A filha primitiva

A filha primitiva Vanessa Passos




Resenhas - A filha primitiva


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PatyLendo2023 14/12/2023

Não sei
Eu acho que o objetivo das pessoas hoje em dia é colocar a maternidade como algo sem sentido e terrível. Nunca me senti tão mal lendo um livro. E o ego hoje em dia se é muito exaltado e fazer sacrifícios pelo próximo é algo insuportável. Sinceramente não gostei.
Emerson271 14/12/2023minha estante
Fiquei com vontade de ler para ter a minha opinião a respeito.


PatyLendo2023 14/12/2023minha estante
Quando terminar volta aqui pra gente conversar


Emerson271 14/12/2023minha estante
Boa, vou voltar. No momento estou lendo uns quatro livros. Por gentileza tenha paciência comigo. Hauahahauah


PatyLendo2023 14/12/2023minha estante
Kkkkk... Tá bom


joanavikmy 14/12/2023minha estante
Bom, não sei se você é mãe (provavelmente, não), mas a maternidade não é um mar de rosas. Como, exatamente, uma mulher vítima de abuso sexual durante toda a vida reagiria à ausência de um apoio familiar estruturado durante esse processo? Infelizmente, buscamos ler sempre a protagonista eticamente perfeita, mas na vida real ninguém é assim. Com uma análise mais sensível, dá para perceber uma evolução da personagem, mas, assim como o título diz, a protagonista é primitiva. Não digo que ela seja uma boa pessoa, mas ela é mais real do que se imagina. Os índices de depressão pós-parto atuais são gritantes, grande maioria das mulheres pensam de forma primitiva, nutrindo ódio por sua própria cria, de forma explícita (como a protagonista) ou não.
É um livro chocante, mas definitivamente não é mentiroso.


PatyLendo2023 14/12/2023minha estante
Eu sou mãe a 9 anos e sei que não é fácil. Mas ultimamente tudo que o as pessoas "perfeitas" querem demonstrar é que a maternidade é terrível e só tem transtornos. Passei por coisas que a personagem principal passou e mesmo assim não demonstro que tudo é tragédia. Mas tudo é ponto de vista. ?????


joanavikmy 14/12/2023minha estante
Exato. Tudo é questão de perspectiva e depende da experiência individual. Cada um reage, absorve e interpreta de maneiras distintas. ?


Debi 17/12/2023minha estante
Lê de novo.


PatyLendo2023 17/12/2023minha estante
Não obrigada... Daki uns anos quem sabe.


Debi 18/12/2023minha estante
É daqui uns anos quando vc tiver maturidade pra entender que a história vai muito além de ego ou de colocar maternidade em uma má perspectiva. Faça isso, leia só quando você tiver certeza que vai entender isso.


PatyLendo2023 18/12/2023minha estante
Ai ai... Ok ??




Maria17758 12/10/2023

Muitos sentimentos
É uma maneira muito porca de descrever o livro, mas acho que chama atenção começar dizendo que esse é um livro nacional da maior qualidade possível indicado pra todos que gostam dos livros estrangeiros de female rage, sobre mulheres malucas e raivosas que vão aos poucos perdendo toda a ética e racionalidade.
Digo que é uma forma porca de descrever porque o livro vai MUITO além dessa ideia, sendo tão profundo e bem construído que nada do que eu disser aqui vai fazer jus a todo o simbolismo e a toda a potência dele.
A história acompanha três gerações de mulheres sem nome que são marcadas pela ausência (tanto familiar num geral quanto paterna) e por uma violência (de gênero, raça e classe social) extremamente cruel, mas, ao mesmo tempo, familiar.
A autora também traz elementos sobre a escrita (a personagem principal fez faculdade de literatura e o sonho da mãe dela, analfabeta, era ser professora), visões sobre religião e um sentimento muito real sobre os homens.
Um livro impecável, em todos os sentidos.



?Não acredito nesse sentimento genuíno de um ser que é cem por cento Deus e cem por cento homem e que morreu por nós. Um homem? Ah, não! Talvez se fosse Maria, Nossa Senhora, fosse mais fácil de acreditar.
Não, eu não vou orar pro Filho, pro Pai, muito menos pro Espírito Santo. Não, não vou juntar minhas mãos, fechar os olhos e confiar num homem.?
helenavgi 15/10/2023minha estante
Acabei de ler por indicação sua amiga e SIM é isso, sério que leitura de tirar o fôlego


Maria17758 15/10/2023minha estante
Lena, meu amooor!! Que honra! Que bom que você gostou, esse livro é INCRÍVEL ??


helenavgi 15/10/2023minha estante
Mariaaa a honra é minha, muito feliz de ter conhecido por vc!!!


Maria17758 17/10/2023minha estante
Ai, Lenaaa ? Vc é uma querida com bom gosto ???




Rute.Lessa 31/03/2024

Leitura obrigatória
Engana-se quem acredita que lerá essa obra em uma sentada.

Encontrei essa obra como sugestão em um perfil literário, "o moço do vinho - Rodrigo de Lorenzi", inacreditavelmente gratuito no Kindle Unlimited, que prometia ser um soco no estômago e após ler o Conto da Aia, acho que era o que eu precisava. Curto, também premiado, que me faria pensar em realidades que de fato acontecem.

Como dito, a primeira impressão é de que se trata de um livro que pode ser lido em poucas horas, devido ao tanto de páginas e organização dos capítulos. No entanto, essa expectativa não se concretiza. A cada tentativa de avançar na leitura, me vi extremamente desconfortável e encontra dificuldades para prosseguir. Assim como o sugestor da obra disse que seria. Enquanto lia lembrei de minha mãe, de minha tia e de tantas mulheres que conheci e que li que passaram por algo parecido.

O livro é simples para tratar de uma história "simples" e angustiante, narrada em primeira pessoa por uma mulher na faixa dos 20-24 anos, cujo nome e dos outros personagens não são revelados, o que me lembra muito a narrativa do velho Saramago, não temos tempo para nomear personagens enquanto a narrativa acontece e é o foco principal da leitura.

A narrativa é contada em primeira pessoa e é dividido em 3 partes: Filha, Mãe e Avó, e tem sua trama em torno da protagonista, cuja vida é marcada pelo abandono e pela falta de informações sobre sua origem, especialmente sobre seu pai. Como dito, nossas personagens não possuem nome, mas é impossível se perder na leitura, na verdade, a leitura te suga. A mãe busca respostas em meio a toda aquela rotina de ser mãe, provedora, estudante, filha.

A mãe da narradora não possui educação, mas fez de tudo para dar o que não tinha para a filha que atualmente faz mestrado e no desenrolar da história percebemos que em toda a sua narrativa ela busca compreender sua história, buscando respostas que nunca foram lhe dadas.

A história se desenrola em torno das tentativas da protagonista de descobrir suas origens, revelando sua personalidade agressiva e manipuladora com diálogos intensos e descrições muito reais, um tanto incomodas. Apresenta uma narrativa perturbadora sobre as experiências de três gerações de mulheres brasileiras, destacando os ciclos de abandono e violência que parecem inescapáveis. Nossa protagonista, em sua busca por respostas, mergulha em uma jornada de profundo sofrimento e perturbação, incapaz de se conectar com sua mãe ou sua própria filha.

A obra também reforça a questão da maternidade, será que todas as mulheres conseguem amar seus filhos?

Uma obra forte. Tem muita violência, abuso, verdade, dor e pouco consolo.
Já considerei leitura obrigatória.
Sarahsrm 06/04/2024minha estante
Nossa..


Rute.Lessa 06/04/2024minha estante
É um livro forte, que precisa de muita força para chegar ao final.


Sarahsrm 07/04/2024minha estante
Então vc deve ser super forte, Rute ???


Rute.Lessa 07/04/2024minha estante
Uhh, obrigada, Sarah. ??




Kakau ð 06/02/2024

Sobre dor, sofrimento, abuso e realidade.
Para uma mulher, escrever sobre maternidade é um enorme desafio, afinal, no exato instante em que uma mãe está escrevendo, ela não está cuidando de seus filhos. É uma escrita culpada, e uma das epígrafes de A filha primitiva remete ao sacrifício que, para sentar-se diante de uma página em branco, ao menos por alguns instantes uma mãe precisa deixar de fazer. Pois uma mãe é sempre também uma mulher, que, já dizia Simone de Beauvoir, não encontra nas funções de engendrar e aleitar uma afirmação da sua existência, e sim a passividade de suportar seu destino biológico. Vanessa Passos narra com vigor e crueza esse destino, expõe com coragem o valor do sacrifício que sua protagonista sem nome não gostaria de ter feito. E a ausência de nome, aliás, designa todas as mulheres do livro, como se a sina de uma fosse de fato a das outras. De certa forma, é.

Mas há traços específicos que justificam mais uma vez que a protagonista, sua mãe e sua filha não tenham nomes dentro da narrativa. Trata-se de uma genealogia esburacada, sem homens, desenhada por ausências, determinando uma personagem ?incompleta, mal construída, sem porquês nem explicações?. Se a linguagem nasce primordialmente do vazio, é justamente a ficção que tentará sanar as faltas: ?Vontade de escrever e criar histórias para tapar os buracos que faltavam. Preencher aquela árvore vazia que eu nunca fiz nem entreguei pra professora. E quem sabe, criar também um pai?.

A narradora tem uma relação difícil com sua mãe, culpa-a pela própria falta de história, mas, num movimento que aproxima A filha primitiva de um romance de formação, concilia-se com ela no momento mesmo em que escreve. Afinal, se a herança daquela família de mulheres sem nome é o desconhecimento da própria história, também o é a vontade de estudar e ter uma vida diferente: vontade de superar a própria herança.

A escrita opera uma conciliação bidirecional: não só com a mãe, mas também com a filha. ?Comecei a ter vontade de escrever, nas vezes em que me pegava observando a menina. Acho que passei a aceitá-la por causa daquilo, daquela vontade que chegava mais forte. Foi a primeira vez que pensei nela me dando algo, e não tirando tudo de mim?. Doação que parece salvar também a filha, afinal de contas, amar é dar o que não se tem. E que filha, ao fim e ao cabo, não é primitiva?

A filha primitiva de Vanessa Passos, com linguagem que escancara verdades sem amparo, realiza diversos feitos. Pois escrever sobre maternidade é, apesar e através da culpa, superar o que há de passivo no mero cumprimento de um fato biológico: é conciliar o chamado deste destino com a possibilidade de realização de si como mulher.
mocreia burra 08/02/2024minha estante
cacet!! que resenha bem escrita


mocreia burra 08/02/2024minha estante
a narrativa se inicia no ponto de vista da mãe ou da filha?


Kakau ð 08/02/2024minha estante
da filha que também é mãe




kkk2 03/05/2024

Que história CRUA. Não consigo pensar em uma palavra melhor para descrever.
Me surpreendi MUITO com esse livro, não esperava ouvir tudo de uma vez meio dia esperando a aula começar, foi algo tão mas tão realístico.
Esse foi o primeiro livro que eu li que tinha um personagem brasileiro pobre sendo retratado como a maioria das pessoas nessa situação realmente são, sem romantizar ou fazer personagem ser apenas paz e amor em uma situação que quase ninguém consegue ser assim.
Não tem como nao criar uma simpatia pela avó, pela mãe e até pela filha. É muito fácil entender como tudo é um ciclo, aquilo que aconteceu com a mãe da protagonista, de alguma forma diferente aconteceu com a protagonista.
Pra ser sincera, ouvindo eu cheguei a sentir uma raivinha da protagonista, porque mesmo você sabendo como uma pessoa é traumatizada, não tem como achar as escolhas delas certas, apenas compreender.
Eu sinceramente sinto que mesmo com a mãe e a filha esclarecendo pontos no final, não tem como elas se curarem completamente da dor que elas se causaram.
shinelb 03/05/2024minha estante
eu amei mto esse livro, é tão bem feito que realmente parece q conta uma história real com pessoas reais.


kkk2 05/05/2024minha estante
NOSSA TOTAL, em outros livros parece que esse sofrimento é meio romantizado e aqui ela faz de maneira apenas real, querendo passar a verdadeira mensagem


shinelb 05/05/2024minha estante
simmm. inclusive não sei como vc leu, se foi físico ou em ebook, mas eu ouvi por audiobook e a narração foi tão bonita, tão forte, deu um peso a mais p história




Monique | @moniqueeoslivros 12/05/2022

A filha primitiva
{Leitura 21/2022 - ?? Brasil}
A filha primitiva - Vanessa Passos

Esse é um livro que pulsa. Há uma raiva latente e contida que se espalha em toda a história, vindo da sua narradora. Uma mãe-solo filha de uma mãe-solo, que reproduz, quase inconscientemente, as mesmas ações de sua mãe, as quais ela tanto recrimina. Eis o motivo dessa raiva sem fim.

As histórias dessas três mulheres (mãe, filha e avó) se aproximam, mas uma não compreende as ações das outras. As três sem nome - aliás, nessa história só os homens são nomeados -, o que nos leva a pensar que poderia ser qualquer uma de nós ali na história. Ou todas nós.

Um romance sobre a maternidade e seus percalços, sem nenhuma redenção. Apenas o respeito a quem escolheu ser mãe, quem escolheu não ser, e quem não teve escolha. Uma história de mulheres fortes que nem queriam ser assim tão fortes, elas só queriam ser felizes.

Os sonhos não-realizados que são projetados nos filhos, a história que vai sendo propagada e repetida, a ausência de referências, tudo isso vai formando lacunas que a narradora tenta preencher e entender melhor escrevendo.

Tenho um amigo que diz que todos nós somos vítimas de vítimas. No final da leitura, era nisso que eu pensava. A filha primitiva trata exatamente disso.
Alê | @alexandrejjr 02/08/2022minha estante
Interessante ela ter usado o recurso de não nomear as mulheres no livro. O peso simbólico e narrativo dessa escolha impacta de maneira definitiva na história, imagino.


Monique | @moniqueeoslivros 02/08/2022minha estante
Com certeza. Esse livro tem várias camadas pra cada personagem, e a questão de nenhuma das três ter os nomes é, de certa forma, a ideia de que elas próprias estão buscando saber quem são.




Barbara1630 24/02/2024

Um livro forte, com muitos gatilhos e que desmistifica a ideia do maternidade. Me despertou muitas sensações, dores, traumas e medos.
Um livro sobre maternidade, sobre descobertas, sobre ancestralidade, sobre desigualdade social, sobre a essência feminina e sobre as consequências do patriarcado nas mulheres, principalmente, nas classes mais pobres . Super recomendo, para ler e refletir. Sinto que essa leitura estar em mim de agora em diante!
Larissia.Bezerra 24/02/2024minha estante
Oie, quais os gatilhos?


Barbara1630 24/02/2024minha estante
Violência sexual contra criança e contra mulher, racismo, violencia contra mulher, questões relacionadas à saúde mental, preconceito de gênero e de classe social.




Eric Luiz 25/04/2022

Esse livro é um soco no estômago a cada capítulo.
Mulher, negra, nordestina, mãe solo e vítima de violência. A realidade nua e crua de muitas mulheres num livro curto, porém pesado.

Sem dúvidas um livro que nos tira da zona de conforto e incomoda pela sua real crueza. Vale muito a leitura!
Maria 25/04/2022minha estante
Indubitavelmente :p, mereceu o prêmio Kindle. Concordo com cada linha da resenha.


Andreza 25/04/2022minha estante
Conheço a escritora e por ser sua conterrânea fiquei curiosa pela sua resenha.




Débora 04/03/2023

Ótima escrita
Tive sentimentos bem incômodos com essa história, gostei bastante da escrita e da estrutura do texto. É perceptível que a autora tem muito domínio do assunto, mas não comprei a ?dor? da personagem principal. Não consegui dar razão a ela e me senti até culpada por isso, diante dos abusos que ela sofreu. Mas o ódio que ela sentia da mãe pra mim era injustificável, mesmo que esta não tivesse sofrido o pão que o diabo amassou, ainda sim não daria razão. Me incomodou muito essa relação entre filha e mãe, mais a criança, as cenas que continham esta criança me dava ânsia de tanta repulsa. Acredito que minha experiência foi muito negativa porque não enxerguei razão nas atitudes que a protagonista tomava. Mas gostei bastante da leitura, mostra algo que não gostamos de ver e que é sempre importante lembrar que existe. Certamente lerei mais obras da autora.
Angela.Dutra 11/03/2023minha estante
Vivências nos dão diferentes visões. É difícil entender algumas coisas, mas elas acontecem aos montes por aí. Como você disse, a história mostra algo que muitas(os) não gostam ou não aceitam, mas o sentir raiva, empatia, amor vai da vivência/ história de vida de cada pessoa. Fico me perguntando se a autora já viveu algo tão próximo ao escrito, pq a narrativa é impressionante


Débora 12/03/2023minha estante
Sim, concordo inteiramente. Pelo nível de intimidade da escrita, também penso que autora deu muito de si ali.




nathalia 06/04/2022

gostei mas podia ser melhor.
fui ler esse livro com muitas expectativas e talvez por isso tenha me decepcionado um pouco. o livro não é ruim, mas não é o que eu estava esperando.
um dos pontos altos com certeza é a escrita da autora: poética e envolvente, o leitor lê diversas páginas sem sentir o tempo passar.
um ponto que não gostei foi a construção do relacionamento da mãe e da vó, a narradora sente uma raiva da mãe que - para mim - é infundada é muito mal explicada. gostaria que essa parte tivesse sido mais trabalhada no início/ ao longo do livro, quem sabe assim eu teria me solidarizado mais com as dores dela.
mas no geral foi uma experiência interessante.
Luzia 24/04/2022minha estante
Eu tb achei a narradora cruel e egoísta ( com a mãe e com a própria filha)


Viviane @resenhasdaviviane 07/04/2024minha estante
Concordo com você.
Eu fiquei boa parte do livro pensando: "Qual o motivo da protagonista tratar a mãe desse jeito? Não consegui me convencer que ela mataria a própria filha para saber o nome do pai, ficou muito forçado em alguns momentos.




Cilmara Lopes 28/05/2023

Mãe, filha e avó. O que eu sou?
Recentemente li ?As alegrias da Maternidade? de Buchi Emecheta e posso afirmar que não sou a mesma depois dessa leitura, foi muito especial passar um tempo usufruindo de uma escrita tão envolvente sobre uma história tão particular.
Um livro puxa o outro e cá estamos.
Ainda dentro da temática, mas agora aos olhos da escritora contemporânea brasileira Vanessa Passos. Me deparo com seu primeiro livro: A filha primitiva
Arrebatador já nas primeiras linhas, como uma espécie de diário conhecemos uma protagonista sem nome esmiuçando sua relação frágil e conturbada com a filha recém-nascida e com a mãe.
Mãe, filha e avó. Tudo se mistura, ora sou filha, ora sou mãe e outrora me tornarei vó. Serei igual minha mãe? Não serei igual minha mãe. Mas quem é a minha mãe? Ou melhor, qual é a sua história e por conseguinte a minha história?
Re Vitorino 29/05/2023minha estante
Eu amo as suas resenhas, Cil!


Cilmara Lopes 30/05/2023minha estante
Fico bem feliz em saber! ?




Maria 18/06/2022

A FILHA PRIMITIVA
Ler esse livro foi uma experiência surreal; como se a própria escritora tivesse vivenciando todos os acontecimentos da história. Foi algo impressionante e marcante; a história de uma avó, uma filha e uma neta, as três com destinos parecidos e ao mesmo tempo divergentes; épocas diferentes em uma única história.
Eu até agora estou sem palavras e sem ter o que descrever. Cada detalhe, cada palavra, cada capítulo e até mesmo a ausência de nome entre as personagens. Gostei muito das temáticas abordadas no livro e como elas são persistentes e bem debatidas do início ao fim da história.
Eric Luiz 18/06/2022minha estante
Uma das minhas melhores leituras de 2022.




Paty 05/11/2023

Esse livro foi tudo o que me prometeram que "tudo é rio" seria e não foi. A personagem que narra é totalmente o meu oposto. Ouvir seu ponto de vista é dolorido e cruel por vezes. Sentir empatia por ela foi difícil, mas ao mesmo tempo eu conseguia entender sua raiva e seus traumas. Eu ouvi pelo audiobook e realmente gostei da narração, conseguiu passar cada sentimento da personagem, conseguia sentir a raiva e o ressentimento através da narração. Indico demais esse livro.
@cemlivros 05/11/2023minha estante
Nossa, verdade!




GiuBeretta 16/11/2023

Ter uma história é um privilégio de classe e gênero
Uma narrativa curta e extremamente pesada de Vanessa Passos, onde ela narra a vida de três mulheres, mãe, avó e filha .

O livro onde somente personagens HOMENS tem nome, e isso não passa batido, além de não terem nomes, não tem voz e nem fala.

A mãe é uma personagem bruta, um mulher geniosa como diz sua mãe, na qual tem uma rincha muito forte com sua mãe por ser privada da história de sua familia. Ela tem uma filha, tal qual não se sente mãe e nem aparta a maternidade como um todo " Era a raiva agora que passava pra ela, de mãe pra filha. Não foi o parto, não; não foi a contração, não; não foi dar o peito, não; foi a raiva que me tornou mãe. "

Já a avó que oculta a origem da paternidade de sua filha, se entrega a religião. Ela negra com um filha branca, nunca mencionou a sua linhagem e não conhece sua própria história .

A neta ( filha ) desde cedo aprende que ela não pode ter tudo o que deseja, e de sempre já sabe a raiva da sua família, uma geração de mulheres sem nome e sem voz .

?Filha é: amor que come a gente por dentro. parto é: o corpo fora de si.?

Posfácio por Natália Timerman :
PARA UMA MULHER, ESCREVER sobre maternidade é um enorme desafio, afinal, no exato instante em que uma mãe está escrevendo, ela não está cuidando de seus filhos. É uma escrita culpada.
?Vontade de escrever e criar histórias para tapar os buracos que existiam. Preencher aquela árvore vazia que nunca entreguei pra professora. E, quem sabe, criar também um pai.?
jo0204 03/01/2024minha estante
hablou




Bruna 04/04/2023

A Filha Primitiva
A história é sobre maternidade, ser mulher, sobre abuso, sobre abandono.
Gostei muito de como tudo foi narrado. Os capítulos curtos tornaram a história muito fluida e rápida.
Biafort.Meireles 08/04/2023minha estante
Também classifiquei com quatro estrelas, fiquei impressionada como a autora conseguiu passar tantos sentimentos para o papel. Muito bom!




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