Resenhas - Laranja Mecânica

alessandrakarlaleal 11/01/2024

Uma história muito horrorshow
Alex, um adolescente narra a sua própria história, com uma linguagem própria para algumas palavras, ao longo do livro vamos entendendo oque quer dizer.
Uma história chocante e com muita violência gratuita,(ultraviolencia no livro) e atos terríveis cometidos por Alex e seus drugs.
O livro aborda um mundo distopico, bem complexo, aborda temas sociais e políticos, além da rebeldia jovem, e questões sobre liberdade de escolhas e até questões psiquiátricas onde vemos o Alex tendo pensamentos e atos que mostram um certo distúrbio comportamental.
O final também é interessante, não vou deixar muitos spoilers, é uma leitura que vale muito a pena, diria até atemporal.

debinha 11/01/2024

A linguagem nadsat faz o livro todo parece uma gozação com a cara do leitor.
o autor cria um dialeto próprio em um universo específico com características de ficção científica pra época em que foi publicado. inclusive se enquadra numa perspectiva steampunk na minha opinião.

quando o termo laranja mecânica é trazido no livro como um livro mesmo, ele é referenciado como o próprio ser humano que cresce como tal, mas quando possui influencias do externo se modifica (ainda é uma laranja, porém mecânica). tive uma sensação de que teve uma abordagem bem jean jacques rousseau da vida.

tipo assim, lambam meus cherres.

distópica 10/01/2024

O filme é ótimo e foi ele que me despertou o interesse pelo livro, pensei que não poderia gostar ainda mais da obra, mas acabei gostando depois do livro. As linguagem que o autor traz deixa a história com um aspecto ainda mais intrigante e uma sensação de estranheza muito saudável. O glossário ao final ajuda a esclarecer as dúvidas, mas recomendo ler o livro sem consultar esse dicionário, dentro do contexto de cada cena é muito fácil ter uma noção do que cada palavra remete e isso deixa o livro muito mais gostoso de ler. Violento, sarcástico, uma carga psicológica muito grande, traz questões políticas e sociais importantes pra serem discutidas. Simplesmente sensacional!

Tonyelson 07/01/2024

Muito "horrorshow"!
Anthony Burgess consegue escrever uma história carregada de complexidade, narrativa descritiva e violenta se tornar algo que cativa. À medida que vamos dando prosseguimento na leitura - e dando adeus à estranheza da linguagem nadsat -, vamos nos afeiçoando cada vez mais ao Vosso Narrador e seus druguis. Uma experiência literária muito "horrorshow"!

Luh2201 07/01/2024

Me deixou boquiaberta
Depois de ler este livro, acho que passei uma semana pensativa e entrei em ressaca literária.
É um livro pesado, que aborda assuntos pesados, não achei tão fácil de ler, entretanto, muito bom depois q vc acostuma com a forma que é escrito.
De deixar doido, amei.

Daniela340 05/01/2024

Difícil de ler
Pra ler esse livro vc tem que ta com muita vontade e disposição, pq ele tem a sua própria linguagem e confesso que no começo é muito dificil de acompanhar a linguagem nadsat.
no final do livro tem o glossario pra vc acompanhar, que surgiu depois de um tempo q o autor escreveu o livro e na tradução tem umas adaptações abrasileiradas (ajuda muito).
mas ai fica a seu critério de entrar no mundo de Alex e de fato nao entender o que ele quer dizer, ou ir acompanhando e entender tudo ??????

befffy 04/01/2024

Sei que é um livro reconhecido, com uma linguagem interessantíssima e tal, mas pô, chatíssimo de ler, simplesmente.
me esforcei muito, mas no fim acho que essa história se passa melhor em filme pela facilidade de entender os cenários, que ( pelo menos pra mim ) no livro é dificílimo de entender.

karla.jamily 04/01/2024

"Um homem que não pode escolher deixa de ser um homem.?
Sempre tive vontade de ler esse livro, mas o estopim para isso foi quando descobri que a Lana tirou a palavra Ultraviolence desse livro. Ultraviolência, coisa que ele tem demais.
Dos clássicos distópicos do século XX, esse é o mais possível e próximo de acontecer.
Numa sociedade britânica futurista, atos de ultraviolência são muito presentes, tanto que as pessoas não saem mais de casa por medo. O livro, dividido em 3 partes e com o dialeto usado pelo grupo, conta a história de Alex que é líder de uma gangue composta por seus três druguis.
Ele e seus três amigos passam o dia tomando leite batido com drogas e saem a noite para praticar a ultraviolência. Eles agridem, invadem casas, estupram mulheres; tudo isso pelo mero prazer.
Um dia, Alex é pego no ato e é levado preso. Não querendo permanecer lá, ele aceita fazer parte do tratamento Ludovico, que seria algo como uma "psicologia reversa". Colocam filmes para ele assistir, mostrando coisas que ele gostava de fazer, cenas de ultraviolência, mas agora não lhe dão tanto prazer assim.
O livro se encerra na terceira parte, onde Alex é livre e está "curado". Contudo, nem tudo são flores.


Escrita muito boa, fluída e mesmo com o dicionário do dialeto o melhor é tentar descobrir de acordo com a interpretação.

Eduardo 03/01/2024

Um baita livro
Que gerou um baita filme....

Excelente história! Esse lance de usar um vocabário inventado realmente dá um toque especial!

Leiam! Recomendo!

mmaguara 03/01/2024

Mudar é mesmo a melhor opção?
O livro conta a história de Alex que é um jovem garoto que se diverte nas ruas cometendo atos criminosos, e uma vez ele é pego no meio de seus atos e mandado a um experimento do governo para "limpar" mentes criminosas. Essa distopia clássica é simplesmente genial, não só pelo jeito que é retratado a manipulação do governo sobre nossas mentes, mas também pela metáfora do nome do livro Laranja Mecânica com o que acontece. O título consiste em que o ser humano é como uma laranja mecânica, que cresce naturalmente mas quando modificada fica dispersa de seu verdadeiro propósito, e mesmo assim continua sendo uma laranja. Essa metáfora se encaixa perfeitamente com o que acontece com o protagonista que tem sua mente "Modificada" para que ele pare de ter a mente de um criminoso, e com isso ele ficaria sem seu direito de escolha, basicamente deixando de ser um humano, mas ainda sendo um. O livro tem uma leitura bem cansativa pois ele é narrado pelo protagonista no vocabulário nadsat que é uma referência aos vocabulários de criminosos nos anos 60, e é preciso traduzir as palavras com o dicionário ao final do livro, mas tirando isso é uma leitura que vale a pena, "horrorshow". Aviso: o livro tem cenas bem pesadas e não é recomendado para pessoas sensíveis!

ViviGreg. 01/01/2024

Que livro, ó meus irmãos! O que mais me surpreende nesse tipo de distopia é a fina barreira que nos impede de viver em uma realidade assim. Essa história é incrivel por si só, mas as gírias e o neologismo próprio deixou tudo ainda melhor. É um clássico necessário e incrível.

teilo 31/12/2023

Uma leitura tipo assim muito horrorshow, Ó, meus irmãos
Então o que é que vai ser, hein?
Sou suspeito a falar porque gosto muito de inovações na estrutura em si do texto, coisa que em Laranja Mecânica é extremamente presente através de neologismo, ou linguajar "nadsat", que no início quase me fizeram largar a leitura de tamanho estranhamento, mas que depois começam a tomar sentido na nossa cabeça (kkkk isso que dá qnd um linguista escreve um livro).

A parte 1 é horrível em todos os sentidos, não só por essa sensação de estranheza e desentendimento constante, mas também pelo conteúdo EXTREMAMENTE violento que ela traz com tanta naturalidade por parte do Vosso Humilde Narrador. Entretanto, ela é necessária pra que, já na parte 2, comece a ser mais claro todo o conceito que o autor constrói. Basicamente senti que a primeira parte tinha que ser ruim pra o livro poder ser bom.

Enfim, é uma história relativamente simples com uma leitura propositalmente difícil em alguns momentos, uma distopia clássica que agora tendo lido percebo a influência em muitas outras obras e que é de se parabenizar Anthony Burgess por em seu grande pessimismo nas próximas gerações ter, infelizmente, chegado a semelhanças próximas a nossa realidade atual.

Dita 31/12/2023

Uma experiência
Essa foi definitivamente a leitura mais diferente que eu já tive. De antemão, se tornou a minha obra favorita de todas que eu já li.
Não é um livro para todos, é bem pesado, com alertas de abuso, violência e tortura.

Agora sobre a dinâmica do livro em si, a principal logo de cara é a linguagem dele: o autor criou uma língua futurista única pra esse livro, então conforme você lê, você precisa consultar as palavras no dicionário (no final dele).

No começo, era cansativo, mas valia o esforço porque a história tomava um rumo interessante. Porém, conforme você avança, começa a tomar domínio da linguagem do livro e quando menos percebe.. do meio para o final você aprendeu quase todos os termos e palavras criadas por ele. Sem contar as palavras que você precisa aprender conforme lê: é um livro de fácil leitura, não é massante e os capítulos são rápidos. Terminei em uma semana.

A história é sensacional, a distopia e a reflexão que o livro trás te faz pensar sobre controle, liberdade e até onde vai a moralidade humana.

O protagonista não é alguém amável, você simpatiza e cria empatia por ele pelas situações extremas que ele passa, mas ao mesmo tempo você se pega num debate interno "Ele fez tanta merda, mas realmente merece isso?".

Dito tudo isso, recomendo fortemente, mas talvez não seja uma leitura agradável para todos pelos momentos pesados que carrega.

Celice1 31/12/2023

No início tava achando muito chato e difícil de entender devido às palavras do vocabulário de gírias, mas no final valeu muito a pena persistir. Gostei bastante e acho que vou assistir à adaptação

Kemar 29/12/2023

Eu vejo o que é certo e aprovo, mas faço o que é errado.
Pouco livro/filme me faz sentir a sensação de que exageraram na violência, poucas vezes me sinto tão desconfortável quanto me senti nesse livro.
Ler a descrição de cenas horrendas pelo ponto de vista de quem as acha divertida.
Eu diria que é como sofrer algo terrível como um abuso e depois ser colocado pra assistir com o olhos e a mente de quem abusou.
Ler laranja mecânica me fez questionar 100% do tempo que forma saudável existe para tirar a violência das pessoas?
E isso é possível? É possível curar o que a sociedade criou? E será MESMO que a sociedade que cria sempre?
Sempre concordei plenamente que o ambiente define quem somos. Mas hoje em dia, mesmo acreditando nisso, às vezes penso que tem algo a mais.
Me pergunto,será que é possível mesmo tudo isso em tamanho nível de crueldade ser o fruto de influência social??? As vezes não consigo acreditar no que acredito, às vezes parece que precisa de mais explicação.
Acho que é por causa desse paradoxo, esse enigma difícil de decifrar, o que veio primeiro? O homem criou uma sociedade ruim pq é ruim? Ou foi sem querer e essa sociedade o corrompeu?

A linguagem nadsat foi genial, eu escolhi não ler o glossário, eu queria passar pela estranheza, queria aprender por assimilação, e eu consegui, com o tempo eu ia conseguindo entender oq era cada palavra e acabou se tornando comum.

Mas também tenho críticas, não consigo engolir o final do livro, e talvez essa seja a intenção do autor, então é bom que eu continue inconformada. Mas simplesmente impossível de engolir essa história de violência atrelada à juventude, e assim que a juventude acaba no lugar aparece um instinto conservador e protetor? Muito difícil de engolir. Mas de certo que é uma obra de arte, de uma genialidade única!