com tanta intimidade que ele compartilha com você sem medo qualquer um de seus pensamentos, não te poupando detalhes, ainda que uma coisa sempre lhe falte: motivo. Não há motivo, raiva ou negligência que sequer comecem a justificar o comportamento horrorshow e ultraviolento de Alex. É absolutamente gratuito, não há outra emoção além da sede de poder, do sentimento de superioridade, da adrenalina ou do efeito das drogas que ele, como um bom menino, dissolve em leite em seu bar favorito. Enquanto estupra pré-adolescentes drogadas, espanca um mendigo até a quase morte ou entra em brigas armadas com as gangues rivais, Alex se sente invencível.

É justamente esta sensação de invencibilidade que causa a decadência do reino de violência do garoto: abandonado pela própria gangue em uma aventura que não vai exatamente como o planejado, Alex descobre que as consequências de seus atos vão muito além de uma bronca ou uma ida rápida ao reformatório. Aos quinze anos de idade, ele vai preso, e na prisão ele entra em contato com a inovadora Técnica Ludovico, que todos nós já conhecemos tão bem pela adaptação cinematográfica de Stanley Kubrick.

Em uma sociedade onde a ultraviolência é perfeitamente normal e até esperada dos adolescentes, tamanha a distopia que Laranja Mecânica representa, Alex é submetido a um condicionamento que o torna fisicamente incapaz de sequer estar próximo de qualquer insinuação de agressividade. Em consequência, ouvir sua música favorita causa nele o mesmo efeito. Alex se vê livre, porém forçado a tornar-se um jovem como eu e você, em um mundo onde nem eu e nem você sobreviveríamos. Apenas com o protagonista fragilizado desta forma é que nós descobrimos que a violência não é algo esperado apenas dos jovens druguis. Alex torna-se vítima de velhinhos raivosos e policiais abusivos, e a única pessoa que lhe demonstra compaixão é uma de suas antigas vítimas, que não o reconhece. O escritor F. Alexander, que trabalhava no manuscrito intitulado Laranja Mecânica na época em que sua casa foi invadida pela gangue, vê em Alex uma oportunidade de criticar efetivamente o sistema político atual, que força jovens saudáveis a experimentos ainda não testados e os condiciona como animais. Aos poucos, nós descobrimos que os revoltados de Alexander são tão cruéis e vingativos quanto o próprio garoto, ainda que neles exista, também, um novo tipo de violência, além de toda a crítica sobre a intervenção do Estado e a liberdade pessoal.Resenhando o livro eu tive uma opinião totalmente diferente de quando o li, e devo dizer que hoje em dia gosto de Laranja Mecânica muito mais. É difícil termos uma dimensão do quão distópico e terrível é a Inglaterra ficcional de Burgess logo de cara. Estamos tão aterrorizados com nosso anfitrião que não damos a devida atenção ao fato de que mesmo o prédio de alta-classe em que seus pais moram está absolutamente depredado em todas as áreas sociais, ou ao fato de que seus pais pouco se importam se ele está preso, vivo ou morto. Alex é, de fato, um narrador tão impecável que nós não conseguimos prestar atenção em mais nada além dele. Para Anthony Burgess, o futuro é um ambiente bestial e hostil, em que a sobrevivência vem com um alto preço e ninguém tem a menor ideia de como a sociedade conseguiu evoluir até aqui.

Desnecessário dizer que o livro sofreu intensa censura e repressão em vários países desde o momento de sua publicação, tanto pela brutalidade da narrativa explícita quanto pela ideia que era desenvolvida por trás. O capítulo final, a grande cereja do bolo, foi omitida das edições americanas por anos, numa tentativa pouco eficiente de dar ao leitor um falso senso de justiça – cuja inexistência é apontada em cada ato de violência de cada um dos personagens. O próprio Kubrick baseou-se neste final incompleto para o seu clássico do cinema, comprometendo toda a ideia da história original, e daí justificando-se a insatisfação do autor com a adaptação.O final do livro se revolve em uma inesperada metanoia, ou seja, uma intensa transformação de espírito e de caráter por parte do protagonista. É o próprio Alex que nos escancara a terrível e inevitável natureza de seu mundo com uma frieza que apenas ele seria capaz: discutindo conosco com consciência e tranquilidade sua realização de que nem mesmo ele será capaz de lutar contra o tempo e a natureza doentia das pessoas. Já com dezoito anos, ele passa a caminhar para a posição inevitável de vítima. Chances são que seus filhos, e a sociedade como um todo, tornem-se ainda mais violentos do que em seus anos de juventude. O tempo passa, o mundo gira, e um alfa envelhecido está fadado a ser dilacerado por um jovem cheio de energia, sem que nada possa ser feito a respeito. E que assim seja, ou, como vosso jovem Alex diria, e aquela kal total.

site: https://www.instagram.com/livrendo.tudo/
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cristian.franca 23/07/2023

Uma crítica social visceral e árdua de tragar
Distopia com muito ultra violência. Um universo que se encaixa perfeitamente na nossa sociedade atual. Um estado ineficiente e cruel, famílias desfuncionais e cada vez mais mecânicas. A violência é mecânica e horrorshow. Um livro incrível!
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Felipe Lapa 20/07/2023

Laranja mecânica
"Laranja mecânica", de Anthony Burgess, é uma das três grandes obras de distopia, sendo as outras duas "1984", de George Orwell, e "Admirável mundo novo", de Aldous Huxley. Na história do livro, Alex vai contar como foi a sua adolescência no meio da intensa violência das ruas de uma Inglaterra destruída. A violência vinha de diversas partes, sendo os policiais e os adolescentes as principais fontes dela. Alex conversa com os seus amigos através de uma linguagem própria, chamada nadsat, que causa um certo estranhamento nas primeiras páginas, mas esse sentimento vai sumindo conforme anda a leitura.

O livro é dividio em três partes e cada uma delas me despertou um horror e uma mistura de sentimentos que eu senti com poucos livros. Me encontrei sentindo um nojo extremo e um sentimento de miséria e degradação em muitas partes do livro, tudo isso vindo dos cenários que Alex e sua gangue criaram. Cenas de vandalismo, mortes a sangue frio, tortura, lavagem cerebral e muitas outras são apresentadas de uma forma tão "é assim mesmo e acontece", ou seja, com tanta naturalidade, que me deixou desconfortável, o que eu acredito ser uma proposta do livro, claro.

Fora a violência, é possível ver como pode ser destrutivo deixar tratamentos psicológicos nas mãos de um governo totalitário. Outro ponto que é abordado no livro é a liberdade, até que ponto a liberdade é algo seguro? Isso me fez pensar muito e esse assunto é extremamente árbitrario, pois tirar a liberdade de um ser humano é algo criminoso e forçar a moralidade em alguém é algo inumano.

A experiência de ler "Laranja mecânica" é algo incrível, reflexivo e horroroso. Amei o livro e entrou para os favoritos da vida. "Laranja mecânica" é uma leitura para todos que querem conhecer um mundo cheio de violência e reflexões.
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maluizan 19/07/2023

Um livro muito horrorshow??
?transformar um jovem decente em uma coisa mecânica não deveria, certamente, ser encarado como triunfo para nenhum governo, a não ser aquele que se gabe de sua capacidade repressão.?

laranja mecânica, que livro! é muito louco o fato de que passamos por diversas sensações durante a leitura. você vai de pena à empatia em poucas páginas e acontecimentos. de fato e inicialmente senti muita raiva do protagonista, mas é muito interessante a conexão e o desenvolvimento dos acontecimentos para que no final a gente só pense: ?poxa, alex?que a vida possa lhe sorrir um dia!?.

eu simplesmente amei a leitura e acredito que seja uma obra muito pertinente na vida de todos, apesar de não ser muito fácil engolir todas as cenas de ultraviolência que as páginas contam. mas a essência do livro? fantástica.
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Bhadnittaa 19/07/2023

Horrorshow !!!!!
Sem sombra de dúvidas, uma das minhas melhores (se não a melhor, rs) leitura do ano. Não me entendam mal, aqui não me refiro aos atos terríveis de Alex e seus “druguis”, nem da “ultraviolencia” desenfreada que permeia toda a narrativa, o que me chamou a atenção foi a mensagem q o livro nos deixa, o que é um homem sem escolhas, sem a garantia de seu livre arbítrio, se não uma laranja mecânica ? Por mais q a bondade seja um sinônimo de boa conduta, uma virtude desejável e alvissareira em todos os âmbitos de nossa sociedade, essa, não pode ser fabricada nem imposta, já que, se pela força, a mesma deixa de ser uma escolha e sua intenção passa a ser corruptível. Por mais atroz e desprezível q Alex e todos seus amigos fossem, eles nada mais eram que um reflexo de uma sociedade já ultraviolenta de valores “”””conservadores””””(aqui me refiro apenas a pontos de vistas diferentes, o novo e o velho, nada de partidarismo okay pessoal kkkkk) , onde a coerção moral não fôra suficiente pra conter as disrrupturas de uma nova geração, sendo assim, necessária a aplicação dà força sobre valores subjetivos que julgavam certos nesses delinquentes, o que se provou ineficiente, afinal, não foi e nem seria capaz de subverter Alex em um bom indivíduo, uma vez que a desumanização do ser nao altera a essência do mesmo !
Leitura riquíssima, foi pros meus favs!
Ps.: Fui influenciada a ler Laranja mecânica pela tríade das distopias, do qual já havia lido 1984 e admirável mundo novo (e devo confessar que vosso humilde narrador aqui roubou o primeiro lugar) e também pela influência q L.M. Teve na música Ultraviolence da Lana del Rey.
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k.mazzi 16/07/2023

O autor cumpriu seu objetivo com êxito. No começo, eu só sentia raiva, nojo e desdém dos personagens, principalmente na primeira parte da história. Depois, ficou mais "tranquilo", porque o meio e os comportamentos mudaram, mas ainda era uma coisa desagradável de se pensar e imaginar. No fim, cumpre o objetivo de fazer você se questionar de muita coisa da nossa sociedade, da juventude, do porquê dos nossos atos e consequências deles. Não vou dizer que é a melhor leitura que eu fiz, acredito que tem outras obras com essa mesma vibe e propósito que tem uma narrativa melhor, mas é uma experiência bem válida.
A escrita é desafiadora no começo porque usa com frequência uma linguagem própria da história, mas você pega o jeito com o tempo.
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Ingrid 15/07/2023

Surpreendentemente incrível
Amo livros em que a gosto se trata de uma distopia. Laranja mecânica não foi muito diferente. Vi o filme a alguns anos, mas depois de ler a obra terei de rever. Se eu puder dar um conselho a quem não leu o livro ainda, digo: leia sem consultar o glossário. Essa experiência me fez devorar o livro e terminar em 11 dias ?
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soso 13/07/2023

A veshka mais horrorshow!!!
O livro mais bizumni que eu já li, valeu cada tia pecúnia. Muito chudesni, o desenvolvimento do Vosso Querido Narrador Alex é horrorshow. Eu simplesmente odiava o Alex e os druguis dele por conta da krastagem e tudo mais, e, no final do livro, me vi gostando dele. Livro horrorshow!
Just.fifi 13/07/2023minha estante
Não entendi nada do que você falou, mas deve ser bom ?




Helena Laís 13/07/2023

Já foi o meu livro preferido da vida, li muito nova e sei que se release hoje ia achar muitas coisas que me incomodariam, então vou deixar só no carinho dos intervalos solitários do ensino fundamental em que esse livro me acompanhava.
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miri.miri 12/07/2023

"Será que eu serei apenas uma laranja mecânica?"
É muito horrorshow pensar em como um vek de tempos tão distantes pensou em um enredo tão moderno, visionário para a época, está obra cheia de ultraviolência e realismo dolorido tem características que fazem dela atual não importando qual época se leia. Seus acontecimentos cruéis e justiças alternativas ganham um ar divertido com a excêntrica linguagem nadsat, ó meus irmãos e druguis está é uma leitura e experiência única. Grande clássico que nunca vai envelhecer, adoro livros assim, corajosos em dissecar a maldade e fáceis de vizualizar as cenas durante a leitura.
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Gabriela 11/07/2023

Incrível!
Eu simplesmente amei esse livro! Ele é diferente de tudo que já li! Não tinha visto o filme ainda, então mergulhei de cabeça direto no livro sabendo superficialmente do que se tratava.

No início parece que eu iria me confundir toda na história e não iria me adaptar as gírias próprias dos personagens, porém no decorrer da leitura, me familiarizei com a escrita e tudo mais, e assim me vi presa sempre querendo ler um capítulo a mais.

A história conta sobre Alex e sua gangue, narrada pelo próprio. Sobre os atos violentos que eles praticavam, até Alex acabar sendo pego pela polícia e submetido a um teste experimental de mudança de comportamento agressivo. O livro também aborda como foi sua vida após o experimento e sobre a repercussão que houve nos jornais a respeito.
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manda 06/07/2023

Vou ser honesta no começo não estava gostando muito, exatamente pelo vocabulário nadsat introduzido pelo autor no filme não aparece tanto sabe, só fui me acostuma quando tava terminando a primeira parte lá na página 90 e tanto, depois fui me acostumando e conseguindo absorver o que estava acontecendo. Acho que a obra conversa com os dias atuais de extrema violência dos jovens e da sociedade como todo, sendo reflexo do sistema que estamos inserindos, onde os pais não têm tempo pra conversar com seus filhos devido ao excesso de trabalho deixando estes a bem dará. Dito isso pelo final vemos que Laranja mecânica é afinal de contas uma obra sobre crescimento.
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