Resenhas - Conversas entre amigos

Nanine 27/11/2021

curti muito o desenvolvimento da leitura do livro, todos os personagens se passam por eprsonagens muito cults mas a verdade é que se frequentassem terapia ou concordassem com um relacionamento não monogâmico a história não se desenvolveria dessa forma HAUSHAUSHA
é um livro muito interessante e a leitura bem leve, você consegue sentir as mesmas coisas que a personagem e o final tem um plot muito maluco que da vontade de entrar no livro pra saber oq acontece depois
dá pra você criar uma relação de amor e ódio pelo mesmo personagem várias vezes durante o livro e tem umas realidades bem bacanas que retratam durante a trama
leitura válida e muito boa, pretendo ler mais da autora

Gisele 15/11/2021

Achei o livro interessante, tem uns diálogos reflexivos que gostei bastante, sobre monogamia, depressão, inveja, política e vários outros assuntos, mas ao mesmo tempo eu não achei que os personagens me cativaram, eu o li rápido até, porém a leitura não me prendeu muito. De qualquer forma é um bom livro que talvez eu tenho colocado muita expectativa.

Barbstract 05/10/2021

sobre como temos medo de sermos vulneráveis
o livro é um retrato perfeito do nosso medo de expor sentimentos e nós permitirmos ser vulneráveis aos outros. o contraste entre o que pensamos e sentimos e o que realmente fazemos e dizemos aos outros. o medo de que nosso maior medo se concretize. o medo da rejeição e de ficarmos sozinhos. se pudéssemos nos permitir ser vulneráveis e apenas dizer o que queremos é o que sentimos, nossas relações seriam muito mais saudáveis. sem rodeios, sem joguinhos. apenas sermos nós mesmos. essa é a grande lição do livro pra mim, e eu recomendo 100% a leitura.

primeira vez que leio um livro da autora e fiquei em êxtase. a leitura é bem fluida, fácil e gostosa. li em menos de uma semana e fui capturada rápido. não tem rodeios.

Nat Macêdo 26/08/2021

Alguém pague uma terapia pra esses personagens, por favor! (e depois pra mim também)
Esse é um livro sobre pessoas quebradas com atitudes questionáveis , repletas de dor, complexidade e melancolia (assim como todo livro da Sally, aparentemente). Esse livro também fala sobre controle e poder na dinâmica das relações interpessoais.

A princípio me identifiquei muito com a Frances em algumas situações e pensamentos específicos (devo me preocupar? kkkkkk). Mas ao longo da história, percebi que a situação dela era muito mais séria e problemática, e acho que a forma como ela lidou com isso me afastou um pouco dessa identificação. A autora não cria personagens cativantes, não é esse o objetivo dela. Ela cria pessoas (assustadoramente) reais de forma bem crua.

Frances é uma garota que se preocupa muito em estar "sob controle" ou exercer poder. Ela sente que sempre há algo de errado com ela e muitas vezes se vê deslocada de círculos sociais. É uma pessoa que suprimiu e passou por muita coisa que não soube lidar nem externar seus sentimentos. Se acostumou a não se expressar e por isso, muitas vezes, é interpretada como insensível ou metida. Acaba se colocando em situações que lhe ferem e ferem aos outros que lhe são próximos. Ela apresenta vários sintomas de depressão e frequentemente desconta seus pensamentos negativos e ansiedade no seu próprio corpo, seja se autodepreciando, se rebaixando ou através de automutilações.

Eu tenho uma teoria de que a autora cria essas histórias pra incentivar a terapia, porque NÃO É POSSÍVEL, todos os personagens precisam de um tratamento sério aqui. E ela ainda faz a gente se identificar com algumas coisas não tão legais pra a gente perceber que a gente também precisa de terapia (pelo menos eu senti muito isso kkkkrying).

Sinto que esse livro foi um "pré" teste para seu outro livro, Pessoas Normais, porque aborda algumas questões psicológicas e dinâmicas bem parecidas, mas não tão bem desenvolvidas quanto em Pessoas Normais. Em Conversas Entre Amigos não senti tanta empatia e da metade pro final pareceu meio arrastado, eu só queria saber como iria acabar mesmo. Consegui ver a evolução deste pra o outro livro.

Sobre os outros personagens, consegui entender um pouco o Nick, mas em algumas vezes a relação dele com a Frances me pareceu meio chata. Achei a Bobbi bem tóxica com a Fraces. Várias vezes.

No geral, não foi um livro ruim, me senti envolvida na história e preocupada com a Frances durante boa parte, além da escrita ser MUITO boa e única. Eu só senti que o clima desandou do meio pro final mesmo e enxergo que poderia se desenvolver de uma forma melhor. Recomendo pra quem tiver curiosidade pela autora, mas saiba que Pessoas Normais é MUITO melhor.