Resenhas - Também guardamos pedras aqui

Larissa3491 16/09/2023

Talvez eu precise ler de novo
Ao saber da temática do livro, fui ávida para a leitura. Gostei muito de alguns poemas, mas não de todos. Não entendi muita coisa, apesar de ter um conhecimento considerável sobre literatura grega. Talvez me faltem referências para conseguir relacionar com o Brasil. Talvez eu precise ler de novo para entender direito. No geral, me decepcionei.

Helder 29/12/2022

Nicho
Este livro serviu para eu perceber onde meto meu bedelho. Nem todos os livros são para todas as pessoas. Eu não absorvi nada desta leitura. e me senti até meio analfabeto. Aí fiquei curioso: Como este livro ganhou o Jabuti de melhor livro do ano?? Fui então pesquisar e descobri que este texto faz parte de uma performance da autora declamando seus poemas e que está no You Tube. Ouvi-la, melhora a experiência. Sua performance tem força e traz emoção. Dá para perceber que ela quer fazer conexão entre a mitologia grega e nossa realidade, mas é tudo complexo e "cabeça" demais. Certas artes, são separadoras, e não agregadoras. OU talvez seja somente o caso de ser uma arte de nicho. E eu não estou neste nicho. Mais uma vez meti o bedelho no lugar errado. Fico com aquela sensação de que tem algo bom aí. Mas não sei como alcançar. Quem sabe um dia eu retorne. Hoje ficamos assim. Vazios!

albertoscerri 14/12/2023

Não tenho muito conhecimento sobre as referências gregas, mesmo assim, alguns poemas, principalmente da parte final, me impactaram! Luiza constrói uma crítica à hegemonia e cria cenas mentais fortes com suas metáforas.

José Marques 12/03/2024

E quantas pedras temos!
Em janeiro de 2023, estava garimpando novas obras na querida livraria Martins Fontes, em Sa?o Paulo, para conhecer naquele mesmo ano. Buscava livros que fossem fora do meu universo juri?dico, buscava poesia, cro?nicas e romances.

Encontrei no meio de tantos, um pequeno livro que na?o imaginaria forc?a que ele iria me revelar. Estava diante do livro da Luiza Roma?o, que acabara de vencer o Pre?mio Jabuti de livro do ano em 2022 e o de Melhor Livro de Poesias de 2022. Estava diante de uma obra potente!

Com refere?ncias antigas e contempora?neas, passeamos pelas letras duras, pore?m leves, reconfortantes e inquietantes. Sim, temos um misto de sentimentos ao sabermos que tambe?m guardamos pedras aqui.

Recomendo muito a leitura!

Lua 25/11/2022

As pedras que Luíza nos trouxe
Com poemas potentes que remetem a personagens da mitologia grega, mas também nos apresentam uma realidade muito nossa, Luíza é uma voz forte que ecoa após o fim de cada de cada poema lido.

Essa sacada da antiguidade e do contemporâneo, do mito e das dores muito reais em nossa sociedade, faz dessa obra a potência que é.

Uma leitura curta e cortante. Indico!

laura solzinho 02/06/2023

Sinto que
Sinto que faltava uma explicação no rodapé (ou na folha em branco ao lado de cada poema) para cada referência ao livro de Homero.

No começo estava sendo legal ir pesquisar sobre os personagens para entender melhor, mas depois começou a ficar exaustivo. Depois da metade do livro eu só fui com o que eu sabia de memória, sendo essas as figuras ilustres da mitologia grega como: Aquiles, Zeus, Helena, Heitor, Tétis, Páris, ?

Tendo dito isso fiquei bem decepcionada com o poema de Aquiles, curto e óbvio. Diferente do de Zeus que foi curto e muito bom, um dos meus favoritos do livro.

Os meus poemas favoritos foram os de título: Homero, Páris, Zeus, Sarpedon e Andrômaca.

Fiquei um pouco chateada pois amo mitologia grega e achei que amaria esse livro de poemas, porém poesia é muuuuito particular.

Poesia na Alma 13/04/2023

Agradável
Já conhecia o trabalho da autora, então fiquei feliz com a oportunidade de ler esse livro, confesso que fui com muita sede ao pote, porém, quero continuar acompanhando o trabalho dela

Odilon.DilAo 22/05/2023

Pesado de ler, intenso, estranho, insano, liberto e necessário!
Luiza escreve com alma, com a entrega que te invade!

Danusa 22/01/2023

Embora seja um livro curto, saí um pouco da minha zona de conforto quando me propus a lê-lo.

Escrita potente e atual.

Ana Bellot 12/08/2023

O óbvio ululante chegou a Troia
Iniciei essa leitura por dois motivos: primeiramente, pelo fato de que o livro ganhou notável destaque nacional ao ser premiado com o prestigiado Jabuti. E em segundo lugar, movida pela minha afinidade com a cultura grega e suas narrativas. Ao ver a sinopse, antecipei uma perspectiva intrigante: a autora exploraria um entrelaçamento entre o passado e o presente por meio dos poemas. Uau!

Essa tentativa, entretanto, resultou em um emaranhado de palavras apresentando uma concepção mediana em uma execução precária. Sentenças como "em português se diz 'destrua' e não 'destroia'" podem soar poéticas aos ouvidos dos neófitos na poesia, mas a mim não conseguiram envolver.

As poesias deste livro também se movem pelo território mais superficial e desinteressante da arte contemporânea, esclarecendo de maneira excessivamente didática os tópicos que abordam. Homero é Homero porque suas composições possuem múltiplas camadas, capazes de atravessar as eras. Já este livro, bem, receio que tenda a ser apenas mais uma das pedras que guardamos aqui - e esquecemos no armário.

_ijaqline 29/06/2023

A destruição é rápida mas o inferno contínuo
Me sinto uma grande burra.
esse livro não é pra mim; das duas uma: ou realmente não faz sentido ou eu que não fui alfabetizada o suficiente pra compreender.
estava tentando sair da ressaca literária mas aparentemente piorei mais a situação.

Patricia Salcides 06/04/2023

Tem que ter estômago
Poesias fortes que falam sobre os horrores da civilização ocidental. Leitura intensa que me deu até calafrios. Toca bem na ferida da nossa sociedade hipócrita e machista, toda baseada em dor e sofrimento alheio. Se você é um inconformado com a realidade e suas injustiças, esse livro é pra você.

Mona 25/04/2023

É troia viver aqui
Em linhas gerais, o eu lírico presente na poética de Luiza Romão é irônico, sagaz e afiado. Podemos notar em toda tecitura poética a intertextualidade com as epopeias e mitos gregos da antiguidade, por meio de um olhar voltado para contemporaneidade.
O último poema intitulado "andrômaca" observamos constantemente o jogo semântico e sintático com a palavra "troia" que, ora significa a cidade destruída, ora significa um adjetivo.
Também guardamos ruínas aqui, deixadas pelo colonialismo. Sim, também guardamos pedras aqui. É troia viver aqui.

Pretti 27/11/2022

Pedras e mitos
O que achei mais interessante neste livro foi a relação entre a mitologia/literatura clássica grega e a atualidade que os poemas neste livro trazem. Há uma pegada muito próxima do slam e a poesia falada, o que deixa a relação com os gregos ainda mais interessante. Não era meu favorito para o Jabuti 2022, mas é um livro muito bom.

leiturasdatita 22/02/2023

Aulas de mitologia grega
O livro tem uma construção muito interessante, todo em versos baseados em Ilíada, obra de Homero que descreve a Guerra de Tróia. A autora utiliza as principais personalidades envolvidas nessa guerra, e as coloca como personagens da guerra urbana contemporânea. Embora sejam poucas páginas, caso você não tenha domínio da mitologia grega, terá de ir no Google após cada página, de modo a tentar entender as referências. Eu, por exemplo, tive que ler o livro duas vezes; a segunda foi só consultando a Wikipédia hahahaha Muito boa a experiência, e ainda me fez aprender mais sobre a mitologia grega. Recomendo a leitura.